SUICÍDIO NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA: O PROBLEMA SOB A VISÃO ESPÍRITA.
"Crianças e adolescentes, em número expressivo, buscam no
suicídio a fuga que lhes parece mais viável aos dissabores e
dificuldades que surgem de suas experiências na matéria.
Na obra Suicídio – Solução Insolvável, o Espírito Manoel Philomeno de Miranda aponta para os graves agentes psicológicos que levam ao suicídio, como "a angústia, a insegurança, os conturbadores fenômenos psicossociais e econômicos, as enfermidades crucificadoras, o sentimento de desamparo e de perda, todos com sede na alma imatura e ingrata, fraca de recursos morais para sobrepô-los às contingências transitórias desses propelentes ao ato extremo.
E, este trágico ato assume gravidade e constrangimento maiores, quando crianças, que ainda não dispõem do discernimento, optam pela aberrante decisão."
Analisaremos, inicialmente, os suicídios que têm por causa a obsessão.
Elucida-nos o venerável Espírito Bezerra de Menezes que Espíritos perversos influenciam os encarnados, sugestionando-os a cometerem o ato terrível, através do sono de cada noite, por uma pressão obsessora do seu desafeto espiritual, (...).
Outros existem que não querem absolutamente morrer, não desejam o suicídio (...).
Apesar disso, sucumbem, (...) uma vez que, deseducados da luz das verdades eternas, desconhecedores do verdadeiro móvel da vida humana, como da natureza espiritual do homem, não lograram forças nem elementos com que se libertarem do jugo mental (...) cujo acesso permitiram (6).
Esses suicídios, levados a efeito por influências obsessivas, apresentam certa parcela de atenuantes para as vítimas e graves responsabilidades para os que os motivaram, respondendo, esses algozes, perante a Justiça Divina, pela crueldade cometida contra os seus adversários.
Intriga-nos, sem dúvida, que esta situação possa ocorrer com crianças e jovens.
A análise feita por Allan Kardec à resposta dada pelos Espíritos Superiores, à questão 199a, em O Livro dos Espíritos, esclarece-nos sobre o problema.
Diz o Codificador: “Aliás, não é racional considerar-se a infância como um estado normal de inocência.
Não se vêem crianças dotadas dos piores instintos, numa idade em que ainda nenhuma influência pode ter tido a educação?
Algumas não há que parecem trazer do berço a astúcia, a felonia, a perfídia, até o pendor para o roubo e para o assassínio, não obstante os bons exemplos que de todos os lados se lhes dão?”
Conclui Kardec, na mesma nota, que esses Espíritos se revelam viciosos por não possuírem progresso, sofrendo, então, por efeito de sua inferioridade.
Essas crianças, geralmente, manifestam comportamentos desequilibrados, como resultante da rebeldia, da insatisfação, do nervosismo, da dificuldade intelectual que apresentam, agravando-se, cada vez mais, a sua existência, caso não recebam os cuidados urgentes dos pais, em forma de afeto, compreensão e providências terapêuticas adequadas, para que consigam superar reminiscências tão dolorosas.
Suely Caldas Schubert, na obra A Criança Obsidiada, ao referir-se ao problema da obsessão na infância, traz de sua experiência interessantes depoimentos sobre crianças que tentaram o suicídio.
Um desses casos foi destacado como gravíssimo.
Conta-nos a autora que "certa criança de três anos e alguns meses vinha tentando o suicídio das mais diferentes maneiras, o que lhe resultara, inclusive, ferimentos: um dia, jogou-se na piscina; em outro, atirou-se do alto do telhado, na varanda de sua casa; depois quis atirar-se do carro em movimento, o que levou os familiares a vigiá-la dia e noite.
Seu comportamento, de súbito, tornou-se estranho, maltratando especialmente a mãe, a quem dirigia palavras de baixo calão que os pais nunca imaginaram ser do seu conhecimento."
Os pais da referida criança buscaram ajuda no Espiritismo e, a partir das reuniões de desobsessão, realizadas em seu benefício, foi possível diagnosticar, espiritualmente, as causas do seu estado atual.
A oração, o passe e a água fluidificada, usados na terapêutica espiritual, melhoraram sensivelmente o problema obsessivo e outras crianças, que apresentavam sintomas semelhantes, foram amparadas, igualmente. Schubert chama atenção para a importância das aulas de Evangelização Espírita, quando os pequeninos seres são extremamente ajudados pelos ensinamentos ministrados, oferecidos por meio das luzes do esclarecimento espírita-cristão de que tanto carecem.
Além das orientações que recebemos da profilaxia espírita é imprescindível procurarmos o auxílio de psicólogos, médicos, educadores e outros, que orientem na utilização de mecanismos preventivos, para o reajustamento dessas crianças.
É importante ressaltar, todavia, que ao tratarmos de suicídio, não podemos apenas nos referir às obsessões, que influenciam grandemente essas almas torturadas, mas devemos levar em conta o rol de dificuldades que esses Espíritos trazem consigo, impulsionando-os a cometer desatinos de toda sorte, em prejuízo próprio, não lhes permitindo viver de forma mais tranqüila e segura.
