SAIBA TUDO SOBRE ALZHEIMER, E COMO É FEITO O TRATAMENTO DESSA DOENÇA QUE SE TORNOU UM DOS MAIORES PROBLEMAS DE SAÚDE NA TERCEIRA IDADE NO MUNDO
Alzheimer: o que é,
sintomas, tratamentos e causas
O que é Alzheimer?
O Alzheimer é uma doença neuro-degenerativa que provoca o declínio
das funções cognitivas, reduzindo as capacidades de trabalho e relação social e
interferindo no comportamento e na personalidade da pessoa. De início, o
paciente começa a perder sua memória mais recente. Pode até lembrar com
precisão acontecimentos de anos atrás, mas esquecer que acabou de realizar uma
refeição.
Com a evolução do quadro, o Alzheimer causa
grande impacto no cotidiano da pessoa e afeta a capacidade de aprendizado,
atenção, orientação, compreensão e linguagem. A pessoa fica cada vez mais
dependente da ajuda dos outros, até mesmo para rotinas básicas, como a higiene
pessoal e a alimentação.
O Alzheimer é a causa mais comum de demência - um grupo de distúrbios cerebrais que
causam a perda de habilidades intelectuais e sociais. Na doença de Alzheimer,
as células cerebrais degeneram e morrem, causando um declínio constante na
memória e na função mental.
A demência varia em gravidade desde o estágio mais brando, quando
está apenas começando a afetar o funcionamento de uma pessoa, até o estágio
mais grave, quando a pessoa deve depender completamente dos outros para
atividades básicas da vida diária. (2,3)
Alzheimer: doença ligada ao envelhecimento afeta a memória recente
Alzheimer no Brasil
No Brasil, existem cerca de 15 milhões de pessoas com mais de 60
anos de idade. Seis por cento delas têm a doença de Alzheimer, segundo dados da
Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz). Em todo o mundo, 15 milhões de
pessoas têm Alzheimer, doença incurável acompanhada de graves transtornos às
vítimas. Nos Estados Unidos, é a quarta causa de morte de idosos entre 75 e 80
anos. Perde apenas para infarto, derrame e câncer. (2)
Curiosidades
O nome oficial do Alzheimer refere-se ao médico Alois Alzheimer, o
primeiro a descrever a doença, em 1906. Ele estudou e publicou o caso da sua
paciente Auguste Deter, uma mulher saudável que, aos 51 anos, desenvolveu um
quadro de perda progressiva de memória, desorientação, distúrbio de linguagem
(com dificuldade para compreender e se expressar), tornando-se incapaz de
cuidar de si. Após o falecimento de Auguste, aos 55 anos, o Dr. Alzheimer
examinou seu cérebro e descreveu as alterações que hoje são conhecidas como
características da doença. (3)
Estágios do Alzheimer
A Doença de Alzheimer é caracterizada pela piora progressiva dos
sintomas. Entretanto, muitos pacientes podem apresentar períodos de maior
estabilidade. A evolução dos sintomas da Doença de Alzheimer pode ser dividida
em três fases: (4)
Estágio inicial: O estágio inicial raramente é
percebido. Parentes e amigos (e, às vezes, os profissionais) veem isso como
"velhice", apenas uma fase normal do processo do envelhecimento. Como
o começo da doença é gradual, é difícil ter certeza exatamente de quando a
doença começa. A pessoa pode:
·
Ter problemas com a propriedade da fala (problemas de linguagem)
·
Ter perda significativa de memória – particularmente das coisas
que acabam de acontecer
·
Não saber a hora ou o dia da semana
·
Ficar perdida em locais familiares
·
Ter dificuldade na tomada de decisões
·
Ficar inativa ou desmotivada
·
Apresentar mudança de humor, depressão ou ansiedade
·
Reagir com raiva incomum ou agressivamente em determinadas
ocasiões
·
Apresentar perda de interesse por hobbies e outras atividades.
Estágio intermediário: Como a doença progride, as
limitações ficam mais claras e mais graves. A pessoa com demência tem
dificuldade com a vida no dia a dia e:
·
Pode ficar muito desmemoriada, especialmente com eventos recentes
e nomes das pessoas
·
Pode não gerenciar mais viver sozinha, sem problemas
·
É incapaz de cozinhar, limpar ou fazer compras
·
Pode ficar extremamente dependente de um membro familiar e do
cuidador
·
Necessita de ajuda para a higiene pessoal, isto é, lavar-se e
vestir-se
·
A dificuldade com a fala avança
·
Apresenta problemas como perder-se e de ordem de comportamento,
tais como repetição de perguntas, gritar, agarrar-se e distúrbios de sono
·
Perde-se tanto em casa como fora de casa
·
Pode ter alucinações (vendo ou ouvindo coisas que não existem).
Estágio avançado: O estágio avançado é o
mais próximo da total dependência e da inatividade. Distúrbios de memória são
muito sérios e o lado físico da doença torna-se mais óbvio. A pessoa pode:
·
Ter dificuldades para comer
·
Ficar incapacitada para comunicar-se
·
Não reconhecer parentes, amigos e objetos familiares
·
Ter dificuldade de entender o que acontece ao seu redor
·
É incapaz de encontrar o seu caminho de volta para a casa
·
Ter dificuldade para caminhar
·
Ter dificuldade na deglutição
·
Ter incontinência urinária e fecal
·
Manifestar comportamento inapropriado em público
·
Ficar confinada a uma cadeira de rodas ou cama.
Perguntas frequentes
1) Por que interditar a pessoa portadora da doença de
Alzheimer?
Um dos grandes problemas causados pela doença de Alzheimer é a
redução da capacidade de discernimento, isto é, o doente não consegue entender
a consequência dos seus atos, não manifesta a sua vontade, não desenvolve
raciocínio lógico por causa dos lapsos de memória e perde a capacidade de
comunicação, impossibilitando que as pessoas o compreendam. Por isso, a lei o
considera civilmente incapaz.
A interdição serve como medida de proteção para preservar o
paciente de Alzheimer de determinados riscos que envolvem a prática de certos
atos como, por exemplo, evitar que pessoas "experientes"
aproveitem-se da deficiência de discernimento do paciente para efetuar manobras
desleais, causando diversos prejuízos, principalmente, de ordem patrimonial e
moral.
Como exemplo, podemos citar a venda de um
imóvel ou de um veículo, retirada de dinheiro do banco, emissão de cheques,
entre outros.
A interdição declara a incapacidade do paciente de Alzheimer que
não poderá, por si próprio, pratica ou exercer pessoalmente determinados atos
da vida civil, necessitando, para tanto, ser representado por outra pessoa.
Esse representante é o curador.
2) Como interditar o paciente de Alzheimer?
A interdição do paciente de Alzheimer é feita através de processo
judicial, sendo necessário, para tanto, a atuação de um advogado. Entretanto,
em alguns casos específicos, o Ministério Público poderá atuar, sendo, nesse
caso, desnecessária a representação por advogado. No processo de interdição, o
paciente será avaliado por perito médico que atestará a capacidade de
discernimento da pessoa. O laudo emitido servirá de orientação para o juiz
decidir pela intervenção, ou não. Além disso, o paciente deverá ser levado até
a presença do juiz (se houver possibilidade) para que este possa conhecê-lo.
3) Quem é o curador?
Curador é o representante do interditado (no caso, o doente de
Alzheimer) nomeado pelo juiz, que passará a exercer todos os atos da vida civil
no lugar do paciente interditado. Irá administrar os bens, assinar documentos,
enfim, cuidará da vida civil do paciente de Alzheimer.
Para facilitar a compreensão, é só imaginar a relação existente
entre os pais e o filho menor de idade. A criança não pode assinar contratos,
quem os assina em seu lugar são seus pais. A criança também não pode movimentar
conta no banco, necessitando da representação dos seus pais para tanto. Com a
interdição, podemos comparar o paciente interditado como sendo a criança, e os
pais, o curador.
4) E a "procuração de
plenos poderes", não possui a mesma finalidade da interdição?
Não, a interdição é mais ampla. Se o paciente de Alzheimer não for
interditado, todos os atos praticados por ele serão válidos, a princípio. Ao
passo que, se ele for interditado, seus atos serão NULOS. A procuração, por sua
vez, não tem esse "poder", apenas confere ao representante o direito
de atuar dentro dos limites a ele conferido na procuração, geralmente
administrar patrimônio e assinar documentos - o paciente poderia praticar atos
autônomos causando uma série de prejuízos. Atos, estes, que serão tidos como
válidos, se praticados com boa-fé. Muitas vezes, a procuração se torna inviável
porque o paciente não consegue assiná-la.
5) O que é o auxílio-cuidador pago pelo INSS?
É o acréscimo de 25% ao valor da aposentadoria quando o segurado,
aposentado por invalidez, necessita de assistência permanente de outra pessoa.
Muitas confusões são feitas em relação a este benefício.
Ele não é devido a quem necessita de um cuidador permanente, mas,
sim, a quem se aposentou por invalidez devido a uma doença que precisa de
cuidador em tempo integral.
6) O que é o benefício da prestação continuada paga
pelo INSS?
