AS CONDIÇÕES DE TRABALHO DE QUEM EXTRAI OS MINERAIS RAROS PARA O SEU IPHONE

Trabalhador da mina de Luwow no Congo


Num canto esquecido da República Democrática do Congo, perto da fronteira da Ruanda, Uganda e Burundi, é possível encontrar-se o mineral raro que permite que os iPhones, smartphones e outros gadgets funcionem.
Para que este mineral raro – a columbite-tantalita ou coltan – chegue até aos fabricantes do iPhone ou do Samsung Galaxy, tem de ser extraído por mineiros que trabalham em péssimas condições, em minas controladas, quase sempre, por milícias, em zonas de conflito.
Roland Hoskins, do Daily Mail, fotografou centenas de trabalhadores na mina de Luwow num local que faz lembrar a corrida ao ouro do século XIX e que tem jornadas de trabalho diárias de 12 horas.
As condições de trabalho têm sido muito criticadas: um salário de 2,7€ por dia para cada trabalhadorincluindo crianças de 10 anos.
A columbite-tantalita é colocada em sacos de arroz forrados de plástico que são carregados aos ombros ou nas cabeças até uma eclusa onde a rocha e areia são passadas por vários litros de água. Filtrado à mão, o mineral é atirado para o fundo com as lavagens.
Depois de refinada, columbite-tantalita é transformada em tântalo metálico, um pó resistente ao calor que pode conter uma carga elétrica alta, crucial para as placas de circuito em miniatura que alimentam os smartphones, computadores portáteis e outros gadgets de alta tecnologia.
A mina de Luwow é um dos poucos locais do mundo onde se pode encontrar este mineral raro – e, também, uma das poucas minas do Congo que é patrulhada pelas Nações Unidas e não por milícias.

Fontes: Green Savers e Daily Mail

https://www.theuniplanet.com/2015/11/as-condicoes-de-trabalho-de-quem-extrai.html

Mapa da República Democrática do Congo

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