O problema do suicídio assume dimensões maiores na adolescência, quando, quase sempre, não se recebeu ajuda na fase infantil.
O Espírito Joanna de Ângelis, in O Adolescente e o Suicídio, afirma que a desinformação a respeito da imortalidade do ser e da reencarnação responde pela correria alucinada na busca do suicídio. (...)
E essa falta de esclarecimento é maior no período infanto-juvenil, (...) facultando a fuga hedionda da existência carnal (...).
Há que se considerar, também, o suicídio indireto, quando o adolescente, vivendo em clima de lutas acerbas e não tendo recebido uma base familiar de orientação segura, desgasta suas forças morais e emocionais, enredando-se no jogo das paixões, principalmente no sexo em uso excessivo, na ingestão de bebidas alcoólicas, do fumo nocivo e das drogas, resultando nas reações comportamentais rebeldes e agressivas, que causarão sobrecargas destrutivas no conjunto do ser, desequilibrando suas condições física e mental.
O panorama traçado até aqui mostra que o suicídio de crianças e jovens é constantemente desafiado pelas circunstâncias, muitas vezes imprevisíveis, que surgem dentro do próprio lar.
O lar deve ser escola de real educação, sem o caráter autoritário e impositivo, que torne as relações entre pais e filhos obsessivas e desgastantes, mas com a preocupação sincera de estabelecer-se entre eles uma amizade verdadeira, que lhes permita encontrar a resistência espiritual de que precisam, para enfrentar as vicissitudes e os desafios decorrentes de frustrações e de conflitos íntimos, surgidos, especialmente, dos relacionamentos interpessoais, nem sempre vividos favoravelmente.
A educação que se funda no processo de despertar os poderes latentes do Espírito é a única que realmente resolve o problema do ser.
Educação que deve preparar o indivíduo para a vida como realmente ela é, destacando, sempre, a bênção da reencarnação, que permite lutar pelas mais nobres aspirações e reconhecendo, com gratidão, os destinos altaneiros que Deus concebeu e tracejou para o Espírito.
A missão do Espiritismo é educar para salvar.
Tenhamos nós, espíritas, a certeza desta revelação, pois enquanto esse fato não penetrar em nossas mentes e corações não saberemos acolher, com compreensão, essas almas infelizes e enfermas, necessitadas de infinito amor.
Quanto a isso, reflitamos sobre a sábia lição de Jesus:
“Ninguém acende uma candeia para pô-la debaixo do alqueire; põe-na, ao contrário, sobre o candeeiro, a fim de que ilumine a todos os que estão na casa.” (Mateus, 5:15.)
Na obra Suicídio – Solução Insolvável, o Espírito Manoel Philomeno de Miranda aponta para os graves agentes psicológicos que levam ao suicídio, como "a angústia, a insegurança, os conturbadores fenômenos psicossociais e econômicos, as enfermidades crucificadoras, o sentimento de desamparo e de perda, todos com sede na alma imatura e ingrata, fraca de recursos morais para sobrepô-los às contingências transitórias desses propelentes ao ato extremo.
E, este trágico ato assume gravidade e constrangimento maiores, quando crianças, que ainda não dispõem do discernimento, optam pela aberrante decisão."
Analisaremos, inicialmente, os suicídios que têm por causa a obsessão.
Elucida-nos o venerável Espírito Bezerra de Menezes que Espíritos perversos influenciam os encarnados, sugestionando-os a cometerem o ato terrível, através do sono de cada noite, por uma pressão obsessora do seu desafeto espiritual, (...).
Outros existem que não querem absolutamente morrer, não desejam o suicídio (...).
Apesar disso, sucumbem, (...) uma vez que, deseducados da luz das verdades eternas, desconhecedores do verdadeiro móvel da vida humana, como da natureza espiritual do homem, não lograram forças nem elementos com que se libertarem do jugo mental (...) cujo acesso permitiram (6).
Esses suicídios, levados a efeito por influências obsessivas, apresentam certa parcela de atenuantes para as vítimas e graves responsabilidades para os que os motivaram, respondendo, esses algozes, perante a Justiça Divina, pela crueldade cometida contra os seus adversários.
Intriga-nos, sem dúvida, que esta situação possa ocorrer com crianças e jovens.
A análise feita por Allan Kardec à resposta dada pelos Espíritos Superiores, à questão 199a, em O Livro dos Espíritos, esclarece-nos sobre o problema.
Diz o Codificador: “Aliás, não é racional considerar-se a infância como um estado normal de inocência.
Não se vêem crianças dotadas dos piores instintos, numa idade em que ainda nenhuma influência pode ter tido a educação?
Algumas não há que parecem trazer do berço a astúcia, a felonia, a perfídia, até o pendor para o roubo e para o assassínio, não obstante os bons exemplos que de todos os lados se lhes dão?”
Conclui Kardec, na mesma nota, que esses Espíritos se revelam viciosos por não possuírem progresso, sofrendo, então, por efeito de sua inferioridade.