É a garantia de um salário mínimo mensal, pago pelo INSS, à pessoa
portadora de deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais, que comprove não
possuir meios de prover a própria manutenção, nem de tê-la provida por sua
família. Para ter direito a esse benefício, o idoso não precisa ter contribuído
à Seguridade Social, mas precisa provar que sua família possui renda mensal per
capta (por pessoa da família) inferior a 1/4 do salário mínimo. Exemplo: um
idoso com mais de 65 anos que resida na casa de sua filha, com o genro e mais
dois netos. No caso de somente o genro trabalhar e ganhar R$ 1.000,00 por mês.
Dividiremos R$ 1.000,00 por cinco pessoas (casal, dois filhos e o idoso),
obteremos R$ 200,00 por pessoa - valor menor que um salário mínimo. Assim,
nesse exemplo, o idoso tem direito ao benefício.
Tipos de Alzheimer
O Alzheimer pode ser classificado em dois tipos: (1)
Início precoce
A doença de Alzheimer não é apenas uma doença da velhice. Muitas
pessoas com início precoce estão em seus 40 e 50 anos. A doença de Alzheimer de
início mais precoce (também conhecida como início precoce) afeta pessoas com
menos de 65 anos. Até 5% dos mais de 5 milhões de americanos com Alzheimer
apresentam um início mais precoce.
Início tardio
O início tardio é caracterizado quando os sintomas se manifestam
após os 65 anos, sendo os casos mais frequentes.
Causas
Pesquisadores acreditam que, para a maioria das pessoas, a doença
de Alzheimer é causada por uma combinação de fatores genéticos, de estilo de
vida e ambientais que afetam o cérebro ao longo do tempo.
A causa do Alzheimer é desconhecida, mas seus efeitos deixam
marcas fortes no paciente. Normalmente, atinge a população de idade mais
avançada, embora se registrem casos em gente jovem. Os cientistas já
conseguiram identificar um componente genético do problema, só que estão longe
de uma solução. (2,3)
Saiba mais: Vídeo: veja
dicas para viver mais e melhor
Embora as causas da doença de Alzheimer ainda não sejam
completamente compreendidas, seu efeito sobre o cérebro é claro. A doença de
Alzheimer danifica e mata as células cerebrais. Um cérebro afetado pela doença
de Alzheimer tem muito menos células e muito menos conexões entre as células
sobreviventes do que um cérebro saudável.
À medida que mais células cerebrais morrem,
a doença de Alzheimer leva a um encolhimento significativo do cérebro. Quando
os médicos examinam o tecido cerebral de Alzheimer sob o microscópio, eles vêem
dois tipos de anormalidades que são consideradas características da doença:
·
Placas: esses
aglomerados de uma proteína chamada beta-amilóide podem danificar e destruir as
células cerebrais de várias maneiras, inclusive interferindo na comunicação
célula a célula. Embora a causa final da morte de células cerebrais na doença
de Alzheimer não seja conhecida, a coleção de beta-amilóide do lado de fora das
células cerebrais é um dos principais suspeitos
·
Emaranhados: as
células cerebrais dependem de um sistema interno de suporte e transporte para
transportar nutrientes e outros materiais essenciais ao longo de suas longas
extensões. Este sistema requer a estrutura normal e o funcionamento de uma
proteína chamada tau.
Fatores de risco
Como dito anteriormente, as causas do alzheimer ainda não estão comprovadas.
Contudo, cientistas acreditam que alguns fatores podem contribuir para o
desenvolvimento da doença, como: (2,3)
Idade
O aumento da idade é o maior fator de risco conhecido para a
doença de Alzheimer. A doença de Alzheimer não faz parte do envelhecimento
normal, mas seu risco aumenta muito depois que você atinge a idade de 65 anos.
A taxa de demência dobra a cada década após os 60 anos.
Pessoas com raras alterações genéticas ligadas ao início precoce
da doença de Alzheimer começam a sentir sintomas já na faixa dos 30 anos.
Histórico familiar e
genética
O risco de desenvolver Alzheimer parece ser um pouco maior se um
parente de primeiro grau - seu pai ou irmão - tem a doença. Os cientistas
identificaram mudanças raras (mutações) em três genes que virtualmente garantem
que uma pessoa que os herda desenvolverá a doença de Alzheimer. Mas essas
mutações são responsáveis ??por menos de 5% da doença de Alzheimer.
A maioria dos mecanismos genéticos do Alzheimer entre as famílias
permanece amplamente inexplicada. O mais forte gene do risco que os
pesquisadores descobriram até agora é a apolipoproteína e4 (APoE4), embora nem
todo mundo com esse gene desenvolva a doença. Outros genes de risco foram
identificados, mas não confirmados de forma conclusiva.
Comprometimento cognitivo leve
As pessoas com comprometimento cognitivo leve têm problemas de
memória ou outros sintomas de declínio cognitivo que são piores do que o
esperado para a idade, mas não são graves o suficiente para serem
diagnosticados como demência.
Aqueles com comprometimento cognitivo leve têm um risco aumentado
- mas não uma certeza - de demência posterior em desenvolvimento. Tomar medidas
para desenvolver um estilo de vida saudável e estratégias para compensar a
perda de memória nesta fase pode ajudar a retardar ou impedir a progressão para
demência.
Estilo de vida e saúde do coração
Não há nenhum fator de estilo de vida que foi definitivamente
mostrado para reduzir o risco de doença de Alzheimer.
No entanto, algumas
evidências sugerem que os mesmos fatores que o colocam em risco de doença
cardíaca também podem aumentar as chances de você desenvolver a doença de
Alzheimer. Exemplos incluem:
·
Falta de exercício
·
Obesidade
·
Fumar ou exposição ao fumo passivo
·
Pressão alta
·
Colesterol alto no sangue
·
Diabetes tipo 2 mal controlado
·
Uma dieta sem frutas e vegetais
Esses fatores de
risco também estão ligados à demência vascular, um tipo de demência causada por
vasos sanguíneos danificados no cérebro.
Sintomas de Alzheimer
No início, o aumento do esquecimento ou a confusão leve podem ser
os únicos sintomas da doença de Alzheimer que você percebe. Mas ao longo do
tempo, a doença rouba mais de sua memória, especialmente as memórias recentes.
A taxa em que os sintomas pioram varia de pessoa para pessoa. (3,4,5)
Se você tem Alzheimer, você pode ser o primeiro a perceber que
está tendo uma dificuldade incomum de lembrar as coisas e organizar seus
pensamentos. Ou você pode não reconhecer que algo está errado, mesmo quando as
mudanças são perceptíveis para os membros da sua família, amigos íntimos ou
colegas de trabalho.
Alterações cerebrais associadas à doença de Alzheimer levam a
problemas crescentes com:
Memória
Todo mundo tem lapsos de memória ocasionais. É normal perder a
noção de onde você coloca as chaves ou esquecer o nome de um conhecido. Mas a
perda de memória associada à doença de Alzheimer persiste e piora, afetando sua
capacidade de funcionar no trabalho e em casa.
Pessoas com Alzheimer podem:
·
Repetir afirmações e perguntas repetidamente, sem perceber que
elas já fizeram a pergunta antes
·
Esquecer conversas, compromissos ou eventos
·
Perca-se em lugares familiares
·
Eventualmente, esqueça os nomes dos membros da família e objetos
do cotidiano
·
Tenha dificuldade em encontrar as palavras certas para identificar
objetos, expressar pensamentos ou participar de conversas
Pensamento e raciocínio
A doença de Alzheimer causa dificuldade em se concentrar e pensar,
especialmente em conceitos abstratos como números.
A multitarefa é especialmente difícil, e pode ser um desafio
gerenciar as finanças, equilibrar os talões de cheque e pagar as contas em dia.
Essas dificuldades podem progredir para a incapacidade de reconhecer e lidar
com números.
Planejando e executando tarefas familiares
Atividades de rotina que exigem etapas seqüenciais, como planejar
e cozinhar uma refeição ou jogar um jogo favorito, tornam-se uma luta à medida
que a doença progride. Eventualmente, pessoas com Alzheimer avançado podem
esquecer como executar tarefas básicas, como vestir-se e tomar banho.
Mudanças na personalidade e comportamento
Alterações cerebrais que ocorrem na doença de Alzheimer podem
afetar a maneira como você age e como se sente. Pessoas com Alzheimer podem
experimentar:
·
Depressão
·
Apatia
·
Retraimento social
·
Mudanças de humor
·
Desconfiança nos outros
·
Irritabilidade e agressividade
·
Mudanças nos hábitos de sono
·
Hábito de vagar
·
Perda de inibições
·
Delírios, como acreditar que algo foi roubado.
Muitas habilidades importantes não são perdidas até muito tarde na
doença. Estes incluem a capacidade de ler, dançar e cantar, apreciar música
antiga, envolver-se em artesanato e hobbies, contar histórias e relembrar.
Isso ocorre porque as informações, habilidades e hábitos
aprendidos no início da vida estão entre as últimas habilidades a serem
perdidas à medida que a doença progride; a parte do cérebro que armazena essa
informação tende a ser afetada mais tarde no curso da doença. Capitalizar essas
habilidades pode promover sucessos e manter a qualidade de vida mesmo na fase
moderada da doença.
Mesmo com uma aparência saudável, os portadores de Alzheimer
precisam de supervisão ao longo das 24 horas do dia. O quadro da doença evolui,
em média, por um período de cinco a dez anos.
