Rosinha e o bicho papão
Debruçada sobre a janela está a moça
Passam carros, transeuntes e estrelas
Vai noite adentro cantando a bossa
Esquecendo que as ruas são paralelas.
Perde-se no caminho das nuvens
Como andorinha fora de estação
Alheia a realidade, aos seus bens
Escapa-lhe do peito o doce coração
O céu ganha partículas, pétalas
Pontinhos vermelhos em pulsação
Rosa dos ventos como és bela!
E eu poeta alucinado viro bicho papão
Hoje tenho para jantar uma gazela
Os versos? Faço-os em plena escuridão!
Tânia Mara Camargo
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