DESVENDANDO OS SEGREDOS DOS 7 CHAKRAS PRINCIPAIS,SUAS FUNÇÕES NA FISIOLOGIA SUTIL E HARMONIA ESPIRITUAL
7 Chakras Principais. O que regem e controlam?
1- Muladhara – Chakra Básico ou Genésico – Situa-se na base da coluna vertebral, entre os genitais e o ânus (cóccix). Está ligado às glândulas supra-renais que têm como função estimular a conversão de proteínas e de gorduras em glicose, ao mesmo tempo que diminuem a captação de glicose pelas células, aumentando, assim, a utilização de gorduras, consistindo na síntese e libertação de hormonas como corticosteroides e catecolaminas, como o cortisol e a adrenalina. Está relacionado com a vontade de sobreviver, a relação com o próprio corpo e com a terra. Rege as pernas, os pés, os ossos e o intestino grosso. As energias ligadas à segurança física, mental e emocional entram por este chakra.
2- Manipura – Chakra Sacro ou Esplénico – Localiza-se na raiz dos órgãos genitais, 4 dedos abaixo do umbigo. Está ligado às glândulas sexuais. Os ovários, glândulas sexuais femininas, produzem diversas hormonas, incluindo a progesterona e os estrógenos, responsáveis pela ovulação, menstruação e desenvolvimento do corpo feminino. As glândulas sexuais masculinas são os testículos. Os testículos são glândulas mistas, pois produzem ao mesmo tempo espermatozóides (secreção externa) e testosterona (secreção interna). No seu interior existem vários túbulos seminiferos constituídos por células de Leydig que produzem a testosterona. A sua energia está relacionada com o prazer físico, sexual, alegria e a criatividade, as energias primárias como a paixão fluem através deste chakra. Este chakra rege o sistema reprodutor, sistema circulatório e urinário.
3- Svasdisthana – Chakra do Plexo Solar ou Umbilical – Situa-se na região lombar, acima do umbigo. Correspondente ao plexo solar e está ligado ao pâncreas. O pâncreas endócrino é composto por aglomerações de células especiais. O “cansaço” crónico destas células leva ao surgimento dos diabetes. Existem quatro tipos de células que são relativamente difíceis de distinguir, sendo apenas possível com recurso a técnicas de coloração das respectivas células, sendo classificadas de acordo com suas secreções: a) células beta, segregam insulina e amilina e reduzem a taxa de açúcar no sangue, constituem 50% a 80% das tecidos do pâncreas, b) células alfa, segregam glucagon (a palavra glucagon deriva de gluco, glucose ou glicose e agon, agonia) e aumentam a taxa de açúcar no sangue constituindo 15 % a 20% das tecidos do pâncreas, c) células delta, segregam somatostatina e inibem o pâncreas endócrino constituindo 3% a 10% dos tecidos do pâncreas, d) células PP, segregam polipeptídeo pancreático e inibe o pâncreas exócrino constituindo 1% dos tecidos do pâncreas. A função deste Chakra é a vontade e o poder. É o centro que reúne informações, sentimentos e percepções, espalha-os e movimenta-os por todo o corpo. Por este chakra fluem as energias emocionais. Este chakra rege o sistema digestivo, fígado, baço, estômago e intestino delgado.
4- Anahata – Chakra Cardíaco – Localizado na região do tórax entre a 4ºV e a 5ºV (vértebras). Está associado com a glândula timo (responsável pelo funcionamento do sistema imunitário). É o Chakra do centro do coração. Energias de abundâncias e todas as energias recebidas através do 1º e 2º chacras são utilizadas neste centro em energia de amor. Este chakra rege o pulmão, coração, braços e mãos.
5- Visuddha – Chakra Laríngeo – Situa-se na garganta, está ligado às glândulas tiróide e paratiróide, produzem paratormona (PTH), a hormona principal da regulação da concentração de cálcio no sangue. Em casos raros as glândulas paratiróides estão localizados dentro da glândula tiróide. Frequentemente existem quatro glândulas paratiróides, mas algumas pessoas tem seis ou até mesmo oito. Esta glândulas regulam o metabolismo do corpo é por onde flui a inspiração, criatividade, comunicação e a expressão com o mundo. Este chakra rege o pescoço e os ombros.