Buscando ajuda médica
A ajuda médica é importante para garantir a qualidade de vida de
uma pessoa com Alzheimer, isso porque o tratamento irá retardar o processo de
evolução da doença. Fazer o diagnóstico de alguém com Alzheimer não é tarefa
fácil. A família do paciente imagina que se trata apenas de um problema
consequente da idade avançada e não procura a ajuda de um especialista. Ao
notar sintomas do Alzheimer, o próprio portador tende a escondê-los por
vergonha. A família precisa estar atenta e, se identificar algo incomum, deve
encaminhar o idoso à unidade de saúde mais próxima, mesmo que ela não tenha um
geriatra ou um neurologista.
Diagnóstico e Exames
Na consulta médica
Especialistas que podem diagnosticar o Alzheimer são:
·
Clínico geral
·
Neurologista
·
Geriatra
·
Psiquiatra.
Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e
otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas
informações:
·
Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
·
Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha
e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade
·
Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar.
O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:
·
Que tipos de dificuldades de memória e lapsos mentais você está
tendo? Quando você os notou pela primeira vez?
·
Eles estão ficando cada vez pior, ou às vezes são melhores e às
vezes piores?
·
Você parou de fazer certas atividades, como gerenciar finanças ou
fazer compras porque essas atividades eram muito desafiadoras?
·
Você se sente mais triste ou mais ansioso do que o habitual?
·
Você se perdeu ultimamente em uma rota de condução ou em uma situação
que geralmente é familiar para você?
·
Alguém expressou preocupação incomum sobre a sua condição?
·
Você já notou alguma mudança na maneira como você tende a reagir a
pessoas ou eventos?
·
Quais medicamentos você está tomando? Você está tomando vitaminas
ou suplementos?
·
Você já notou algum tremor ou dificuldade para andar?
·
Você está tendo algum problema para lembrar suas consultas médicas
ou quando deve tomar sua medicação?
·
Alguém na sua família já teve problemas de memória? Alguém já foi
diagnosticado com doença de Alzheimer ou demência?
·
Você está deprimido? Como está seu humor?
Também é importante levar suas dúvidas para a consulta por
escrito, começando pela mais importante. Isso garante que você conseguirá
respostas para todas as perguntas relevantes antes da consulta acabar. Para
Alzheimer, algumas perguntas básicas incluem:
·
Meu grau de memória é normal para alguém da minha idade?
·
Se não, você acha que meus sintomas podem ser devido à doença de
Alzheimer?
·
Quais testes eu preciso fazer?
·
Se o meu diagnóstico for doença de Alzheimer, quais serão meus
cuidados contínuos? Você pode me ajudar a criar um plano para atendimento
contínuo?
·
Quais tratamentos ou programas estão disponíveis? Quão eficazes
são esses tratamentos?
·
Os medicamentos irão ajudar? Quais são os possíveis efeitos
colaterais?
·
Como minha doença irá progredir com o tempo?
·
Meus novos sintomas afetarão a maneira como administro minhas
outras condições de saúde?
Não hesite em fazer outras perguntas, caso elas ocorram no momento
da consulta.
Diagnóstico de Alzheimer
Diagnosticar alguém com Alzheimer não é tarefa fácil. A família do
idoso imagina que se trata apenas de um problema consequente da idade avançada
e não procura a ajuda de um especialista. Ao notar sintomas do Alzheimer, o
próprio portador tende a escondê-los por vergonha. A família precisa estar
atenta e, se identificar algo incomum, deve encaminhar o idoso à unidade de
saúde mais próxima, mesmo que ela não tenha um geriatra ou um neurologista. É
preciso diferenciar o esquecimento normal de manifestações mais graves e
frequentes, que são sintomas da doença. Não é porque a pessoa está mais velha
que não vai mais se lembrar do que é importante.
Nos quadros de demência da Doença de Alzheimer, normalmente
observa-se um início lento dos sintomas (meses ou anos) e uma piora progressiva
das funções cerebrais.
A certeza do diagnóstico só pode ser obtida por meio do exame
microscópico do tecido cerebral do doente após seu falecimento. Antes disso,
esse exame não é indicado, por apresentar riscos ao paciente. Na prática, o
diagnóstico da Doença de Alzheimer é clínico, isto é, depende da avaliação
feita por um médico, que irá definir, a partir de exames e da história do
paciente, qual a principal hipótese para a causa da demência.
O acompanhamento médico é essencial para que se identifique
corretamente a existência ou não do Alzheimer. Outras doenças, como a
hipertensão - que dificulta a oxigenação do cérebro -, também podem originar
falta de memória e sintomas de demências. Existem também demências que podem
ser tratadas, como a provocada pelo hipotireoidismo.
Em 2002, o Ministério da Saúde publicou a portaria que instituiu
no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) o Programa de Assistência aos
Portadores da Doença de Alzheimer. Esse programa funciona por meio dos Centros
de Referência em Assistência à Saúde do Idoso, que são responsáveis pelo
diagnóstico, tratamento, acompanhamento dos pacientes e orientação aos
familiares e atendentes dos portadores de Alzheimer. No momento, há 26 Centros
de Referência já cadastrados no Brasil.
O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Gestão do
Trabalho e da Educação na Saúde, vem investindo na capacitação de profissionais
do SUS para atendimento aos idosos. O envelhecimento da nossa população é um
fenômeno recente, pois, até os anos 50, a expectativa de vida da população era
de aproximadamente 40 anos, observa. Atualmente a esperança de vida da
população é de 71 anos de idade, lembra a coordenadora.
Estimativas do Ministério da Saúde indicam que 73% das pessoas com
mais de 60 anos dependem exclusivamente do SUS. O atendimento aos pacientes que
sofrem do Alzheimer acontece não só nos Centros de Referência em Assistência à
Saúde do Idoso, mas também nas unidades ambulatoriais de saúde.
Exames
Dentre os principais exames complementares usados na rotina básica
para investigar pacientes com demência, por exemplo, Alzheimer (tipo de
demência mais comum) destacam-se:
·
Exames de sangue
·
Exame de imagem do cérebro.
Em casos selecionados é preciso também realizar a retirada do
líquido da espinha. Exames mais sofisticados como imagem funcional do cérebro não
são necessários de rotina.
Tratamento e Cuidados
Tratamento de Alzheimer
O SUS oferece, por meio do Programa de Medicamentos Excepcionais,
a rivastigmina, a galantamina e o donepezil, principais remédios utilizados
para o tratamento do Alzheimer. É bom lembrar que os medicamentos não impedem a
evolução da doença, que não tem cura. Os medicamentos para a demência têm
alguma utilidade no estágio inicial, podendo apenas amenizar ou retardar os
efeitos do Alzheimer.
1ª. Tratamento dos distúrbios de comportamento:
Para controlar a confusão e agressividade utilizam-se medicamentos
da classe dos neurolépticos atípicos, embora mesmo com esses medicamentos pode
ser difícil controlar esses sintomas.
Aqui, cabe ressaltar a importância de se evitar remédios que podem
prejudicar ainda mais a função intelectual ou cognitiva destes indivíduos, por
isso o médico deve ficar atento com os remédios que o paciente com Alzheimer
está usando.
Depressão e transtornos do sono também devem ser tratados com
medicações específicas.
2ª. Tratamento específico:
Dirigido para tentar melhorar o déficit de memória, corrigindo o
desequilíbrio químico do cérebro. Drogas como a rivastigmina, donepezil
(Eranz), galantamina (Reminyl), entre outras, podem funcionar melhor no início
da doença, até a fase intermediária. Porém, seu efeito pode ser temporário,
pois a doença de Alzheimer continua, infelizmente, progredindo. Estas drogas
possuem efeitos colaterais (principalmente gástrico e cardíaco), que podem
inviabilizar o seu uso,
Também há o fato de que somente uma parcela dos idosos melhoram
efetivamente com o uso destas drogas chamadas anticolinesterásicos, ou seja,
não resolve em todos os idosos com demência. Outra droga, comumente utilizada
na fase moderada e avançada da doença é a memantina, que atua de maneira diferentes
dos anticolinesterásicos. A memantina é um antagonista não competitivo dos
receptores NMDA do glutamato e comumente usada em associação com os
anticolinesterásicos.
Medicamentos para Alzheimer
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para
o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à
risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso
do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou
em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula
Convivendo (prognóstico)
Alzheimer tem cura?
Até o momento, não existe cura para a Doença de Alzheimer. Os
avanços da medicina têm permitido que os pacientes tenham uma sobrevida maior e
uma qualidade de vida melhor, mesmo na fase grave da doença.
As pesquisas têm progredido na compreensão dos mecanismos que
causam a doença e no desenvolvimento das drogas para o tratamento. Os objetivos
dos tratamentos são aliviar os sintomas existentes, estabilizando-os ou, ao
menos, permitindo que boa parte dos pacientes tenha uma progressão mais lenta
da doença, conseguindo manter-se independentes nas atividades da vida diária
por mais tempo.
