VÍCIO EM JOGOS EM CRIANÇAS DANIFICA O CÉREBRO TANTO QUANTO ÁLCOOL E DROGAS,PODENDO DEIXAR AS CRIANÇAS VIOLENTAS
Videogame: excesso de jogo pode causar depressão, fobia social e ansiedade em crianças (Thinkstock/VEJA/VEJA)
Crianças: vício em jogos danifica o cérebro tanto quanto álcool e drogas
13 jun 2018, 19h36 - Publicado em 13 jun 2018, 16h40
No Reino Unido tem sido cada vez mais comum os pais procurarem clínicas para tratar compulsão dos filhos para games
Jogos de celular e computador que instigam o vício podem ter efeito similar ao abuso de drogas ou alcoolismo no cérebro infantil, revelou uma série de estudos realizados pela Universidade Estadual da Califórnia, nos Estados Unidos. De acordo com o Daily Mail, exames de ressonância magnética mostraram o cérebro de jovens que utilizam com muita frequência o videogame e as mídias sociais exibe as mesmas mudanças de função e estrutura que as dos alcoólatras ou viciados em drogas.
Os pesquisadores americanos ainda descobriram que a parte impulsiva do cérebro, conhecida como sistema límbico, era menor e mais sensível, indicando que os usuários excessivos processam os estímulos causados por essas plataforma de forma mais rápida que outras pessoas.
As descobertas se tornam cada vez mais relevantes para o cenário atual, especialmente quando jogos, como o Fortnite, da Epic Games, estão começando a afetar crianças em todo o mundo, a exemplo de uma menina britânica de 9 anos, que foi admitida na reabilitação, depois de fazer xixi na roupa para não ter que pausar o jogo e ir ao banheiro. Só no Reino Unido, o Fortnite foi baixado 40 milhões de vezes desde julho do ano passado.
Um vício chama outro
De acordo com o estudo, o sistema de recompensa do cérebro é ativado imediatamente quando o indivíduo vê um videogame ou celular. Segundo Ofir Turel, que liderou o estudo, essa ativação é muito mais forte do que em pessoas que não têm vício em jogos e mídias sociais. “Isso está associado à mudança estrutural na qual essa área do cérebro é menor em usuários excessivos. O sistema menor pode processar associações muito mais rapidamente. Mas como um carro, você precisa colocar mais gás nele para gerar mais energia”, explicou ele ao The Telegraph.
A maior preocupação é que a alteração do sistema de recompensa cerebral pode tornar as crianças mais suscetíveis a outros vícios nos futuro. De acordo com a pesquisa, existe uma associação significativa entre usuários de videogame de 13 a 15 anos e uma maior probabilidade do abuso de cerca de quinze substâncias ilícitas, como cocaína e metanfetamina.
O único aspecto positivo encontrado foi que a parte do cérebro responsável pelo autocontrole não foi tão afetada como em pessoas viciadas em álcool ou drogas, ou seja, a maioria dos jogadores é capaz de controlar o próprio comportamento em relação ao vício, mas prefere não fazê-lo.
Vício em internet
Um terceiro estudo realizado pelos cientistas mostrou que o vício em internettambém é capaz de interromper conexões entre os lados esquerdo e direito do cérebro dos jovens. Segundo Turel, há um fator de risco muito maior para as crianças dependentes uma vez que seus cérebros são flexíveis, o que pode aumentar a propensão ao desenvolvimento de vícios.
Esse risco está associado ao fato de que apesar de ter um sistema de recompensa mais desenvolvido, o de autocontrole ainda está em formação. “Eles são muito mais predispostos a comportamentos impulsivos e arriscados. Eles precisam da nossa proteção. Com as crianças há espaço para regulamentação. Seus cérebros não são tão eficientes quanto os nossos” alertou.
Reabilitação
No Reino Unido, pais estão mandando seus filhos para a reabilitação a fim de ajudá-los a superar o vício em jogos e internet. A primeira clínica de dependência em internet do Reino Unido tem tratado crianças e jovens que costumavam passar a noite inteira jogando, um dos principais sinais do vício.
Em fóruns na internet, mães se reúnem para contar a história dos filhos. Uma delas proibiu o filho de 9 anos de jogar porque ele estava ficando cada vez mais agitado e irritadiço. Outra mãe escreveu: “Ontem ele [filho] viu um cartaz com um homem e uma criança em uma piscina e comentou que seria um tiro perfeito para explodir suas cabeças”.
Controle constitucional
O Daily Telegraph, órgão de imprensa da Inglaterra, lançou a campanha Duty of Care pedindo às autoridades que tornem as empresas de mídia social e jogos on-line sujeitas a uma obrigação estatutária para proteger as crianças contra danos, como vícios.
