segunda-feira, 5 de outubro de 2015
Jean-Yves Leloup é um dos pensadores mais importantes e influentes do mundo contemporâneo. Nascido em 1950, na França, ele é hoje um cidadão do mundo. Filósofo, terapeuta transpessoal, teólogo, ele é padre da igreja ortodoxa na França, e traduziu e interpretou diversos textos sagrados. Seu pensamento é poético, universalista, multidimensional.
Escritor, PhD em Psicologia Transpessoal, filósofo, sacerdote hesícasta – aquele que dedica sua existência ao mergulho no universo interior e à prece -, poeta e notável intérprete das palavras de Cristo, entre outros tantos títulos, Jean-Yves Leloup nasceu na cidade de Angé, na França, em 24 de janeiro de 1950.
Seus pais eram Pierete Leloup Bienvenue e Jean Claude Leloup. Integrante da Igreja Ortodoxa, ele é defensor ardoroso da união entre ciência e espiritualidade, tema mais desenvolvido em sua obra.
Seus pais eram Pierete Leloup Bienvenue e Jean Claude Leloup. Integrante da Igreja Ortodoxa, ele é defensor ardoroso da união entre ciência e espiritualidade, tema mais desenvolvido em sua obra.
Jean-Yves Leloup, oferece através dos seus livros, conferências e seminários um aprofundamento dos textos sagrados, assim como uma abordagem e uma reflexão extremamente ricas sobre a espiritualidade no quotidiano graças à uma formação transdisciplinar de rara complementaridade.
Ainda jovem Jean-Yves havia se tornado um andarilho à procura de uma espiritualidade que desse sentido e razão à vida, da qual já não tinha mais apego.
Foi para a Índia, e sem saber mais como, vivendo e andando à esmo, foi parar na Turquia. Em Istambul caiu gravemente doente, disseram que foi envenenamento, ou de certo por que mal comia, e o que comia eram os restos que catava na feira, e a água que bebia era muitas vezes suja e contaminada.
Encontraram-no na rua, inconsciente. Vendo-o um estrangeiro, mesmo que sem nenhum documento, levaram-no para um hospital onde trabalhavam médicos e enfermeiros franceses.
O eletroencefalograma e os exames de rotina diagnosticaram-no morto, e assim ele foi para uma câmara fria aguardar o momento do enterro.
Tudo o que se lembra é de um vazio, um nada, mas num estado de plenitude que nunca mais conheceu igual.
Em outro espaço/tempo que este que conhecemos, ele se recorda que desejara por todos os meios morrer, escapar da vida sem sentido que vivia, mas nesta hora em que ela - a morte - chegava, ele disse "não". Não, com todas as forças possíveis de seu corpo, de seu psiquismo. E cheio de medo, mais sofria. Mas diante da dor intolerável, da negação impossível, ele desistiu de lutar, e consentiu, e aceitou morrer.
No instante do sim, a dor o deixou, e sentiu-se leve. Como um pássaro em uma gaiola que abre suas asas para alçar o vôo. A consciência viva, luminosa, percebendo-se dentro e fora do corpo. E o pássaro alça seu vôo, liberta-se de sua gaiola, e alma de seu corpo...
E depois? Foi como o vôo saindo da ave, o vôo livre se unindo ao espaço... Não havia mais consciência de coisa alguma. Um "nada" que continha o vôo, o pássaro e a gaiola. A vastidão que abrangia a consciência, a alma, o corpo...
Isso é tudo que ele pode dizer que se passou, neste tempo - ou fora deste -, em que preparavam seu enterro. Então alguém gritou: "Ele não está morto!", e vieram os procedimentos desagradáveis, tubos, soros, injeções para reanimá-lo. O vôo desceu ao pássaro, o pássaro a sua gaiola, e ele voltou a gemer.
Rapidamente se recuperou, e quando lhe perguntaram quem pagaria a conta, e se ele tinha família e de onde vinha, ele fez-se de mudo. Por fim lhe mostraram o caminho da rua, e ele viu-se de novo no calor de Istambul.
Seus passos o conduziram à Mesquita Azul, e na luz azul que descia dos vitrais da cúpula ele podia sentir o vôo do pássaro, e disse a si mesmo: "É aqui a casa de Deus." Do outro lado da rua entrou na basílica de Santa Sofia, aviltada por séculos de mutilações, transformações, incêndios e reconstruções. Já ia sair quando deparou-se com um mosaico do Cristo, em seus olhos ele reconheceu novamente o pássaro e seu vôo, estava mais uma vez livre.
Em busca de mais informações sobre os mosaicos, mandaram-no ir ao patriarcado de Constantinopla. Lá ele encontrou um belo ancião tranquilamente recitando seu terço.
Este parecia lhe aguardar, imediatamente dirigiu-se a Jean-Yves. Levou-o ao interior da igreja, diante de um ícone de Cristo, muito parecido com o mosaico. Rodeando o rosto do Cristo estavam escritas em grego: O hon.
_O que quer dizer?
_"Aquele que É" _ respondeu o ancião. O "Eu Sou", o nome de Deus. Jesus retomou este nome santo.
O "Eu Sou" tocou seu coração em cheio, Jean-Yves desmaiou. Reanimado ele pode falar com o ancião, e este lhe disse:
_ "Aquele que É" pode receber um corpo, pode ter um rosto, o ilimitado pode se manifestar em um forma, o infinito no finito, o incriado no criado. Deus e o homem não estão separados, você pode acreditar, está escrito.
