VACINA DO CORONAVÍRUS TESTADA EM HUMANOS NOS EUA, GERA RESPOSTA IMUNOLÓGICA E É SEGURA,DIZ EMPRESA: VEJA A LUTA DE CIENTISTAS DE TODO MUNDO CONTRA O CORONAVÍRUS
Moderna anunciou que está perto de uma vacina contra o novo coronavírus Foto: MADDIE MEYER/AFP / MADDIE MEYER/AFP
Vacina contra coronavírus testada em humanos gera resposta imunológica e é segura, diz empresa
Níveis dos anticorpos das primeiras oito pessoas testadas foram semelhantes aos das amostras de sangue das que se recuperaram da Covid-19
Do 'New York Times'
18/05/2020 - 10:12 / Atualizado em 18/05/2020 - 13:38
MASSACHUSETTS (EUA) - A primeira vacina contra o coronavírus testada em pessoas parece ser segura e capaz de estimular uma resposta imunológica contra o vírus, anunciou nesta segunda-feira a fabricante, a empresa de biotecnologia e farmacêutica americana Moderna.
Os resultados são baseados na reação das oito primeiras pessoas que receberam, cada uma, duas doses da vacina, a partir de março.
Essas pessoas, voluntários saudáveis, produziram anticorpos que foram testados em células humanas no laboratório e que impediram a replicação do vírus — o principal requisito para uma vacina eficaz. Os níveis dos chamados anticorpos neutralizantes correspondiam aos encontrados em pacientes que se recuperaram após contrair o vírus em suas cidades.
A Moderna informou que está seguindo um cronograma acelerado, com a segunda fase dos testes da vacina, que envolverá 600 pessoas, marcada para começar em breve. Uma terceira fase, em julho, já contará com a participação de milhares de pessoas saudáveis.
A Food and Drug Administration (FDA), o equivalente à Anvisa no Brasil, já deu sinal verde para a segunda fase dos testes.
Vacina no fim do ano
Se esses testes se revelarem um sucesso, uma vacina poderá ficar disponível para uso generalizado até o fim deste ano ou no início de 2021, disse o Dr. Tal Zaks, diretor médico da Moderna. Ainda não se sabe quantas doses podem ficar prontas em um primeiro momento, mas Zaks afirmou que "estamos fazendo o possível para chegar logo ao maior número possível de doses".
Não há tratamento ou vacina comprovada contra o coronavírus no momento. Dezenas de empresas nos Estados Unidos, Europa e China estão correndo para produzir vacinas, a partir dos mais variados métodos. Alguns usam a mesma tecnologia adotada pela Moderna, que envolve um segmento de material genético do vírus, chamado RNA mensageiro, ou mRNA.
A Moderna informou que testes adicionais em camundongos que foram vacinados e infectados revelaram que a vacina poderia impedir a replicação do vírus em seus pulmões. E, igualmente importante, os animais, de acordo com a empresa, tinham níveis de anticorpos neutralizantes comparáveis aos das pessoas que receberam a vacina.
Três doses da vacina foram testadas: baixa, média e alta. Os resultados informados nesta segunda-feira são relativos às doses baixa e média. A única reação adversa foram vermelhidão e uma sensação de dor muscular nos braços de um único voluntário. A dose alta está sendo eliminada de estudos futuros porque as mais baixas parecem funcionar tão bem que ela não é necessária.
"Quanto menor a dose, mais vacina poderemos fazer", disse Zaks.
As ações da Moderna subiram 40% nas negociações de pré-mercado nos EUA.
Veja a luta de cientistas de todo o mundo contra o coronavírus
O Globo
27/03/2020 - 14:38 / Atualizado em 18/05/2020 - 13:37
O Ministério da Saúde convocou o Centro Tecnológico de Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais a fim de diagnosticar, testar e desenvolver uma vacina Foto: DOUGLAS MAGNO / AFP
Analista do laboratório Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no
Rio de Janeiro, com amostras de muco a serem testadas Foto: CARL DE SOUZA / AFP
Jacqueline Goes de Jesus (esquerda) e Ester Cerdeira Sabino
(fundo) são as cientistas brasileiras à frente da equipe do Instituto de
Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP),
de maioria feminina, que sequenciou o DNA do coronavírus 48 horas apenas do
primeiro paciente brasileiro ser diagnosticado no país Foto: Rahel Patrasso /
Reuters
Funcionário da startup brasileira de equipamentos de saúde Hi
Technologies trabalha em um lote de testes para diagnosticar a Covid-19, em
Curitiba Foto: RODOLFO BUHRER / REUTERS
Pesquisador trabalha
na replicação de vírus para desenvolver uma vacina contra o coronavírus, em
Belo Horizonte, Minas Gerais Foto: DOUGLAS MAGNO / AFP
Pesquisadora realiza teste do coronavírus no Centro de
Pesquisa Clínica da Universidade de Bamako. Mali mobilizou cientistas antes
mesmo do pais registrar o primeiro caso no país Foto: MICHELE CATTANI / AFP
O médico sírio Mohammad Shaham Mekki trabalha no laboratório
Ewarn no mapeamento precoce de casos de coronavírus em Idlib, no noroeste da
Síria Foto: OMAR HAJ KADOUR / AFP
Pesquisadores
realizam testes com em laboratório com o novo coronavírus em Berlim, Alemanha
Foto: AXEL SCHMIDT / REUTERS
Técnica de
laboratório trabalhando em teste de anticorpos neutralizantes no coronavírus,
em um laboratório de Nível de Segurança Biológica 3 – o máximo é 4 –, no
Instituto Internacional de Vacinas, na capital sul-coreana Seul. O país ficou conhecido
como exemplo bem-sucedido de combate à epidemia do novo coronavírus Foto: ED
JONES / AFP
Técnico de
laboratório em Changzhou, na província de Jiangsu, leste da China, trabalha com
amostras do novo coronavírus. A China conseguiu zerar os casos domésticos, e se
mantém na luta contra a pandemia, lidando com casos importados de outros países
Foto: STR / AFP
Assistente de
pesquisa Parsa Parirokh, da empresa de medicamentos para RNA Arcturus
Therapeutics realiza pesquisas sobre uma vacina para da Covid-19 em um
laboratório em San Diego, Califórnia, nos Estados Unidos Foto: BING GUAN /
REUTER
Um técnico de
laboratório manipula amostras para serem testadas para a Covid-19 em
laboratório de Neuilly-sur-Seine, na França Foto: PASCAL GUYOT / AFP
Engradado da cerveja Corona é usado em laboratório que
realiza testes para o novo coronavírus em Berlim, Alemanha Foto: Axel Schmidt /
REUTERS
Comentários
Postar um comentário