SUÉCIA E FINLÂNDIA PAÍSES ESCANDINAVOS, PREPARAM POPULAÇÃO PARA EVENTUAL CONFLITO APÓS ATAQUE DA UCRÂNIA COM MÍSSEIS DOS EUA; ALEMANHA DENUNCIA GUERRA HÍBRIDA DA RÚSSIA
A Ucrânia foi autorizada pelos Estados Unidos a disparar mísseis de fabricação americana contra o território russo — uma decisão que pode fazer a guerra ganhar uma escala muito maior do que os limites atuais.
O presidente dos EUA, Joe Biden — que está nos meses finais de seu mandato, antes da posse de Donald Trump —, permitiu que o líder ucraniano, Volodymir Zelensky, use esses armamentos não só para defender seu próprio território, como vinha acontecendo até agora, mas para atacar a Rússia.
A Rússia reagiu dizendo que a decisão é uma provocação e que pode ser catastrófica — argumentando que isso equivaleria a uma participação direta dos EUA na guerra da Ucrânia.
E nesta terça-feira (19/11), a Rússia disse que a Ucrânia já disparou mísseis americanos de longo alcance contra o país.
O ataque com mísseis americanos ATACMS (Army Tactical Missile System, ou sistema de mísseis táticos do exército) foi realizado pela Ucrânia na região de Bryansk nesta manhã, segundo Moscou.
Cinco mísseis foram derrubados e um deles foi danificado, com seus fragmentos provocando um incêndio em uma instalação militar na região, segundo dados do governo russo. A nota afirma que o ataque provocou um incêndio, mas não houve fatalidades.
Há mais de um ano, a Ucrânia vem usando mísseis ATACMS em territórios ucranianos ocupados pela Rússia. Mas essa é a primeira vez que os mísseis são usados contra a Rússia.
Eles têm alcance de até 300km e são difíceis de serem interceptados.
Com isso, Kiev ganhou a capacidade de atingir a Rússia em grandes distâncias dentro de seu território. A Ucrânia está ocupando mais de mil quilômetros quadrados do território russo. Autoridades americanas e ucranianas aguardam agora um contra-ataque russo.
Na terça-feira, o presidente russo Vladimir Putin aprovou mudanças à doutrina nuclear russa, estabelecendo novas condições para que seu país considere usar seu arsenal.
Qualquer ataque de um país não-nuclear apoiado por uma potência nuclear será considerado um ataque conjunto pela Rússia.
A decisão de Biden
A decisão dos EUA de aprovarem o uso de seus mísseis de longo alcance contra a Rússia vinha sendo debatida há meses.
O presidente americano vinha sendo pressionado pela Ucrânia para permitir que mísseis ocidentais fossem usados para atacar a Rússia.
Esses mísseis já são usados na guerra — mas, só para atacar posições russas dentro da Ucrânia ou na zona de fronteira.
Os países ocidentais fornecedores desse tipo de armamento faziam essa restrição justamente para impedir que isso fosse visto como uma provocação direta ao presidente russo, Vladimir Putin.
Só que Zelensky argumenta que, para continuar a se defender, é preciso atingir bases russas de onde são lançados ataques aéreos contra a Ucrânia.
A imprensa americana noticiou que Biden resolveu acatar o pedido da Ucrânia e dar o aval para o uso de mísseis em alvos dentro da Rússia.
Isso seria uma resposta ao fato de que a Rússia está recebendo batalhões de soldados norte-coreanos para fazer uma contraofensiva em Kursk, território russo que a Ucrânia conseguiu invadir em agosto.
Ou seja: autorizar o uso desses mísseis seria uma forma de ajudar a Ucrânia a manter o controle desse pequeno território russo.
Como funcionam os mísseis?
Mísseis do tipo ATACMS estão entre as armas mais potentes que o Ocidente pode fornecer à Ucrânia — com a capacidade de atingir alvos difíceis, como bunkers e depósitos de munição, a cerca de 300 quilômetros de distância.
Os mísseis custam caro: cada um vale cerca de US$ 1 milhão (R$ 5,5 milhões). Por isso, cada lançamento é feito após muito planejamento. Também por causa do alto custo, eles não são fornecidos em grande quantidade.
