OSHO,O GURU POLITICAMENTE INCORRETO - COMO MORREU OSHO

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OSHO : O GURU POLITICAMENTE INCORRETO
O movimento espiritual desse indiano tem todas as características de uma nova religião - inclusive uma obra escrita com mais de 600 volumes.
No fim dos anos 50, um professor de filosofia chamava atenção na Universidade de Jabalpur, na Índia. As aulas do barbudo de gorro e óculos escuros, sempre lotadas, eram as únicas em que homens e mulheres podiam sentar-se juntos e debater livremente – apenas mais uma das controvérsias do homem que se definiu como “um místico espiritualmente incorreto”. Chandra Mohan Jain, ou simplesmente Osho, causava polêmica principalmente com seus ataques às religiões tradicionais. Pregando a busca da liberdade através da meditação, ele conquistou uma geração de pessoas que buscava a espiritualidade sem ter de se comprometer com antigas crenças. Mas o movimento que ele criou assumiu todos os contornos de uma nova religião, como a busca pelo divino, seguidores, rituais, doutrinas e até mesmo escrituras – mais de 600 livros que são best sellers internacionais, traduzidos em 55 idiomas.
“Não existe homem mais cabeça-dura que o papa, o Polaco”, disse sobre João Paulo 2º durante uma entrevista de 1985, publicada em 6 volumes no livro O Último Testamento. O Polaco, como sempre chamava o então chefe da Igreja Católica, era um dos alvos favoritos de Osho: “O mundo está superpovoado e ele continua pregando contra o controle de natalidade, a pílula e o aborto”. Seus livros, editados a partir de palestras e entrevistas, oferecem novas interpretações de livros sagrados, líderes religiosos e sistemas políticos. O objetivo era discutir a importância da liberdade, do autoconhecimento e da relação do homem com ele mesmo e com o planeta – a busca por um novo homem.
“A abordagem de Osho traz elementos religiosos, especialmente no sentido de que o ser humano tem a capacidade de se iluminar e pode desenvolver seu potencial inerente”, explica o professor de teologia da PUC-SP Frank Usarski. Esse potencial seria desenvolvido pela meditação, mas não com os métodos desenvolvidos há séculos pelos orientais, que segundo ele não surtem efeito no homem moderno e num mundo extremamente consumista e dinâmico. Seria preciso algo mais agressivo para nos tirar do estado “vicioso” em que estamos. Para isso, Osho desenvolveu técnicas, como a meditação dinâmica, e reformulou outras. “O objetivo é a libertação do ser humano por práticas diversas das quais Osho se apropriou, de tradições religiosas como o zen-budismo, o tantrismo e o sufismo”, diz Usarski.
Segundo a autobiografia de Osho, sua trajetória espiritual começou de maneira semelhante à de antigos profetas, aos 21 anos, com uma revelação. Ele conta que numa noite de março de 1953 foi acordado por uma energia forte em seu quarto, correu para o jardim onde meditava e viu tudo iluminado. Ficou 3 horas em estado contemplativo – “chapadão”, como definiu – e 7 dias sem falar. “Dias se passavam e eu não sentia fome, não sentia sede. Desde aquela noite, nunca mais estive em meu corpo.” A luz trouxe a percepção de que não há nada a ser obtido, pois o ser humano já é perfeito.
Da filosofia à religião
Formado em filosofia, Osho passou a dar aulas e a reunir nas universidades seus primeiros discípulos. A quantidade de pessoas que o buscavam era tão grande que em 1962 ele abriu um centro de meditação e começou a fazer inúmeras viagens para palestras ao redor da Índia. Em 1964, suas palavras foram publicadas pela primeira vez em livro, sob o título O Caminho Perfeito. Foi a primeira das muitas obras que fizeram o sucesso do movimento. Dois anos depois, Osho abandonaria sua atividade acadêmica para dedicar-se exclusivamente à vocação de guru e passou a organizar acampamentos de meditação na zona rural do país.
Nos anos 70, Osho já tinha uma pequena multidão de seguidores e o movimento começou a ganhar as feições de uma religião. Em 1970, num campo de meditação, ele fez a iniciação formal do primeiro de seus discípulos – ou neosanias. Em 1971, ele mesmo mudaria seu nome para Bhagwan Shree Rajneesh – ou “Rajneesh, o senhor abençoado”, em sânscrito – deixando clara sua ligação divina. Os neosanias adotaram rituais como vestir roupas vermelho-alaranjadas, um colar de 108 contas e um medalhão com a imagem do líder. Além disso, cada novo discípulo era rebatizado pelo mestre para caracterizar a adesão. Afinal, Osho e seus seguidores mudaram-se para uma comunidade no parque Koregaon, em Puna, Índia, que se tornou um resort de meditação. Segundo Usarski, mais uma característica de um movimento religioso. “Religiões integram socialmente, já que membros de uma comunidade religiosa compartilham a mesma cosmovisão, têm valores comuns e praticam sua fé em grupo.”
Em Puna, Osho aplicava métodos terapêuticos em workshops e dava palestras diariamente. De manhã, comentava os ensinamentos de tradições religiosas, como o budismo, o sufismo e o cristianismo. À tarde, respondia perguntas sobre temas como amor, ciúme e meditação. Num mês, falava em hindi, no outro, em inglês. Cada série de 10 dias foi publicada em forma de livro, compondo mais de 240 obras em 7 anos. Na época, Osho já tinha cerca de 400 livros publicados, somando um volume de texto maior que o da Bíblia ou do Alcorão. Em 1976, o complexo de Puna ganhou um edifício dedicado exclusivamente à produção editorial do guru. Os livros levavam a palavra de Osho para o mundo inteiro e atraíam cada vez mais gente para conhecer de perto seu movimento. No fim dos anos 70, o centro recebia cerca de 100 mil pessoas por ano. E cada vez mais ocidentais eram conquistados pela idéia de renunciar às repressões impostas por religiões, educação, governos e outras tradições, sem ter de abrir mão do mundo material.
A conquista da américa
O interesse de estrangeiros fez o movimento buscar uma base fora da Índia e em 1981 Osho e seus seguidores mais próximos mudaram-se para um terreno 150 vezes maior que o Parque do Ibirapuera, no deserto de Oregon, nos EUA, dando um passo importante para internacionalizar o movimento. “Queríamos construir um lugar para vivermos o novo homem. Um centro terapêutico, um resort, uma comunidade, um clube de meditação enorme”, conta A. Racily, brasileira membro da Osho International, que morou com o guru em Rajneeshpuram, como foi chamada a comunidade.
Por não condenar a riqueza, o movimento atraiu a atenção de milionários. E começaram as polêmicas que marcariam aquela temporada. Osho ficou famoso por sua coleção de 93 Rolls-Royces. Segundo Racily, os carros foram doados por discípulos ricos para ajudar a construir a cidade. “Sem bens, não podíamos pegar empréstimos. Os carros foram hipotecados para comprarmos material de construção.” Seu liberalismo em relação ao sexo (veja ao lado) também criou repúdio. Ainda havia uma agravante: “Nós andávamos de vermelho. E naquela época vermelho era coisa de comunista”, diz Racily. Rajneeshpuram começou a sofrer boicotes da comunidade local. Alvarás foram negados e o visto de residente de Osho foi negado. Em 1985, acusado de violar a lei de imigração, passou 6 dias preso e foi libertado sob fiança de US$ 400 mil e a promessa de deixar o país.
Pessoalmente, a temporada americana foi ruim para Osho, que em seguida teve visto negado em 21 países e foi obrigado a voltar à Índia. A perseguição, no entanto, teve muita repercussão na mídia. O que, de forma contemporânea, teve um efeito semelhante às perseguições sofridas por profetas da Antiguidade, como Moisés, Jesus e Maomé, ajudando a fortalecer a adesão dos fiéis ao movimento e a popularizá-lo entre os demais. Antes de morrer, em 1990, o guru mudaria de nome uma última vez, para o definitivo Osho – sinônimo de “oceânico”. Aliás, a placa sobre suas cinzas diz que ele “nunca nasceu, nunca morreu. Apenas habitou este planeta Terra entre 1931 e 1990”. Sua palavra, com certeza, está bastante viva. Segundo Klaus Steege, presidente da Osho International em Nova York, ainda há palestras não traduzidas do híndi para o inglês – o que significa que mais livros serão publicados. E como era de esperar de um guru moderno, os livros não são mais o principal veículo da palavra de Osho. “O grande projeto agora são os dvds com técnicas de meditação e os livros com cds.”