Neste momento nasceu um novo homem, um peregrino nas muitas religiões, filosofias e conhecimentos, trazidas em suas palavras poéticas e profundas a confirmar a verdade que ele conheceu diante da morte: o Eu Sou.
Membro da organização das Tradições Unidas, doutor honoris causa e ciências da Universidade de Colombo (Sri Lanka), Jean-Yves Leloup ensina na Europa, nos Estados Unidos e na América do Sul em diferentes universidades e institutos de pesquisa em antropologia fundamental.
É autor de mais de cinqüenta obras, além de ter comentado e traduzido os evangelhos de Tomé, Maria de Magdala, Felipe e João. Co-fundador, com Pierre Weil e Monique Thoenig, da UNIPAZ e mentor do CIT. Ele participa igualmente de vários encontros entre as diversas tradições.
Entre outros volumes, escreveu Cuidar do Ser"; "Caminhos da Realização"; "O Espírito na Saúde"; "Terapeutas do Deserto"; O Evangelho de Tomé"; "Caminhos da Cura"; "O Corpo e seus Símbolos"; "O Evangelho de Maria"; "Desertos, desertos"; "A Arte de Morrer"; "Palavras da Fonte", "O Evangelho de João"; "Carência e Plenitude"; "Sinais de Esperança"; "Além da Luz e da Sombra"; "Antigos e Novos Terapeutas"; "A Montanha no Oceano" e "Uma Arte de Amar para os Nossos Tempos."
Entre outros volumes, escreveu Cuidar do Ser"; "Caminhos da Realização"; "O Espírito na Saúde"; "Terapeutas do Deserto"; O Evangelho de Tomé"; "Caminhos da Cura"; "O Corpo e seus Símbolos"; "O Evangelho de Maria"; "Desertos, desertos"; "A Arte de Morrer"; "Palavras da Fonte", "O Evangelho de João"; "Carência e Plenitude"; "Sinais de Esperança"; "Além da Luz e da Sombra"; "Antigos e Novos Terapeutas"; "A Montanha no Oceano" e "Uma Arte de Amar para os Nossos Tempos."
Perito em conferências, um dos mais solicitados no continente europeu, divulga por todos os recantos do Planeta suas idéias claramente holísticas.
Ele é inclusive presidente da Universidade Holística Internacional de Paris, bem como orientador do Colégio Internacional dos Terapeutas.
Leloup é considerado um dos filósofos mais consagrados dos nossos dias. Ele visita freqüentemente o Brasil, geralmente durante eventos produzidos pela Universidade da Paz – Unipaz.
Leloup é considerado um dos filósofos mais consagrados dos nossos dias. Ele visita freqüentemente o Brasil, geralmente durante eventos produzidos pela Universidade da Paz – Unipaz.
Na sua obra e nas suas palestras ele aborda de forma profunda os textos sagrados, e incentiva seu público a uma ampla meditação sobre as realidades espirituais no cotidiano da vida moderna.
Estimula também uma formação transdisciplinar, uma integração entre as várias dimensões do conhecimento.
Sobre a Igreja Ortodoxa, Leloup afirma que a ortodoxia é a face do cristianismo primitivo, que era na verdade uma união de várias igrejas – Jerusalém, Antioquia, Éfeso, Roma.
Houve uma ruptura no século XII, por iniciativa da sede romana. As outras preservaram a conjunção. Justificando a recorrência das discussões sobre o deserto em sua obra, ele afirma ser ele o símbolo do silencio, fonte da palavra, e também para onde ela retorna.
Ele também representa o vazio, origem de tudo que existe, o mesmo espaço que aguarda a volta da criação.
Ele também representa o vazio, origem de tudo que existe, o mesmo espaço que aguarda a volta da criação.
Jean-Yves Leloup também criou um neologismo que define de forma magistral o comportamento de grande parte das pessoas que habitam o universo contemporâneo – a normose.
Esta expressão refere-se às práticas normalmente aceitas pelo consenso social, pelas regras convencionais, mas que na verdade se configuram em hábitos que muitas vezes provocam prejuízos irreversíveis.
Por exemplo, o consumismo desenfreado que hoje coloca em risco nosso Planeta - são ‘normais’ os que aderem a este costume nocivo, e ‘loucos’ os que combatem este comportamento.
Segundo Leloup, os primeiros são os normóticos – normais patológicos -, mesmo que não tenham consciência disso.
Estes e outros temas, como a reencarnação, Deus, o conceito do sagrado, as lembranças da dimensão corporal, a interação entre o indivíduo e a sociedade, a visão sobre a morte, a jornada humana, a intolerância religiosa, são amplamente debatidos por este filósofo do século XXI.
“Vejo a humanidade em uma situação de apocalipse, entendendo a palavra apocalipse como revelação. Há algo desmoronando, e há também algo que está nascendo. Nós escutamos o barulho do carvalho que cai, mas não escutamos o barulho da floresta que brota. Ouvimos o ruído das torres desmoronando, mas não escutamos a consciência que desperta. No mundo de hoje há muitas coisas que desmoronam, e em geral falamos das coisas que fazem ruído, mas não falamos da sementes de consciência e de luz que estão germinando.” Jean Yves Leloup
Fontes
http://www.infoescola.com/filosofos/jean-yves-leloup/
http://paxprofundis.org/livros/jeanyves/leloup.htm
http://venturaana.blogspot.com.br/2008/10/jean-yves-leloup-vida-morte-vida.html
http://muitoalem2013.blogspot.com.br/2015/10/luzes-do-mundo-jean-yves-leloup.html
Comentários
Postar um comentário