AS MELHORES FOTOS DA TERRA VISTA DO ESPAÇO TIRADAS PELOS ASTRONAUTAS,UM SHOW POP

Resultado de imagem para A Terra vista do espaço: os astronautas têm os melhores ângulos
a Terra pelos olhos (e lentes) do astronauta Chris Hadfield
Esqueça Interstelar. Quem tornou viagem no espaço, mais do que qualquer outra pessoa, algo coolnovamente foi o astronauta canadense Chris Hadfield. Durante sua recente estadia na Estação Espacial Internacional, ele se tornou querido de muitos com sua versão de “Space Oddity” do David Bowie e suas fotografias da Terra vista por cima, que ele compartilhou na sua conta do Twitter.
Seu novo livro, You Are Here: Around the World in 92 Minutes, ainda sem edição em português, traz muitas outras imagens magníficas e bem humoradas da nossa esfera azul, vista do ângulo das estrelas. É uma coleção linda, composta não apenas de imagens belíssimas de vários lugares ao redor do mundo, mas também de um texto esclarecedor que revela uma visão única do planeta que chamamos de nosso lar.
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Nós tivemos a ótima oportunidade de conversar com o coronel Hadfield sobre o seu livro (cuja renda irá para a Cruz Vermelha e para a Fundação Michael J. Fox) e sobre o desafio único que uma pessoa enfrenta com uma câmera em meio à gravidade zero.
Seu livro é dedicado aos seus pais por lhe darem sua primeira câmera. Quantos anos você tinha quando sua vida como fotógrafo começou?
Chris Hadfield: Eu tinha 11 ou 12 anos, e não era uma super câmera mas sim uma dessas Instamatics 110 com um cartucho conectado.
Como sua paixão pela fotografia evoluiu a partir de então?
Eu me senti muito inspirado por Yousuf Karsh, um grande fotógrafo de retratos, então quando eu ganhei aquela Instamatic eu tentei tirar algumas fotos still-life. Depois, eu ganhei minha primeira câmera para filme de 35mm, e melhorei minhas habilidades fotográficas. Mas eu não estudei fotografia formalmente até ser um piloto de caça de aviões CF-18s. Quando estávamos interceptando bombardeadores soviéticos no espaço aéreo canadense, eles queriam fotos deles. O CF-18 é um avião com apenas um assento, então havia a complexidade de se interceptar um bombardeador armado e também tirar fotografias detalhadas do mesmo.
Great Salt Lake photo © Chris Hadfield
Uma vez que eu fui selecionado para ser um astronauta em 1992, foi aí que realmente alguém tirou o tempo para começar a me treinar como fotógrafo. Ao longo de 20 anos eu tive professores de fotografia da NASA, começando com fotografias em 35mm até câmeras de filme e IMAX, e todos os tipos de câmeras e filmadoras digitais, à medida em que elas foram surgindo. Com esse treinamento e três viagens espaciais, eu tive a chance de por tudo isso junto e tentar representar o mundo da melhor maneira que eu poderia.
Estes instrutores de fotografia ensinaram a parte técnica rudimentar da câmera, ou coisas como iluminação e composição?
Eles são fotógrafos profissionais então ensinaram sobre composição e iluminação. Dentro da estação espacial temos esses retratos estranhos com uma iluminação desagradável. Então estávamos falando sobre como usar flash remoto, como usar luz natural, e como fazer a composição. Fomos muito bem treinados.
Himalayas photo © Chris Hadfield
Na introdução do livro You Are Here, você destaca a importância da composição. Que lições você aprendeu sobre isso ao tirar fotos da Terra?
Não seja apenas um robô colocando tudo dentro de um quadrado. Pense sobre a natureza humana e a psicologia. “Para onde os olhos são naturalmente atraídos? Onde você olha primeiro, e onde você olha em seguida? Onde você quer que a pessoa vendo a fotografia olhe primeiro?” Você pode dirigir o sentimento e a interpretação de uma imagem apenas sendo um pouco cuidadoso com a composição. Mas também tirar 10 fotografias, movendo em torno do objeto um pouco. As vezes por causa de uma mudança de ângulo, mesmo que você ache que acertou, uma dessas imagens irá se auto compor. Acabará se tornando a melhor das 10, por causa de uma mudança sutil que é parcialmente erro, e parcialmente a aleatoriedade da velocidade.