Guru do sexo


Na busca pelo novo homem, é preciso acabar com as repressões. Inclusive as sexuais

Em 1968, Osho foi convidado para palestrar sobre o amor. Seu discurso incentivou a libertação sexual, causando furor entre audiência e crítica. O conteúdo da palestra está no livro Do Sexo à Supraconsciência, um dos títulos mais populares do autor. Ao dizer, por exemplo, que “o orgasmo sexual oferece o primeiro vislumbre da meditação, porque nele a mente pára, o tempo pára”, a mídia o apelidou de “guru do sexo”. Quando se descobriu a causa da aids, Osho determinou que seus discípulos fizessem o teste de HIV. Pioneiro, recomendou usar camisinha e luvas de látex na hora do sexo, coisas ridicularizadas na época. Para A. Racily, que conviveu com Osho, o guru queria apenas que o sexo não fosse renegado. Ela diz que nunca houve orgias na comunidade e que esses boatos vinham de quem queria se aproveitar da liberdade sexual para “aprontar”. Mas até hoje o exame de aids é obrigatório para ir ao resort de meditação da Osho International, em Puna – e soropositivos não entram.
Fonte:https://super.abril.com.br/historia/osho-o-guru-politicamente-incorreto/#
Reconhecido como o mestre espiritual mais politicamente incorreto de todos os tempos, Osho – nascido Chandra Mohan Jain – morreu há exatos 25 anos, no dia 19 de janeiro de 1990. Paradoxalmente, sem nunca ter escrito um único livro, Osho tornou-se um grande vendedor de livros. É que as suas palestras foram transcritas por seus seguidores e transformadas em livros que já venderam 500 mil exemplares, só pelo Cultrix – selo do Grupo Editorial Pensamento, que tem 27 títulos do guru publicados no Brasil. Osho tem ainda livros publicados pela Alaúde, Bestseller, Planeta, Sextante e Verus.

OSHO, O GURU INCORRETO?

Recebi um e-mail fazendo referências a histórias supostamente “nebulosas” ao redor do Osho. E também histórias “nebulosas” envolvendo os sannyasins. E talvez seja também por isso que Osho disse que não existe movimento sannyas. O que existe é uma movimentação de sannyasins ao seu redor, no mundo inteiro. E Osho não responde pelos atos de cada sannyasin.
Cada um de nós responde por nossos próprios atos.

O texto abaixo foi a resposta aos diversos itens apontados no tal e-mail recebido. Eu tenho conhecimento de todas as coisas apontadas no e-mail, e de muitas outras. Mas, quer saber de uma coisa? O que me interessa mesmo, única e exclusivamente, é ter conhecimento cada vez mais de qual é a essência da mensagem do Osho. Essa mensagem tem se revelado para mim, através de minha própria experiência, como absolutamente verdadeira e libertadora. Não é da minha conta se presentearam Osho com quase cem Rolls Royces, se o governo americano para se ver livre dele o acusou de dezenas de infrações às leis daquele país, se durante os festivais o pessoal que podia pagar hotel 5 estrelas se acomodava melhor do que quem morava em tendas. Isso faz muita diferença para quem aqui no nosso meio acompanha a corrupta política nacional, as fofocas das celebridades, as novelas da globo. Aí sabemos quem vai passar o reveillon em Nova York, em que hotel vai se hospedar, quem vai para a ilha de Caras, etc. Com Osho isso nada tem a ver. Eu nunca fiquei em hotel 5 estrelas em Puna. Sempre fiquei dividindo quarto com mais 1 ou 2 pessoas. E isso nunca aumentou nem reduziu a minha sintonia com a energia do mestre, com a sua mensagem.

Eu sempre vi pessoas lindas na comuna do Osho. Mas não era condição para entrar na comuna que fossem gatinhas participantes de concurso Miss Puna, nem de concurso das mais "certinhas". Essa é a visão distorcida de quem vive diante da TV, do programa da Xuxa, do Faustão e do Hulk. Na comuna do Osho as coisas acontecem de maneira diferente. Os parâmetros são outros, o conceito de beleza é outro. Também tem gente com rostinho de boneca, mas não é disso que se trata quando falamos de pessoas lindas.

É claro que Osho era uma pessoa de destaque na mídia e numa sociedade neurótica como a americana, ele corria perigo naquela época em que se jogavam bombas em comunidades religiosas que desafiavam as tradições conservadoras cristãs. E haviam comunidades loucas que pregavam o suicídio. Se as pessoas que cuidavam da segurança do Osho andavam armadas, deve ter sido uma medida de precaução que o momento exigia. E dai? Eu não estava lá, naquele momento e naquela situação, cuidando da segurança dele e por isso não sei quais os desafios que eles tiveram que enfrentar. Osho nunca tomou a iniciativa de dizer o que sua guarda deveria fazer, nunca disse que os hotéis de 5 estrelas deveriam ser assim ou assado. Osho cuidava da mensagem que ele nos compartilhava. Ele tinha urgência de deixar sua mensagem para o novo homem, para um novo mundo. O seu foco era a nossa transformação, era nos estimular, nos desafiar a dar um salto quântico em nossas vidas. É claro que ele sempre disse que gostava do melhor e nos estimulou a também querer o melhor para nós, não nos contentar com as migalhas.

A mensagem do Osho sempre priorizou a expansão da consciência, a meditação, a superação dos nossos limites e bloqueios impostos por uma programação arcaica e castradora, de modo que possamos ser livres, conscientes e inteiros em cada ato, em cada momento de nossa vida. E nisso não há preconceito quanto à alegria, ao conforto, à beleza, ao prazer, ao amor. A nossa totalidade implica numa realização plena em todos os sentidos. Osho nunca pregou a caridade cristã de dar abrigo aos pobres e sem-tetos. Quem cuida disso são as igrejas, é a Madre Tereza de Calcutá. Isso nada tem a ver com o trabalho do Osho. Por isso Osho é totalmente diferente de todos esses iluminados que passaram pelo planeta. Ele é revolucionário nesse sentido. Ele não veio dar consolo ao pobre. Ele veio cutucar as pessoas para assumirem as rédeas de sua vida e superarem suas limitações, para se realizarem e alcançarem os picos da espiritualidade através da meditação. Osho nunca pregou voto de pobreza, nem de castidade. Nunca foi a favor do auto-flagelo para redenção das culpas. Essa coisa de pobreza, humilhação, subserviência, tem origem nessas religiões que nos jogam culpa, pecado original, nos proíbem o prazer e o sexo. Osho nada tem a ver com essa tradição religiosa. Com Osho não há preconceito contra a alegria, o luxo, a riqueza, o conforto, a beleza estética. Se podemos viver bem, porque optar por viver mal? Não há recompensas na outra vida ou num paraíso celestial. O paraíso é aqui mesmo. É aqui que o construímos.

Aqueles que ainda estão tropeçando, sem conseguir resolver suas questões materiais básicas, têm que encarar o desafio de superar esse estágio. Esse é o desafio de cada um deles. Quem está com fome de comida, tem que lutar é para conseguir seu pão; não se pode esperar que ele esteja almejando a sofisticação de um espaço meditativo. Infelizmente isso é real. E Osho cita o próprio Jesus quando este disse para algum de seus discípulos que queria cuidar de um parente doente: Jesus disse: deixe que os mortos cuidem dos mortos. Se você quiser se dedicar a uma obra de caridade e salvar o mundo da fome, faça isso. Isso é com você. Faça aquilo que você acha que é certo. E isso vai ser um grande trabalho, de muito mérito. Você poderá se sentir um benfeitor da humanidade, poderá até receber reconhecimento público. Mas nada disso vai somar no seu processo pessoal, interior de crescimento na meditação. Esse seu processo pessoal, interno é somente seu. É você com você mesmo. Nem mesmo o Osho pode lhe ajudar. É um garimpo que você faz dentro de si, percorrendo os mistérios de seu espaço de silêncio interior. É o seu processo individual de auto-conhecimento. Aqui não estamos lhe dizendo para não olhar para o outro, não olhar para o próximo. Estamos apenas lhe dizendo para olhar para si mesmo. Olhe para quem você quiser, mas não deixe de olhar para si mesmo, vá para dentro e mergulhe nessa aventura do auto-conhecimento. Mas, se você não tem o que comer, o que vestir e onde morar, eu não posso lhe pedir que se aquiete e entre no silêncio do espaço meditativo. A visão do Osho às vezes soa um tanto quanto dura. Mas é assim mesmo.

