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Big Techs: uma breve análise sobre os gigantes da tecnologia
Durante a pandemia, houve um crescimento ainda maior das pessoas que compram na Amazon, acessam algum anúncio no Facebook, compram o novo iPhone por exemplo. Isso faz com que grandes empresas de tecnologia tenham o domínio e sejam responsáveis por moldar a forma das pessoas trabalharem, comunicarem, comprarem, venderem e consumirem determinados produtos ou serviços.
Apesar da economia estar contraída e muitas empresas batalharem para sua sobrevivência no mercado, as maiores empresas de tecnologia estão acumulando riquezas e influência de maneiras, que antes eram invisíveis. As Big Techs se tornaram parte do cotidiano das pessoas ao melhorar a realidade das pessoas por meio da tecnologia, seja por conectar usuários, criar plataformas de serviços e ferramentas que facilitam o dia a dia.
Como as Big Techs dominam os negócios?
As Big Techs são as grandes empresas de tecnologia, que predominam o mercado. Inicialmente essas organizações geralmente estão localizadas no Vale do Silício, criam serviços inovadores e um modelo de negócios escalável e ágil. O principal motor dessas empresas é a inovação, pois sempre estão definindo novas tecnologias e serviços, constantemente atualizando produtos e dispositivos para atender todas as demandas.
Devido ao seu domínio no mercado de tecnologia, as Big Techs influenciam a economia como a Apple com dispositivos de comunicação na Internet, o Facebook no espaço de mídia social, a Google para buscas na Internet e a Amazon como protagonista dominante no mercado de comércio eletrônico, conseguiram dominar totalmente os setores que atuam.
Cada Big Tech têm uma mistura diversificada de aplicativos e serviços em nuvem, produtos e acúmulo de dados, enquanto outros têm um foco mais singular. As maiores empresas do mundo já controlam cerca de 80% do mercado, entre as 5 principais estão a Apple, Amazon, Alphabet, Microsoft e Facebook.
O poder das Big Five
As Big Five (Apple, Amazon, Alphabet, Microsoft e Facebook) produzem enormes benefícios para os consumidores, são responsáveis em inovar e é onde está a maior concentração do mercado. Nos últimos anos, pode-se observar que os preços dos anúncios digitais caíram mais de 40% na última década, como os preços de livros que caiu em torno de 40% desde o IPO da Amazon em 1997, a App Store ao cobrar uma taxa de comissão de vendas de 30%. Além disso, a participação da Google em 29%, Facebook 23%, e a Amazon 10% do mercado de anúncios digitais.
O poder das Big Techs tem gerado muita desconfiança e preocupação de diversas entidades, como por exemplo a Comissão da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, a qual acusou recentemente aApple, Amazon, Alphabet e Facebook por usar aquisições para acabar com concorrentes, cobrar taxas extremamente abusivas e forçar pequenas e médias empresas a aceitarem contratos extremamente desvantajosos, sem poder de escolha.
O documento do Congresso dos EUA exemplifica o uso de práticas anticompetitivas, como a Amazon de utilizar plataforma de comércio eletrônico para identificar os itens mais vendidos e criar cópias para vendê-los, a Apple por controlar de forma injusta a App Store ao cobrar uma taxa excessiva de 30% em transações de aplicativos, a Google por utilizar o mecanismo de busca para privilegiar os próprios produtos, o Facebook de impedir a concorrência no mercado de redes sociais.
Comparação dos Gigantes da Tecnologia
As Big Techs juntas somam quase US$ 900 bilhões em receitas em 2019, maior que o PIB de quatro nações do G20. Em comparação, ao analisar os ganhos das Big Techs como se fossem um país, seria possível conquistar #18 posição do maior país pelo PIB, à frente da Arábia Saudita e logo atrás dos Países Baixos.
Essas organizações ganham bilhões capitalizando suas plataformas e pelo crescimento exponencial de bancos de dados de usuários. Isso ocorreu devido ao aumento do crescimento adoção de software, computação em nuvem e proliferação de anúncios. Com o aumento cada vez maior do uso da tecnologia, esses bilhões só devem aumentar. Confira um panorama das 5 maiores empresas de tecnologia do mundo a seguir:
Apple
Apple é líder em inovação, no fornecimento de produtos e serviços únicos, quando se trata de grandes empresas de tecnologia. Em 2019, a gigante de tecnologia fundada em 1976 por Steve Jobs e Steve Wozniak teve uma receita total de US$260 bilhões, sendo US$ 55,2 bilhões como receita líquida. Mais de 50% das vendas da empresa foram decorrentes de aparelhos iPhone. O comportamento se repete, visto que no primeiro trimestre de 2020, o smartphone foi responsável por 61% da receita da Apple. Em abril de 2020, a Apple registrou um aumento de 16% na receita de serviços como o Apple Music, Apple TV+ e o iCloud, que resultou em um montante de US$ 13,3 bilhões.
A Apple é um dos principais players responsáveis por revolucionar a maneira que utilizamos a tecnologia em nossas vidas. A empresa sempre está expandindo sua participação no mercado ao lançar novos produtos e serviços, como os mais recentes anunciados durante o Apple Event, dia 13 de outubro, em que lançou o novo iPhone em quatro versões (iPhone 12, Mini, Pro, Pro Max) com destaque para o suporte ao 5G, um sistema de edição inteligente de fotos (Apple ProRAW), alto-falante inteligente (HomePod Mini), aposta na primeira versão mobile do jogo chamado ‘League of Legends: Wild Riftfo’ e a promessa de até 2030 todo o sistema ser Carbon-Neutral.
