CONHEÇA AS DIFERENÇAS ENTRE DENGUE, CHIKUNGUNYA E ZIKA, SINTOMAS, TRATAMENTOS, SEQUELAS, PREVENÇÃO E CONTROLE
Dengue, chikungunya e zika: conheça as diferenças
31/01/2023
Juliana Xavier (Bio-Manguinhos/Fiocruz)*
O Brasil é um país que apresenta vários tipos de clima, com predominância dos quentes e úmidos, essa característica faz com que uma grande quantidade de insetos se estabeleça no território, como os mosquitos do gênero Aedes, que se desenvolvem, principalmente, em zonas tropicais e subtropicais. Esses mosquitos são importantes vetores de doenças, tais como: dengue, chikungunya e zika, sendo a espécie que merece maior atenção no Brasil.
Além de serem transmitidas pelo mesmo mosquito, essas doenças apresentam alguns sintomas semelhantes, o que pode dificultar o diagnóstico. Entretanto, pequenas diferenças existem e podem ser usadas como critério para o diagnóstico. A dengue, por exemplo, é a doença mais grave quando comparada à chikungunya e à zika, pois causa febre, dores no corpo, dores de cabeça e nos olhos, falta de ar, manchas na pele e indisposição. Em casos mais graves, pode provocar hemorragias, que podem ocasionar óbito.
Já a chikungunya também causa febre e dores no corpo, mas as dores se concentram principalmente nas articulações, diferentemente da dengue, que causa dores predominantemente musculares. Alguns sintomas da chikungunya duram em torno de duas semanas, contudo, as dores articulares podem permanecer por vários meses. Casos de morte são muito raros, mas a doença, em virtude da persistência da dor, afeta bastante a qualidade de vida do paciente.
Por fim, a zika é a doença que causa os sintomas mais leves. Pacientes com essa enfermidade apresentam febre mais baixa que as citadas anteriormente, olhos avermelhados e coceira característica. Em virtude desses sintomas, muitas vezes a doença é confundida com alergia. Normalmente a zika não causa morte e os sintomas não duram mais que sete dias. No entanto, é importante lembrar, que a doença causa sérios problemas em gestantes e seus bebês, tais como a microcefalia. Além disso, a zika de relaciona com uma síndrome neurológica que causa paralisia, chamada de Síndrome de Guillain-Barré.
O tratamento dessas doenças é praticamente o mesmo, uma vez que não existem medicamentos específicos para elas. Recomenda-se que o paciente, nos três casos, permaneça em repouso e beba bastante líquido. Alguns medicamentos são indicados para dor, mas não se deve recorrer a remédios que contenham ácido acetilsalicílico, pois, podem desencadear hemorragias.
A melhor forma de diagnóstico da doença é através do hemograma, que ajuda muito na diferenciação dos quadros, uma vez que a queda nas plaquetas e a leucopenia são mais significativas na Dengue e quase inexistente na zika. Além disso, Bio-Manguinhos possui cinco kits para diagnóstico que detectam essas doenças em seu portfólio, cinco deles são testes rápidos, cujos resultados saem em 20 minutos: DPP® Dengue IgM/IgG, TR DPP® DENGUE NS1 - Bio-Manguinhos, DPP® Chikungunya IgM/IgG, DPP® Zika IgM/IgG e DPP® ZDC, este último ajuda a detectar não só dengue como zika e chikungunya simultaneamente.
O portfólio do Instituto conta ainda com mais dois kits moleculares: Kit Molecular ZC D-Tipagem - Bio-Manguinhos e Kit ZDC (zika, dengue e chikungunya), que utiliza a plataforma de PCR em tempo real para detectar a infecção pelos vírus zika, dengue e chikungunya nos primeiros dias após a infecção. Funciona de maneira complementar aos testes sorológicos, que precisam de um período de aproximadamente 7 dias após o início dos sintomas para entregar um resultado positivo.
Não existem vacinas contra as doenças citadas, com exceção da dengue. Assim sendo, a melhor forma de prevenção é reduzir a infestação de mosquitos por meio da eliminação de criadouros, sempre que possível, ou manter os reservatórios e qualquer local que possa acumular água totalmente cobertos com telas/capas/tampas.
