Receptividade
por Osho*
Ouvir é um dos segredos básicos para se entrar no templo de Deus. Ouvir
significa passividade. Significa se esquecer completamente de si mesmo – só
então você pode ouvir. Quando você ouve alguém com atenção, você se esquece de
si mesmo. Se você não consegue se esquecer da sua pessoa, você nunca ouve.
Estando autoconsciente demais, você simplesmente finge que está ouvindo – não
ouve. Pode balançar a cabeça; dizer algumas vezes “sim” e “não” – mas você não
está ouvindo.
Quando ouve, você se torna apenas uma passagem, uma passividade, uma
receptividade, um útero: você se torna feminino. E, para chegar lá, a pessoa
tem que se tornar feminina. Não se pode alcançar Deus como um invasor violento,
um conquistador. Você só poderá alcançar Deus… ou será melhor dizer: Deus
poderá alcançá-lo somente quando você estiver receptivo, uma receptividade
feminina. Quando você se tornar yin – uma passividade – , a porta está aberta.
E você espera.
Escutar é a arte de se tornar passivo.
Fonte: Osho, A Sudden Clash
of Thunder, cap. 5
Comentário
A receptividade representa a natureza feminina, passiva, da água e das emoções.
Os braços da figura estão estendidos para cima, para receber, e ela
apresenta-se completamente imersa na água. A figura não tem cabeça – nenhuma
mente sobrecarregada e agressiva para atrapalhar a sua receptividade pura.
E à medida que ela é preenchida, vai continuamente se esvaziando,
transbordando e recebendo mais. O símbolo ou matriz de lótus que emerge da
figura representa a harmonia perfeita do universo, que se torna aparente quando
estamos em sintonia com ele.
A Rainha da Água traz um tempo de desprendimento e gratidão por tudo o
que a vida possa nos dar, sem quaisquer expectativas ou exigências. Nem
sentimentos de obrigação, nem idéias de reconhecimento de mérito ou de
recompensas são importantes. Sensibilidade, intuição e compaixão são os traços
que se destacam agora, dissolvendo todos os obstáculos que nos mantêm separados
uns dos outros, e do todo.
Fonte:https://irradiandoluz.com.br/2009/02/receptividade.html
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