A Religião e a Espiritualidade
A religião não é apenas uma, são
centenas. A espiritualidade é apenas uma.
A religião é para os que dormem.
A espiritualidade é para os que estão despertos.
A religião é para aqueles que necessitam que alguém
lhes diga o que fazer e querem ser guiados. A espiritualidade é para os que
prestam atenção à sua Voz Interior.
A religião tem um conjunto de regras dogmáticas. A
espiritualidade te convida a raciocinar sobre tudo, a questionar tudo.
A religião ameaça e amedronta. A espiritualidade
lhe dá paz interior.
A religião fala de pecado e de culpa. A
espiritualidade lhe diz: "aprenda com o erro".
A religião reprime tudo, te faz falso. A
espiritualidade transcende tudo, te faz verdadeiro!
A religião não é Deus. A espiritualidade é Tudo e,
portanto é Deus.
A religião inventa. A espiritualidade
descobre.
A religião não indaga nem questiona. A
espiritualidade questiona tudo.
A religião é humana, é uma organização com regras.
A espiritualidade é Divina, sem regras.
A religião é causa de divisões. A espiritualidade é
causa de união.
A religião lhe busca para que acredite. A
espiritualidade você tem que buscá-la.
A religião segue os preceitos de um livro sagrado.
A espiritualidade busca o sagrado em todos os livros.
A religião se alimenta do medo. A espiritualidade
se alimenta na confiança e na fé.
A religião faz viver no pensamento. A
espiritualidade faz viver na consciência.
A religião se ocupa com fazer. A espiritualidade se
ocupa com ser.
A religião alimenta o ego. A espiritualidade nos
faz transcender.
A religião nos faz renunciar ao mundo. A
espiritualidade nos faz viver em Deus, não renunciar a Ele.
A religião é adoração. A espiritualidade é
meditação.
A religião sonha com a glória e com o paraíso. A
espiritualidade nos faz viver a glória e o paraíso aqui e agora.
A religião vive no passado e no futuro. A
espiritualidade vive no presente.
A religião enclausura nossa memória. A
espiritualidade liberta nossa consciência.
A religião crê na vida eterna. A espiritualidade
nos faz consciente da vida eterna.
A religião promete para depois da morte. A
espiritualidade é encontrar Deus em nosso interior durante a vida.
Não somos
seres humanos passando por uma experiência espiritual... Somos seres
espirituais passando por uma experiência humana...
Por Pierre Teilhard de Chardin*
•*Pierre
Teilhard de Chardin (Orcines,comuna
francesa 1 de maio de 1881 — Nova Iorque, 10 de abril de1955)
foi um padre jesuíta, teólogo, filósofo e paleontólogo francês que
tentou construir uma visão integradora entre ciência e teologia.
Através de suas obras, legou para a sua posteridade uma filosofia que
reconcilia a ciência do
mundo material com as forças sagradas do divino e sua teologia.
Disposto a desfazer o mal entendido entre a ciência e a religião, conseguiu ser
mal visto pelos representantes de ambas. Muitos colegas cientistas negaram o
valor científico de sua obra, acusando-a de vir carregada de um misticismo e
de uma linguagem estranha à ciência. Do lado da Igreja Católica,
por sua vez, foi proibido de lecionar, de publicar suas obras teológicas e
submetido a um quase exílio na China.
•Embora
muitos dos escritos de Teilhard tenham sido censurados pela Igreja
Católica durante seu tempo de vida por causa de seus pontos de vista sobre
o pecado original, o
trabalho de Teilhard foi reconhecido postumamente por esta.
Teólogos proeminentes e líderes da Igreja, incluindo os papas João Paulo II e Bento XVI,
escreveram positivamente a respeito de suas idéias e seus ensinamentos teológicos foram
citados pelo Papa
Francisco na encíclica de 2015 , "Laudato
si". No entanto a resposta a seus escritos por biólogos evolutivos tem
sido, com algumas exceções, decididamente negativa.
•"Aparentemente, a Terra Moderna nasceu de um movimento anti-religioso. O Homem bastando-se
a si mesmo. A Razão substituindo-se à Crença. Nossa geração e as duas
precedentes quase só ouviram falar de conflito entre Fé e Ciência. A tal ponto
que pôde parecer, a certa altura, que esta era decididamente chamada a tomar o
lugar daquela. Ora, à medida que a tensão se prolonga, é visivelmente sob uma
forma muito diferente de equilíbrio – não eliminação, nem dualidade, mas
síntese – que parece haver de se resolver o conflito."
•(Teilhard de
CHARDIN, O Fenómeno Hu)
Fonte:Wikipédia
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