Fonte:https://portal.fiocruz.br/noticia/dengue-chikungunya-e-zika-conheca-diferencas
A dengue, chikungunya e
Zika são doenças sazonais, com tendência de maior concentração de casos entre
os meses de janeiro e maio, em todo o estado. As três doenças são transmitidas
pelo Aedes aegypti e, embora tenham sintomas parecidos, apresentam algumas
características que podem ajudar a diferenciá-las.
Diante de um aumento dos casos de dengue no Brasil, é importante saber diferenciar os sintomas de dengue, chikungunya e zika, para poder dar início ao tratamento adequado para cada caso. Entenda a seguir.
Veja os principais sintomas de cada uma
A dengue é causada pelo vírus dengue DENV, que pode ser encontrado em quatro sorotipos (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). Os sintomas característicos da doença causada por esse microrganismo incluem febre alta (acima de 38 ºC) de início repentino, dor de cabeça, dor muscular e dor atrás dos olhos. Em casos mais graves, pode causar sangramento da mucosa e aparecimento de manchas vermelhas na pele.
Já a zika também causa febre, mas é menos intensa e em temperatura mais amena, abaixo de 38 ºC. Além disso, ela também a caracterizada por sintomas associados a conjuntivite não purulenta e aparecimentos de manchas vermelhas de início precoce e que causam coceira intensa – diferentemente da dengue que, em alguns casos, podem não aparecer.
Por fim, a chikungunya se difere das outras doenças por causar dor e inchaço nas articulações. No entanto, também pode apresentar sintomas semelhantes, com febre, dor muscular, manchas vermelhas no corpo, coceira na pele, dor de cabeça, dor atrás dos olhos. Além disso, pode causar, ainda, náuseas, vômitos, dor de garganta e diarreia e/ou dor abdominal.
Como diagnosticar e tratar cada doença?
A infectologista Silvana reforça que a principal forma de diferenciar, com certeza, a dengue do zika e da chikungunya é buscando ajuda médica e realizando testes laboratoriais. “O diagnóstico, além do clínico, obviamente depende da confirmação laboratorial”, enfatiza. “Temos um conjunto de exames disponíveis que permite dar sim ao diagnóstico de certeza de dengue e isso é extremamente importante para diferenciar, porque as outras doenças continuam existindo”, completa.
Para diagnosticar a dengue, zika e chikungunya, existem três tipos de testes:
- Teste rápido: o sangue é coletado no dedo e há verificação se a pessoa está contaminada no momento. O resultado sai em cerca de 15 minutos;
- RT-PCR: pode ser feito até o 5º dia de sintoma e identifica o vírus ou partículas dele no paciente. Pode demorar até cinco dias para liberação do resultado;
- Teste de sorologia: amostras de sangue são coletadas depois do 6º dia de sintomas e identifica a produção de anticorpos contra o vírus da dengue. O resultado pode levar até 8 dias para ser liberado.
Ainda não existe medicamentos antivirais que combatem diretamente os vírus transmitidos pelo Aedes aegypti. Por isso, o tratamento das três doenças incluem o repouso, a boa hidratação e o uso de medicamentos para aliviar os sintomas. Porém, atenção: existe uma série de remédios que não são indicados para o tratamento de dengue, como o ácido acetilsalicílico, ou AAS, corticoides e anti-inflamatórios não esteroidais (como ibuprofeno e nimesulida, por exemplo).
Fonte:https://www.cnnbrasil.com.br/saude/dengue-chikungunya-ou-zika-saiba-diferenciar-os-sintomas/
Sintomas
A
enfermeira e referência técnica da Coordenação Estadual de Vigilância das
Arboviroses, Suely Dias, explica que a dengue é uma doença febril aguda,
sistêmica e dinâmica, geralmente com evolução benigna, mas que pode evoluir
para formas graves. “As infecções por dengue podem ser assintomáticas ou
apresentar sintomas que envolvem febre (geralmente acima de 38°C, de início
abrupto e duração de 2 a 7 dias), dores de cabeça e musculares, dor nas
articulações e atrás dos olhos. Também podem estar presentes vômitos, diarreia
e erupções cutâneas vermelhas pelo corpo”, explica.
