O Quinto Elemento: Akasha
Registros Akáshicos - A Biblioteca do Cosmos
Temos tocado
rapidamente em várias postagens sobre o assunto dos Registros Akáshicos e
várias pessoas tem perguntado a respeito, no sentido de compreenderem melhor a
sua natureza e inserirem o conceito no seu entendimento mais completo e
abrangente do cosmos em que vivem. Isso faz muito sentido pois muitas das
informações hoje veiculadas sobre o Universo e os seres que vivem ou viveram
nele não estão atreladas à compreensão oferecida pela ciência oficial de
plantão, mas são frutos de informações obtidas pelos Registros Akáshicos
.
A própria
vidência, vista hoje ainda com alguma desconfiança pela ciência ocidental de
origem européia, não é totalmente aceita como nos tempos antigos ou mesmo pelas
tradições orientais atuais. A ciência renega então abordagens de tradições como
a da Atlântida, Lemúria e outras sobre cataclismos e civilizações antigas, só
referendadas pelas tradições de cunho oriental, ou pelas dissidências
ocidentais como é o caso da teosofia.
Na
postagem Matias de Stefano - Espanha, abril 2011 - Parte 1/3, afirmamos que “Ele declara com energia e simpatia
que a sua missão é de um bibliotecário dos “registros akáshicos” que contém
toda memória do conhecimento universal. A "internet de Deus", como
diz brincando. Um tipo de sabedoria gnóstica, neutra, que ele acessa de outras
vidas. Ele então nasceu aqui e veio nos dar uma ajudazinha para enfrentarmos o
que vem por aí nos próximos 150 anos. Parece que não vai ser doce de côco, mas
ele é otimista...”
Já na
postagem Atlântida e Clarividência, dissemos: “os resultados demonstram claramente
que os registros da Natureza (N.R. - ou registros akáshicos) são acessíveis se
você sabe como recuperá-los, ou até mesmo de alguma forma melhorar a capacidade
de fazer o esforço necessário para obtê-los, sem a necessidade de ter maior conhecimento
sobre o sistema utilizado, e essa idéia nos leva a conceber sem violência que
os registros da natureza não são de coleções separadas de propriedade
individual, mas constituem a memória da própria natureza, o que pode atrair
pessoas diversas em diferentes proporções de acordo com os suas faculdades.”
Finalmente
na postagem O Roubo da Couve Flor, sobre o yogue hindu Yogananda e seu grande mestre
Sri Yuktéswar, afirmamos: “Hoje chamamos isso de poderes, mas são,
inversamente, o resultado despretensioso de um fluir solto da mente do mestre,
que por isso acessava de forma simples, paragens akáshicas impensáveis do
espectro possível ao humano. O que chamamos ingenuamente de poder vinha,
contraditoriamente, do Silêncio, Presença, Desapego e abandono do ego.”
Vamos então
dar o conceito e o contexto de o que é Akasha nas várias tradições, e seus
corolários mais conhecidos como é o caso da expressão “registros akáshicos”
Hinduismo
No
Hinduismo, Akasha significa a base e essência de todas as coisas no mundo
material; o primeiro elemento material criado a apartir do mundo astral (Ar,
fogo, Água, Terra são os outros quatro, na sequência). É um dos
Panchamahabhuta, ou “cinco elementos”; sendo Shabda (som) a sua principal
referência. Em sânscrito a palavra significa “espaço”, o próprio primeiro
elemento da Criação. Em Hindi, Marathi e Gujarati, e muitas outras línguas
indianas, o significado de akasha foi aceito como “céu”.
As escolas
Nyaya e Vaisheshika de filosofia hindu afirmam que akasha ou “éter” é a
primeira substância do plano físico, que é o substrato da qualidade do som. É
substância Única, Eterna e Que Tudo Permeia, e que é imperceptível.
De acordo
com a escola Samkyia de filosofia hindu, Akasha é uma das cinco Mahabhutas
(grandes elementos físicos) tendo a propriedade específica do som.
Jainismo
Akasha é o
espaço na concepção do cosmos. Ele cai na categoria de Ajiva, dividido em duas
partes: Loakasa (a parte ocupada pelo mundo material) e Aloakasa (o espaço além
dele que é absolutamente vazio). Na Loakasa o universo forma apenas uma parte.
Akasha é aquilo que dá espaço e faz lugar para a existência de todas as
substâncias com extensão.
Budismo
Na
fenomenologia budista Akasha é dividida em espaço limitado (ākāsa-dhātu) e
espaço infinito (ajatākasā).
A
Vaibhashika, uma escola ancestral de filosofia budista, compreende a a
existência de Akasha como real. Ela é identificada como a primeira “arūpajhāna”
e traduzida como “espaço infinito”.
Teosofia
A filosofia
religiosa ocidental chamada Teosofia popularizou a palavra Akasha como um
adjetivo, através do uso do termo “Registros Akáshicos” ou “Biblioteca
Akáshica”, referindo-se a um livro etérico de todo o conhecimento e história do
Universo.
Paganismo
Moderno
Muitos
pagãos modernos acreditam que Akasha, Espírito, é o Quinto Elemento. Scott
Cunningham descreve a Akasha como a força espiritual da qual a Terra, Ar, Fogo
e Água descendem. Alguns acreditam que os quatro elementos compõem o que é a
Akasha e que ela existe em todas as criaturas vivas existentes. Sem Akasha não
existe nem espírito, nem alma, nem o mágico. Os cinco elementos são trabalhados
para criar mudanças positivas na Terra. Isto se dá através da meditação para
criar mudanças benéficas na vida de cada um. A espiritualidade akáshica é
holística.