Complicações possíveis
A perda de memória e de linguagem, julgamento prejudicado e outras
alterações cognitivas causadas pela doença de Alzheimer podem complicar o
tratamento para outras condições de saúde. Uma pessoa com doença de Alzheimer
pode não ser capaz de:
·
Comunicar que ele está sentindo dor
·
Relatar sintomas de outra doença
·
Seguir um plano de tratamento prescrito
·
Observar ou descrever os efeitos colaterais dos medicamentos.
À medida que a doença de Alzheimer progride para os seus últimos
estágios, as alterações cerebrais começam a afetar as funções físicas, como a
deglutição, o equilíbrio e o controle do intestino e da bexiga. Esses efeitos
podem aumentar a vulnerabilidade a problemas de saúde adicionais, como:
·
Pneumonia e outras infecções
·
Quedas
·
Fraturas
·
Escaras
·
Desnutrição ou desidratação
Convivendo/ Prognóstico
Quanto mais os efeitos da doença de Alzheimer avançam em seu
corpo, mais o paciente tende a se afastar completamente do convívio social. O
ator norte-americano Charles Bronson foi uma das vítimas da doença. Perto de
perder a vida, aos 81 anos, em 2003, o ator de Era uma Vez no Oeste
praticamente havia esquecido a sua identidade e não se lembrava de nada de seu
passado como astro de Hollywood. O ex-presidente norte-americano Ronald Reagan,
morto em 2004, foi outra vítima famosa. O problema de saúde tirou o político
das atividades públicas, em sua última década de vida.
A família e a sociedade podem dar um grande apoio aos pacientes do
Alzheimer. A Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz) é formada por
familiares dos pacientes e conta com a ajuda de vários profissionais, como
médicos e terapeutas. A associação promove encontros para que as famílias
troquem experiências e aprendam a cuidar e a entender a doença e seus efeitos
na vida dos idosos. Para a coordenadora de Saúde do Idoso do Ministério da
Saúde, Neidil Espínola, mesmo com o desgaste, as famílias podem entender que,
se o paciente sofre de uma doença incurável, pelo menos ele pode ser cuidado e
receber carinho.
Prevenção
Prevenção
Incurável, o Alzheimer ainda não possui uma forma de prevenção. Os
médicos acreditam que manter a cabeça ativa e uma boa vida social permite, pelo
menos, retardar a manifestação da doença. Entre as atividades recomendadas para
estimular a memória, estão: leitura constante, exercícios de aritmética, jogos
inteligentes e participação em atividades de grupo.
Links
Úteis
Referências
(1) Márcia Kimura Oka, geriatra do Hospital Santa Catarina
(2) Ministério da Saúde. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/226_alzheimer.html
(3) Mayo Clinic. Disponível em:
https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/alzheimers-disease/symptoms-causes/syc-20350447
(4) Associação Brasileira de Alzheimer. Disponível em:
http://abraz.org.br/sobre-alzheimer/o-que-e-alzheimer
(5) Alzheimer’s Association. Disponível em:
https://www.alz.org/alzheimers_disease_what_is_alzheimers.asp
Fonte:https://www.minhavida.com.br/saude/temas/alzheimer
Como é feito o tratamento para a doença de Alzheimer
O tratamento para o Alzheimer é feito para controlar os sintomas e retardar o agravamento da degeneração cerebral provocada pela doença e inclui o uso de remédios, como Donepezila, Rivastigmina ou Memantina, por exemplo, indicados pelo geriatra, neurologista ou psiquiatra.
Além do uso de remédios, é importante fazer terapias que melhoram a independência e o raciocínio, com terapia ocupacional, fisioterapia, atividades físicas, além de dar preferência a uma alimentação mediterrânea, equilibrada e rica em vitamina C, E e ômega 3, que têm ação antioxidante e protetora cerebral.
A escolha do melhor tratamento e as opções de medicamentos são indicadas pelo médico após avaliação e identificação das necessidades de cada paciente.
A doença de Alzheimer é uma doença degenerativa do cérebro, que provoca perda gradual da memória, além de outras alterações como prejuízos no comportamento, desorientação e dificuldades na comunicação, por exemplo.
Saiba como identificar os sinais e sintomas do Alzheimer
A doença de Alzheimer, também conhecida como Mal de Alzheimer, é uma doença degenerativa do cérebro, e seus primeiros sinais e sintomas estão relacionados com alterações na memória, que são sutis e difíceis de perceber no primeiro momento, mas vão piorando ao longo dos meses e anos.
Esta doença é mais comum em idosos, e a evolução dos sintomas pode ser dividida em 3 fases, que são leve, moderada e grave, sendo que alguns sinais clínicos iniciais são alterações como dificuldade de encontrar palavras, não saber se localizar no tempo ou onde está, dificuldade para tomar decisões e falta de iniciativa, por exemplo.
No entanto, os sintomas dos diferentes estágios podem se misturar e duração em cada fase pode variar de pessoa para pessoa. Além disto, a doença também pode acontecer em jovens, uma situação rara e de evolução mais rápida, conhecida como Alzheimer precoce, hereditário ou familiar.
1. Fase inicial do Alzheimer
No estágio inicial, podem surgir sintomas como:
- Alterações da memória, principalmente dificuldade para lembrar dos acontecimentos mais recentes, como onde guardou as chaves de casa, o nome de alguém ou um local onde esteve, por exemplo;
- Desorientação no tempo e no espaço, tendo dificuldade para achar o caminho de casa ou não saber o dia da semana ou a estação do ano que está;
- Dificuldade para tomar decisões simples, como planejar o que cozinhar ou comprar;
- Repetir constantemente a mesma informação, ou fazer as mesmas perguntas;
- Perda de vontade em realizar atividades do dia-a-dia;
- Perda do interesse por atividades que costumava de fazer, como costurar ou fazer cálculos;
- Mudança do comportamento, geralmente ficando mais agressivo ou ansioso;
- Alterações de humor com momentos de apatia, riso e choro em certas situações.
Nesta fase, a alteração da memória acontece para situações recentes, e a lembrança de situações antigas permanece normal, o que torna mais difícil perceber que pode ser sinal de Alzheimer.
Assim, quando são percebidas estas alterações, não se deve associar somente ao envelhecimento normal, e é orientado ir ao geriatra ou neurologista para que sejam feitas avaliações e testes de memória que podem identificar alterações mais graves.
Se você está suspeitando de que alguém próximo está com essa doença, responda às questões do nosso teste rápido para Alzheimer.
2. Fase moderada do Alzheimer
Progressivamente os sintomas começam a ser mais evidentes e podem surgir:
- Dificuldade para cozinhar ou limpar a casa, deixando o fogão ligado, colocando na mesa alimentos crus ou usando os utensílios errados para limpar a casa, por exemplo;
- Incapacidade de fazer a higiene pessoal ou esquecer de se limpar, usando a mesma roupa constantemente ou andando sujo;
- Dificuldade para se comunicar, não recordando as palavras ou dizendo frases sem sentido e apresentando pouco vocabulário;
- Dificuldade para ler e escrever;
- Desorientação em locais conhecidos, perdendo-se dentro da própria casa, urinando no cesto do lixo, ou confundido os cômodos;
- Alucinações, como ouvir e ver coisas que não existem;
- Alterações do comportamento, ficando muito quieto ou excessivamente agitado;
- Ficar sempre muito desconfiado, principalmente de roubos;
- Alterações do sono, podendo trocar o dia pela noite.
Nesta fase, o idoso torna-se depende de um familiar para se cuidar, porque já não consegue fazer as tarefas do dia a dia, devido a todas as dificuldades e confusão mental. Além disso, é possível começar a haver dificuldade para andar e ter alterações do sono.
3. Fase avançada do Alzheimer
Na fase mais grave, os sintomas anteriores estão presentes de forma mais intensa e surgem outros, como:
- Não memorizar nenhuma informação nova e não recordar as informações antigas;
- Esquecer dos familiares, amigos e locais conhecidos, não identificando o nome nem reconhecendo o rosto;
- Dificuldade para entender o que acontece em sua volta;
- Ter incontinência urinária e de fezes;
- Dificuldade para engolir alimentos, podendo ter engasgos ou demorar muito para terminar uma refeição;
- Apresentar comportamentos inapropriados, como arrotar ou cuspir no chão;
- Perder habilidade para fazer movimentos simples com os braços e as pernas, como comer com uma colher;
- Dificuldade para andar, sentar ou levantar, por exemplo.
Nesta fase, a pessoa pode passar a ficar mais deitada ou sentada o dia inteiro e, se nada for feito para impedir isto, a tendência é que se torne cada vez mais frágil e limitado. Assim, pode vir a necessitar do uso de cadeira de rodas ou mesmo ficar acamado, tornando-se dependente de outras pessoas para realizar todas as tarefas, como tomar banho ou trocar fraldas.
Como confirmar se é Alzheimer
Para fazer o diagnóstico do Alzheimer, deve-se consultar com o geriatra ou neurologista, que poderá:
- Avaliar a história clínica da pessoa e observar os sinais e sintomas da doença;
- Indicar a realização de exames como ressonância magnética, tomografia computadorizada e exames de sangue;
- Fazer testes de memória e cognição, como o Mini Exame do estado Mental, Teste do Relógio e teste de fluência verbal.
Estas avaliações podem indicar a presença de uma alteração de memória, além de excluir outras doenças que também podem causar alterações cerebrais, como depressão, AVC, hipotireoidismo, HIV, sífilis avançada ou outras doenças degenerativas do cérebro, por exemplo.