Já
a chikungunya possui fase aguda com duração de 5 a 14 dias, uma fase pós-aguda
que pode durar até 3 meses e pode se tornar crônica se os sintomas persistirem
após esse período. Suely detalha que, na fase aguda, há surgimento abrupto de
febre alta (maior de 38,5°C), dor forte nas articulações e músculos, dor de
cabeça intensa e fadiga. “As manchas vermelhas da chikungunya surgem do 2º ao
5º dia após início da febre, afetando principalmente tronco, extremidades e
face. Na fase pós-aguda e crônica, quando há persistência de sintomas, eles se
manifestam principalmente nas articulações, com edema e dor”, afirma.
A
infecção pelo Zika vírus pode ser assintomática ou sintomática. A referência
técnica explica que geralmente a doença é autolimitada, variando de 2 a 7 dias.
Pode apresentar febre baixa (menor que 38,5°C) ou ausente, erupções cutâneas
vermelhas de início precoce, conjuntivite não purulenta, dor e edema nas
articulações, dor de cabeça e aumento dos linfonodos. Deve-se atentar para
manifestações neurológicas.
Tratamento
Suely
Dias explica que não há tratamento específico nem vacina para as infecções por
estes vírus. A recomendação, em caso de sintomas, é para que o paciente procure
a Unidade Básica de Saúde mais próxima para avaliação. Além disso, é importante
fazer repouso e cuidar da reposição de líquidos.
No
caso de dengue, é extremamente importante que haja reconhecimento precoce dos
sinais de alarme e gravidade. Para chikungunya, um profissional deve ser
consultado para que sejam recomendados analgésicos e tratamentos não
farmacológicos como fisioterapia e exercícios.
Suely
também alerta que medicamentos devem ser utilizados somente com prescrição
médica e para aliviar os sintomas. “Alguns medicamentos como ácido
acetilsalicílico (AAS, Aspirina) e outros anti-inflamatórios não hormonais
(ex.: Ibuprofeno, nimesulida, diclofenaco, etc.), podem aumentar complicações
hemorrágicas, principalmente em caso de dengue, por isso não devem ser
utilizados”, pontua.
Sequelas
As
consequências mais relevantes das arboviroses a longo prazo são a cronificação,
nos casos de chikungunya, e a transmissão vertical (ou seja, da mãe para o
feto) da Zika, podendo levar à Síndrome Congênita associada à infecção pelo
vírus.
Considera-se
fase crônica de chikungunya quando os sintomas permanecem por mais de 3 meses,
especialmente as dores musculares e articulares.
Na
Zika congênita, fetos expostos à infecção pelo vírus durante a gestação, podem
ter seu crescimento e desenvolvimento neurocognitivo comprometidos, podendo
apresentar sinais clínicos como a microcefalia.
Prevenção e controle
Embora
a dengue, Zika e chikungunya tenham tendência de maior concentração de casos
entre os meses de janeiro e maio, em todo o Estado, é preciso reforçar que o
vetor das doenças circula durante todo o ano. Por isso, os cuidados em relação
ao combate aos focos do mosquito não devem cessar.
Por
parte da saúde estadual, as ações permanentes, adotadas para conter o avanço
dos casos de dengue em Minas, vão desde a mobilização de parceiros em todo o
Estado, realização de Força-Tarefa (equipe composta por agentes da Saúde
Estadual e da Fundação Nacional de Saúde – Funasa) em municípios com alta
incidência de pessoas com dengue e alta infestação do mosquito, campanhas
educativas por meio das redes sociais, mobilização da população sobre os
cuidados para evitar os focos do Aedes aegypti, até a elaboração dos Planos de
Contingência Estadual e Municipais para prevenção e controle das doenças
transmitidas pelo mosquito.
Entretanto,
a participação da população é de fundamental importância para o controle da
doença, sobretudo quando se leva em conta o fato de as residências concentrarem
80% dos focos do mosquito transmissor. Destaca-se que a inspeção na residência,
com a remoção de focos com água parada, é algo que não toma muito tempo e deve
ser feita rotineiramente. Como exemplo, os vasos de plantas, pneus usados como
possíveis criadouros do Aedes e outros objetos e recipientes em geral que
possam acumular água.
