Olha para mim. Não é fácil estar aqui. Mas com você eu quero e preciso ser sincera. Para você eu não vou criar máscaras. Não é justo.
E eu estou saturada de me esconder. Não leia, apenas sinta. Sinta o brilho dos meus olhos, a falta de voz ...quando você se aproxima, a falta de jeito. Juro. O coração que bate naquele tumtumtum acelerado de vez em quando para. Fico ali, hipnotizada em sentir. Sinto as borboletas, aquela sensação gostosa de cócegas e me entrego toda para você sentir. Não queira adivinhar os meus medos (eles são em grande parte) dramas que criei para me proteger e muitas vezes para me proteger de mim mesma. Se atente mesmo é nos meus gestos, nas pequenas atitudes que vou sinalizar, é a forma indireta que o meu encontrou para avisar que estou ali, sempre por perto. Não crie frases bonitas para me conquistar se essa não for sua intenção, não camufle. Seja sincero. Eu também sei fingir, a vida me ensinou a sorrir explodindo o meu mundo por dentro. Sei despistar as minhas dores. Ah! Como eu sei! Me conte um segredo, me roube um beijo, me conte uma piada, mas pelo amor de Deus me faça sentir alguma coisa, um beliscão que seja. Me tire os pés do chão, divida o seu chão comigo, me faça cócegas, me leve para contar estrelas. Faça qualquer coisa que me faça sentir que não estou sozinha.
Marcely Pieroni Gastaldi
Marcely Pieroni Gastaldi
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