O correspondente da BBC na Ucrânia, Paul Adams, diz que mísseis de longo alcance podem dar poder de reação a Kiev em um momento em que a Rússia amplia seus ataques.
"Nenhum desses mísseis, isoladamente, pode ser capaz de mudar os rumos do conflito", diz Adams.
"Embora eles não necessariamente vão mudar o curso da guerra de um jeito enfático, eu acho que oficiais ucranianos acreditam que seja um passo necessário para de alguma forma reequilibrar o poder militar, num momento em que eles sentem que estão sendo alvo de um avanço russo lento, intenso e permanente no Leste. Existe o sentimento de que a Ucrânia está muito na defensiva nos últimos meses."
E o aval dos Estados Unidos pode levar outros países, como Reino Unido e França, a também autorizar o uso de mísseis de longo alcance, os Storm Shadows, dentro da Rússia.
O Storm Shadow, de fabricação franco-britânica, tem capacidade parecida com a dos mísseis americanos.
Mas as consequências do uso desses mísseis podem ser grandes.
As possíveis respostas da Rússia
Mesmo antes de qualquer anúncio formal da Casa Branca, um porta-voz do Kremlin afirmou: “se essa decisão for de fato formulada e implementada pelo regime de Kiev, será uma nova rodada de tensões e uma nova situação do ponto de vista do envolvimento dos EUA no conflito”.
O governo russo já havia dito em ocasiões anteriores que a permissão para que mísseis ocidentais fossem disparados no território russo colocaria Moscou em rota direta de confronto com a Otan, a aliança militar ocidental liderada pelos EUA.
O estatuto da Otan determina que a agressão contra um Estado-membro da aliança equivale a uma agressão contra todos os membros da aliança.
Ou seja, qualquer retaliação da Rússia contra um país da Otan seria uma escalada grande da guerra, envolvendo países que têm arsenal nuclear.
Um senador russo chegou a descrever a medida americana como "um passo sem precedentes em direção à Terceira Guerra Mundial".
Vladimir Putin ainda não se pronunciou sobre a decisão de Biden. Em setembro, ele havia dito: "Se essa decisão for tomada, significará nada menos que a participação direta de países da Otan – os EUA e a Europa – na guerra da Ucrânia".
"Isso seria a participação direta deles e, é claro, muda significativamente a essência, a natureza do conflito", afirmou Putin na ocasião.
Analistas não sabem dizer, no entanto, se a decisão de Biden será mantida depois que Donald Trump assumir o governo americano em janeiro.
Trump tem sido crítico da política de Biden na Ucrânia e disse que acabaria com a guerra em apenas um dia – dando indícios de que ele talvez não queira ampliar o arsenal militar da Ucrânia, mas sim pressionar o país a sentar na mesa de negociações e ceder parte do seu território pra Rússia.
Até agora, Zelensky tem resistido a essa ideia.
"É claro que Vladimir Putin sabe que Donald Trump tem sido muito mais cético publicamente a oferecer assistência militar à Ucrânia", diz o editor da BBC em Moscou, Steve Rosenberg.
"Então a que ponto isso vai afetar o cálculo dele a respeito? É uma questão interessante. Um dos jornais russos, ultra-alinhado ao Kremlin, sugere que, quando assumir o poder, Donald Trump pode ‘revisar’ essa decisão de Joe Biden. Teremos de esperar para ver."
E no caso de uma retaliação russa?
Não é fácil prever os próximos passos de Vladimir Putin, mas ele deu alguns sinais recentemente, dizendo que aumentaria os sistemas de defesa da Rússia pra destruir os mísseis ocidentais.
E disse que forneceria armas russas para grupos e países adversários do Ocidente – potencialmente, ampliando as chances de alvos ocidentais pelo mundo serem atacados.
Um dos grupos que poderia, em tese, ter acesso a armas russas são os houthis – grupo iemenita que atacou navios mercantes de bandeiras ocidentais em retaliação à ofensiva de Israel na Faixa de Gaza.