6- Ajná – Chakra Frontal – Localizado entre as sobrancelhas, em cima da raiz do nariz. Está ligado à glândula pituitária, hipófise, situada numa cavidade óssea localizada na base do cérebro que se liga ao hipotálamo através do pedículo hipofisário. A hipófise é uma glândula que produz numerosas e importantes hormonas, por isso antigamente era reconhecida como glândula-mestre do sistema nervoso. Hoje sabe-se que grande parte das funções dessa glândula são reguladas pelo hipotálamo que liga o sistema nervoso ao sistema endócrino, sintetizando e segregando neuro-hormonas necessárias no controlo da secreção das restantes glândulas nomeadamente da hipófise que também produz endorfina, hormona que causa sensação de bem-estar. A Hipófise é a porta do discernimento, da intuição, da imaginação, do conhecimento e da percepção que rege os olhos e a memória.
7- Sasharara – Chakra Coronário – Situa-se no alto da cabeça, como uma coroa está ligado à glândula pineal que é considerada como uma antena biológica do Homem. A glândula pineal poderá ter na sua constituição cristais que vibram conforme as ondas eletromagnéticas captadas, o que explicaria a regulação do ciclo menstrual conforme as fases da lua, ou a orientação de uma andorinha nas suas migrações. É esta glândula que nos poderá dar a capacidade de descodificar e compreender as razões e motivos da existência de fenómenos paranormais, entre eles a clarividência, a telepatia e a mediunidade. Pode ser o portal da espiritualidade, por onde nos ligamos ao nosso inconsciente, ao nosso Eu Superior e ao Universo. Apenas se Sabe que a Glândula de Pineal é responsável pela produção da melatonina, substância reguladora do sono e que rege toda a actividade cerebral.
TEXTO | DESVENDANDO OS CHAKRAS, O NÚCLEO DA FISIOLOGIA SUTIL – PARTE I
Chakra, assim como karma, é uma palavra em sânscrito que se tornou bastante popular. Traduzindo para o português, chakra significa literalmente círculo ou roda, poderíamos dizer que uma bicicleta tem cakras.
No contexto do yoga, essa palavra se refere a centros de energia que se encontram em pontos específicos do corpo, os localizados ao longo da coluna são tidos como os mais importantes e consequentemente também são os mais conhecidos, são eles: múládhára, swádhisthána, manipura, anáhata, vishuddha, ájña e sahásrara. No segunda parte, “Desvendando os chakras: Os 7 centros principais de Energia”, eles são abordados minuciosamente.
Para entender melhor a existência e atuação desses centros de energia, ajuda bastante partirmos da visão cosmológica que serviu de base para o desenvolvimento desse conhecimento, segundo a qual o que há de mais sutil, a consciência, é a origem e a base a partir da qual manifestam-se energia, mente e matéria. Nessa concepção, a energia ou prana é, por um lado, o veículo da consciência e por outro o elán dinamizante e estruturador da matéria e está associado a cada função orgânica nos seres vivos.
O homem como um reflexo do macrocosmo possui a mesma estrutura e nosso processo de formação é análogo. O sistema cerebroespinhal é a primeira parte do organismo a ser desenvolvido durante a gestação e a partir dele materializam-se todas as formas corporais. Isso é representado nos chakras através dos elementos a eles associados, do topo da cabeça à base da coluna, temos o caminho da manifestação cósmica na qual eles se apresentam do estado mais sutil ao mais denso: consciência, mente, espaço, ar, fogo, água e por fim, terra.
Os chakras são a parte nuclear do corpo sutil, sukshma shariram, composto também por uma rede de nadís, canais pelos quais a energia é irradiada. Essa estrutura sutil se relaciona com o corpo denso através dos sistemas endócrino, nervoso e miofascial¹. Cada chakra trabalha coordenado a plexos nervosos, glândulas endócrinas, órgãos e regiões específicas do corpo como veremos na segunda parte deste artigo que será publicado aqui em breve.
Além de atuar recebendo, acumulando e irradiando a energia para todo o corpo, os chakras são centros de consciência que representam estágios de compreensão de si mesmo e do mundo. Segundo Harih Johari, grande referência no assunto, os chakras podem ser imaginados como rodas da mente que vive na floresta dos desejos, cada chakra é um estágio no pátio de recreio dos desejos e a nossa vida inteira passamos nesta floresta pensando e compreendendo as situações da vida do ponto de vista do chakra no qual nos sentimos mais confortáveis.
O que vai determinar esse conforto – e consequente perspectiva singular diante da vida e de alguns conceitos – é o grau de energização de cada chakra que podem estar hipo ou hiper energizados e também a forma como essa energização ocorre: se o prana circula na zona periférica, simbolizada pelas pétalas do lótus; na zona interna, simbolizada pelo botão ou na zona mais profunda, que tem como símbolo a raiz da flor de lótus.