E ainda lhe digo mais: é preciso ter uma compreensão ampliada para sacar a mensagem do Osho. Osho não é para todo mundo. Por isso Osho é tão mal compreendido. As pessoas olham Osho a partir de seus conceitos e preconceitos cristãos, judaicos, muçulmanos, ou hindus. Osho não é nada disso. Esse Osho que a gente encontra nas citações do Facebook, essas frases bonitinhas do Osho que aparecem nas agendas e nos cartões, não revelam a totalidade da mensagem desafiadora, revolucionária e transformadora do Osho. Muita gente se apega na mensagem do Osho quando ele fala da rosa. Mas a rosa traz consigo o espinho. Geralmente as pessoas gostam de olhar para a rosa e evitam encarar o espinho.

O caminho com Osho é um caminho de auto superação a cada instante, a cada passo que damos na vida. Diante de cada situação da vida, nos confrontamos com nossas sombras, com nossos bloqueios, com nossas limitações, com nossas repressões. Osho não nos pede para segui-lo. Ele nos desafia a seguirmos a nós mesmos. Mas primeiro temos que saber quem somos originalmente, ele não se refere a essa personalidade moldada pela sociedade, pelos pais, pela escola, pelas religiões. Quem somos por trás de tudo isso? E aí sim, ele nos convida a vivermos em sintonia com aquilo que somos originalmente, espontânea e naturalmente. Mas, podemos também optar por fechar os olhos para isso e levarmos uma “vidinha”, curtindo o último capítulo da novela da Globo, postando frases bonitinhas no Facebook, fazendo caras e bocas para impressionar as pessoas, exibindo o carrinho do ano, usando roupinhas de grife, etc etc. Aqui é preciso distinguir. Uma coisa é buscar sua realização plena, corpo/espírito, sem preconceitos quanto ao conforto e ao bem estar material. Outra coisa é achar que o conforto e as benesses da tecnologia significam o máximo na vida.

É muito difícil e árduo encarar o desafio que Osho coloca diante de nós, para assumirmos a nossa própria trajetória de vida. Por isso é muito mais fácil olharmos seus Rolls Royce, o luxo dos hoteis 5 estrelas, a restrição à entrada em sua comuna de soropositivos, esfarrapados e drogados. Assim, podemos vestir a capa de defensores da boa causa e não temos que encarar os desafios que ele coloca diante de nós. Aliás, o próprio Osho disse em algum lugar que se você só tem olhos para ver os seus Rolls Royce, é porque você não está apto a entrar no caminho que ele nos aponta. Então só lhe resta ficar contando os Rolls Royce. Esse é o estágio em que você se encontra. Ele dizia que os Rolls Royces acabaram funcionando como um filtro para o trabalho dele.

Para uma pessoa que fica apontando essas coisas "nebulosas" ao redor do Osho, só podemos dizer: - Tudo bem, fique aí anotando todos esses detalhes no seu caderninho. Passe a vida pesquisando isso, pelo menos você continuará girando ao redor da figura do Osho. Quem sabe, se em algum momento você tropeça numa mensagem dele que lhe dê uma sacudida e você acorda desse sono em que está mergulhado?

Por Bodhi Champak*

*Sannyasin do Osho desde 1986. Coordenou diversos Centros de Meditação Osho em Brasília. Editou o boletim Osho Conexão Brasil de 2003 a 2009. Atualmente é o coordenador do Instituto Osho.

Fonte:http://blogdochampak.blogspot.com.br/2012/10/osho-o-guru-incorreto.html

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Há quase vinte anos que Osho abandonou a sua vida corpórea, «tão calmamente como se estivesse a partir de férias», como disse o seu médico. Este livro pretende oferecer uma contextualização histórica a biográfica de Osho e da sua obra. Quem era este homem, conhecido como «o guru do sexo», «o pai da meditação dinâmica», «o guru dos Rolls-Royce», ou, simplesmente, como «Mestre»? Ao longo destas páginas encontramos a história da sua infância e educação, da sua vida como professor catedrático de Filosofia e das suas viagens pelo mundo, a ensinar a importância da meditação, bem como uma reflexão atenta acerca do seu legado filosófico e espiritual. Autobiografia de Um Místico Espiritualmente Incorrecto é uma celebração da vida de um dos mestres espirituais mais provocantes dos nossos dias. Na década de 1970, Osho captou a atenção de milhões de jovens ocidentais fascinados pela meditação e pela transformação pessoal; quase duas décadas após a sua morte, a influência dos seus ensinamentos não deixa de crescer, atraindo leitores em todo o mundo.

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[RESENHA] AUTOBIOGRAFIA DE UM MÍSTICO ESPIRITUALMENTE INCORRETO – OSHO

Os segredos e mistérios da vida do principal místico do século XX. Realizado a partir de quase cinco mil horas de conversas gravadas de Osho, e compilado por dois de seus principais discípulos, este é o livro mais completo sobre a vida e a obra deste grande mestre. Nele, o leitor poderá saber como foi a juventude de Osho, como foi sua formação, a importância de sua atuação como professor de filosofia e outras muitas histórias acumuladas em anos de viagem para revelar a importância da meditação e do despertar da consciência individual. Nos depoimentos, acompanhamos sua infância na Índia, criado pelos avós maternos, a educação longe das escolas, a rebeldia com a religião, o gosto pela reflexão desde garoto. Osho também relata seu período de estudante universitário, no início dos anos 1950, a experiência de lecionar e os momentos de revelação e iluminação. Nestas páginas, repletas de pensamentos sobre amor, sexo e meditação, será possível conhecer o homem por trás dos ensinamentos, a matéria por trás da teoria.
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Osho foi um líder espiritual indiano que, ao mesmo tempo em que inspirou muitas pessoas ao redor do mundo, gerou também muitas polêmicas, principalmente por suas reflexões provocativas e ensinamentos fora dos padrões.
Em Autobiografia de um místico espiritualmente incorreto foi realizada a compilação de quase cinco mil horas de conversas gravadas de Osho e organizadas por dois dos seus principais discípulos.
Uma das características mais marcantes dessa obra é a facilidade com a qual a lemos, provavelmente pelo fato dela ser o resultado das falas de Osho; desse modo, a leitura é fluida, rápida e de fácil compreensão.
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Ao mesmo tempo em que passamos um pouco pela sua infância, adolescência e vida adulta, visualizamos também seus deslumbres e suas relações interpessoais, com destaque para o processo de aprendizagem e de autoconhecimento pelo qual Osho passou.
Temas como religião, morte, liberdade, meditação e crescimento pessoal são trazidos à tona na medida em que adentramos na vida do místico. Assim, é possível conhecermos um pouco de quem ele foi e o direcionamento e rebatimento que tiveram os seus ensinamentos.
Mesmo abordando temas que possuem diversas complexidades, o livro possui uma leveza intrínseca ao modo de como Osho enxergava o mundo e as pessoas ao seu redor. Portanto, certamente é uma boa indicação para quem deseja conhecer um pouco mais sobre seus ensinamentos.
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Fonte:http://minhavidaliteraria.com.br/2016/12/29/resenha-autobiografia-de-um-mistico-espiritualmente-incorreto-osho/

Osho..qual a forma como ele morreu?