É mais um sinal de como o conflito ganha contornos globais, para além das fronteiras de Rússia e Ucrânia.
Fonte:https://www.bbc.com/portuguese/articles/cj4v0rrn77vo
Por que países escandinavos estão ensinando a população a se preparar para guerra?
- Alex Maxia
- Da BBC News em Gotemburgo, Suécia
Milhões de suecos vão começar a receber, nesta segunda-feira (18/11), um panfleto que orienta a população sobre como se preparar e lidar com a situação em caso de guerra ou outras crises inesperadas.
Intitulado "Se houver crise ou guerra", o panfleto é uma versão atualizada de uma edição distribuída há seis anos, devido ao que o governo de Estocolmo chama de piora na situação de segurança — em outras palavras, à invasão em grande escala da Rússia na Ucrânia. O livreto tem o dobro do tamanho da versão anterior.
A Finlândia, país vizinho, também acaba de publicar online suas novas orientações sobre "preparação para incidentes e crises".
E os noruegueses receberam recentemente um panfleto pedindo que se preparem para se virar sozinhos por uma semana em caso de condições meteorológicas extremas, guerra e outras ameaças.
Durante o verão no hemisfério norte, a agência de gestão de emergências da Dinamarca disse que estava enviando por e-mail aos adultos dinamarqueses detalhes sobre água, alimentos e medicamentos de que necessitariam para ultrapassar uma crise durante três dias.
Em uma seção detalhada sobre conflitos militares, o panfleto digital finlandês explica como o governo e o presidente responderiam no caso de um ataque armado, enfatizando que as autoridades da Finlândia estão "bem preparadas para a autodefesa".
A Suécia só entrou para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) neste ano, decidindo, assim como a Finlândia, solicitar a adesão depois que Moscou expandiu sua guerra em 2022. A Noruega foi um membro fundador da aliança militar do Ocidente.
Diferentemente da Suécia e da Noruega, o governo de Helsinque decidiu não imprimir uma cópia das orientações para cada residência, uma vez que isso "custaria milhões", e uma versão digital poderia ser atualizada mais facilmente.
"Enviamos 2,2 milhões de cópias impressas, uma para cada domicílio na Noruega", afirmou Tore Kamfjord, responsável pela campanha de autopreparação do Departamento de Proteção e Defesa Civil da Noruega (DSB, na sigla em inglês).
As listas de itens que devem ser mantidos nos domicílios incluem alimentos não perecíveis — como latas de feijão, barras de cereal e macarrão — e medicamentos, incluindo comprimidos de iodo para o caso de um acidente nuclear.
Oslo distribuiu uma versão anterior do panfleto em 2018, mas Kamfjord disse que as mudanças climáticas e os eventos meteorológicos mais extremos, como inundações e deslizamentos de terra, aumentaram os riscos.
Para os suecos, a ideia de um livreto de emergência civil não é novidade. A primeira edição do "Se houver guerra" foi produzida durante a Segunda Guerra Mundial, e foi atualizada durante a Guerra Fria.
Mas uma mensagem que estava no meio do livreto ganhou mais destaque: "Se a Suécia for atacada por outro país, nunca desistiremos. Todas as informações no sentido de que a resistência deve cessar são falsas".
Não faz muito tempo que a Finlândia e a Suécia ainda eram países neutros, embora sua infraestrutura e seu "sistema de defesa total" remontem à Guerra Fria.
O ministro da Defesa Civil da Suécia, Carl-Oskar Bohlin, afirmou em outubro que, como o contexto global havia mudado, as informações para as famílias suecas também deveriam refletir essas mudanças.
No início deste ano, ele alertou que "poderia haver uma guerra na Suécia", embora isso tenha sido visto como um toque de despertar, porque ele achava que as medidas para reconstruir essa "defesa total" estavam progredindo muito lentamente.
Devido à sua longa fronteira com a Rússia e à sua experiência de guerra com a antiga União Soviética na Segunda Guerra Mundial, a Finlândia sempre manteve um alto nível de defesa. A Suécia, no entanto, reduziu sua infraestrutura, e só nos últimos anos começou a se preparar novamente.