Manhattan Day & Night photo © Chris Hadfield
Alguma das lições que você aprendeu da fotografia migraram para a maneira com que você compôs e gravou seu popular vídeo da música “Space Oddity”?
Eu fui sortudo o suficiente, ou talvez azarado o suficiente, por ser o sujeito de muitos documentários. Eu tive equipes de documentários vivendo em minha casa e me seguindo por todos os lados por dias. Eu ví como eles fazem documentários, como profissionais fazem seu trabalho – como eles preparam uma tomada de enquadramento, uma tomada de introdução, de ação, editar e editar várias vezes, decidir em que direção ir para que isso o leve à outra etapa. Então, quando eu estava preparando o vídeo na estação espacial eu pensei, “Ok, qual vai ser a tomada de abertura aqui? Do que eu preciso? Como eu a preparo? Como faço a transição? Como consigo bastante material bruto e então algo engraçado? Como que vai ser o final?” É como escrever um livro ou uma música. Eu me sinto muito satisfeito com o resultado daquele vídeo.
Você mencionou na sua introdução que você começou como um fotógrafo trabalhando a esmo, que simplesmente tirou um monte de fotos, indiscriminadamente, mas que depois tornou-se mais seletivo. Um caçador, como você disse, em busca de cliques específicos. O que provocou essa mudança?
Venho pensando sobre isso desde então, e é como se alguém chegasse em você num campo de beisebol, e nos primeiros 10 minutos dissesse, “aqui, tire 20 fotos desse lugar.” Então se você foi até aquele campo de beisebol e viveu ali por três meses, o campo de beisebol não teria mudado, mas as fotos que você tiraria seriam bem diferentes. Você estaria mais consciente dos detalhes do lugar, de onde a luz é mais interessante, onde as sombras aparecem, onde há uma justaposição curiosa de cor e contraste, ou talvez formas engraçadas. Seu entendimento daquele objeto mudaria significantemente ao longo do tempo. A mesma coisa acontece com o planeta inteiro depois de meses e milhares de órbitas. Sua compreensão daquele sujeito é tão mais profunda, que você é capaz de fazer um trabalho melhor ao tirar fotografias do mesmo. Ainda que a Terra esteja no mesmo lugar esperando pacientemente, você se torna mais ligado, como um caçador numa floresta.
Mauritania photo © Chris Hadfield
Você de fato teve tempo dedicado para tirar as fotos?
Existe zero tempo dedicado para se tirar fotos durante uma viagem espacial. Por cinco meses, a NASA não me deu um segundo para fazer fotografias do mundo. Cada uma destas fotografias é um momento roubado. É simplesmente onde você consegue encaixar o tempo.
Eu imagino que, como resultado, muito planejamento tem que ser feito para uma sessão de fotos.
Você tem não apenas que planejar com antecedência, mas tem que se adiantar na sua programação. Alguns dias, vamos dizer, você quer muito uma foto boa de Venice, mas apesar dos seus planos, você está atrasado com a experiência que você está realizando, ou ocupado conversando com um especialista, e você perdeu a chance daquele dia. Então, sim, você planeja com antecedência.
Pereira Barreto photo © Chris Hadfield
Que tipo de planejamento você precisa fazer para capturar uma imagem em particular?