Osho morreu em 1990, aos 59 anos. Recebeu 35 acusações nos EUA, todas foram retiradas ou consideradas infundadas com o tempo. Foi preso sem um mandado de prisão e sem provas conclusivas. Passou por dez dias "sumido" nas mãos das autoridades americanas, quando foi envenenado com talium, que é um elemento químico que não deixa vestígios no organismo, daí a dificuldade de realizar um diagnóstico mais correto, porém seus médicos detectaram sintomas desse envenamento. 

Se você se interessa por OSHO, leia o livro Autobiografia de um Místico Espiritualmente Incorreto, onde você vai conhecer melhor o SER iluminado que é OSHO. Ele também não escreveu nenhum livro, para que seus futuros discípulos não viessem distorcer o que ele disse, como ocorre em todas as religiões. 

OSHO gravou seus ensinamentos em vídeos, e seus livros são transcrições desses vídeos, são 650 livros em 57 línguas. Eu só li 40. 

Veja também o site: www.oshosukul.com 

NAMASTÉ! 
Satya Sharani

COMO MORREU
OSHO


Nome completo: Chandra Mohan Jain
Nacionalidade: Indiano
Nascimento: 11 de Dezembro de 1931
Morreu em: 19 de Janeiro de 1990
Idade: 58 anos
Profissão: Orador, Filósofo, Guia Espiritual
Lugar da morte: Cidade de Pune, (Índia)

Causa de morte:

“INSUFICIÊNCIA CARDÍACA”


Como faleceu OSHO: Uma infecção congênita da coluna que se deteriorava pouco a pouco a saúde de Osho.
Em 1º de maio de 1981, optou pelo silêncio. Sua saúde continuava em decaída. Seus médicos decidiram levá-lo aos Estados Unidos para operar sua coluna.
Ainda que Osho recuperasse sua saúde, a etapa norte-americana foi tensa e crítica.
Em outubro de 1984, rompeu o voto de silêncio e em 1985 começou a falar em público.
A perseguição do governo americano crescia e a grande oportunidade para se livrar de Osho se deu em 14 de setembro de 1985 quando sua secretária particular cometeu várias irregularidades, entre elas uma tentativa de envenenamento ao médico e professor escapando com 40 milhões de dólares de propriedade da comunidade. Osho pediu que investigasse, mas lhe acusaram de infringir as leis de imigração, motivo pelo qual foi preso.
Seus advogados pagaram uma fiança de 40.000 dólares para liberá-lo com o compromisso de não voltar aos Estados Unidos por cinco anos. O governo pressionou a outros países para que não lhe recebessem, o que deu lugar a uma dolorosa peregrinação por 21 nações que se aliaram com o gigante do Norte rejeitaram sua presença lhe negando o visto e impedindo muitas vezes até de descansar nos aeroportos.
Em 04 de janeiro de 1987 retornou a Poona, mas em julho de 1988 se sentiu com ânimo para dirigir a meditação ao final dos discursos da tarde. Nessa época acreditou que uma nova técnica meditativa: a Rosa Mística.
Em janeiro de 1990 se sente cada vez mais fraco a tal ponto de não poder pronunciar discursos nem de liderar meditações. É incapaz de caminhar e já no dia 18 não consegue se levantar.
Na manhã de 19 de janeiro seu médico observa seu pulso irregular e lhe sugere se preparar para ressuscitação cardíaca. Osho lhe responde: “Não. Me deixem ir. A existência decidiu que é o tempo… Minha presença será muito mais forte sem o inferno de meu corpo torturado”.
Finalmente às 17:30 de 19 de janeiro na idade de 58 anos Osho falece.
Sua morte foi noticiada mundialmente. Em seu epitáfio gravado na tumba que guarda suas cinzas havia sido escrito pelo próprio professor poucos dias antes de morrer: “Osho nunca nasceu, nunca morreu, somente visitou o planeta Terra entre 11 de dezembro de 1931 e 19 de janeiro de 1990”.
Antes de sua morte, lhe perguntaram que passaria quando se fosse. Respondeu: “ Se existe algo de verdade no que disse, sobreviverá. As pessoas interessadas em meu trabalho, levará a tocha sem impor nada a ninguém…Desejo que não esqueçam o amor, porque se não é por ele, não se pode fundar igreja alguma. A consciência não é monopólio de ninguém, igual a celebração, o regozijo e a olhada inocente de uma criança…Se conheçam a si mesmos pois o caminho é para dentro”.
OshoNeverBornNeverDied
Fonte:http://comomorreu.com/doenca/como-morreu-osho/

O mistério da morte de Osho


Osho Rajneesh nasceu em Kuchwada 11 de dezembro de 1931 e morreu em Pune em 19 de Janeiro de 1990. Que houve entre as duas datas? Tente resumir o que está entre a data de nascimento e uma morte é aproximado e simplista para cada um, pelo guru para o artesão, o enfermeira do salva-vidas e assim por diante, além do papel na vida, é complexo, uma vez que refere-se a um ser humano.
Ele nasceu Chandra Mohan Jain, era Bhagwan Shree Rajneesh até 1970 e seus discursos já tinha criado o caos no mais severos ambientes ortodoxia religiosa indiana, depois de deixar o cargo de professor acadêmico da filosofia. A natureza de tais desafios, a tenacidade daqueles que são capazes de desenvolver uma visão sempre caracterizada, até que adoptou em Janeiro de 1989 o nome da ampla, grande: Osho.
De 1969 a 1981 ele cria energia no ashram em Pune, o coração do que seria expandido como Osho International Meditation Resort. Aqui os primeiros campos de meditação, e a transmissão de suas técnicas incluíram a de meditação dinâmica.
É durante uma meditação ao ar livre Osho começa um discípulo como um sannyasin. Todas as manhãs, de 7 anos, um discurso. No ashram final dos anos 70, ele recebe 30 mil visitantes por ano. Os números envolvidos, a natureza dos ensinamentos criar contrastes com as empresas do governo e indianos.
Quando, em 1981 Osho retira-se a um silêncio que durou 1315 dias, o número de seguidores continua a crescer em torno dos centros de meditação mundo 250, 45 comunidade auto-suficiente. Na América, para ser mais preciso do estado de Oregon, em um terreno baldio, concentrar as atividades do Rajneesh Foundation International. No dia primeiro de julho 1982 festival apresenta mais de 20.000 pessoas.
Uma energia que se condensa tão impressionante, uma comunidade gigantesca. Veena, pessoa PR, a maneira como ele explicou: "A fazenda é um Buda, você pode sentir a energia. Um campo de energia em torno de um Buda vivo. Existem sistemas específicos para a tomada de decisões. Trabalhamos juntos e as coisas acontecem espontaneamente. " Uma comunidade que constrói barragens, um lago, um auditório, três restaurantes, uma enorme fazenda, uma discoteca, um hotel com 47 quartos e instalações para acomodar 15.000 pessoas durante o festival.
Uma comunidade que cresce cerca de cinquenta hectares de terra, que tem sistemas para executar água e esgoto sofisticados, painéis solares, correios, opções de refeições e compra de vários tipos desenvolvido. E da Câmara Municipal, o corpo de bombeiros, os lugares para hospitalar e odontológica, os fornos de pão. Uma comunidade que vive e pulsa. E isso confuso, especialmente no que diz respeito à população local, com vários episódios de hostilidade aberta.
Os desentendimentos com as autoridades se intensificam, Osho se afasta da cidade e ir para ser um discípulo. Não é caçado, preso sem sequer uma sombra de um mandado de prisão.