Os
praticantes aprendem a manter a saúde mental e física através da meditação,
exercícios, ritual e dieta. A expectativa é que eles tenham um profundo
compromisso com o seu caminho de vida.
O ponto
superior do pentagrama, ou estrela de cinco pontas dentro do círculo,
representa Akasha. Os outros representam Fogo, Terra, Ar e Água. Enquanto Terra
é considerada Norte, Fogo é Sul, Ar é Leste, Água é Oeste, enquanto Akasha é o
Centro.
Na visão da
Teosofia, o Registro Akáshico é o registro individual de uma Alma desde o
momento que deixa seu ponto de origem até que a ele regresse:
“No momento
em que tomamos a decisão de experenciar a vida, é formado um campo de energia
com a finalidade de gravar todos os pensamentos, palavras, emoções e ações
geradas por cada uma das experiências vividas. Esse campo de energia é
denominado Registro Akáshico.
Akáshico
porque está composto pelo Akasha, que é a substância energética da qual toda a
vida está formada. AKASHA é uma palavra de origem sânscrita, que se utiliza
para denominar um plano da consciência cósmica que atua como arquivo.
Registros,
pois tem como objetivo gravar todas as experiências vividas.
"O
Akasha, a Luz Astral, pode definir-se como a Alma Universal, a Matriz do
Universo, o Mysterium Magnum do qual tudo quanto existe é nascido por separação
ou diferenciação. É a causa da existência; por todo espaço infinito...é o
espaço" (H.P. Blavatsky). É uma parte da Mente Divina. É mencionado na
Bíblia como “O Livro da Vida”..Os budistas se referem aos registros Akáshicos
como "Memória da Natureza".
É uma das
ferramentas mais poderosas disponíveis no Planeta para nos ajudar a recordar a
nossa condição de Unidade Divina. Quando nos ascendemos à energia dos Registros
Akáshicos, abrimos um canal à comunicação direta com nossos Mestres e Anjos.
Dentro desta
dimensão espiritual mais alta, somos capazes fazer perguntas, obter explicação
e orientação. Também podemos identificar outras experiências de vida que nos
afetam nesta.
Estas
“memórias” revelam situações que no presente ajudam a revisar as situações
kármicas, conhecer o propósito de nossa vida, esclarecer os vínculos, as passagens
nesta vida, pois estão formadas por uma massa de informações acumuladas das
encarnações vividas, para nos auxiliar na elevação e, também, para o bem de
todos que nos cercam.
Este
"instrumento" nos permitirá perceber a limitação de nossos padrões e
crenças, que criam véus de ilusões ao redor da nossa verdadeira alma. À medida
que desvendamos estes véus e aprendemos nossas verdades, voltamos mais
conscientes do que verdadeiramente somos, recuperando a Divindade que é a
própria Natureza, nosso poder, a conexão com tudo que existe. Estaremos livres
para nos permitir voar a níveis mais altos.”
Vemos que
existem aspectos do nosso mundo físico que são invisíveis aos nossos sentidos.
Por muitos ele é chamado de plano etérico. Nós também possuímos um corpo
etérico, ou duplo etérico, ou corpo energético, ou sósia, como também é
conhecido. Afirma-se que é nesse duplo que os chacras estão dispostos.
Assim como
no mundo físico necessitamos de um corpo/veículo para nos locomover, ocorre o
mesmo nos outros planos. Nosso corpo astral é uma réplica perfeita do corpo
físico.
A tradição
tolteca de Don Juan e Castaneda o chama de O Sósia, ou O Outro, que afinal é
nós mesmos atuando lúcidos com o corpo energético, conscientes no outro plano
(a Segunda atenção)
Quando
dormimos ou relaxamos profundamente, nosso metabolismo diminui, possibilitando
a projeção da consciência. A projeção pode ser consciente, semi-consciente e
inconsciente.
A
projeção consciente é caracterizada pela capacidade do projetor comandar a projeção
pela vontade. A semi-consciente é caracterizada por haver alternância entre a
consciência e inconsciência; o projetor não domina completamente sua
experiência. Pode "acordar" projetado em lugar desconhecido sem saber
como chegou lá. A projeção inconsciente, que infelizmente é a mais comum, é
aquela aonde o nosso corpo astral flutua, em muitos casos, acima do corpo
físico, como se estivesse dormindo, podendo se dirigir aos lugares visualizados
momentos antes de dormir. Por isso é importante manter a mente elevada, sem
pensamentos, nesses momentos que precedem o sono e o “ensoñar” (sonho lúcido),
ou a projeção (se quisermos usar uma outra linguagem), pois nos outros planos
também é válida a afirmação "semelhante atrai semelhante". O seu
padrão energético vai atrair ou repelir as boas ou más companhias
extra-físicas.
Recomendação:
Para aqueles que desejam visitar o Registro Akáshico Pessoal ou mesmo
Universal, é essencial o recolhimento diário e persistente por muito tempo
para poder-se atingir níveis mais altos. Isso significa o exercício da
Presença na meditação tradicional ou mesmo na “meditação na ação”, esta última
muito ao gosto do budismo Zen do samurai Miyamoto Musashi.
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