Os Contos de Fada e a Psique Humana
Ludika Lua
“Todas as angústias e dificuldades infantis, como a necessidade do amor, do medo e do desamparo, da rejeição e da morte são colocados nos contos de fadas em lugares fora do tempo e do espaço, mas muito mais reais para as crianças. Os contos estão repletos de problemas como a presença do bem e do mal, e partindo desse ponto pretendemos desenvolver uma reflexão sobre a fantasia e suas imagens simbólicas nos contos de fada como recursos fundamentais no desenvolvimento humano.”
A psicanálise e os contos de fadas, Bruno Bettelheim mostra as origens dos contos de fadas, sua repercussão na infância e sua influência no inconsciente coletivo. Revelar-se-ão todas as situações que ocorrem fora do nosso entendimento consciente presente nos contos, suas principais lições e utilizações.
Nas histórias mais conhecidas, todas as angústias e dificuldades infantis, como a necessidade do amor, do medo e do desamparo, da rejeição e da morte são colocados nos contos em lugares fora do tempo e do espaço, mas muito mais reais para as crianças. A solução geralmente encontrada na história e quase sempre leva a um final feliz, indica a forma de se construir um relacionamento satisfatório com as pessoas ao redor.
Mas, evidentemente, para se chegar ao final nem tudo são flores. Os contos estão repletos de problemas como a presença do bem e do mal, e partindo desse ponto pretendemos desenvolver uma reflexão sobre a fantasia e suas imagens simbólicas nos contos de fada como recursos fundamentais no desenvolvimento humano, o que constituem o conteúdo da seguinte obra.
Nas histórias, ou nos contos estão cercados de imaginação, onde predomina o maravilhoso poder estar de modo disfarçados os sentimentos que cercam o interior da criança, passa para a criança mensagens importantes para sua vida, como nunca desistir perante os obstáculos por mais que pareçam difíceis.
“Para dominar os problemas psicológicos do crescimento – separar decepções narcisistas, dilemas edípicos, rivalidades fraternas, ser capaz de abandonar dependências infantis; obter um sentimento de individualidade e de autovalorização, e um sentido de obrigação moral – a criança necessita entender o que se está passando dentro de seu eu inconsciente. Ela pode atingir essa compreensão, e com isto a habilidade de lidar com as coisas, não através da compreensão racional da natureza e conteúdo de seu inconsciente, mas familiarizando-se com ele através de devaneios prolongados – ruminando, reorganizando e fantasiando sobre elementos adequados da estória em resposta a pressões inconscientes. Com isto, a criança adéqua o conteúdo inconsciente às fantasias conscientes, o que a capacita a lidar com este conteúdo. É aqui que os contos de fadas têm um valor inigualável, enquanto oferecem novas dimensões à imaginação da criança que ela não poderia descobrir verdadeiramente por si só. Ajuda mais importante: a forma e estrutura dos contos de fadas sugerem imagens à criança com as quais ela pode estruturar seus devaneios e com eles dar melhor direção à sua vida.” – Bruno Bettelheim
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