A detenção, a transferência em prisões, o epílogo

A prisão foi espetacular, com uma metralhadora à vista. Alegações relacionadas a fatos da natureza única administrativa, não violento, sem antecedentes criminais, e os altos valores de fiança propostos por seus advogados não ganhou muito e Osho foi realizada por 3 dias na cadeia Charlotte. De acordos, seria então ser levado a Portland, a 5 horas de avião que Osho nunca faria. Ele era de 6 de Novembro de 1985. Osho não está em Portland. Seu advogado em Charlotte tenta obter informações, fazer chamadas telefônicas, sem rendição. Dois jornalistas revelam que Osho foi liderada pelo Oklahoma City e está registrado sob o nome falso de David Washington para a penitenciária federal em El Reno, a 20 km.
Em um Osho muito repentino e inesperado é posto em 7 de novembro em um vôo para Seattle, diferente decisão daquela indicada no dia anterior pelo xerife à imprensa local. De Seattle decola, finalmente, em Oregon. Parece um jogo para se livrar da peça e, neste caso, o token é um poderoso líder espiritual, preso sem mandado, detido sem permissão real para prosseguir. Tentou, em Portland, deportado dos Estados Unidos.
E aqui estão as palavras do Dr. Pronas, ex-chefe do departamento de polícia no Ministério dos Negócios Estrangeiros da Grécia: "Se os americanos querem matar Rajneesh, tem muitas maneiras de fazê-lo. Eles podem matá-lo a qualquer momento e de modo que a morte ocorre uma dupla tomar, quando ele deixou o país ".
Seu secretário pessoal, Ma Anand Sheela, que tinha sido deixado o poder do município, entretanto já tinha fugido no exterior, com US $ 43 milhões. Denunciou FBI também a partir da mesma Osho tentativa de assassinato de seu médico pessoal, a mulher é condenado a dez anos de prisão e depois libertado da prisão depois de apenas um casal. Osho vai para Katmandu, em seguida, para Creta, onde é expelido como um "perigo público", segundo o sínodo de bispos da Igreja Ortodoxa Grega. Inicie a caçada do governo Reagan, ou melhor, as ações do governo para frustrar qualquer tentativa de Osho para encontrar um lugar para se estabelecer, com visto de entrada de resíduos na Irlanda, Canadá, Inglaterra, Suécia, Alemanha, Suíça.
Em nosso país estamos mobilizando pensadores e artistas do alcance de Gaber, Fellini e alguns políticos para ele para obter um visto de entrada, mas agora Osho em 1988 ele retornou para a Índia. Suas condições de saúde são muito ruim. Ele assume um envenenamento de tálio ocorreu na noite duvidosa de cativeiro em locais de Oklahoma City. A intoxicação por que iria desencadear um processo de tecido degenerativa, a julgar pela história médica traçada pelo Dr. John Wally que ele foi para Londres em outubro de 1987, com amostras de sangue, dois litros de urina e da barba.
A decadência gradual da saúde afeta principalmente o tecido do coração, considerando a já diagnosticado com diabetes há anos. Osho deixa o corpo em 19 de janeiro, às 17h00; as listas de certificados médicos causa da morte como insuficiência cardíaca.

Desconfortável. Discutido. iluminado

Se você fosse para excitá-lo à história, recomendamos um livro "Operação Sócrates", escrito por Majid Valcarenghi e Ida Porta publicada na primeira edição, em fevereiro de 1995. Neste texto você encontrará uma prova importante, descrições de lugares de experiência.
A segunda parte é dedicada auréola inteiramente cinza em torno do alegado envenenamento, completo com uma fotocópia de testes de diagnóstico, documentos das prisões, clínicas certificados de análise. A terceira parte do texto é dedicada à última fase da vida de Osho, literalmente, colocar na cruz e em um estado de vôo de Reagan.
Muitos dos nossos melhores escritores - Michele Serra, Lidia Ravera, Max Brecher, Giovanni Negri - eram naquela época fortemente queria que este livro e criou um comitê de apoio para não esquecer o caso Osho Rajneesh e até mesmo integrá-lo na consciência internacional.
É importante para formar a sua própria idéia, ler textos, compreender o ensino, não pensar de enfrentar mais um guru e conspiração habitual gritou aos quatro ventos. Partilhável ou não, Osho teve uma visão. Muitos adotaram, adorado, questionou, traído, criticado, especialmente quando eles começaram a disparar um monte de dinheiro. "Eu não sou parte de qualquer movimento. O que estou fazendo é parte de uma coisa eterna vem acontecendo desde o primeiro homem apareceu na terra e continuará até o último homem. Ele não é um movimento, é a própria essência do ' evolução ".
Piadas, histórias iconoclastas, convites para um sexo viveu na consciência e liberdade, parábolas edificantes, relógios à vista de todos, lições úteis, Osho resumiu em si mesmo muito. E para aqueles que têm seguido a sua voz e seu silêncio ele deixou mensagens claras.
"Meu esforço é para tornar-se disponível todas as possibilidades, e fazer todas as possibilidades disponíveis para você; de modo que você pode mover-se, você pode mudar, você pode escolher o tempo e lugar que é seu. Então, um dia nascer intuição, e que visão será completamente seu. Não tem nada a ver comigo ... Um dia, uma manhã, sorgerete em seu próprio ser, atentos às suas necessidades, atenta à sua direção. "
E o que ele fez, entretanto, antes de abandonar seu corpo físico, ele realmente se parecia com o que ele tinha pintado com as suas palavras, tão claramente: "Uma vez que a direção é entendido, reconhecido, não haverá mais problemas. Mas você tem que esperar; isso leva tempo. E antes que isso aconteça você terá sballottolare, por sua vez, vou arrastá-lo a partir deste para aquele lugar. "
Na cama em que ele morreu, ele deu as últimas disposições claras: "Traga-me na audiência por dez minutos, e depois diretamente para o crematório; e lembre-se de boné e meias de escorregar, "Quando a cama veio Jayesh, discípulo responsável pela parte administrativa, Osho disse:" Nunca fale para mim no passado, a minha presença aqui, sem o peso de um corpo quebrado, será mil vezes maior. Agora que eu estou deixando este corpo, muito mais pessoas virão. Deixo-vos o meu sonho. "
Finalmente Aqui estão algumas das suas palavras durante a entrevista histórica com Enzo Biagi, no verão de '89: "Eu continuará a ser uma fonte de inspiração para o meu povo e é isso que eu sinto a maior parte do sannyasin. Quero que cultivam em suas próprias qualidades como o amor, em torno do qual você não pode criar qualquer igreja, como a consciência de que não é monopólio de ninguém, como a celebração, a capacidade de ser feliz, para manter a aparência fresca de uma criança . Eu quero que meu povo se conhecer, não que eles se adaptar às ideias de outra pessoa. E a maneira como você começa dentro de si mesmo ".
Fonte:http://sumagrande.com/article/o-mistrio-da-morte-de-osho
Quem é Osho? 

          Desde sua infância, na Índia, Osho deixava claro que não seguiria as convenções do mundo à sua volta. Passou os primeiros sete anos de sua vida com seus avós maternos, que lhe permitiram liberdade de ser ele mesmo, o que raramente acontece com as crianças. Ele era uma criança solitária, preferindo passar longas horas sentado em silêncio ao lado de um lago, ou explorar as redondezas sozinho. A morte de seu avô materno, diz ele, teve um efeito profundo em sua vida interior, provocando-lhe uma determinação de descobrir o imortal da vida. Ao se juntar à crescente família de seus pais e entrar na escola, estava firmemente fundamentado na clareza e no senso de si mesmo, que lhe deram a coragem de desafiar todas as tentativas dos mais velhos de moldarem a sua vida.
          Ele nunca fugia de controvérsias. Para Osho, a verdade não pode fazer concessões, pois assim deixa de ser verdade. E a verdade não é uma crença, mas uma experiência. Ele nunca pede às pessoas para acreditarem no que ele diz, mas, ao contrário, pede que experimentem e percebam por si mesmas se o que ele está dizendo é verdadeiro ou não. Ao mesmo tempo, ele é implacável ao encontrar meios e maneiras de revelar o que as crenças de fato são - meros consolos para amenizar nossas ansiedades frente ao desconhecido, e barreiras para o encontro de uma realidade misteriosa e inexplorada.
          Após sua iluminação, aos vinte e um anos de idade, Osho completou seus estudos acadêmicos e passou vários anos ensinando filosofia na Universidade de Jabalpur. Enquanto isso, viajava pela Índia proferindo palestras, desafiando líderes religiosos ortodoxos, em debates públicos e encontrando pessoas de todas as posições sociais. Ele leu extensivamente tudo o que pôde encontrar para expandir sua compreensão dos sistemas de crença e da psicologia do homem contemporâneo.
          No final da década de 60, Osho começou a desenvolver suas técnicas de meditação ativa. O ser humano moderno, ele disse, está tão sobrecarregado com as tradições antiquadas do passado e com as ansiedades da vida moderna, que precisa passar por um profundo processo de limpeza antes de poder descobrir o estado de meditação relaxado e sem pensamento.
          Começou a conduzir campos de meditação por toda a Índia, proferindo discursos aos participantes e orientando pessoalmente meditações por ele desenvolvidas.
No início dos anos 70 os primeiros ocidentais começaram a ouvir falar de Osho, e juntaram-se ao crescente número de indianos que foram iniciados por ele no neo-sannyas. Em 1974, uma comuna estabeleceu-se à volta de Osho, em Puna, Índia, e logo os poucos visitantes do Ocidente tornaram-se bastante numerosos. Muitos eram terapeutas que se deparavam com as limitações das terapias ocidentais e que procuravam uma abordagem que pudesse alcançar e transformar as profundezas da psique humana. Osho os encorajou a contribuírem com suas habilidades à comuna e trabalhou intimamente com eles para desenvolverem suas terapias no contexto da meditação.
          