A flor de lótus de cada chakra tem um número de pétalas diferente de acordo com a disposição das nadis, canais de energia, que o rodeiam e terminações nervosas a ele associado. Em cada pétala está inscrita uma letra do sânscrito representando sua vibração e o número total de pétalas de todos os chakras é o mesmo que a quantidade de letras do alfabeto sânscrito. No centro do lótus, há o mantra semente e também vemos; em representações mais elaboradas, além da forma geométrica dotada de cores específicas; a imagem de animais que representam características do chakra e que também são o veículo do devata regente, deidade masculina e ao seu lado, a shakti, seu poder, ou deidade feminina.
Todo esse simbolismo é muito importante, pois constitui peça chave para a realização de técnicas meditativas voltadas para o equilíbrio energético dos chakras. Isso porque tais técnicas envolvem visualização desses símbolos conjugada a percepção sensorial e emocional, além do uso dos mantras sementes.
Por atuar nessa estrutura sutil, que o yoga com seu arsenal de praticas, sobretudo quando embasadas por esse conhecimento, é capaz de proporcionar grandes transformações. Ao equilibrar todos os sistemas e nossa personalidade, além de segurança e tranquilidade, alcançamos um aprofundamento de visão diante da vida que nos aproxima da nossa natureza básica. No próximo artigo, veremos cada chakra em detalhe e sua relação com as posturas do yoga.
Harih Om
Por Gilberto Schulz
Por Gilberto Schulz
¹Sistema miofascial energiza, suporta e conecta todos os nossos tecidos e traduz a contração muscular em movimento organizado.
TEXTO | DESVENDANDO OS CHAKRAS, OS 7 PRINCIPAIS CENTROS DE ENERGIA – PARTE II
Este é o segundo, de dois artigos sobre chakras. Eles tem como objetivo revelar essa nuance de atuação do yoga ao público geral sintetizando as principais referências com base na minha prática pessoal e de ensino. Vale ressaltar que o tema além de complexo, é vasto e o esforço aqui empreendido não ambiciona esgotar assunto.
A primeira parte: “Desvendando os chakras: O núcleo da fisiologia sutil“ introduz os chakras de forma geral. Neste, mergulharemos em cada chakra falando brevemente de sua relação com a prática de yoga e com a meditação em cada um deles.
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Como vimos no artigo anterior, os chakras são centros de energia que se encontram em pontos específicos do corpo e os localizados ao longo da coluna são tidos como os mais importantes e consequentemente também são os mais conhecidos.
Esses centros não são estanques, isolados entre si como pode sugerir a forma como serão abordados e as práticas de yoga e meditação atuam nessa estrutura de forma integrada e sistêmica. A forma como veremos cada um deles é por um lado didática e pelo outro destina-se a mostrar a possibilidade de práticas específicas que, para terem êxito, dependem da orientação de um professor qualificado.
Múládhára Chakra, múla significa raiz e adhára suporte
Conhecido como chakra básico, o muladhara se localiza na base da coluna, na região do períneo, entre o ânus e o sexo. Sua relação com o corpo denso se dá através do plexo nervoso coccígeo e das glândulas adrenais. O prana, energia, regido por este chakra cumpre o papel de apana, cuja função é a eliminação, controlando o funcionamento do aparelho excretor. Os meios de ação e de percepção a ele relacionados são a eliminação e o olfato.
Psicologicamente, quando energizado adequadamente, manifesta no indivíduo um sentido de praticidade e capacidade de realização de projetos. Quando mal energizado, as necessidades materiais são negligenciadas. Muito energizado, a pessoa manifesta apego excessivo aos bens materiais e uma incapacidade de admitir a existência de realidades intangíveis. Em ambos os casos, hipo e hiperenergização, essa pessoa experimenta uma forte presença da sensação de medo.
Seu elemento é a terra, o estado sólido da manifestação, que aparece na mandala, representado pelo quadrado de cor amarelo ocre. Possui 4 pétalas e seu bíja mantra, mantra semente, é LAM.
Nesse chakra existe um nó chamado de granthi que amarra o indivíduo ao instinto básico de sobrevivência e que precisa ser afrouxado para o amadurecimento na senda espiritual. É nesse chakra onde também está localizada a kundaliní, a energia em forma de serpente.
Na prática de Yoga, acessamos o fluxo de energia desse chakra com posturas de pé que envolvem uma atenção direcionada ao “enraizamento”, ao contato dos pés com o solo e o uso do múla bandha, contração dos esfíncteres conjugada com a elevação do assoalho pélvico. A meditação nesse centro desenvolve coragem e firmeza.
