Na hierarquia social do Egito, o Faraó estava em primeiro lugar representando a posição de líder máximo do Império, seus poderes eram ilimitados. Logo abaixo do Faraó, mas também na função de administração do Egito estavam os nobres e altos funcionários, onde se encaixavam os Sacerdotes. O terceiro nível era formado por escribas e generais e o quarto reunia a grande massa da população do império com agricultores e artesãos.
Os Sacerdotes tinham responsabilidades espirituais e materiais no Antigo Egito. Eram eles que administravam as riquezas e os bens dos grandes e ricos templos no Império. Ficaram conhecidos por serem guardadores dos segredos das ciências e dos mistérios religiosos. Mas dentro mesmo da classe dos Sacerdotes havia subdivisões.
Os trabalhos que os Sacerdotes realizavam nos templos davam conta das obrigações diárias tidas com as imagens das divindades. Foi somente no Novo Império que a hierarquia entre os próprios Sacerdotes surgiu no Egito como um todo, até então havia apenas as determinações dos Sacerdotes locais. Nesse momento também, os Sacerdotes estabeleceram a posição hierárquica abaixo apenas do Faraó, recuperando um poder que havia se recuado durante o Médio Império. Elementos como o crescimento da importância dos templos e desenvolvimento da magia e da superstição foram fundamentais para que os poderes dos Sacerdotes atingissem outras proporções. Tamanho foi o prestígio adquirido que tal poderio permaneceu até o Período Tardio do Egito. Apesar disso tudo, os Sacerdotes não costumam aparecer nas pinturas nas paredes dos templos como os responsáveis pelas oferendas aos deuses, mas é preciso lembrar que isso não ocorre porque somente o faraó era considerado como merecedor de ser representado junto aos deuses.
A hierarquia dos Sacerdotes era baseada nas diversas funções que os mesmos tinham dentro do Império no Egito. Havia um sacerdote responsável pela administração de um grande templo, o qual era considerado como sumo sacerdote, seu poder religioso era tão grande que, na prática, ocupava a função do faraó. Mas até chegar nesse ponto o sacerdote deveria ter estudado muito no campo das artes, ciências, leitura, escrita, engenharia, aritmética, geometria, astronomia, medição de espaços e o cálculo do tempo.
Depois do sumo sacerdote estava o segundo profeta, responsável pela organização econômica dos templos. Os sacerdotes leitores tinham a função de recitar as palavras dos deuses, enquanto os sacerdotes sem desenvolviam papéis importantes nos funerais. Algumas pessoas com conhecimentos específicos desenvolviam a função dos sacerdotes na sociedade, como é o caso dos sacerdotes das horas, que provavelmente eram astrônomos, responsáveis pela compilação dos calendários dos festivais.
Sobre as vestimentas dos Sacerdotes sabe-se que os de categoria inferior não tinham distinção das pessoas comuns, enquanto os de melhor hierarquia usavam vestimentas específicas do ofício desenvolvido. Todos eram obrigados a se depilarem. Alguns Sacerdotes tiveram os corpos mumificados e colocados em pirâmides, quando mortos.
Fontes:
http://www.suapesquisa.com/egito/sociedade_egipcia.htm
http://www.algosobre.com.br/historia/historia-do-egito.html
http://www.fascinioegito.sh06.com/sacerdot.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Antigo_Egito
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Teoricamente o sumo sacerdote de todos os cultos no Egito era o faraó. Nos relevos dos templos é sempre ele que aparece exercendo as funções sacerdotais, pois sua presença era considerada indispensável, ainda que simbolicamente. Na prática, o rei delegava as obrigações diárias do cargo aos homens que eram designados para isso nos templos em todo o país. Dessa maneira, a função de sumo sacerdote ou primeiro profeta, cuja designação era feita pelo soberano, era um posto da mais alta importância, tanto religiosa quanto politicamente. Agindo em nome do faraó, o sumo sacerdote tinha mais contato com a estátua de culto da divindade do que qualquer outra pessoa do complexo do templo ao qual servia. É bem provável que apenas ao sumo sacerdote fosse permitido ficar frente a frente com a imagem do deus no santuário.No Império Antigo (c. 2575 a 2134 a.C.) todas as principais posições eram ocupadas por um pequeno grupo de pessoas, sobretudo irmãos, filhos e tios do monarca reinante. Como sacerdotes estes homens exerceram importante papel na estrutura dos templos, mas provavelmente não trabalharam em tempo integral nessa função. Durante o Império Médio (c. 2040 a 1640 a.C.) os sacerdotes do escalão superior continuaram participando dos conselhos de estado no palácio real e claramente tiveram influência política. No decorrer da XVIII dinastia (c. 1550 a 1307 a.C.) a riqueza dos maiores templos cresceu dramaticamente em função do sucesso militar alcançado no exterior. O templo de Amon em Karnak recebeu o grosso dessas novas fontes de renda e seu sumo sacerdote tornou-se cada vez mais poderoso pela quantidade da riqueza e da mão-de-obra que passou a controlar. Diante de um governo forte, o grande poder do sumo sacerdote de Amon em Karnak não causava problemas. Quando o soberano se enfraquecia, surgiam as dificuldades. No final de seu reinado, Ramsés III (c. 1194 a 1163 a.C.) renunciou ao controle das finanças das propriedades do deus Amon. Documentos da época de Ramsés V (c. 1156 a 1151 a.C.) revelam que aquelas terras não estavam mais sujeitas as cobranças reais e que seus ocupantes estavam isentos do serviço militar compulsório e dos trabalhos para o Estado. De maneira geral os faraós da XX dinastia (c. 1196 a 1070 a.C.) foram ineficazes em suas gestões e se fecharam no palácio do delta nilótico. Os egípcios do sul, sentindo-se abandonados, buscaram uma nova liderança que acabaram encontrando em Herihor, sumo sacerdote de Amon em Tebas. Quando reinava ainda Ramsés XI (c. 1100 a 1070 a.C.), o último faraó da XX dinastia, Herihor conseguiu se atribuir a titulatura real. Inscrições no Templo de Khons em Karnak mostram o nome dele dentro de cartuchos e a adoção que fez de todos os títulos reais, inclusive o epíteto de Touro Vitorioso, o título raro de Grande Governante do Egito e até mesmo Filho de Amon, assim evocando para si a descendência divina. Esse sumo sacerdote teve incrível poder econômico e militar. Durante o reinado de Ramsés XI controlou o país, na prática, desde sua fronteira sul em Assuão até Heracleópolis, ao norte, próximo do Faium. Apesar disso, jamais reivindicou soberania total sobre o Egito.
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