Câncer de pele: FDA aprova 1º dispositivo portátil que ajuda a detectar o tumor
Estudo realizado com o aparelho mostrou que ele tinha uma taxa de 96% ao detectar 224 tipos de câncer de pele
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O GLOBO
— São Paulo
21/01/2024 11h01 Atualizado há 6 dias
A Food and Drug Administration (FDA), agência regulatória americana, aprovou o primeiro dispositivo portátil para detecção de câncer de pele. Ele ajudará os médicos a identificarem os três principais tipos: melanoma, carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular. Entretanto, os profissionais devem usar o dispositivo para lesões que já foram identificadas como suspeitas, apresentando sinais de câncer de pele, e não para diagnóstico.
O aparelho usa luz combinada com um algoritmo alimentado por inteligência artificial para identificar lesões que podem ter câncer de pele. Quando colocado em contato com a pele, o dispositivo emite luz e captura os comprimentos de onda da luz refletida nas estruturas celulares abaixo da superfície da pele. Posteriormente, utiliza um algoritmo para analisar a luz refletida e detectar a presença de câncer de pele.
Os resultados sairão em forma de “investigar mais”, o que significa que é necessária uma avaliação mais completa e detalhada, ou "monitorar”, ou seja, que não há necessidade imediata de encaminhar o paciente a um especialista.
“Equipar os médicos mais abundantes no país, para avaliar melhor o câncer mais comum no país tem sido uma necessidade importante e de longa data não satisfeita na medicina”, disse Cody Simmons, co-fundador e CEO da DermaSensor, emrpesa que recebeu o aval da FDA para comercializar o dispositivo.
O FDA, entretanto, está exigindo que a empresa conduza outros testes adicionais de “desempenho de validação clínica pós-comercialização” em outros grupos demográficos e disse que o aparelho deve ser usado em pacientes acima dos 40 anos de idade.
A FDA autorizou o dispositivo depois que um estudo mostrou que ele tinha uma taxa de sensibilidade de 96% ao detectar 224 tipos de câncer de pele e um resultado negativo tinha 97% de chance de ser benigno, de acordo com a empresa.
Câncer de pele
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de pele é o mais frequente no Brasil e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país — o que nas novas estimativas para o triênio 2023-2025 corresponde a 211 mil casos por ano. Esse tipo de câncer é causado pelo crescimento incomum de células na pele, formando camadas que determinam o tipo da doença.
Sintomas do câncer de pele
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, os sintomas do câncer de pele costumam se manifestar na forma de:
- manchas ou feridas que não cicatrizam em até quatro semanas e apresentam coceiras ou sangramentos;
- pintas pretas ou castanhas que mudam de cor, textura e tornam-se irregulares e crescem de tamanho;
- lesões de aparência elevada com crosta central e sangramento constante.
- Normalmente, essas manchas, feridas, pintas e lesões aparecem em locais expostos ao sol diariamente, mas podem surgir em qualquer parte do corpo.
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