Swadhisthana Chakra, swa significa “sua própria” e adhisthana sede ou morada
O Swadhisthana, conhecido como chakra sexual, tem como referência de localização no corpo físico, os órgãos genitais e se relaciona com o aspecto denso do corpo através do plexo nervoso do sacro e das glândulas endócrinas sexuais. O prana, energia, regido por este chakra cumpre também o papel de apana, cuja função, no caso, é expelir o sêmen do órgão masculino e na mulher, é impulsionar a saída da criança do útero durante o nascimento e também a função de vyana, controlando a circulação dos líquidos e do metabolismo. O meio de ação relacionado a este chakra é a procriação e o meio de percepção, o paladar.
Corretamente energizado, a pessoa, assim como a água, é capaz de contornar os obstáculos com facilidade devido sua flexibilidade e potência criativa. Quando está mal energizado, o indivíduo se apresenta apático e inseguro. Havendo energia em excesso, se tornam hiperativos, chegando a manifestar certa agressividade em seus modos e tem um desejo sexual fora de controle. Em ambos os casos de desequilíbrio, a insegurança é a base das ações e relações.
Seu elemento é a água, o estado líquido da manifestação, que aparece na mandala, representado pelo círculo de cor branca. Possui 6 pétalas e seu bíja mantra é VAM.
Na prática de Yoga, acessamos o fluxo de energia desse chakra com posturas de pé que envolvem abertura ou compreensão da região pélvica e a realização de vajroli mudrá, contração dos músculos da parte inferior do abdomen e do sistema urinário. Meditar nesse chakra desperta o potencial criativo e traz segurança emocional.
Manipura Chakra, mani significa jóia e pura, cidade
A “Cidade das Jóias”, o manipura chakra, se localiza na região lombar na altura do umbigo. Sua relação com o corpo denso se dá através do plexo nervoso epigástrico e do pâncreas. O prana, energia, regido por este chakra cumpre o papel de samana, cuja função é a assimilação, controlando as secreções do sistema digestivo. Os meios de ação e de percepção a ele relacionados são o deslocamento e a visão, respectivamente.
Quando adequadamente energizado, reflete uma auto-estima estável e num sábio uso do poder pessoal. Quando hipoenergizado, temos um egocêntrico passivo, à espera que suas necessidades afetivas sejam supridas. Por outro lado, com hiperenergização, um egocêntrico ativo que procura ser constantemente o centro das atenções para afirmar seu poder pessoal.
O elemento desse chakra é o fogo, a aspecto luminoso e transmutador da manifestação, que aparece na mandala, representado por um triângulo invertido de cor vermelha. Possui 10 pétalas e seu bíja mantra, mantra semente, é RAM.
Acessamos o fluxo de energia desse chakra com posturas que ativem a contração da região abdominal, como flexões e também com a realização do uddiyana bandha. A meditação nesse centro atenua estados emocionais extremados.
Anáhata Chakra, anahata significa intocável
Conhecido como Centro Cardíaco, o Anahata se localiza na altura do coração. Sua relação com o corpo denso se dá através do plexo cardíaco e pulmonar e da glândulas endócrina timo. O prana, energia, regido por este chakra cumpre o papel de governar o sistema respiratório e tem por função absorção de energia. Os meios de ação e de percepção a ele relacionados são as mãos e o tato, respectivamente.
Quando bem energizado promove a visão de unidade, das interdependências que circundam a vida e isso se reflete numa noção de identidade mais abrangente. Quando está pouco energizado, a pessoa tende a sentir angústia e falta de confiança nas motivações vindas “do coração”. Quando muito energizado, cria a sensação exagerada de independência e auto-suficiência e os sentimentos ficam encobertos por uma falsa noção de estar sempre tudo ótimo.
Seu elemento é o ar, o estado gasoso da manifestação, que aparece na mandala, representado por uma estrela de seis pontas de cor cinza azulado. Possui 12 pétalas e o bíja mantra do seu elemento, é YAM.
Na prática de Yoga, acessamos o fluxo de energia desse chakra com posturas que ativam os braços e promovem uma extensão na coluna toráxica. A meditação no centro cardíaco desenvolve a empatia por todos os seres, as relações se tornam puras e faz brotar no coração do praticante uma alegria contagiante.