O problema com as terapias desenvolvidas no Ocidente, ele disse, é que elas estão limitadas a tentar tratar a mente, enquanto que o Oriente há muito compreendeu que a própria mente, ou melhor, nossa identificação com ela, é o problema. As terapias podem ser úteis - como os estágios catárticos das meditações que desenvolveu - para aliviar as pessoas de suas emoções e medos reprimidos, e para auxiliá-las a se perceberem mais claramente. Porém, a não ser que comecemos a nos desapegar dos mecanismos da mente e suas projeções, desejos e medos, iremos sair de um buraco somente para cair num outro. A terapia, portanto, deve andar de mãos dadas com o processo de desidentificação e testemunho, conhecido como meditação.
          
No final dos anos 70, a comuna em Puna abrigava o maior centro de terapia e crescimento do mundo, e milhares de pessoas vinham participar dos grupos de terapia e meditação, sentar com Osho em seus discursos diários e contribuir com a vida da comuna. Alguns retornavam a seus países e estabeleciam centros de meditação.
          De 1981 a 1985, o experimento de comuna ocorreu nos Estados Unidos, numa região de mais de duzentos quilômetros quadrados, no alto deserto do Oregon. A ênfase primordial da vida da comuna era construir a cidade de Rajeeshpuram, um "oásis no deserto". E num período de tempo milagrosamente curto, a comuna construiu casas para cinco mil pessoas e começou a reverter décadas de estragos - devido ao excessivo uso da terra - restaurando riachos, construindo lagos e reservatórios, desenvolvendo uma agricultura auto-suficiente e plantando milhares de árvores.
          Em Rajneeshpuram, meditações e programas de terapia aconteciam na Rajneesh International Meditation University. As facilidades modernas construídas para a Universidade e seu meio ambiente acolhedor possibilitaram profundidade e expansão de seus programas, o que antes não era possível. Cursos e treinamentos de longa duração foram desenvolvidos, e atraíram um grande número de participantes, incluindo muitos que já eram profissionais, mas que desejavam expandir suas habilidades e o entendimento de si mesmos.
          No final de 1985, contudo, a oposição do governo local e federal a Osho e à comuna tornou impossível a continuação do experimento. A comuna foi dispersa e Osho encaminhou-se para um tour pelo mundo, concedendo entrevistas à imprensa e proferindo discursos para discípulos no Himalaia, na Grécia e no Uruguai, antes de retornar à Índia, em meados de 1986.
          Em janeiro de 1987, Osho restabeleceu-se em Puna, proferindo discursos duas vezes ao dia. No prazo de alguns meses a comuna de Puna começou um programa completo de atividades e se expandiu muito mais do que anteriormente. Foi mantido o padrão de conforto moderno estabelecido nos Estados Unidos, e Osho deixou claro que a nova comuna de Puna deveria ser um oásis do século XXI, mesmo na Índia subdesenvolvida. Mais e mais pessoas vinham do Oriente, particularmente do Japão, e suas presenças trouxeram um enriquecimento correspondente nos programas de cura e de artes marciais. Artes visuais e de performance também floresceram, juntamente com a nova Escola de Mistério. A diversidade e a expansão refletiram-se na escolha, por Osho, do nome Multiversidade, que abrigava todos os programas.
          E a ênfase na meditação fortaleceu-se ainda mais - esse era um tema constantemente abordado nos discursos de Osho, e ele desenvolveu e introduziu muitos novos grupos de meditação, incluindo a No-Mind, a Rosa Mística e o Born Again.
          Cerca de nove meses antes de deixar seu corpo, Osho ditou a inscrição para o seu samadhi, a cripta de mármore e espelho que contém suas cinzas.
Osho - nunca nasceu, nunca morreu.
Apenas visitou este planeta Terra entre
11 de Dezembro de 1931 e 19 de Janeiro de 1990.
          A comuna que cresceu em sua volta ainda floresce em Puna, Índia, conhecida hoje como Osho International Meditation Resort, onde milhares de buscadores se reúnem durante todo o ano para participar de seu programa de meditações e grupos de crescimento.

..

"Estou aqui para seduzi-lo a um amor pela vida; para ajudá-lo a tornar-se um pouco mais poético; para ajudá-lo a morrer para o mundano e para o ordinário, de modo que o extraordinário exploda em sua vida."
Osho
"Eu não sou um lógico, sou um existencialista. Acredito nesse belo caos da existência
 e estou pronto para ir aonde quer que ela vá. Não tenho uma meta, porque a existência não possui uma meta. Ela simplesmente é, florescendo, brotando, dançando - mas não pergunte porque. Apenas um transbordamento de energia, sem motivo algum. Estou com a existência
."
Osho
"Eu não sou um messias e não sou um missionário. E não estou aqui para estabelecer uma igreja ou para dar uma doutrina para o mundo, uma nova religião, não. Meu esforço é totalmente diferente: uma nova consciência, não uma nova religião, uma nova consciência, não uma nova doutrina. Chega de doutrinas e chega de religiões! O homem necessita de uma nova consciência. E a única maneira de trazer uma nova consciência é continuar martelando por todos os lados para que lenta, lentamente nacos de sua mente se desprendam. A estátua de um Buda está oculta em você. Nesse momento você é uma rocha. Se eu continuar martelando, cortando fora pedaços de você, lenta, lentamente o buda surgirá"Osho

“ Osho é um mestre iluminado que está trabalhando com todas as possibilidades para ajudar a humanidade superar uma fase difícil no desenvolvimento da consciência”.
 Dalai Lama
"Esse livro faz parte da estante de toda biblioteca e do lar de todos aqueles que buscam conhecimento do ser mais elevado”.
Dr Deepak Chopra
“Osho é o homem mais perigoso desde Jesus Cristo… Ele é obviamente um homem muito efetivo, senão ele não seria uma tal ameaça. Ele está dizendo as coisas que ninguém mais tem coragem de dizer. Um homem que tem todos os tipos de idéias, elas não são só inflamatórias, elas também possuem uma ressonância da verdade que assusta os monstros do controle”.
. Tom Robbins

Fonte:https://www.oshobrasil.com.br/Osho.htm



Instituto Osho - Caixa Postal 450 - 36001-970 - Juiz de Fora (MG)

VIDA E OBRA
Rajneesh Chandra Mohan Jain (रजनीश चन्द्र मोहन जैन) (Kuchwada, Índia11 de Dezembro de 1931 — PuneÍndia19 de Janeiro de 1990) foi líder religioso de uma seita de tradições dármicas, mestre na arte da meditaçãoe do despertar da consciênciaApesar de sua formação e docência acadêmica em filosofia, além de ter sido campeão em debates, ele não se considerava um filósofo, mas sim um místicopois seu principal propósito era o desenvolvimento da consciência, o autoconhecimento, através da meditação. Durante a década de 1970, foi conhecido pelo nome de Bhagwan Shree Rajneesh e, mais tarde, como Osho.
Foi durante toda a sua vida uma figura extremamente polêmica, em boa parte, porque ele próprio raramente procurava apaziguar ou evitar conflitos. Nunca foi um moralista, enfatizando sempre a consciência individual e a responsabilidade de cada um por si mesmo. Não considerava o ato sexual como um tabu, tendo uma postura bastante liberal a esse respeito. Durante sua vida, foi perseguido em diversos países onde esteve, inclusive 
em sua terra natal.