Essas crianças, geralmente, manifestam comportamentos desequilibrados, como resultante da rebeldia, da insatisfação, do nervosismo, da dificuldade intelectual que apresentam, agravando-se, cada vez mais, a sua existência, caso não recebam os cuidados urgentes dos pais, em forma de afeto, compreensão e providências terapêuticas adequadas, para que consigam superar reminiscências tão dolorosas.
Suely Caldas Schubert, na obra A Criança Obsidiada, ao referir-se ao problema da obsessão na infância, traz de sua experiência interessantes depoimentos sobre crianças que tentaram o suicídio.
Um desses casos foi destacado como gravíssimo.
Conta-nos a autora que "certa criança de três anos e alguns meses vinha tentando o suicídio das mais diferentes maneiras, o que lhe resultara, inclusive, ferimentos: um dia, jogou-se na piscina; em outro, atirou-se do alto do telhado, na varanda de sua casa; depois quis atirar-se do carro em movimento, o que levou os familiares a vigiá-la dia e noite.
Seu comportamento, de súbito, tornou-se estranho, maltratando especialmente a mãe, a quem dirigia palavras de baixo calão que os pais nunca imaginaram ser do seu conhecimento."
Os pais da referida criança buscaram ajuda no Espiritismo e, a partir das reuniões de desobsessão, realizadas em seu benefício, foi possível diagnosticar, espiritualmente, as causas do seu estado atual.
A oração, o passe e a água fluidificada, usados na terapêutica espiritual, melhoraram sensivelmente o problema obsessivo e outras crianças, que apresentavam sintomas semelhantes, foram amparadas, igualmente. Schubert chama atenção para a importância das aulas de Evangelização Espírita, quando os pequeninos seres são extremamente ajudados pelos ensinamentos ministrados, oferecidos por meio das luzes do esclarecimento espírita-cristão de que tanto carecem.
Além das orientações que recebemos da profilaxia espírita é imprescindível procurarmos o auxílio de psicólogos, médicos, educadores e outros, que orientem na utilização de mecanismos preventivos, para o reajustamento dessas crianças.
É importante ressaltar, todavia, que ao tratarmos de suicídio, não podemos apenas nos referir às obsessões, que influenciam grandemente essas almas torturadas, mas devemos levar em conta o rol de dificuldades que esses Espíritos trazem consigo, impulsionando-os a cometer desatinos de toda sorte, em prejuízo próprio, não lhes permitindo viver de forma mais tranqüila e segura.
O problema do suicídio assume dimensões maiores na adolescência, quando, quase sempre, não se recebeu ajuda na fase infantil.
O Espírito Joanna de Ângelis, in O Adolescente e o Suicídio, afirma que a desinformação a respeito da imortalidade do ser e da reencarnação responde pela correria alucinada na busca do suicídio. (...)
E essa falta de esclarecimento é maior no período infanto-juvenil, (...) facultando a fuga hedionda da existência carnal (...).
Há que se considerar, também, o suicídio indireto, quando o adolescente, vivendo em clima de lutas acerbas e não tendo recebido uma base familiar de orientação segura, desgasta suas forças morais e emocionais, enredando-se no jogo das paixões, principalmente no sexo em uso excessivo, na ingestão de bebidas alcoólicas, do fumo nocivo e das drogas, resultando nas reações comportamentais rebeldes e agressivas, que causarão sobrecargas destrutivas no conjunto do ser, desequilibrando suas condições física e mental.
O panorama traçado até aqui mostra que o suicídio de crianças e jovens é constantemente desafiado pelas circunstâncias, muitas vezes imprevisíveis, que surgem dentro do próprio lar.
O lar deve ser escola de real educação, sem o caráter autoritário e impositivo, que torne as relações entre pais e filhos obsessivas e desgastantes, mas com a preocupação sincera de estabelecer-se entre eles uma amizade verdadeira, que lhes permita encontrar a resistência espiritual de que precisam, para enfrentar as vicissitudes e os desafios decorrentes de frustrações e de conflitos íntimos, surgidos, especialmente, dos relacionamentos interpessoais, nem sempre vividos favoravelmente.
A educação que se funda no processo de despertar os poderes latentes do Espírito é a única que realmente resolve o problema do ser.
Educação que deve preparar o indivíduo para a vida como realmente ela é, destacando, sempre, a bênção da reencarnação, que permite lutar pelas mais nobres aspirações e reconhecendo, com gratidão, os destinos altaneiros que Deus concebeu e tracejou para o Espírito.
A missão do Espiritismo é educar para salvar.
Tenhamos nós, espíritas, a certeza desta revelação, pois enquanto esse fato não penetrar em nossas mentes e corações não saberemos acolher, com compreensão, essas almas infelizes e enfermas, necessitadas de infinito amor.
Quanto a isso, reflitamos sobre a sábia lição de Jesus:
“Ninguém acende uma candeia para pô-la debaixo do alqueire; põe-na, ao contrário, sobre o candeeiro, a fim de que ilumine a todos os que estão na casa.” (Mateus, 5:15.)
Fonte:http://www.espiritbook.com.br/profiles/blog/show?id=6387740
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