Digamos que tem uma imagem da baía de San Francisco que você gosta bastante. Você tem que ver com antecedência como o clima vai estar, que hora do dia vai ser, de maneira que tudo estará alinhado o suficiente para destacar o que você quer ver. Então você tem que estar na Cupolafisicamente e com tempo suficiente para preparar a câmera. Daí você estará contando com que o ângulo entre você, o objeto, e o sol estejam perfeitos, e você tem que ser bem cuidadoso porque você está viajando a 8 quilômetros por segundo – o ângulo muda tão rápido que o sol está lá e não está mais, instantaneamente. Você realmente tem que antecipar, e então ser decisivo quando você está tirando a fotografia.
San Francisco photo © Chris Hadfield
Que outros desafios únicos você encontrou ao tirar fotos no espaço?
Normalmente, quando você está fotografando na Terra, é bem difícil segurar a câmera perfeitamente parada quando você está lutando contra a gravidade. Você tem que levantar o seu esqueleto. Daí você tem todos os músculos desde a sola do seu pé até a ponta dos seus dedos lutando uns aos outros. Daí tem o bater do seu coração e sua respiração. Mas quando você não tem gravidade, você está apenas meio que tocando gentilmente na câmera com a ponta do seu dedo. E a única força realmente dominante é a batida do seu coração. Se você estiver segurando a câmera com força, você pode ver as batidas do seu coração porque elas na verdade fazem com que seu braço se mova. Você tem que estar consciente das batidas do seu coração e não deixar que isso atrapalhe a câmera.
The Nile photo © Chris Hadfield
Você demonstra uma paixão óbvia pela Pareidolia no seu livro. Estas foram imagens que você buscou, ou elas foram em boa parte apenas acidentes felizes?
A maioria delas aparecem. Você está olhando o mundo a olho nu e vê algo interessante; você aponta a lente de 400mm e vê que a razão daquilo ter te chamado a atenção é um formato familiar distinto, ou algo curioso em relação à perspectiva. Seu olho naturalmente busca formas familiares. Sempre que eu via uma, tal imagem sempre me fazia rir. Lá estava eu, olhando para o mundo e de repente eu vi um porquinho, ou um dinossauro, ou um ponto de exclamação, ou um peixe. Para mim, existe uma certa poesia nisso. Acho que é algo da psicologia humana. Sempre interpretamos rostos mais fortemente do que qualquer outra coisa, então você está buscando eles em meio à todo o acaso do mundo.
Venice photo © Chris Hadfield
Você pode falar um pouco sobre suas câmeras e lentes favoritas para fotografar?
Nós tínhamos uma boa variedade de câmeras a bordo. Tudo deste lentes bem curtas até as lentes de 400mm que aparecem comigo no livro. Na parte russa da estação, eles tinham lentes de 800mm e até bazucas gigantescas de 1600mm. Mas o problema com essas lentes é que os detalhes se tornam tão grandes que você perde a beleza de se estar no espaço. Poderíamos muito bem ter tirado tais fotos de cima de um prédio alto. No livro You Are Here, quase todas as fotografias foram tiradas com a lente de 400mm.
Detroit/Windsor photo © Chris Hadfield
O que você espera que os leitores levem do livro?
Eu não queria fazer um livro para a mesa de centro. Eu não queria apenas que as pessoas vissem a Terra como algo bonito. Eu queria que as pessoas pensassem sobre o mundo como um lugar. Quero que eles de fato leiam as palavras que escrevi e pensem na sua viagem ao redor do mundo em 90 minutos, assim como os astronautas fazem. Então, quando alguém menciona as minas da Rússia, ou o Vesúvio, não é mais uma idéia hipotética, distante, mas algo que você de fato já viu. Você pensou sobre isso e começou a perceber a interconectividade de tudo, e o quão dependentes uns dos outros nós somos – como somos todos, essencialmente, uma equipe dentro do mesmo grande navio. É um sentimento que astronautas têm com o tempo. Eu pensei que talvez houvesse uma maneira de passar essa idéia a partir das 45 mil fotografias que eu tirei.
Clouds near Arica, Chile photo © Chris Hadfield
Quer explorar mais imagens de fora desse mundo? Veja nossa mesa de luz de visões do espaço dos arquivos da Shutterstock clicando na imagem abaixo!