Biografia

Juventude

Filho mais velho de um modesto mercador de tecidos, passou os sete primeiros anos de sua infância com seus avós, que lhe davam absoluta liberdade para fazer o que bem quisesse, apoiando suas precoces e intensas investigações sobre a verdade da vida. Desde cedo, foi um espírito rebelde e independente, desafiando os dogmas religiosos, sociais e políticos, e insistindo em buscar a verdade por si mesmo, ao invés de adquirir conhecimentos e crenças impingidos por outros.
Sua intensa busca espiritual chegou a afetar sua saúde a ponto de seus pais e amigos recearem que ele não vivesse por muito tempo. Após a morte do avô, Osho foi viver com seus pais em Gadawara. Sua avó mudou-se para a mesma cidade, permanecendo como sua mais dedicada amiga até falecer em 1970, tendo se declarado discípula do neto.

Universidade e discursos públicos[editar | editar código-fonte]

Aos 21 anos de idade, no dia 21 de março de 1953, Osho alcançou aquilo que afirmava ser a iluminação (estado de consciência livre, também chamado de samadhi no oriente). Este seria o mesmo estado em que teriam vivido JesusBuda e outros mestres iluminados. Com sua iluminação, ele disse que sua biografia externa terminara. Nessa oportunidade, comentou: "Não estou mais buscando, procurando por alguma coisa. A existência abriu todas as suas portas para mim. Nem ao menos posso dizer que pertenço à existência, porque sou simplesmente uma parte dela... Quando uma flor desabrocha, desabrocho com ela. Quando o Sol se levanta, levanto-me com ele. O ego em mim, o qual mantém as pessoas separadas, não está mais presente. Meu corpo é parte da natureza, meu ser é parte do todo. Não sou uma entidade separada."
Osho graduou-se em Filosofia na Universidade de Sagar, com as honras de "primeiro lugar". Na época de estudante foi campeão nacional de debates na Índia. Em 1966, depois de nove anos limitado pela função de professor de filosofia na Universidade de Jabalpur, abandonou o cargo e passou a viajar por todo país, dando palestras, desafiando líderes religiosos ortodoxos em debates públicos, desconcertando as crenças tradicionais e chocando o status quo.
Em 1968, ainda com seu primeiro nome espiritual, Bhagwan Shree Rajneesh, estabeleceu-se em Bombaim, onde morou e ensinou por alguns anos. Organizou regularmente "campos de meditação", onde introduziu a sua revolucionária Meditação Dinâmica. Em 1974, inaugurou o ashram de Poona, e sua influência já atinge o mundo inteiro. Ao mesmo tempo, sua saúde se fragilizava seriamente.
Osho se recolhia cada vez mais à privacidade de seus aposentos, aparecendo apenas duas vezes por dia em suas palestras matinais e, à noite, em sessões de aconselhamento e iniciação.

Comunidade no Oregon

Tendas no primeiro festival de Rajneeshpuram, em 1982
Rajneesh dirigindo seu carro em Rajneeshpuram, em 1982
Rajneesh dirigindo seu carro em Rajneeshpuram, em 1982
Em maio de 1981, Osho parou de falar e iniciou uma fase de "comunhão silenciosa de coração-a-coração", enquanto seu corpo, seriamente doente, com graves problemas de coluna, descansava. Tendo em vista a possibilidade de que fosse necessária uma cirurgia de emergência, Osho foi levado aos Estados Unidos. Seus discípulos americanos compraram um rancho no deserto do Oregon e convidaram-no a ir para lá, onde recuperou-se rapidamente.
Uma comuna logo estabeleceu-se ao seu redor, formando a cidade de Rajneeshpuram. Em outubro de 1984, Osho voltou a falar a pequenos grupos e, em julho de 1985, reiniciava seus discursos a milhares de buscadores, todas as manhãs.

Ataque bioterrorista

Em 1984 o culto entrou em conflito com os moradores locais e a comissão do condado.[1] Ma Anand Sheela, uma das líderes da seita de Osho, tentou influenciar a eleição de novembro e ocupar as duas vagas abertas com seus seguidores[2][3] através da busca de centenas de moradores de rua de cidades próximas para registra-los como eleitores do condado. Mais tarde, quando esse esforço fracassou,[4][5] Sheela conspirou, em 1984, para usar "bactérias e outros métodos para deixar as pessoas doentes" e impedi-las de votar.[6][7] Como resultado, seguidores da seita infectaram as saladas de dez restaurantes locais com salmonela e cerca de 750 pessoas ficaram doentes.[8][2][9]
Em 13 de setembro, 1985, Sheela deixou a comunidade e foi para a Europa.[10][11] Alguns dias mais tarde, Rajneesh a "acusou de incêndio criminoso, escutas telefônicas, tentativa de homicídio e envenenamento em massa."[10]Ele também afirmou que Sheela tinha escrito o Livro de Rajneeshism e o publicado em seu nome.[12] Posteriormente vestes de Sheela e 5 mil exemplares do livro foram queimados em uma fogueira na comunidade.[12]
Depois que as autoridades norte-americanas encontraram redes de escuta telefônica e um laboratório de bioterrorismo na casa de Sheela no Oregon,[10] ela foi presa na Alemanha Ocidental, em outubro de 1986. Ela foi processada pelo crime de envenenamento,[13] condenada a 20 anos em prisão federal[14] e multada em 470 mil dólares.[13][15] Rajneesh disse que ordenou a queima de livros para livrar a seita dos últimos vestígios da influência de Sheela, cujas vestes foram jogadas na fogueira.[16] O ataque salmonela foi o primeiro caso de terrorismo químico ou biológico ocorrido nos Estados Unidos.[17]

Prisão

Em 23 de outubro de 1985, um júri federal indiciou Osho e vários outros discípulos de conspiração para fugir das leis de imigração.[18] Em 28 de outubro de 1985, Osho e um pequeno número de sannyasins a acompanhá-lo foram presos a bordo de um Learjet alugado em uma pista de pouso na Carolina do Norte; de acordo com autoridades federais, o grupo estava a caminho de Bermuda para evitar processos.[19] Cerca de 58 mil dólares em dinheiro, além de 35 relógios e pulseiras de 1 milhão de dólares foram encontrados na aeronave.[20][21]
Depois de inicialmente suplicar inocência de todas as acusações e ser libertado sob pagamento de fiança Osho, a conselho de seus advogados, entrou em um tipo de confissão por meio do qual um suspeito não admite a culpa diretamente, mas admite que há provas suficientes para condená-lo. A acusação era ter uma intenção oculta de ficar permanentemente nos Estados Unidos no momento de sua solicitação original de visto em 1981 e uma acusação de ter conspirado para que seus seguidores entrassem em casamentos fictícios para adquirir o green card.[22][21] Sob o acordo de seus advogados fizeram com o Ministério da US foi-lhe dada uma pena suspensa de 10 anos, com liberdade condicional de cinco anos e uma multa de 400 mil dólares, além de concordar em deixar os Estados Unidos e não retornar por pelo menos cinco anos sem a permissão do Procurador-Geral dos Estados Unidos.[23][24][21][25]

