GUSTAV KLINT,150 ANOS DE PINTURA FANTÁSTICA


 
 
 
 
 
 
 
 
 


 



150 anos de Gustav Klimt
 
 
Hoje comemoramos 150 anos do nascimento de um dos pintores mais fantásticos de todas as gerações: Gustav Klimt. Nós do Pêssega, tivemos o imenso prazer em poder conferir alguns de seus quadros mais importantes no Museu de Belvedere (Viena), como o "Retrato de Adele Bloch-Bauer", "O Beijo", dentre outros... E ficamos boquiabertos com a riqueza de detalhes e técnica carregada de uma sensibilidade excepcional.
Nascido no dia 14 de julho de 1862 numa cidade perto de Viena, Baumgarten, foi um dos fundadores, junto com o também austríaco Egon Schiele (1890-1918), do movimento Jugendstil e da Secessão de Viena, que recusava a tradição acadêmica nas artes, assim como de seu jornal, Ver Sacrum.


Retrato de Klimt

Associado ao simbolismo, destacou-se no movimento Art Nouveau austríaco. Membro honorário das universidades de Munique e Viena, seus maiores trabalhos incluem pinturas, murais, esboços e outros objetos de arte, muitos dos quais estão em exposição na Galeria da Secessão de Viena. Mas, além da pintura, também fazia arte decorativa, participando da criação dos Wiener Werstätte (ateliês vienenses, 1903-1932) junto com os arquitetos Otto Wagner, Josef Hoffmann e Adolf Loos, e com o pintor e decorador Koloman Moser. A pintura de Klimt, com a frequente utilização do dourado, evoca a Idade de Ouro de Viena, uma época em que a capital da Áustria ostentava uma vida intelectual e artística comparável à de Paris ou Berlim.
Um dos quadros mais caros do mundo – considerado a obra-prima de Klimt e um dos expoentes da Art Nouveau (1862-1918) –, o Retrato de Adèle Bloch-Bauer I, assinado em 1907 por Gustav Klimt, atingiu um recorde em um leilão organizado em 2006 nos Estados Unidos. Foi arrematado por US$ 135 milhões. A venda teve uma grande repercussão, por ter sido, além de sua beleza, o primeiro caso de devolução de uma obra de arte apreendida pelos nazistas a um colecionador judeu. A tela apresenta uma visão estonteante de Adele Bloch-Bauer, mulher de um industrial judeu comerciante de açúcar, serenamente pintada em tons alvos, com a figura sinuosa polvilhada por partículas de ouro.

Retrato de Adele Bloch-Bauer
Se o Klimt ainda estivesse vivo, tenho certeza de que ele pintaria uma Pêssega d'Oro pra nós. Eike loucura! Eike dourado!!!

Curiosidades:

  • Trabalho por encomenda
    No início da carreira, Gustav Klimt trabalhava junto com um de seus irmãos, Ernst. Ainda rapazes, ao entrar na Escola de Artes Aplicadas de Viena, os dois conheceram um outro jovem artista, Franz Matsch, de quem se tornaram amigos e parceiros profissionais. Ao deixar a escola, o trio montou um estúdio particular em sociedade e começou a receber encomendas. Gustav, Ernst e Franz fizeram alguns trabalhos de painéis decorativos em mansões na cidade até surgir o primeiro grande convite: decorar as escadarias e o teto do Teatro Municipal de Viena.
  • Exposição triunfal
    Após romper com a Sociedade dos Artistas Vienenses e fundar a Secessão, Gustav Klimt e outros membros do grupo montaram, em 1898, uma exposição coletiva. Realizada na Associação dos Construtores de Jardins da cidade, o evento foi visto com desconfiança pelos críticos. Mas foi um sucesso de público e de venda. Cerca de 60 mil pessoas visitaram a mostra. E o volume de obras negociadas foi tão elevado que, com o dinheiro obtido, a Secessão conseguiu construir sua sede própria.
  • Destruídos pelo fogo
    Os controvertidos painéis pintados por Klimt para o auditório da Universidade de Viena renderam-lhe a acusação de "perverter a juventude". Infelizmente, a obra não sobreviveu para contar sua história. Em 1945, um incêndio a reduziu às cinzas. Dos painéis originais, restaram apenas algumas poucas fotografias, quase todas em preto e branco.
  • A prima
    Gustav Klimt era um mestre do desenho erótico. Na maior parte de seu trabalho em papel, vê-se mulheres em poses lânguidas, seminuas ou em trajes sumários. Uma de suas modelos favoritas era a prima Emilie Flöge, a dona de uma sofisticada loja de modas e com quem o artista manteve um longo romance, embora nunca tenha se casado com ela.
  • Painel milionário
    Em 1904, o milionário e industrial belga Adolphe Stoclet encomendou ao arquiteto vanguardista Joseph Hoffman a construção de um palácio em Bruxelas. Coube a Gustav Klimt a realização de um mural para a sala de jantar. Klimt concebeu então o painel "Árvore da Vida", no qual utilizou pastilhas douradas, pedaços de azulejos, mármore, metal esmaltado e até mesmo pedras preciosas.

Confira algumas obras importantes:
O Beijo (1911)
A obra mais famosa de Klimt, que imortalizou seu estilo único, com corpos humanos envoltos em intricadas e sofisticadas ornamentações douradas.
A Árvore da Vida (1904)
Painel concebido para o Palácio Stoclet. Nele, destaca-se "O Abraço", uma das obras mais reproduzidas de Klimt.
O Friso de Beethoven (1902)

Inspirado na 9ª Sinfonia de Beethoven, composto em três tempos: A aspiração à felicidade, Forças Inimigas e Hinos à Alegria. Foi exposto na XIV Exposição da Secessão de Viena que foi em homenagem ao compositor.
Emile Flöge (1902)
Judite (1901)

Emile Flöge (1902) - Um dos muitos quadros que pintou tendo sua prima e amante como modelo.

Judite (1901) - A personagem bíblica que, recriada pelas mãos de Klimt, transforma-se em mais uma das "mulheres fatais" concebidas pelo artista.


 




















 
 
 
 

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