Cenário em Minas
De
01/01 até 09/01 de 2023, Minas Gerais registrou 697 casos prováveis (casos
notificados exceto os descartados) de dengue. Desse total, 100 casos foram
confirmados para a doença. Não há óbitos por dengue em Minas Gerais, até o
momento.
Em
relação à chikungunya, foram registrados 232 casos prováveis da doença, dos
quais 1 foi confirmado. Até então, não há nenhum óbito confirmado por
chikungunya em Minas Gerais.
Quanto
ao vírus Zika, foram registrados 63 casos prováveis, sendo 19 confirmados para
a doença. Não há óbitos por Zika em Minas Gerais, até o momento.
Dengue, zika e chikungunya são doenças diferentes, mas com uma característica em comum: todas são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Apesar dessa semelhança e de alguns sintomas parecidos, as infecções podem se manifestar de formas distintas.
“Apesar de as três serem transmitidas pelo mesmo mosquito, as doenças têm quadros diferentes e evoluções diferentes”, reforça Silvana Barros, infectologista e chefe do Serviço de Epidemiologia e Controle de Infecção da Rede Mater Dei de Saúde.
Principais Sintomas da Dengue, Zika e Chikungunya
Dengue, Zika e Chikungunya são doenças transmitidas pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes aegypti. E, embora estas doenças apresentem sinais clinicamente parecidos, como febre, dores de cabeça, dores nas articulações, enjoo e exantema (rash cutâneo ou machas vermelhas pelo corpo), há alguns sintomas marcantes que as diferem. Por exemplo, dengue e Chikungunya são marcadas pela febre alta, geralmente acima de 39°C e de início imediato. Já os pacientes de zika apresentam febre baixa ou, muitas vezes, nem apresentam febre, porém na Zika um dos sintomas que pode aparecer logo nas primeiras 24 horas, são as manchas vermelhas na pele que provocam intensa coceira.
Em relação à Chikungunya, a principal manifestação clínica, é a dor nas articulações, chamada de artralgia. Essa artralgia pode se manifestar em todas as articulações, mas, em especial, nas dos pés e das mãos, como dedos, tornozelos e pulsos.
Já os pacientes com Dengue, apresentam febre alta de inicio súbito, dor atrás dos olhos, porém diferente da Chikungunya e Zika, não são encontrados vermelhidão nos olhos.
Faça sua parte! Elimine todos os locais onde o mosquito Aedes aegypti possa se reproduzir.
Fonte:https://www.pompeu.mg.gov.br/portal/index.php/pt/blog/saude/3930-principais-sintomas-da-dengue-zika-e-chikungunya
Dores intensas pelo corpo, mal-estar, dor de cabeça e febre. Esses são sintomas comuns à dengue, à chikungunya e à zika, arboviroses causadas pelo mosquito Aedes aegypti que, juntas, já registraram mais de 234 mil casos em todo o estado de Minas Gerais em 2023 e levaram a óbito 43 pacientes. Desse total, a dengue corresponde a 80,8% dos casos, a chikungunya a 19,2%, e a zika a apenas 0,1%, mas todas exigem diagnósticos e cuidados médicos específicos.
Segundo Daniela Caldas Teixeira, infectologista pediátrica que atua no Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), a fase aguda ou febril da dengue e da chikungunya é caracterizada principalmente por febre de início súbito, acompanhada de mal-estar, dores no corpo e dor de cabeça (cefaleia) e, entre 30% a 50% dos casos, estão presentes manchas avermelhadas no corpo. “Na chikungunya, as dores nas articulações são muito características da doença e nos direcionam para o diagnóstico. Em alguns casos, as dores podem preceder a febre”, explica.
Daniela explica também que, no caso da zika, a infecção pode ser assintomática ou sintomática. “Quando sintomática, mais comumente as manifestações são brandas e autolimitadas: febre baixa, lesões de pele avermelhadas e que causam coceira, olhos avermelhados (conjuntivite) e dores de cabeça e no corpo”, adverte.
Porém, a médica alerta que em todos esses casos o paciente deve procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) ao surgirem os sintomas, para passar por avaliação médica e receber orientações sobre hidratação e analgésicos. “Na dengue, a base principal do tratamento, que pode evitar o agravamento da doença e os óbitos, é a adequada hidratação do paciente”, diz a médica, destacando que é importante começar a consumir água em grande quantidade imediatamente já ao surgimento dos primeiros sintomas.