Retorno à Índia

Deixando o país no mesmo dia, Osho voou para a Índia, onde permaneceu em repouso nos Himalaias. Uma semana mais tarde, a comuna do Oregon resolveu dispersar-se. Nessa época, Osho enfrentou dificuldades para poder fixar-se num lugar pois, onde quer que tentasse estabelecer-se, tinha sua permanência negada pelas autoridades, por o que seus seguidores acreditam ser uma clara influência do governo norte-americano. Ao todo, 21 países o expulsaram ou negaram o visto de entrada.
Os seus discípulos garantem que, depois de expulso dos Estados Unidos, Osho não conseguiu qualquer visto para permanência nos países que visitou após o incidente, devido a pressões norte-americanas. Alegam que nenhuma das acusações feitas tem consistência objetiva - fruto apenas do temor e ódio das instituições representadas pelo governo norte-americano, referem os seus discípulos.
Representando sempre uma ameaça às tradições religiosas e políticas, foi impedido de entrar em vários países. Foi expulso da Grécia. Foi impedido preventivamente pelo parlamento Alemão de entrar nesse país mesmo sem nunca ter pedido visto de entrada e nem demonstrado interesse nisso. Somente conseguiu aterrisar seu avião na Inglaterra porque seu piloto alegou ter um doente a bordo.
Em julho de 1986, Osho voltou a Bombaim, na Índia, onde ficou hospedado por seis meses na casa de um amigo indiano. Na privacidade da casa de seu anfitrião, ele retornou aos seus discursos diários.
Em janeiro de 1987, mudou-se para o seu ashram em Poona, onde vivera a maior parte dos anos 1970. Imediatamente após sua chegada, o chefe de polícia de Poona ordenou-lhe que deixasse a cidade, sob a alegação de que era uma "pessoa controversa" que poderia "perturbar a tranquilidade da cidade". Tal ordem foi revogada no mesmo dia pela Suprema Corte de Bombaim.
Osho faleceu em 19 de janeiro de 1990. Algumas semanas antes dessa data, foi-lhe perguntado o que aconteceria com seu trabalho quando ele partisse. Ele disse: "Minha confiança na existência é absoluta. Se houver alguma verdade naquilo que estou dizendo, isso irá sobreviver... As pessoas que permanecerem interessadas em meu trabalho irão simplesmente carregar a tocha, mas sem impor nada a ninguém..."

Filosofia

O pensamento de Rajneesh está exposto em mais de mil livros que podem elucidar sobre a sua filosofia. Segundo referem os seus admiradores, Osho não pretendia impor a sua visão pessoal nem estimular conflitos. Enfatizou, pelo contrário, a importância de se mergulhar no mais profundo silêncio, pois somente através da meditação se poderia atingir a verdade e o amor, guiada pela consciência individual, sem intermediários como sacerdotespolíticos, intelectuais ou ele mesmo. Transmitia, pois, uma mensagem otimista que apontava para um futuro onde a humanidade deixaria o plano da inconsciência e, por conseqüência, a destruição, o medo e o desamor, já que cada um seria o buda de si próprio, recordando aquilo que a consciência imediata esqueceu. Segundo esta visão, a humanidade parece-se a um conjunto de cegos guiados por outros cegos (imagem que também faz parte do ideário cristão, com algumas diferenças).
Os seus seguidores reconhecem-no como uma das figuras mais importantes da história da humanidade, sendo injustiçado pela humanidade ignorante. No seu trabalho, Osho falou praticamente sobre todos os aspectos do desenvolvimento da consciência humana. Seus discursos para discípulos e buscadores de todo o mundo foram publicados em mais de 650 títulos e traduzidos para mais de trinta línguas.
Todo o trabalho de Osho é de desconstrução e silêncio. Desconstrução de dogmas arcaicos e amarras psicológicas que aprisionam e limitam o ser humano. Segundo Osho, todo o planeta (com raras exceções) está doente. Mas é uma doença autoimposta. Liberdadeseria, em sua visão, o fundamento de um homem auto-realizado e digno. O silêncio, por sua vez seria a comunhão da criatura com sua essência divina e pura, sendo reencontrado pela meditação, onde o homem experimenta seu verdadeiro ser.
De Sigmund Freud a Chuang Tzu, de George Gurdjieff a Buda, de Jesus Cristo a Rabindranath Tagore, Osho extraiu, de cada um, o que seria a essência do que acreditava ser significativo na busca espiritual do homem, baseando-se não apenas na compreensão intelectual, mas na sua própria experiência existencial.
Ao dizer, por exemplo, que "o orgasmo sexual oferece o primeiro vislumbre da meditação porque, nele, a mente para, o tempo para", a mídia o apelidou de "guru do sexo". Quando se descobriu a causa da aids, Osho determinou que seus discípulos fizessem o teste de HIV. Pioneiro, recomendou usar camisinha e luvas de látex na hora do sexo, coisas ridicularizadas na época. Para A. Racily, que conviveu com Osho, o guru queria apenas que o sexo não fosse renegado. Ela diz que nunca houve orgias na comunidade e que esses boatos vinham de quem queria se aproveitar da liberdade sexual.[26]

Legado

Para os seus discípulos, seus ensinamentos levam à realização da liberdade pessoal, através da percepção individual das amarras aprisionadoras das tradições e das autoridades estabelecidas. Embora Osho nunca tenha escrito nenhum livro, 650 títulos em 57 idiomas foram criados e têm sido publicados a partir de transcrições de seus discursos e palestras.
Os livros baseados em suas palavras até hoje fazem muito sucesso em muitos países, inclusive no Brasil, país que possui um ativo grupo de discípulos e de simpatizantes, espalhados em muitos dos grandes centros e em algumas comunidades mais afastadas. Alguns dos discípulos exercem algum tipo de atividade terapêutica alternativa e divulgam suas principais meditações, como a chamada Osho Meditação Dinâmica e a Osho Meditação Kundalini, que são marcas registradas, protegidas por direitos autorais. Alguns leigos dizem tratar-se de um exercício aeróbico que promove embriaguez por hiperventilação. Pessoas que já tiveram experiência pessoal nessas técnicas, no entanto, afirmam que a hiperventilação, a catarse consciente e os movimentos intensos e danças lúdicas presentes nas mesmas não causam nenhuma embriaguez, mas somente oxigênio em maior quantidade e liberação emocional consciente que traziam disposição física durante para cuidar das atividades da vida.

Ver também

Referências

  1. Ir para cima Carter 1990, pp. 124, 165, 195, 237.
  2. ↑ Ir para:a b Carus 2002, p. 52.
  3. Ir para cima Tucker 2000, p. 123.
  4. Ir para cima Carter 1990, p. 195.
  5. Ir para cima McCann 2006, p. 154.
  6. Ir para cima Carus 2002, p. 53.
  7. Ir para cima McIsaac 2006, p. 25.
  8. Ir para cima Kahn 2009, p. 41.
  9. Ir para cima Goldwag 2009, p. 44.
  10. ↑ Ir para:a b c Oregon Historical Society, 2002
  11. Ir para cima McPheters, p. 152.
  12. ↑ Ir para:a b Collins 2002, p. 118.
  13. ↑ Ir para:a b Tucker 2000, p. 136.
  14. Ir para cima McIsaac 2006, p. 26.
  15. Ir para cima Miller 2002, p. 32.
  16. Ir para cima Associated Press (2 de outubro de 1985). «Guru's arrest not imminent». Spokane Chronicle. p. D6
  17. Ir para cima Carus 2002, p. 50
  18. Ir para cima FitzGerald 1986b, p. 110
  19. Ir para cima Associated Press (5 de novembro de 1985). «Transfer delayed – Rajneesh to stay for another night in Oklahoma city». Spokane Chronicle. p. A2
  20. Ir para cima Carter 1990, pp. 232, 233, 238
  21. ↑ Ir para:a b c FitzGerald 1986b, p. 111
  22. Ir para cima Carter 1990, pp. 232, 233, 238
  23. Ir para cima Latkin 1992, reprinted inAveling 1999, p. 342
  24. Ir para cima Carter 1990, pp. 233–238
  25. Ir para cima AP (16 de novembro de 1985). «Around the Nation; Guru's Disciples to Sell Some Commune Assets»New York Times. Consultado em 9 de novembro de 2008
  26. Ir para cima «Osho: o guru dos novos tempos»Revista Super Abril. Julho de 2008. Consultado em 1 de janeiro de 2015

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Fonte:Wikipédia

Ligações externas

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Rajneesh Chandra Mohan Jain
रजनीश चन्द्र मोहन जैन
Nome completoRajneesh Chandra Mohan Jain
Conhecido(a) porOsho
Nascimento11 de dezembro de 1931
Kuchwada, Madhya Pradesh
 Índia
Morte19 de janeiro de 1990 (58 anos)
PuneÍndia
Ocupaçãolíder espiritual
Página oficial
www.osho.com

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