Caso seja confirmada a doença de Alzheimer, o tratamento será indicado com o uso de medicamentos para limitar a progressão da doença, como Donepezila, Galantamina ou Rivastigmina, por exemplo. Veja mais detalhes sobre as opções de tratamento para a doença de Alzheimer.
Além disso, são feitas atividades como fisioterapia, terapia ocupacional, atividade física e fonoaudiologia, para ajudar na manutenção da independência e capacidade de realizar atividades o máximo de tempo possível.
Medicamentos para Alzheimer
Existem remédios, em comprimido ou solução oral, que melhoram os sintomas e atrasam a evolução da doença de Alzheimer, especialmente retardando a perda de memória, e devem ser usados precocemente desde o início do diagnóstico, como a Donepezila, Galantamina e Rivastigmina, que são chamados de anticolinesterásicos, pois atuam aumentando os níveis da acetilcolina, um importante neurotransmissor para as funções cerebrais.
A rivastigmina também tem a opção em adesivo, ou patch, que são trocados a cada 24 horas, e estão indicados para facilitar o uso, e para diminuir alguns efeitos colaterais dos comprimidos, que podem ser enjôos, vômitos e diarréia.
A memantina também é um medicamento muito utilizado no tratamento, para evitar a progressão da doença em casos mais avançados e para acalmar.
Além disto, existem outros remédios que podem ser usados como auxiliadores ao tratamento dos sintomas, úteis para diminuir a ansiedade, dormir ou ajudar a controlar a instabilidade emocional, como antipsicóticos, ansiolíticos e antidepressivos.
Tabela dos medicamentos mais usados
Os principais remédios para tratar o Alzheimer, disponíveis no SUS ou por particular, são:
Para que serve | Exemplo de medicamento | |
Anticolinesterásicos | Atrasar a progressão da doença e diminuir sintomas | Donepezila, Rivastigmina, Galantamina |
Memantina | Diminuir os sintomas da doença | Memantina |
Antipsicótico | Para equilibrar os comportamentos, evitando a excitação e agitação e evitar delírios e alucinações | Olanzapina, Quetiapina, Risperidona |
Ansiolítico | Para controlar a ansiedade e dormir | Clorpromazina, Alprazolam, Zolpidem |
Antidepressivos | Para estabilizar o humor e emoções | Sertralina, Nortriptilina, Mirtazapina, Trazodona |
O tipo, a dose e a quantidade de medicamentos são orientados pelo médico de acordo com cada caso, seguindo as necessidades de cada paciente.
Apesar da grande quantidade de medicamentos que são, geralmente, utilizados para tratar esta doença, ainda não existe uma cura, e é comum que ela piore com o passar do tempo.
Novas terapias
A estimulação profunda cerebral é uma terapia quem vem sendo utilizada e parece ter bons resultados para o controle da doença e pode, até, reverter os sintomas. Como ainda é uma terapia muito cara e está disponível em poucos hospitais, ainda não está sendo realizada com muita frequência, sendo reservada para alguns casos que não respondem ao tratamento com remédios. Saiba mais sobre as indicações e como é feita a cirurgia de estimulação cerebral profunda.
A cirurgia de estimulação cerebral profunda já vem sendo, também, testada e utilizada para tentar regredir os sintomas do Alzheimer, como esquecimento, dificuldade de raciocínio e alteração do comportamento.
Nos resultados iniciais, já se observou que a doença fica estacionada por mais tempo e, em algumas pessoas, pôde-se notar a sua regressão, devido a melhores resultados apresentados nos testes de raciocínio.
Outras terapias,como ozonioterapia, à base de insulina ou de anti-inflamatórios, como o ácido mefenâmico, apesar de terem sido demonstradas em alguns estudos realizados, não são terapias comprovadas e não costumam ser indicadas pelos médicos.
Fisioterapia para Alzheimer
O tratamento fisioterapêutico é importante para diminuir as limitações físicas que o Alzheimer pode trazer, como dificuldade para andar e equilibrar e, deve ser feito no minimo 3 vezes por semana.
A fisioterapia deve ser feita com exercícios de fácil compreensão e execução, pois a capacidade mental do paciente é reduzida e a realização de fisioterapia é útil para:
- Ajudar a fortalecer os músculos, melhorando a coordenação, o equilíbrio e a flexibilidade;
- Evitar dor nos músculos e articulações;
- Prevenir quedas e fraturas;
- Prevenir que o paciente fique acamado;
- Prevenir o surgimento de escaras em indivíduos acamados;
- Evitar dores nos músculos e articulações;
- Aumentar os movimentos peristálticos do intestino facilitando a eliminação das fezes.
O cuidador também deverá ser orientado a ajudar a pessoa a realizar os exercícios da fisioterapia diariamente em casa, para potencializar os resultados. Saiba mais sobre como é feita a fisioterapia para Alzheimer.
Benefícios da fisioterapia no paciente com Alzheimer
O tratamento de fisioterapia para idosos com Alzheimer tem como objetivos:
- Ajudar o indivíduo a movimentar-se mais livremente, mantendo alguma autonomia e mobilidade para se mexer na cama, sentar ou andar, por exemplo;
- Evitar que os músculos fiquem presos e atrofiados, que trazem dores;
- Permitir a amplitude das articulações, para realizar as tarefas do dia-a-dia;
- Evitar quedas e fraturas;
- Evitar dor nos músculos, ossos e tendões, que causam desconforto e mal-estar.
Desta forma, a fisioterapia permite que o individuo mantenha alguma autonomia, conseguindo realizar suas tarefas do dia a dia sozinho ou com o mínimo de ajuda possível.
Além disso, se a capacidade para se mexer e mobilizar estiver pelo maior tempo possível, ajuda a retardar problemas comuns na doença de Alzheimer, como prisão de ventre, desenvolvimento de infeções respiratórias ou escaras.
Exercícios para Alzheimer
Os portadores de Alzheimer, devem fazer exercícios simples e de fácil compreensão para que o paciente consiga compreender e, que devem ser semelhantes às atividades do dia a dia, de forma a aumentar ao mesmo tempo a atividade intelectual e motora.
Os exercícios físicos podem ser feitos pelo portador da doença ou com ajuda de um fisioterapeuta e, estes devem ser realizados em breves períodos de tempo, várias vezes ao dia, para evitar a exaustão e o desinteresse pela atividade.
Alguns bons exemplos de exercícios simples para pessoas com Alzheimer na fase inicial ou intermédia da doença incluem:
- Andar pela casa ou dançar;
- Colocar uma bola de plástico em cima da cabeça e tentar equilibrar;
- Treinar o escovar o dentes e pentear o cabelo;
- Apertar botões da blusa;
- Ficar num pé só e andar de lado.
Os casos mais recentes de Alzheimer, podem beneficiar-se de exercícios em grupo com pesos e bolas, por exemplo, ou mesmo fazer natação ou hidroginástica e alongamentos musculares.
Fisioterapia para pacientes com Alzheimer avançado
Quando o paciente com a doença de Alzheimer já está num estadio avançado e, encontra-se acamado ou tem dificuldade em equilibrar-se sentado deve fazer fisioterapia todos os dias com um fisioterapeuta, para evitar que o doente perca massa muscular e fique com os músculos e articulações atrofiadas, que trazem dor e desconforto.
O fisioterapeuta deve fazer execícios simples de alongamento, pedindo sempre que possível colaboração do paciente.
Além disso, a pessoa com Alzheimer também pode fazer sessões de psicoterapia e terapia ocupacional, que são especialmente indicadas na fase inicial da doença para estimular a memória e auxiliar na realização das atividades do dia a dia.
Opções de tratamento natural
A estimulação da memória, através de jogos e realização de pequenas atividades, como cozinhar ou ler, devem ser feitas diariamente com ajuda de um terapeuta ou familiar, para que o paciente não perca rapidamente o vocabulário nem se esqueça da utilidade dos objetos, por exemplo.
Além disso, a estimulação social, através do contato com amigos e familiares é fundamental para manter o convívio social e retardar o esquecimento das pessoas próximas. Saiba mais sobre os cuidados essenciais que se deve ter para o paciente com Alzheimer.
10 cuidados essenciais para o Doente com Alzheimer
O paciente com Alzheimer precisa tomar os remédios para demência todos os dias e estimular o cérebro de diversas formas. Por isso, é recomendado que ele seja acompanhado por um cuidador ou familiar, porque estando acompanhado é mais fácil manter os cuidados necessários e diminuir a progressão da perda da memória.
Além disso, o cuidador deve ajudar o idoso nas tarefas do dia-a-dia, como comer, tomar banho ou vestir-se, por exemplo, porque estas atividades podem ser esquecidas, devido às características da doença.
1. Remédios para o Alzheimer
O paciente com Alzheimer precisa tomar remédios para a demência diariamente, como Denepezilo ou Memantina, que ajudam a retardar o avanço da doença e controlam os comportamentos, como a agitação e a agressividade. No entanto, pode ser difícil para o paciente tomar os remédios sozinho, pois pode se esquecer e por isso o cuidador deve estar sempre atento para garantir que o medicamento é ingerido nos horários indicados pelo médico.