"Do ponto de vista finlandês, isso é um pouco estranho", afirma Ilmari Kaihko, professor de estudos de guerra na Universidade de Defesa da Suécia. "A Finlândia nunca esqueceu que a guerra é uma possibilidade, enquanto na Suécia as pessoas tiveram que ficar um pouco abaladas para entender que isso pode realmente acontecer", acrescenta Kaihko, que é finlandês.
Melissa Eve Ajosmaki, de 24 anos, é natural da Finlândia, mas estuda em Gotemburgo, na Suécia. Ela diz que ficou mais preocupada quando a guerra eclodiu na Ucrânia. "Agora estou menos preocupada, mas ainda tenho em mente o que devo fazer se houver uma guerra. Especialmente porque tenho minha família na Finlândia."
Os guias incluem instruções sobre o que fazer em caso de vários cenários — e pedem aos cidadãos que se certifiquem de que podem se virar sozinhos, pelo menos inicialmente, no caso de uma situação de crise.
Os finlandeses são questionados sobre como lidariam com a possibilidade de ficar sem energia por dias a fio com temperaturas de até -20°C no inverno.
A lista de produtos que devem ser mantidos nas suas residências também inclui comprimidos de iodo, assim como alimentos fáceis de cozinhar, rações para animais de estimação e uma fonte de fornecimento de energia reserva.
A lista sueca recomenda ter batata, repolho, cenoura e ovos, além de latas de molho à bolonhesa e sopas prontas.
O economista sueco Ingemar Gustafsson, de 67 anos, se lembra de ter recebido versões anteriores do panfleto: "Não estou tão preocupado com isso tudo, então levei isso com bastante tranquilidade. É bom termos informações sobre como devemos agir e como devemos nos preparar, mas não é que eu tenha todos esses preparativos em casa".
Uma das recomendações mais importantes é manter alimentos e água potável suficientes para 72 horas.
Mas Ilmari Kaihko questiona se isso é praticável para todos.
"Onde você guarda isso se tiver uma família grande morando em um apartamento pequeno?"
Fonte:https://g1.globo.com/mundo/noticia/2024/11/18/por-que-paises-escandinavos-estao-ensinando-a-populacao-a-se-preparar-para-guerra.ghtml
Suécia e Finlândia preparam população para eventual conflito; Alemanha denuncia guerra híbrida da Rússia
A Suécia começou a enviar informações para seus habitantes na segunda-feira (18), para que se prepararem para uma possível guerra. A vizinha Finlândia criou um website com recomendações de preparação para um conflito armado. As medidas coincidem com a autorização para a utilização de mísseis americanos de longo alcance contra a Rússia, dada por Washington à Ucrânia.
Publicado em: 18/11/2024 - 20:32Modificado em: 18/11/2024 - 20:37
Por:RFI
Desde o início do conflito armado entre a Rússia e a Ucrânia, a Suécia e a Finlândia, países da União Europeia próximos da fronteira russa, alertam sua população sobre a possibilidade de uma guerra.
As duas nações escandinavas abandonaram décadas de não alinhamento militar e aderiram à Otan, a aliança militar ocidental, depois que a Rússia invadiu a Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Paralelamente a esta campanha preventiva, os governos alemão e finlandês informaram, nesta segunda-feira, que estão “profundamente preocupados” com o rompimento de um cabo submarino de telecomunicações que liga os dois países, e falaram de “guerra híbrida” e da ameaça russa.
“Está em curso uma investigação minuciosa, a nossa segurança europeia não está apenas ameaçada pela guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, mas também pelas guerras híbridas travadas por atores maliciosos”, escreveram os ministros das Relações Exteriores dos dois países numa declaração conjunta transmitida por Berlim.
Apesar das pressões, a Alemanha, que é o segundo fornecedor de armas para a Ucrânia, depois dos Estados Unidos, declarou que não enviará mísseis de longo alcance Taurus para a Ucrânia. Berlim entregará apenas 4.000 drones guiados por inteligência artificial (IA) às forças de Kiev.
