AUTISMO: O QUE É, SINTOMAS, CAUSAS E TRATAMENTO

 Autismo.

Autismo: o que é, sintomas, causas e tratamento

Distúrbio caracterizado pela alteração das funções do neurodesenvolvimento do indivíduo, interferindo na capacidade de comunicação, linguagem, interação social e comportamento

Por O Globo

27/10/2023 16h00  Atualizado há 3 meses

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento, ou seja, é um distúrbio no desenvolvimento cerebral. Popularmente chamado de autismo, o TEA é diagnosticado, geralmente, na “segunda infância”, entre os 4 e os 6 anos de idade. Mesmo que possa ser tratado, para amenizar os sintomas, o autismo é uma condição permanente, pois, diferentemente das doenças, as síndromes não têm cura.


Níveis de autismo

A denominação de “espectro” é porque engloba diversas características, com variações na severidade da manifestação dos sintomas. Ao todo, são três níveis, sendo o primeiro o mais leve, o segundo, intermediário, e o terceiro o mais severo:


  • Nível um: verbal. Quando o paciente chega na idade adulta, ele não precisa de nenhuma intervenção. Portanto é o mais leve;
  • Nível dois: É necessária intervenção prolongada;
  • Nível três: É feito acompanhamento por toda vida.

Incidência do Transtorno do Espectro Autista (TEA)

Segundo estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA em 2012, a incidência de autismo no mundo é de 1,46% da população mundial com até oito anos — sendo 2,36% em meninos, e 0,53% em meninas.

Quais são os sintomas do autismo?

Embora haja uma ampla variação no funcionamento cognitivo e comportamental, tanto nos sinais de identificação quanto no comportamento posterior, os distúrbios que integram o TEA apresentam dois sintomas em comum: falhas comunicativas e interesses restritos e repetitivos.

Estes sinais e sintomas variam de leves, podendo até passar despercebidos, mas também podem ser moderados a graves, interferindo muito no comportamento e na comunicação do indivíduo.

Causas do Transtorno do Espectro Autista (TEA)

Não há causas comprovadamente capazes de provocar o autismo, mas, segundo estudos já existentes, pode-se dizer que a maioria dos casos tem origem genética. Além disso, de acordo com a professora adjunta licenciada do Departamento de Fundamentos da Educação da UniRio Aliny Lamoglia, pesquisas indicam que fatores externos, como a exposição a agrotóxicos e o uso de antidepressivos na gestação, entre outros, também podem estar relacionados ao desenvolvimento do TEA em recém-nascidos.

Quais são os tratamentos para o autismo?

autismo não pode ser curado. No entanto, com a realização de tratamentos e com o apoio de uma equipe multidisciplinar, a pessoa com autismo pode amenizar os sintomas e desenvolver formas de se comunicar socialmente e de ter maior estabilidade emocional.

O ideal é que os procedimentos sejam iniciados logo depois que a síndrome for diagnosticada. Uma das formas mais comuns é a abordagem interacional feita pelos responsáveis. Nesse caso, eles trabalham junto do autista, buscando ensiná-lo coisas naturais no cotidiano, como o contato olho a olho, a identificação pelo próprio nome etc.

Todos os tratamentos devem ser feitos em conjunto com o profissional adequado, que varia em cada caso, podendo ser um psiquiatra, um psicólogo, um fonoaudiólogo etc. Isso dependerá do tipo de sintoma e do grau apresentado pelo paciente.

Como prevenir o autismo?

Como não há causa, também não existe uma forma de prevenção contra o autismo. O que se pode fazer é tentar identificar se a criança apresenta sintomas do TEA o quanto antes, para começar um tratamento o mais cedo possível.

Fontes: Aliny Lamoglia, Professora Adjunta licenciada do Departamento de Fundamentos da Educação da UNIRIO e pesquisadora do Transtorno do Espectro Autista; Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Hospital Israelita Albert Einstein.

https://oglobo.globo.com/saude/guia/autismo-o-que-e-sintomas-causas-e-tratamento.ghtml

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