Porém, também é frequente que a pessoa com Alzheimer não queira tomar os comprimidos. Uma boa dica consiste em amassar e misturar os remédios com iogurte ou sopa, por exemplo.
Leia mais sobre os principais remédios usados no tratamento do Alzheimer.
2. Treino para o cérebro
O treinamento das funções cerebrais deve ser feito diariamente para estimular a memória, a linguagem, a orientação e atenção do paciente, podendo ser feitas atividades individuais ou em grupo com um enfermeiro ou terapeuta ocupacional.
O objetivo das atividades, como completar quebra-cabeça, ver fotografias antigas ou ler o jornal por exemplo, é estimular o cérebro para que funcione adequadamente, durante o máximo de tempo, ajudando a recordar momentos, a manter a fala, a fazer pequenas tarefas e a reconhecer outras pessoas e a si mesmo.
Além disso, é fundamental promover a orientação do paciente, tendo um calendário na parede de casa atualizado, por exemplo, ou informando-o várias vezes ao dia sobre qual o seu nome, a data ou a estação do ano.
Veja ainda uma lista de alguns exercícios que ajudam a estimular o cérebro.
Exercícios para melhorar a Memória e a Concentração
Os exercícios para memória são muito úteis para quem quer manter o cérebro ativo e eficaz. Estes servem para aumentar a capacidade de armazenar as informações e incluem:
- Jogo das diferenças;
- Fazer sudoku, caça palavras, dominó ou palavras cruzadas;
- Montar um quebra-cabeças;
- Ler um livro ou assistir um filme e depois contar para alguém;
- Fazer uma lista de compras, mas evitar utilizá-la durante as compras;
- Tomar banho de olhos fechados e tentar lembrar o local das coisas;
- Fazer atividades estimulantes, como teatro ou dança;
- Fazer um curso numa área de interesse, como pintura, jardinagem ou línguas.
Além disso, para aumentar o efeito dos exercícios os indivíduos, deve-se comer alimentos ricos em magnésio, vitamina E e ômega 3, como peixe, nozes, suco de laranja ou banana.
Quando o cérebro não é estimulado, o indivíduo tem maior probabilidade de esquecimentos e de desenvolver problemas de memória devido ao seu cérebro ser “preguiçoso” e não agir com a rapidez e agilidade que deveria.
Confira um bom Remédio caseiro para memória
Remédio caseiro para memória
Um bom remédio caseiro para a memória é melhorar a circulação sanguínea à nível cerebral, o que pode ser conseguido com uma alimentação saudável, contendo estimulantes cerebrais como o Ginkgo Biloba e alimentos ricos em vitamina B6 e B12 porque eles contém a gordura boa, presente nas células cerebrais.
Uma outra dica importante para melhorar a memória é dormir bem porque é durante o sono profundo que a memória é consolidada, e tomar café porque contém cafeína que melhora os níveis de atenção.
Remédio caseiro com ginkgo biloba
Um bom remédio caseiro para memória é tomar o chá de alecrim com ginkgo biloba porque ele aumenta a circulação sanguínea, melhorando a troca de informação entre os neurônios, que é fundamental para melhorar a atenção e a memória.
Ingredientes
- 5 folhas de ginkgo biloba
- 5 folhas de alecrim
- 1 copo de água
Modo de preparo
Ferver a água e depois adicionar as folhas das plantas medicinais. Tapar, deixando esfriar, por cerca de 5 minutos. Coar e beber a seguir. É recomendado tomar de 2 a 3 xícaras deste chá por dia, todos os dias.
Remédio caseiro com catuaba
Um outro bom remédio caseiro para melhorar a memória é tomar o chá de catuaba, que melhora a eficiência entre as sinapses nervosas.
Ingredientes
- ½ litro de água
- 2 colheres (sopa) de casca de catuaba
Modo de preparo
Coloque os ingredientes numa panela e deixe ferver por alguns minutos. A seguir, apague o fogo e deixe esfriar. Beber 2 vezes ao dia.
A memória é a capacidade de armazenar informações no cérebro e ela tende a diminuir com a idade, mas tomar regularmente estes remédios caseiros pode ajudar a melhorar a memória e a falta de atenção. No entanto, estes remédios caseiros não são indicados em caso de problemas graves de memória como o Alzheimer.
Veja este vídeo para ficar a saber quais os alimentos que ajudam a melhorar a memória:
Exercício para memória e concentração
Para fazer este exercício para memória e concentração você deve observar os elementos da lista, durante 30 segundos, e tentar decorá-los:
amarelo | televisão | praia |
dinheiro | celular | linguiça |
papel | chá | Londres |
A seguir, olhe para a próxima lista e encontre os nomes que foram alterados:
amarelo | confusão | mar |
dinheiro | celular | linguiça |
folha | caneca | Paris |
Os termos errados da última lista são: Confusão, Mar, Folha, Caneca e Paris. Se identificou todas as alterações, sua memória está boa, mas deve continuar a fazer outros exercícios para manter seu cérebro em forma. Se não encontrou as respostas certas poderá fazer mais exercícios para memória e avaliar com um médico a possibilidade de tomar um remédio para memória, mas uma boa forma de melhorar a memória é comer alimentos ricos em ômega 3. Veja: Ômega 3 melhora a aprendizagem.
O mal de Alzheimer leva à diminuição do mobilidade da pessoa, aumentando a dificuldade para andar e manter o equilíbrio, que impossibilita a realização de forma autônoma das atividades do dia a dia, como andar ou deitar-se, por exemplo.
Desta forma, a atividade física tem várias vantagens para o paciente com Alzheimer, como:
- Evitar dor nos músculos e articulações;
- Prevenir quedas e fraturas;
- Aumentar os movimentos peristálticos do intestino, facilitando a eliminação das fezes;
- Retardar que o paciente fique acamado.?
Deve-se fazer atividade física todos os dias, como caminhar ou fazer hidroginástica pelo menos 30 minutos todos os dias. Além disso, de acordo com a gravidade da doença, pode ser preciso fazer sessões de fisioterapia para manter qualidade de vida.
4. Contato social
O paciente com Alzheimer deve manter contato com amigos e familiares para evitar o isolamento e a solidão, que leva ao aumento da perda de capacidades cognitivas. Assim, é importante ir na padaria, passear no jardim ou estar presente no aniversários dos familiares, para conversar e interagir.
No entanto, é importante estar em locais calmos, já que o barulho, pode aumentar o nível de confusão, deixando a pessoa mais agitada ou agressiva.
5. Adaptação da casa
O paciente com Alzheimer tem maior risco de cair, devido ao uso de remédios e à perda de equilibro e, por isso, sua casa deve ser ampla e não deve ter objetos nos locais de passagem.
Além disso, o paciente deve usar sapatos fechados e roupa confortável para não cair. Veja todas as dicas importantes sobre como deve adequar a casa para prevenir quedas.
6. Como falar com o doente
O paciente com Alzheimer pode não encontrar as palavras para se expressar ou mesmo não compreender o que lhe é dito, não cumprindo ordens, e, por isso, é importante ter calma enquanto comunica com ele. Para isso, é preciso:
- Estar próximo e olhar nos olhos o paciente, para o paciente perceber que estão falando consigo;
- Segurar a mão do paciente, para demonstrar carinho e compreensão;
- Falar calmamente e dizer frases curtas;
- Fazer gestos para explicar o que está dizendo, exemplificando caso seja necessário;
- Usar sinônimos para dizer a mesma coisa para o paciente compreender;
- Ouvir o que o paciente quer dizer, mesmo que seja algo que já disse várias vezes, pois é normal ele repetir as ideias.
Além da doença de Alzheimer o paciente pode ouvir e ver mal e, por isso, pode ser necessário falar mais alto e de frente para o paciente para que este ouça corretamente.
No entanto, a capacidade cognitiva do paciente com Alzheimer está muito alterada e mesmo se siga as indicações ao falar é possível que mesmo assim este não compreenda.
7. Como manter o doente seguro
Geralmente, o doente com Alzheimer não identifica os perigos e, pode por em risco sua vida e dos outros e para minimizar os perigos, deve-se:
- Colocar uma pulseira de identificação com o nome, morada e telefone de um familiar no braço do paciente;
- Informar os vizinhos do estado do paciente, para caso necessário, ajudá-lo;
- Manter as portas e janelas fechadas para evitar que fuja;
- Esconder chaves, principalmente de casa e do carro porque o paciente poderá ter vontade de conduzir ou sair de casa;
- Não ter objetos perigosos visíveis, como copos ou facas, por exemplo.
Além disso, é fundamental o paciente não andar sozinho, devendo sair de casa sempre acompanhado, porque o risco de se perder é muito elevado.
8. Como cuidar da higiene
Com o avançar da doença, é comum o doente precisar de ajuda para fazer sua higiene, como tomar banho, vestir-se, ou pentear-se por exemplo, pois, além de se esquecer de o fazer, deixa de reconhecer a função dos objetos e como se faz cada tarefa.
Assim, para o paciente se manter limpo e confortável, é importante ajudá-lo na sua realização, mostrando como se faz para que este consiga repetir. Além disso, é importante envolvê-lo nas tarefas, para que este momento não lhe cause confusão e gere agressividade. Veja mais em: Como cuidar de uma pessoa acamada.