Fonte:https://www.shutterstock.com/pt/blog/veja-a-terra-pelos-olhos-e-lentes-do-astronauta-chris-hadfield

As melhores fotos da Terra vista do espaço tiradas pelo astronauta mais pop da internet

Chris Hadfield tirou milhares de fotografias em suas 2,5 mil viagens ao redor da Terra e selecionou as melhores para o lançamento de um livro. O dinheiro arrecadado com a publicação será doado à Michael J. Fox Foundation, do ator Michael J. Fox
De Havana a Washington: num dia de céu limpo é possível enxergar muito do espaço (Foto: Divulgação/Chris Hadfield)










Pela escotilha da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), o astronauta Chris Hadfield observa a circunferência azulada da Terra em destaque contra a infinita mancha negra ao redor. Então ele se vira para a câmera e, acompanhando um piano que toca ao fundo, começa a cantar o clássico de 1969 de David Bowie: “Ground Control to Major Tom...”. Após cinco meses no espaço, o explorador canadense anunciava seu retorno à Terra com uma simpática paródia de Space Oddity, uma ideia bem afinada com a odisseia sideral e midiática que acabava de cumprir. Se poucas pessoas foram ao espaço, talvez nenhuma tenha alcançado a façanha inversa de Hadfield: trazer o espaço até nós.
A Estrutura de Richat, na Mauritânia, conhecida como "Olho do Saara", é uma referência para os astronautas (Foto:    Divulgação/Chris Hadfield)
Enquanto flutuava a quilômetros de altura, na missão que chefiou na ISS, o astronauta usou as redes sociais – e um inato carisma – para mostrar aos terráqueos as coisas legais dessas viagens: experimentos que parecem aulas malucas de ciências, fatos curiosos da rotina da tripulação e, principalmente, fotos diárias incríveis do planeta visto do alto. Como resultado, conquistou milhões de fãs e seguidores no Twitter, Facebook e YouTube.
A cidade de Veneza, na Itália, vista de um ângulo pouco explorado (Foto:  Divulgação/Chris Hadfield)










Agora, após três missões no espaço, 2,5 mil viagens ao redor da Terra e 45 mil fotografias tiradas em órbita, Hadfield selecionou as melhores imagens que colecionou ao longo da carreira e decidiu reuni-las no livro "You Are Here: Around the World in 92 Minutes" ("Você está aqui: ao redor do mundo em 92 minutos", numa tradução livre). Os 92 minutos do título é uma referência ao tempo que a ISS demora para dar uma volta na Terra.
A cidade de Veneza, na Itália, vista de um ângulo pouco explorado (Foto:  Divulgação/Chris Hadfield)










O livro leva o leitor por um passeio pela órbita do nosso planeta, que inclui imagens do deserto do Saara, na Mauritânia; do rio Nilo, no Egito; de Veneza, na Itália; e do belo Himalaia, entre outras tantas. O dinheiro arrecadado com a publicação será doado à Michael J. Fox Foundation, do ator Michael J. Fox, para apoiar pesquisas sobre o Mal de Parkinson.
Dois países, um rio: Detroit, nos Estados Unidos (direita) e Windsor, no Canadá (esquerda) (Foto:  Divulgação/Chris Hadfield)
Pereira Barreto, no Brasil, a cerca de 650km de São Paulo (Foto: Divulgação/Chris Hadfield)
O Himalaia visto do espaço (Foto: Divulgação/Chris Hadfield)

Veja timelapse impressionante da Terra vista da ISS em qualidade 4K

ISS Symphony - Timelapse of Earth from International Space Station | 4K




Nós já publicamos diversos artigos aqui no Mega Curioso que traziam imagens fantásticas da Estação Espacial Internacional (a ISS), com ângulos bem impressionantes do planeta Terra. É interessante observar essas imagens para vermos o quão pequenos somos nesse mundo e no universo todo, além de, é claro, nos depararmos com a beleza do espaço. Hoje, compartilhamos com vocês um vídeo impressionante da Estação Espacial Internacional.
Por meses, o fotógrafo russo Dmitry Pisanko fez pesquisas nos arquivos de imagens da NASA para selecionar fotos de altíssima qualidade e produzir um timelapse de encher os olhos, com quatro minutos de duração. Todas as fotos são da ISS que, todos os dias, dá aproximadamente 15 voltas na órbita da Terra. No vídeo (que possui qualidade 4K), nós podemos conferir as luzes das cidades grandes vistas do espaço, as luzes da aurora boreal e as tempestades com trovões espalhadas por diversas regiões. Veja o resultado no topo do texto.  




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