Corações se tornam esféricos no espaço,
diz NASA
Um novo estudo de uma dúzia de astronautas da NASA descobriu que a exposição à microgravidade faz com que os corações ganhem uma forma esférica – uma mudança que pode levar a problemas cardíacos graves.
Este é
mais um estudo apontando para os perigos da exposição prolongada a ambientes
extremos de baixa gravidade. Estudos anteriores mostraram que os astronautas
sofrem atrofia muscular, perda de densidade óssea, enfraquecimento da resposta
imunológica, e descondicionamento cardiovascular. A microgravidade inibe a
expressão gênica (incluindo sinalização celular, resposta ao estresse e
mudanças de temperatura), que danifica nossos olhos e cérebro (incluindo algum
inchaço do cérebro), e induz a disfunção endotelial – o envelhecimento
acelerado das células endoteliais que revestem as superfícies internas de vasos
sanguíneos.
E agora podemos adicionar um novo problema cardiovascular à lista: corações
redondos. A descoberta foi feita pelo cientista da NASA James Thomas.
A equipe
de Thomas utilizou máquinas de ultra-som instaladas na Estação Espacial
Internacional para tirar fotos dos corações dos astronautas. Os resultados
mostraram que os corações se tornaram mais esféricos por um fator de 9,4%. A
mudança era temporária, de modo que o coração retorna à sua forma normal pouco
depois de voltar para a Terra. Os pesquisadores dizem que a forma esférica
poderia significar que o coração está funcionando de forma menos eficiente,
embora os efeitos na saúde a longo prazo ainda não são conhecidos.
Esta é uma notícia frustrante dado o potencial para uma missão de 18 meses a
Marte. Os pesquisadores dizem que o conhecimento da quantidade e tipo de
exercícios que os astronautas precisam para manter o coração saudável vai
ser muito importante para garantir a segurança em uma viagem tão longa. [io9]
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