9. Como deve ser a alimentação
O doente com o mal de Alzheimer perde a capacidade de cozinhar e, aos poucos, vai perdendo a capacidade de comer pela própria mão, além de poder ter dificuldade em engolir. Desta forma, o cuidador deve:
- Preparar refeições que agradem o paciente e não dar alimentos novos a experimentar;
- Usar um guardanapo grande, como um babador,
- Evitar falar durante a refeição para não distrair o doente;
- Explicar o que está a comer e para que servem os objetos, garfo, copo, faca, caso o paciente rejeite alimentar-se;
- Não contrariar o paciente se ele não quiser comer ou se quiser comer com a mão, para evitar momentos de agressividade.
Além disso, pode ser necessário, fazer uma alimentação indicada por um nutricionista, de modo a evitar desnutrição e, no caso de problemas de deglutição pode ser necessário fazer uma dieta mole. Leia mais em: O que comer quando não posso mastigar.
10. O que fazer quando o paciente está agressivo
A agressividade é uma característica da doença de Alzheimer, manifestando-se através de ameaças verbais, violência física e destruição de objetos.
Normalmente, a agressividade surge porque o paciente não compreende as ordens, não reconhece pessoas e, por vezes, por sentir frustração ao aperceber-se da perda de suas capacidades e, nesses momentos, o cuidador deve manter a calma, procurando:
- Não discutir nem criticar o paciente, desvalorizando a situação e falando com calma;
- Não tocar na pessoa quando está agressiva;
- Não mostrar medo nem ansiedade quando o paciente está agressivo;
- Evitar dar ordens, mesmo que simples durante esse momento;
- Retirar objetos que possam ser atirados da proximidade do paciente;
- Mudar de assunto e incentivar o paciente a fazer algo que gosta, como ler o jornal, por exemplo, de modo a esquecer-se do que provocou a agressividade.
Geralmente, os momentos de agressividade são rápidos e passageiros e, normalmente o doente com o Mal de Alzheimer não se recorda do acontecimento.
A alimentação também é importante para complementar o tratamento e recomenda-se a dieta mediterrânea, por ser saudável e baseada no consumo de alimentos frescos e naturais como azeite, frutas, legumes, cereais, leite e queijo, e por evitar produtos industrializados como salsicha, comida congelada e bolos em pó, sendo a ideal para quem tem Alzheimer, pois nutre o corpo e o cérebro de forma adequada.
Como prevenir o Alzheimer
Para prevenir esta doença, é importante ter hábitos de vida saudáveis, consumindo vegetais e alimentos antioxidantes, e evitar comportamentos que prejudicam a circulação e o funcionamento do cérebro, como fumar e beber em excesso.
Além disto, é importante procurar sempre estimular o raciocínio e a cognição cerebral, por meio de leituras e realização de atividades que estimulem o pensamento. Veja quais são as principais dicas para a prevenção do Alzheimer.
Como Identificar o Alzheimer Precoce
O Alzheimer é considerado precoce quando é diagnosticado antes do 65 anos de idade e neste caso ele é sempre hereditário. Seus principais sintomas podem incluir falhas da memória, confusão mental ou irritabilidade e agressividade, surgindo muitas vezes por volta dos 30 anos de idade. O diagnóstico precoce é importante, pois quando tratada desde cedo, mais facilmente a doença consegue ser controlada.
Quando os primeiros sintomas surgem, são muitas vezes são confundidos com estresse e distração, e por isso é muito importante ficar atento, especialmente quando existe histórico familiar da doença.
Sintomas do Alzheimer Precoce
Alguns sintomas de Alzheimer Precoce incluem:
- Falhas da memória como esquecer onde estão os óculos ou esquecer o que foi fazer no quarto que tornam-se cada vez mais comuns;
- Confusão mental como não saber onde está ou o que foi fazer ali;
- Trocar o lugar das coisas como guardar o telefone dentro da geladeira, por exemplo;
- Irritabilidade e agressividade;
- Apatia;
- Angústia e depressão;
- Perda dos movimentos como dificuldade para levantar-se sozinho;
- Perda da cognição como dificuldade em realizar contas simples como 3 x 4;
- Hipersexualidade;
- Insônia, dificuldade para dormir ou vários despertares noturnos.
Em caso de suspeita de Alzheimer pode-se responder a um questionário que aborda 10 questões sobre o dia a dia da pessoa. Veja quais são estas perguntas em: Teste rápido para saber se pode estar com Alzheimer.
Idade do Alzheimer precoce
Estes sinais muitas vezes são confundidos com estresse e distração, mas indivíduos que tenham familiares próximos diagnosticados com Alzheimer devem estar atentos a estes sinais que podem começar a surgir por volta dos 30, 35 anos de idade. Há casos de indivíduos que começaram a apresentar os primeiros sinais de Alzheimer aos 30 anos mas o diagnóstico da doença só foi feito 10 anos depois quando a doença já estava mais avançada.
No caso do Alzheimer precoce os sintomas da doença instalam-se de forma muito mais rápida que nos idosos e a incapacidade de cuidar de si próprio surge muito cedo, necessitando da ajuda de cuidadores por volta dos 60 anos.
Diagnóstico do Alzheimer precoce
O diagnóstico do Alzheimer precoce é feito através:
- Observação dos sinais e sintomas da doença;
- Comprovação de comprometimento cerebral através de exames de imagem e testes de memória.
Se você está suspeitando que possa ter essa doença ou que alguém próximo pode ter, faça o teste a seguir:
Tratamento para Alzheimer precoce
O tratamento para o Alzheimer precoce deve ser instituído o mais rápido possível para ajudar a diminuir os sintomas e evitar a progressão da doença. O indivíduo poderá beneficiar-se de uma alimentação saudável, prática de exercícios físicos e conhecimento sobre a doença e suas limitações.
Em média, o tempo de vida do indivíduo com Alzheimer é de aproximadamente 10 a 15 anos após o diagnóstico da doença mas quanto antes a doença for descoberta, melhor o prognóstico.
6 Dicas para Prevenção do Alzheimer
O Alzheimer é uma doença genética que passa de pais para filhos, mas que pode não se desenvolver em todos os pacientes quando alguns cuidados, como estilo de vida e hábitos de alimentação, são adotados. Dessa forma, é possível combater os fatores genéticos com os fatores externos.
Assim, para fazer a prevenção do Alzheimer, especialmente em casos de histórico da doença na família, existem 6 cuidados que ajudam a atrasar o surgimento da doença e que se encontram listados a seguir.
1. Fazer diariamente jogos de estratégia
As atividades que estimulam o cérebro ajudam a reduzir o risco de desenvolver Alzheimer porque mantêm o cérebro ativo. Assim, deve-se guardar 15 minutos por dia para fazer atividades como:
- Fazer jogos de estratégia, puzzles ou palavras cruzadas.
- Aprender algo novo, como falar uma nova língua ou tocar um instrumento;
- Treinar a memória, memorizando a lista de compras, por exemplo.
Outra atividade que estimula o cérebro é ler livros, revistas ou jornais, pois além da leitura o cérebro também retém informações, treinando várias funções.
2. Praticar 30 minutos de exercício por dia
Fazer exercício físico regular pode diminuir até 50% as chances de desenvolver Alzheimer e, por isso, é importante fazer 30 minutos de atividade física 3 a 5 vezes por semana.
Algumas atividades físicas recomendadas são jogar tênis, praticar natação, fazer ciclismo, dançar ou praticar jogos de equipe, por exemplo. Além disso, pode-se introduzir o exercício físico em vários momentos do dia, como subir escadas em vez de ir de elevador, por exemplo.
3. Adotar uma dieta mediterrânea
Fazer uma dieta mediterrânea rica em vegetais, peixes e frutas ajuda a nutrir corretamente o cérebro, impedindo problemas graves, como o Alzheimer ou demência. Algumas dicas de alimentação são:
- Fazer 4 a 6 pequenas refeições por dia, ajudando a manter os níveis de açúcar estáveis;
- Comer peixe rico em ômega 3, como salmão, atum, truta e sardinhas;
- Comer alimentos ricos em selênio, como castanha-do-pará, ovo ou trigo;
- Ingerir todos os dias vegetais com folhas verdes;
- Evitar alimentos ricos em gordura, como embutidos, produtos industrializados e salgadinhos.
Além de prevenir o Alzheimer, a dieta mediterrânea equilibrada também ajuda a prevenir problemas cardíacos, como infarto ou insuficiência cardíaca.
4. Beber 1 taça de vinho tinto por dia
O vinho tinto possui antioxidantes que ajudam a proteger os neurônios de produtos tóxicos, evitando lesões no cérebro. Desta forma, é possível manter o cérebro saudável e ativo, evitando o desenvolvimento de Alzheimer.
5. Dormir 8 horas por noite
Dormir pelo menos 8 horas por noite ajuda a regular o funcionamento do cérebro, aumentando a capacidade para pensar, guardar informação e resolver problemas, prevenindo o surgimento de demências.
6. Manter a pressão arterial controlada
A pressão arterial alta está relacionada com o surgimento precoce da Doença de Alzheimer e demência. Assim, pacientes com hipertensão devem seguir as indicações do clínico geral e fazer, pelo menos, 2 consultas por ano para avaliar a pressão arterial.
