Cientistas criam primeiro embrião de macaco-humano em laboratório
Em busca de tratamento para diversas doenças, cientistas chineses publicaram um estudo na revista científica Cell que conseguiu desenvolver em laboratório embriões híbridos de macaco e humano. O resultado apontou que os híbridos do experimento sobreviveram por até 20 dias no laboratório e animou os pesquisadores.
Esses embriões híbridos algum dia poderão servir como modelo de doenças humanas, além de ajudar no desenvolvimento embrionário. Ao ampliar a interação das células-tronco e das células animais, os cientistas poderiam aprender como ajudar as células dos humanos a sobreviverem entre as células animais, o que potencializaria o esforço em criar órgãos humanos em animais.
Durante a pesquisa, foram fertilizados óvulos extraídos de macaco cinomolgo (Macaca fascicularis). Seis dias após a fertilização, 132 embriões receberam células-tronco pluripotentes humanas, capazes de se desenvolverem como uma infinidade de células dentro e fora dos embriões.
As células híbridas cresceram e se dividiram, como é esperado no desenvolvimento embrionário, porém cada indivíduo resultou em combinações únicas entre células humanas e de macaco. Durante o estudo, os embriões se deterioraram em níveis variáveis: 11 dias após a fertilização, 91 estavam vivos; no 17º dia, 12 sobreviveram; e apenas 3 chegaram ao 19º dia após a fertilização.
Os pesquisadores envolvidos no experimento acreditam que alguns híbridos de humanos e animais possam ser boas cobaias para testes de drogas e usados para o crescimento de órgãos para transplante. Desde 2017, a equipe vem trabalhando com híbridos e já testou porcos com células humanas, vacas com células humanas e ratos com células de camundongo. Em 2019, o mesmo time de cientistas conseguiu manter um embrião de macaco crescendo em laboratório por 20 dias após a fertilização.
Fonte:https://neoradar.uai.com.br/cientistas-criam-primeiro-embriao-de-macaco-humano-em-laboratorio/
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