“Já na chikungunya, o principal é o uso adequado de medicamentos analgésicos, de forma proporcional à dor do paciente, além de repouso. As orientações são semelhantes para zika: repouso, uso de analgésicos e antitérmicos, se necessários, além da hidratação”, completa Daniela.
Sinais de alarme
A infectologista explica que, na dengue, os sinais de alarme e agravamento do quadro costumam ocorrer exatamente na fase em que a febre passa. São eles: dor abdominal intensa, vômitos recorrentes, sensação de desmaio, sangramentos, sonolência ou irritabilidade. “Por isso, o paciente deve ser orientado a retornar imediatamente na presença de sinais de alarme ou no dia da resolução da febre para reavaliação”, ressalta.
Já na chikungunya, a recomendação é retornar ao médico se o uso dos medicamentos prescritos não estiver aliviando a dor. “O paciente deve procurar novamente o atendimento em caso de dores intensas não controladas com as medicações previamente prescritas, persistência da febre por mais de cinco dias, aparecimento de sinais de gravidade ou persistência dos danos articulares”, explica Daniela.
De acordo com a médica, não existem sinais de alarme específicos para a zika. “O maior alerta é voltado para gestantes com casos suspeitos ou confirmados de zika, que devem ser acompanhadas conforme protocolos vigentes para o pré-natal, desenvolvidos pelo Ministério da Saúde”, observa.
Atendimento pelo SUS
A SES-MG orienta que as Unidades Básicas de Saúde (UBS) são a principal porta de entrada para os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) e estão capacitadas para realizar o diagnóstico correto de dengue, chikungunya e zika, oferecerem o tratamento dos casos leves e encaminharem o paciente acometido por infecções graves para as Unidades de Pronto Atendimento ou internação hospitalar. Em Minas Gerais, são 4.605 UBS, presentes nos 853 municípios do estado.
“Quando o paciente chega a uma UBS com sintomas de dengue, zika ou chikungunya, por exemplo, deve ser acolhido na recepção e classificado pela enfermagem. Nos casos mais leves, além da hidratação imediata, recebe o atendimento na própria unidade. Já nos de maior gravidade, ele é encaminhado a um serviço mais especializado”, explica Kátia Ramos Pereira, referência técnica da Coordenação de Integração de Vigilância em Saúde e Atenção Primária à Saúde da SES-MG.
Segundo Kátia, as UBS devem ser a primeira opção do paciente, preferencialmente aquela mais próxima de sua residência e com a qual possua vínculo com uma Equipe de Saúde da Família no bairro onde mora. Essa proximidade do paciente com a equipe da UBS facilita o retorno e o tratamento, sobretudo em situações em que o paciente evolui para um quadro crônico e exige cuidados por períodos mais prolongados, como acontece em muitos casos de chikungunya.
“Porém, a depender dos sintomas, ou se eles aparecerem no final de semana ou feriado e a UBS mais próxima não se encontrar aberta, o paciente deve procurar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ”, informa Kátia. “Os pacientes com sinais e sintomas de agravamento, como dor abdominal forte, náuseas (sensação de enjoo), vômitos contínuos e sangramento de mucosas (como boca e nariz), serão encaminhados para os serviços preparados para atendimento de urgência e emergência, que possuem mais equipamentos, insumos e materiais que as UBS”, explica a técnica.
Cenário em Minas Gerais
Até 12/4, Minas Gerais registrou 189.750 casos prováveis (casos notificados exceto os descartados) de dengue em 2023. Desse total, 74.695 casos foram confirmados para a doença. Há 33 óbitos confirmados por dengue no estado e 95 óbitos em investigação.
Em relação à febre chikungunya, foram registrados 45.018 casos prováveis da doença, dos quais 15.969 foram confirmados. Até o momento, foram confirmados dez óbitos por chikungunya em Minas Gerais e 13 estão em investigação.
Quanto ao vírus zika, até o momento foram registrados 202 casos prováveis. Há 19 confirmados para a doença e não houve óbitos este ano em Minas Gerais.
Os dados de dengue, chikungunya e zika são atualizados diariamente e estão disponíveis no Painel Arboviroses: https://www.saude.mg.gov.br/
Comentários
Postar um comentário