Nasa compartilha imagem de "árvore de
Natal" cósmica a 2,5 mil anos-luz
Composição comemorativa mostra
aglomerado NGC 2264 na Via Láctea e dá impressão de que as variações de
estrelas jovens estão sincronizadas como pisca-pisca; confira
Por Redação Galileu
20/12/2023 14h04 Atualizado há 2 dias
Para celebrar o Natal de 2023, a Nasa divulgou em 19 de dezembro uma "árvore de Natal" cósmica. Trata-se de uma imagem composta do aglomerado NGC 2264, cujas cores escolhidas e o formato lembram um pinheiro natalino.
O "Aglomerado da Árvore de Natal" é formado por estrelas jovens, com entre 1 e 5 milhões de anos, e fica em nossa galáxia, a Via Láctea, a aproximadamente 2,5 mil anos-luz da Terra. As estrelas dessa bela "árvore" são tanto menores quanto maiores que o Sol: o tamanho delas vai de menos de um décimo da massa solar até cerca de 7 massas solares.
No vídeo abaixo você vê a "árvore" cósmica em uma animação com luzes azuis e brancas piscando, que são as estrelas jovens emitindo raios-x detectados pelo Observatório de Raios-X Chandra, da Nasa. Confira:
Já os "galhos" da "árvore" são o gás da nebulosa em verde, visto por meio dos dados ópticos do telescópio WIYN de 0,9 metros da National Science Foundation, localizado no Observatório Kitt Peak, no Arizona, Estados Unidos.
As estrelas de primeiro e segundo plano, na cor branca, aparecem graças aos dados infravermelhos do projeto Two Micron All Sky Survey (2MASS), que utilizou dois telescópios de 1,3 metros de diâmetro: um deles no Observatório Interamericano de Cerro Tololo, no Chile, e o outro no Observatório Fred Lawrence Whipple, nos EUA.
A imagem foi girada 160 graus no sentido horário em relação à orientação padrão dos astrônomos, com o Norte apontando para cima, para que pareça que o topo da árvore está na parte superior. As estrelas jovens da foto são voláteis e passam por fortes erupções em raios-X e outros tipos de variações observadas em diferentes tipos de luz.
Porém, a Nasa explica em comunicado que, na realidade, as variações das estrelas não estão sincronizadas. "As variações coordenadas e piscantes mostradas na animação são artificiais, para enfatizar as localizações das estrelas vistas em raios-X e destacar a semelhança deste objeto com uma árvore de Natal", esclarece a agência espacial norte-americana.
Mas o que causa essas variações similares a um pisca-pisca natalino? Esses fenômenos observados pelo Chandra e outros telescópios são resultados de vários processos diferentes. Conforme a Nasa, alguns estão relacionados à atividade envolvendo campos magnéticos, incluindo erupções como as sofridas pelo Sol — mas muito mais poderosas — e pontos quentes e regiões escuras nas superfícies estelares que entram e saem de vista à medida que as estrelas giram.
Outros motivos possíveis para as variações observadas são mudanças na espessura do gás que obscurece as estrelas e alterações na quantidade de material que ainda está caindo sobre esses astros a partir de discos de gás circundantes.
Fonte:https://revistagalileu.globo.com/ciencia/espaco/noticia/2023/12/nasa-compartilha-imagem-de-arvore-de-natal-cosmica-a-25-mil-anos-luz.ghtml
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