Folheto sueco faz recomendações práticas em caso de guerra
A Suécia enviou a seus cidadãos um folheto com o título "Om krisen eller kriget kommer" ("Em caso de crise ou guerra"), escrito pela Agência Sueca de Contingências Civis (MSB). O panfleto contém recomendações práticas para lidar com crises como guerras, desastres naturais e ataques cibernéticos.
O documento de 32 páginas descreve, utilizando ilustrações simples, as ameaças que a Suécia enfrenta e dá conselhos sobre como armazenar alimentos e água, localização de abrigos antiatômicos e fontes de informação confiáveis
Documentos desse tipo já foram enviados no passado pelo governo sueco à população. Esta é a quinta versão, desde a Segunda Guerra Mundial. A anterior, distribuída em 2018, foi a primeira a ser divulgada depois da Guerra Fria (1947-1991).
Em março, o Banco da Suécia fez um apelo às autoridades e aos estabelecimentos bancários para que facilitassem a utilização de cédulas em dinheiro, temendo uma paralisia da sociedade em caso de crise ou guerra. Os suecos praticamente não usam mais cédulas no dia a dia, apenas cartões de crédito, débito e transferências digitais para pagar as compras e fazer pagamentos.
“A situação de segurança é grave e todos precisamos reforçar a nossa resiliência para podermos enfrentar as crises e, em última análise, a guerra”, disse Mikael Frisell, diretor do MSB, num comunicado de imprensa.
A ajuda militar e econômica a Kiev é uma prioridade para Estocolmo, que reitera que um conflito armado, dada a ameaça representada pela Rússia, não pode ser descartado.
Perigo real ou precaução?
Embora a Suécia envie regularmente tropas para operações de manutenção da paz, o país não esteve envolvido em conflitos armados desde as Guerras Napoleônicas, no fim do século 18 e começo do 19.
Durante as próximas duas semanas, 5,2 milhões de folhetos – também disponíveis online em árabe, farsi, ucraniano, polonês, somali e finlandês – serão enviados à população sueca.
O documento não menciona explicitamente a Ucrânia ou a Rússia, mas sublinha que a ameaça militar à Suécia aumentou. “Devemos nos preparar para o pior, como um ataque armado”, diz.
O governo da Finlândia, país que compartilha uma fronteira de 1.340 quilômetros com a Rússia, também disponibilizou na segunda-feira aos seus cidadãos um site com recomendações sobre como se preparar em caso de crise.
França mantém posição sobre mísseis
Nesta segunda-feira, parlamentares russos declararam que a autorização concedida por Biden à Ucrânia, para utilizar mísseis americanos de longo alcance no território russo, poderia causar uma “guerra mundial”.
Segundo um comunicado da chancelaria russa, "o uso de mísseis de longo alcance por parte de Kiev para atacar nosso território significaria a implicação direta dos Estados Unidos e seus satélites nas hostilidades com a Rússia, e uma mudança radical na essência e na natureza do conflito", ressaltou a nota do Ministério das Relações Exteriores.
Outros países ocidentais, como a França, ainda não se posicionaram sobre o uso de seus mísseis de longo alcance pelo Exército ucraniano. Mas o ministro francês de Relações Exteriores, Jean-Noël Barrot, disse nesta segunda-feira, às margens de uma reunião com chefes da diplomacia europeia em Bruxelas, que era uma “possibilidade”.
“Vocês ouviram o presidente Macron em 25 de maio, em Meseberg, na Alemanha, onde nós declaramos publicamente que era uma possibilidade que consideraríamos, se permitisse atingir alvos onde os russos atacam o território ucraniano”, disse o chanceler francês, afirmando que “não há nada de novo” sobre o assunto.
Outra decisão de Biden na perspectiva do retorno de Donald Trump à Casa Branca, que poderia fazer concessões consideradas desfavoráveis para Kiev, foi a transferência do comando militar da Otan para os europeus.
Com AFP
Fonte: https://www.rfi.fr/br/europa/20241118-su%C3%A9cia-e-finl%C3%A2ndia-preparam-popula%C3%A7%C3%A3o-para-eventual-guerra-alemanha-denuncia-guerra-h%C3%ADbrida-da-r%C3%BAssia
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