Ao adotar este estilo de vida, o indivíduo apresenta menor risco de desenvolver doenças cardiovasculares e estará estimulando a função cerebral, tendo um menor risco de desenvolver demências, inclusive o Alzheimer.
Saiba como identificar precocemente a doença de Alzheimer em: 10 sinais de alerta para a doença de Alzheimer.
10 Sinais de Alerta para a Doença de Alzheimer
O Mal de Alzheimer é uma doença em que o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o seu avanço, pois normalmente vai-se agravando com o progredir da demência.
Embora o esquecimento seja o sinal mais reconhecido deste problema, o Alzheimer pode começar por se manifestar com os outros sintomas como confusão mental, apatia, mudanças de humor ou perda da cognição para realizar tarefas simples como contas de matemática. Por isso, é muito importante ficar atento a todas as pequenas alterações que podem ajudar na identificação da doença, conheça todos os sintomas em Como Identificar o Alzheimer Precoce. Quando afeta os jovens, estes sintomas podem começar a aparecer por volta dos 30 anos de idade, mas o mais comum é que eles surjam a partir dos 70 anos.
Sinais que podem ajudar no Diagnóstico
Alguns sinais importantes que podem ajudar na identificação precoce da doença incluem:
- Perda de memória, especialmente de acontecimentos mais recentes;
- Dificuldade em executar tarefas do cotidiano, como usar o telefone ou cozinhar;
- Desorientação, não identificando a data, a estação do ano, o local onde se encontra;
- Problemas de discernimento, como dificuldade em se vestir de acordo com a estação do ano, por exemplo;
- Problemas de linguagem, como esquecimento de palavras simples associado à dificuldade de compreensão da fala e da escrita;
- Repetir conversas ou tarefas, devido ao esquecimento constante;
- Trocar o lugar das coisas, como colocar o ferro de passar roupa na geladeira, por exemplo;
- Alteração brusca do humor sem razão aparente;
- Alteração na personalidade de modo a se identificar na pessoa apatia, confusão, agressividade ou desconfiança;
- Perda de iniciativa, com características de desinteresse pelas atividades habituais, apresentado apatia.
Embora o esquecimento seja o sinal mais reconhecido deste problema, o Alzheimer pode começar por se manifestar com os outros sintomas e, por isso, estar atento a todas as pequenas alterações pode ajudar a identificar a doença numa fase menos avançada.
Quando afeta os jovens, estes sintomas podem começar a aparecer por volta dos 30 anos de idade, mas o mais comum é que eles surjam a partir dos 70 anos.
Como diagnosticar o Alzheimer
Para fazer o diagnóstico da Doença de Alzheimer é necessário observar vários sinais e sintomas da demência. Além disso, para confirmar qual o tipo de demência é necessário realizar exames de imagem como ressonância magnética ou tomografia computadorizada.
No consultório médico o neurologista poderá realizar uma série de testes que podem indicar o comprometimento da memória e orientação.
Fonte:https://www.tuasaude.com/tratamento-para-alzheimer/
Conheça quais são as causas do Alzheimer
A doença de Alzheimer é um tipo de síndrome demencial que causa degeneração progressiva dos neurônios do cérebro e comprometimento das suas funções cognitivas, como a memória, atenção, linguagem, orientação, percepção, raciocínio e pensamento. Para entender quais são os sintomas, veja os sinais de alerta para a doença de Alzheimer.
Existem algumas hipóteses que tentam demonstrar o que provoca esta doença, e que explicam muitos dos sintomas que surgem ao longo do seu desenvolvimento, mas se sabe que o Alzheimer está relacionado à junção de várias causas que incluem a genética e outros fatores de risco como envelhecimento, sedentarismo, traumatismos cranianos e tabagismo, por exemplo.
Assim principais possíveis causas para a doença Alzheimer são:
1. Genética
Foram demonstradas alterações em alguns genes, que influenciam no funcionamento do cérebro, como os genes da APP, apoE, PSEN1 e PSEN2, por exemplo, que parecem estar relacionados com lesões nos neurônios que levam à doença de Alzheimer, mas ainda não se sabe exatamente o que determina as alterações.
Apesar disto, menos da metade dos casos desta doença são de causa hereditária, ou seja, é passado pelos pais ou avós da pessoa, que é o Alzheimer familiar, que acontece em pessoas mais jovens, com 40 a 50 anos, tendo uma piora muito rápida. As pessoas afetadas por essa variação do Alzheimer, tem 50 % de chance de transmitir a doença para os filhos.
O tipo mais comum, entretanto, é o Alzheimer esporádico, que não tem relação com a família e acontece em pessoas acima dos 60 anos, mas ainda há dificuldades para encontrar a causa desta condição.
2. Acúmulo de proteínas no cérebro
Observou-se que pessoas com a doença de Alzheimer têm um acúmulo anormal de proteínas, chamadas proteína Beta-amiloide e proteína Tau, que causam inflamação, desorganização e destruição das células neuronais, principalmente nas regiões do cérebro chamadas de hipocampo e córtex.
Sabe-se que estas alterações são influenciadas pelos genes que foram citados, entretanto, ainda não se descobriu o que causa este acúmulo exatamente, e nem o que fazer para impedí-lo, e, por isto, a cura do Alzheimer ainda não foi encontrada.
3. Diminuição do neurotransmissor acetilcolina
A acetilcolina é um importante neurotransmissor liberado pelos neurônios, com um papel muito importante para transmitir os impulsos nervosos do cérebro e permitir que este funcione adequadamente.
Sabe-se que, na doença de Alzheimer, a acetilcolina está diminuída e os neurônios que a produzem se degeneram, mas ainda não se sabe a causa. Apesar disto, o tratamento atual que existe para esta doença é o uso de remédios anticolinesterásicos, como Donepezila, Galantamina e Rivastigmina, que atuam para aumentar a quantidade desta substância, o que, apesar de não curar, retarda a progressão da demência e melhora os sintomas.
4. Riscos do ambiente
Mesmo que existam riscos por causa da genética, o Alzheimer esporádico também se manifesta devido à condições que são influenciadas pelos nossos hábitos, e que causam inflamação no cérebro, como:
- Excesso de radicais livres, que se acumulam no nosso corpo devido a alimentação inadequada, rica em açúcares, gorduras e alimentos indrustrializados, além de hábitos como fumar, não praticar atividade física e viver sob estresse;
- Colesterol elevado aumenta as chances de ter Alzheimer, por isso é importante controlar esta doença com medicamento para o colesterol, como Sinvastatina e Atorvastatina, além de ser outro motivo para cuidar da alimentação e praticar atividade física regularmente;
- Aterosclerose, que é o acúmulo de gordura nos vasos causado por condições como pressão alta, diabetes, colesterol elevado e tabagismo, pode diminuir a circulação de sangue para o cérebro e facilitar o desenvolvimento da doença;
- Idade acima dos 60 anos é um grande risco para o desenvolvimento desta doença, pois, com o envelhecimento, o corpo não consegue reparar as alterações que podem surgir nas células, o que aumenta o risco de doenças;
- Lesão cerebral, que acontece após traumatismo craniano, em acidentes ou prática de esportes, por exemplo, ou por um AVC, aumenta as chances de destruição dos neurônios e desenvolvimento do Alzheimer.
- Exposição a metais pesados, como o mercúrio e alumínio, pois são substâncias tóxicas que podem se acumular e causar lesões em vários órgãos do corpo, inclusive o cérebro.
Por estes motivos, uma importante forma de evitar o mal de Alzheimer é ter hábitos de vida saudáveis, preferindo uma alimentação rica em vegetais, com poucos produtos industrializados, além da prática de atividade física. Veja quais são as atitudes que se deve ter para viver muito e com saúde.
Como diagnosticar
O Alzheimer é suspeitado quando existem sintomas que demonstram alteração da memória, principalmente a memória mais recente, associado a outras alterações do raciocínio e comportamento, que pioram com o tempo, como:
- Confusão mental;
- Dificuldade para memorizar a aprender informações novas;
- Fala repetitiva;
- Diminuição do vocabulário;
- Irritabilidade;
- Agressividade;
- Dificuldades para dormir;
- Perda da coordenação motora;
- Apatia;
- Incontinência urinária e fecal;
- Não reconhecer pessoas conhecidas ou da família;
- Dependência para as atividades diárias, como ir ao banheiro, tomar banho, usar o telefone ou fazer compras.
Para o diagnóstico do Alzheimer é necessária a realização de testes do raciocínio como o Mini exame do estado mental, Desenho do relógio, Teste da influência verbal e outros testes Neuropsicológicos, feitos pelo neurologista ou geriatra.
Podem, ainda, ser solicitados exames como ressonância magnética do encéfalo para detectar alterações cerebrais, além de exames clínicos e de sangue, que podem descartar outras doenças que causam alterações da memória, como hipotireoidismo, depressão, deficiência de vitamina B12, hepatites ou HIV, por exemplo.
Além disto, o acúmulo de proteínas beta-amilóide e proteína Tau podem ser verificadas pelo exame de coleta do líquido céfalo-raquidiano, mas, por ser caro, nem sempre está disponível para a realização.
Fonte:https://www.tuasaude.com/causas-do-alzheimer/
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