Iluminação (ou esclarecimento) significa de modo
geral a aquisição de uma nova sabedoria ou entendimento capacitando uma
percepção mais clara sobre algo. Entretanto, a palavra em português cobre dois
conceitos bastante distintos: religioso ou iluminação espiritual (Alemão:Erleuchtung)
e secular ou iluminação intelectual (Alemão: Aufklärung). Isto pode causar
confusão, desde que aqueles que clamam iluminação intelectual freqüentemente
rejeitam conceitos espirituais.
No uso
religioso, iluminação é uma intima associação com as experiências religiosas do
sul e leste da Ásia, sendo usada para traduzir palavras do (no Budismo) Bodhi ou satori,
ou (no Hinduísmo) moksha.
O conceito também tem paralelos na Religião abraâmica (no Kabbalah tradiçãoJudaica, no Cristianismo místico, e no Sufi tradição do Islam).
No seu
uso secular, o conceito se refere principalmente ao movimento intelectual
Europeu conhecido como Iluminismo,
também chamada de Racionalismo referindo ao desenvolvimento
filosófico relatada na nacionalidade científica dos séculos XVII e XVIII.
Iluminação nas tradições Orientais
Cristianismo
O Espírito Santo na
Bíblia Hebraica refere-se à presença de Deus na forma experimentada por um ser
humano; o Espírito Santo, sendo de origem celeste, é composto, como tudo aquilo
que vem do céu, de luz e de fogo. Em recorrentes passages da Bíblia, Jesus Cristo é
chamado de luz do mundo.
Símbolo
A flor de lótus é
as vezes usada como símbolo da iluminação.
A raiz do lótus esta
na lama,
Cresce atravessando as águas profundas,
E se ergue na superfície.
Ela mostra a beleza perfeita e pura a luz do sol.
Ela é como a mente se desdobrando para atingir a perfeita felicidade e sabedoria.
Cresce atravessando as águas profundas,
E se ergue na superfície.
Ela mostra a beleza perfeita e pura a luz do sol.
Ela é como a mente se desdobrando para atingir a perfeita felicidade e sabedoria.
Budismo
Um Buda, ou iluminado, é considerado um
ser que desenvolveu todas as qualidades positivas, e tem erradicado todas as
qualidades negativas. De acordo com a tradição Theravada,
a completa iluminação de buda não é alcançada pela maioria; em vez disso
esforça se para tornar-se um Arhat e atingir a libertação dos ciclos de incontroláveis
nascimentos, ou samsara e atingir o nirvana.
Esta meta também é chamada de "iluminação". Ao contrario, de acordo
com as tradições do Mahayana, todos os seres devem se esforçar pois tem o
potencial de atingir a completailuminação é estado de consciência.
Hinduísmo
Iluminação nas tradições Seculares Ocidentais
No tradição filosófica ocidental, a iluminação é
vista como uma fase na história cultural marcada por uma
convicção pela razão, normalmente acompanhada pela convicção em rejeitar a
religião revelada ou institucional. De acordo com o filósofo Gonçal Mayos,
hoje não poderemos destacar uma definição única como pretenderam fazer os
grandes estudiosos clássicos como, por exemplo, Hegel, Ernst Cassirer e Paul Hazard [1]. Ilustração é
um processo de longa duração em evolução interna e que se relaciona com outros
processos sobrepostos (alguns dos quais podem ser mais duradouros, globais e
básicos, como mesmo a modernidade) e que não se inscreve somente na alta
cultura, mas no marco mais decisivo e fundamental da mentalidade e dos modos de
vida sociais. As idéias e a sociedade ilustradas não aparecem em todas as
partes iguais e ao mesmo tempo. Os contextos sociais, culturais, econômicos e
políticos são muito diversos e são a causa que nos obriga a falar de uma
multiplicidade de ilustrações, que os estudiosos normalmente designam com os
termos das diversas línguas: enlightment para o mundo
anglófono (muitas vezes especificando a escocesa, irlandesa ou americana), lumières para
os francófonos, Aufklärung para os de língua alemã, lumi para
o italiano, luces no castelhano...
A definição de Kant da "iluminação"
No ensaio de 1784, What Is Enlightenment? (O Que é Iluminação?), Immanuel Kant descreveu
o seguinte:
Iluminação é um homem liberto da
auto-incorrida tutela. Tutela é a incapacidade de usar o seu próprio
entendimento sem ser guiado por outro. Tal tutela é auto-atraída se a causa não
é carente de inteligência, mas antes uma carência de determinação e coragem
por usar a inteligência sem ser guiado por outro.
Kant racionaliza que embora um homem deva obedecer
seus deveres civis, ele deve fazer um uso público da razão.
Seu lema para
a iluminação é Sapere aude! ou "desafiar o saber."
A definição de iluminação de Adorno e Horkheimer
A controversa análise da sociedade contemporânea
ocidental, Dialectic of Enlightenment(Dialética
da iluminação) (1944, revisada em 1947), Theodor Adorno e Max Horkheimer desenvolveram
um extenso, e pessimista conceito de iluminação. Na anlise a iluminação tem um
lado obscuro: enquanto se tenta abolir a superstição e os mitos da filosofia
fundamentalista, ele ignora a própria base mística. O esforço em direção à
totalidade e convicção leva a um aumento da instrumentalização da razão.
Na visão a auto iluminação deve ser iluminada e não baseada em um visão de
mundo 'livre de mitos'.
Concepção
contemporânea de iluminação
Muitas pessoas clamam ter atingido um estado de
iluminação, incluindo yogis famosos
e mestre em
meditação de bem-conhecidas tradições espirituais. Mahatma Gandhi disse:
"Sou um buscador iluminado da verdade". Siddharta Guatama, o Buda, é defendido pelos
Budistas como tendo atingido o "último estado de iluminação" ou
"pari-nirvana."
Guru Nārāyana (1856
até 1928), o poeta prolífero, filosofo e reformista social acredita ter
atingido a iluminação, i.e. um absoluto estado de sabedoria, após vários anos
de educação em lingual, as escrituras de
diferentes religiões, yoga,
e ter experiências com a vida ascética, resultado da longa reclusão meditativa nas montanhas
em Maruthwamala ao sul da Índia. A obra de arte filosófica do guru Nārāyana
"Atmopadeśa Śatakam" (uma centena de versos de
auto-instruções) é primeiramente a expressão poética do Guru da
filosofia de amor universal, emanado da seu estado experimentado do
conhecimento primordial do Universo, e a conseqüente habilidade de ver a etnia humana com
uma espécie,
em absoluta equalidade e sem qualquer distinção por raça, religião, casta ou qualquer outro
tipo de discriminação.
Dr. Richard Bucke, em seu
livro de 1901 Cosmic
Consciousness (Consciência cosmica), nomeia doze pessoas que, na
opinião, tiveram a experiência de algum tipo de iluminação, incluindo Walt Whitman e Blaise Pascal.
Bucke também tenta analisar os aspectos comuns destas personalidades. Seu
estudo tornou-se parte da fundação da psicologia transpessoal. Há alguns
pensadores como U. G. Krishnamurti, que
refutam qualquer a existência do próprio conceito de iluminação.
Fonte:Wikipédia
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