Vishuddha Chakra, vishuddha significa pureza
Conhecido como Centro Laríngeo, o Vishuddha se localiza na região da garganta. Sua relação com o corpo denso se dá através do plexo nervoso laríngeo e da glândulas endócrina tireóide. O prana, energia, regido por este chakra é o udana e cumpre o papel de auxiliar na produção da fala. Os meios de ação e de percepção a ele relacionados são a fala e a audição, respectivamente.
Quando bem energizado, o indivíduo se expressa com facilidade e manifesta criatividade de diversas formas, além disso a boa energização desse chakra impulsiona a busca pelo autoconhecimento. Quando está pouco energizado, expressar-se se torna uma tarefa difícil levando a pessoa a optar pelo silêncio até em situações indesejáveis. Quando muito energizado, a pessoa tende a falar demais, muitas vezes, sem refletir a adequação do que é dito.
Seu elemento é o espaço, onde tudo o mais está contido, aparece na mandala representado por um círculo branco. Possui 16 pétalas e o bíja mantra do seu elemento, é HAM.
Na prática de Yoga, acessamos o fluxo de energia desse chakra com posturas que estendem e comprimem a região da garganta e com jalandhara bandha. A meditação nesse centro desperta a visão intuitiva e desenvolve a capacidade de se expressar intelectual, emocional e artísticamente.
Ájña Chakra, ájña significa comando
Conhecido como centro de comando e também como triveni (confluência de três rios, no caso, correntes de energia), o ájña chakra se localiza na região entre as sobrancelhas. Sua relação com o corpo denso se dá através do plexo nervoso cavernoso e da glândulas endócrina hipófise. Como seu nome indica, este centro rege todos as formas de atuação do prana. E coordena todos os meios de ação e de percepção.
Quando bem energizado promove uma visão clara capaz de discernir a verdade da ilusão. Pouco energizado, a pessoa tende a compreender segundo o que lhe é conveniente, interpretando indevidamente as informações. Muito energizado, o individuo assume uma personalidade exageradamente intelectualizada e calculista.
Seu elemento é o avyakta ou maha tattva, uma “nuvem” na qual se encontram todos os outros elementos em essência, aparece na mandala, representado por um círculo dourado. Possui 2 pétalas e seu bija mantra é OM.
Na prática de Yoga, acessamos o fluxo de energia desse chakra com posturas meditativas e uma técnica de fixação ocular chamada de bhrúmadhya drishti, olhar direcionado ao intercílio. A meditação nesse centro desenvolve a intuição e uma profundidade de entendimento a respeito do mundo e de si mesmo.
Sahasrara Chakra, seu nome significa “o [lótus] de mil pétalas”
Também conhecido como Niralambapuri, morada sem apoio e no ocidente como Centro Superior ou Transpessoal, o “de mil pétalas” se localiza na topo da cabeça. Sua relação com o corpo denso se dá através da glândula endócrina pineal. É a base do Ser em todos os níveis e ainda assim, desvinculado deles.
Devido a isso, não há elementos associados a esse chakra. Possui 1000 pétalas nas quais se repetem as cinquenta letras do alfabeto sâsncrito.
Ele é o ponto de encontro simbólico de Shiva e Shakti, da “pura consciência” com os planos palpáveis da criação. Esse encontro ocorre por intermédio do prana, da energia, que nesse contexto é chamada de Kundaliní.
A Shiva Samhitá, um dos principais tratados de hatha yoga, diz que este centro é a residência do Cisne, símbolo do discernimento supremo. E que o yogi que se concentra nesse chakra vê desaparecer todo o sofrimento. Libera-se da identificação com a limitação; é onde a Kundaliní se dissolve e então a criação se reabsorve na perspectiva da suprema realidade.
Para aprofundar o mergulho nesse oceano de conhecimento, recomendo as seguintes leituras:
Chakras: Energy Centers of Transformation do Harish Johari
Os segredos do Tantra e do Yoga do prof° Paulo Murilo Rosas
Tattva Bodha de Shankacharya traduzido pela profª Gloria Arieira
Asana Pranayama Mudra Bandha do Swami Satyananda Saraswati
Chakras: Energy Centers of Transformation do Harish Johari
Os segredos do Tantra e do Yoga do prof° Paulo Murilo Rosas
Tattva Bodha de Shankacharya traduzido pela profª Gloria Arieira
Asana Pranayama Mudra Bandha do Swami Satyananda Saraswati
OM
Por Gilberto Schulz
Por Gilberto Schulz
Fonte:https://yogaemcasa.net/2015/08/09/texto-desvendando-os-chakras-os-7-principais-centros-de-energia-yoga/
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