Amazon
A Amazon é o maior mercado de comércio eletrônico do mundo, envolvida com serviços de streaming, e-books, soluções de casa inteligente, um estúdio de cinema e televisão, fabricação de eletrônicos de baixo custo, como por exemplo. Essa ampla rede permitiu à Amazon ser líder mundial em tecnologia, atingindo em 2019 a receita total de US$281 bilhões e por ser responsável por 33% do mercado global de computação em nuvem, além de ser responsável por 39% das vendas de e-commerce nos Estados Unidos.
Durante a pandemia, a Amazon gastou mais do que esperava, justamente por conta da demanda por entregas causada pelo isolamento. O lucro de suas ações alcançaram 20% abaixo, em US$ 5,01. com uma receita de US$ 75,5 bilhões, totalizando um lucro o de US$ 4 bilhões. Mesmo com as operações mais caras, desde o começo do ano a empresa abriu 175 mil vagas.
Alphabet
A Alphabet, holding criada para administrar todos os serviços relacionados ao Google, que é o mecanismo de pesquisa preferido para a maioria dos usuários. Em 2019 a Big Tech, alcançou uma participação de mercado global de 92,19% e uma receita total de US$162 bilhões, sendo US$34,3 bilhões como receita líquida. Ambos os fundadores, Larry Page e Sergey Brin, estão entre as 20 pessoas mais ricas do mundo, com fortunas avaliadas na faixa dos US$60 bilhões. A Big Tech tem sido pioneira em modelo de mecanismo de pesquisa com o Chrome, no mercado de sistema operacional móvel com o Android, em plataforma de vídeo dominante com o YouTube, auto falante inteligente com o Google Home e smartphone denominado Google Pix.
De acordo com a Jumpshot, cerca de 62,6% de todas as pesquisas online estão através da função principal do Google. Além disso, a empresa obtém a maior parte de sua receita com anúncios, recursos poderosos de análise para conquistar melhores resultados. O Google arrecadou US$ 42,1 bilhões (R$ 249,9 bi) no primeiro trimestre, 13% a mais do que no ano passado. O Google Cloud, sistema de armazenamento em nuvem, também cresceu 52% garantindo U$ 2,4 bilhões durante a quarentena, provavelmente motivado por tarefas exigidas no home office.
Microsoft
A Microsoft foi fundada por Bill Gates e Paul Allen em 1975 nos Estados Unidos. Em 1983, uma das gigantes da tecnologia foi responsável em desenvolver o famoso Microsoft Word, editor de texto mais utilizado do mundo e em 1989 o Microsoft Office, que é composto o Word, Outlook, Excel e PowerPoint. Segundo a Visual Capitalist, a Microsoft já apresentou um faturamento total de US$143 bilhões em 2020, conquistando a quarta posição no ranking entre as maiores empresas de tecnologia do mundo, ficando atrás somente da Apple, Amazon e Alphabet.
Esse desenvolvimento vem do ano de 2018 e 2019, em que a empresa apresentou um crescimento de 13.95%. Com um faturamento de US$110.4 bilhões em 2018 e US$125.8 bilhões em 2019 (receita líquida de US$39,2 bi), a Microsoft tem garantido sua ascensão através de soluções para computação em nuvem e serviços como o plataforma de execução de aplicativos Azure, com a receita mais forte em quase todos os segmentos. Em comunicado, a Microsoft disse que o coronavírus teve um impacto na receita de US$ 35 bi (R$ 203 bi) e vendeu 15% a mais do que no último trimestre.
Desde o início do Facebook, Mark Zuckerberg foi o responsável por transformar um projeto paralelo universitário em uma plataforma multibilionária. Apesar dos desafios ao longo dos anos, o Facebook conseguir dominar o mercado das mídias sociais. Sua expansão em outras tecnologias emergentes como a compra do Instagram em março de 2012 por US$ 1 bilhão, WhatsApp em fevereiro de 2014 por US $ 19 bilhões, Óculos Go em março de 2014 por US $ 400 milhões para obter um sistema de realidade virtual, aperfeiçoamento do algoritmo e desenvolvimento de IA e machine learning foram um esforço positivo para a empresa garantir seu futuro.
Hoje o número de usuários mensais nos Facebook, Instagram e WhatsApp atingiram 2,99 bilhões de pessoas e 100 milhões a mais do que no último trimestre de 2019. Todos os dias, 800 milhões de usuários assistem ou promovem uma live no Facebook ou Instagram. Segundo a Visual Capitalist, o Facebook fechou o primeiro semestre deste ano com um faturamento de US$665,04 bilhões, conquistando a quinta posição no ranking entre as maiores empresas de tecnologia do mundo, ficando atrás somente da Apple, Amazon, Alphabet e Microsoft. Esse desenvolvimento vem do ano de 2018 e 2019, em que a empresa apresentou um crescimento de 26.88%. Com um faturamento de US$55.8 bilhões em 2018 e US$70.8 bilhões em 2019.
Fonte:https://blog.aaainovacao.com.br/bigh-techs-gigantes-da-tecnologia/
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