Os ministros estão considerando novas medidas para conter os piores excessos das empresas de tecnologia on-line, em meio a temores de que uma geração de jovens esteja sendo prejudicada pelo uso não regulamentado de mídias sociais e plataformas de jogos on-line.
Fonte:https://veja.abril.com.br/saude/criancas-vicio-em-jogos-danifica-o-cerebro-tanto-quanto-alcool-e-drogas/
Jogos de tiro tendem a limitar o exercício do hipocampo – que nos ajuda a navegar e a se lembrar de experiências passadas (iStock/Getty Images)
O grave impacto que o videogame pode ter no seu cérebro
Apesar de estimular a atenção visual e a memória de curto prazo, os 'jogos de tiro' podem causar danos na região do hipocampo
8 ago 2017, 20h03
Rosely Sayão responde à dúvida de um pai que deseja saber se há algum perigo em jogar videogames violentos acompanhado de seu filho de 5 anos. Ele joga Mortal Kombat com o garoto e deseja saber se a exposição a este tipo de conteúdo pode estimular comportamentos violentos.
Fonte:https://veja.abril.com.br/saude/familia-videogames-deixam-as-criancas-violentas/
Um novo estudo da Universidade de Montreal, no Canadá, sugere jogos de videogame com violência extrema estão associados a danos na região do hipocampo, principal área do cérebro responsável pela memória. O problema pode estar relacionado, por exemplo, a um maior risco de desenvolver Alzheimer e depressão. Estudos anteriores já sugeriram que alguns jogos podem combater o declínio cognitivo, mas desta vez a pesquisa indica que os jogos de tiro podem ter o efeito contrário.
Para o estudo, os cientistas canadenses reuniram cerca de 100 pessoas para jogar uma série de jogos do gênero, populares entre os jovens, como Call of Duty. Ao todo, eles jogaram 90 horas. Os voluntários também tiveram que praticar outros jogos não-violentos, como Super Mario Bros, pelo mesmo tempo.
Ao final do estudo, depois de passar por uma série de exames cerebrais, aqueles que se dedicaram aos jogos violentos tiveram uma redução de massa cinzentano cérebro, na região do hipocampo. O efeito foi oposto nos que se expuseram aos games mais leves.
Memória no automático
Segundo a equipe de pesquisa, os jogos de tiro, apesar de beneficiarem sistemas cognitivos relacionados à atenção visual e à memória de curta duração, tendem a limitar o exercício do hipocampo – que nos ajuda a navegar e a se lembrar de experiências passadas. Enquanto isso, os jogos de plataforma, como Super Mario Bros, nos quais os jogadores orientam-se através de pontos de referências, por exemplo, fazem o contrário, encorajando uma resposta mais instintiva da memória espacial.
Para os especialistas, isso tem uma explicação. Geralmente, os jogos de ação mostram uma espécie de GPS na tela, que permite que o jogador acompanhe sua localização ou o local da próxima missão. Nesses jogos, a área do cérebro estimulada é o núcleo caudado, responsável pela formação de hábitos e memória processual, de curto prazo, inibindo o uso do hipocampo. Ou seja, durante esses jogos, o corpo age no automático, sem trabalhar a memória de fato. Segundo os pesquisadores, quanto mais essa região do cérebro é utilizada, menos a memória espacial é necessária, fazendo com que o hipocampo sofra a perda celular.
Fonte:https://veja.abril.com.br/saude/o-grave-impacto-que-o-videogame-pode-ter-no-seu-cerebro/
Família: Videogames deixam as crianças violentas?
Fonte:https://veja.abril.com.br/saude/familia-videogames-deixam-as-criancas-violentas/
Acompanhe o “Família” no Podcast de VEJA:
Texto criado para assustar os pais. Não vejo videojogos como um problema no geral, já que existem muitos. Quanto a questão de vício, existem muitos outros, tais quais os vício em trabalho, vício em atividade física, praticamente tudo vicia.
ResponderExcluir“Ontem ele [filho] viu um cartaz com um homem e uma criança em uma piscina e comentou que seria um tiro perfeito para explodir suas cabeças”, nesse caso, não deve-se aos jogos propriamente ditos. Como apresentado num estudo feito por Oxford, a criação e educação dos pais influencia mais, os jogos podem servir apenas como gatilho.
Also, a questão de relacionar jogos de tiros com jogos lineares e sem nenhum desafio é falar besteira. Acabei jogando Bioshock, principalmente pela história, que é muito boa (recomendo inclusive, todos os títulos trazem críticas excelentes), apesar de haver uma seta para indicar o caminho, muitas vezes você acaba perdido, principalmente no último título (Infinite). Fortnite e battlegounds também ajudam ao delimitar o espaço e fazer os jogadores se moverem para determinado local.
Enfim, se os pais não conseguirem conciliar os filhos e dá-los uma boa saúde mental, videojogos são apenas um gatilho. O ideal seria deixar os pequenos sempre sob supervisão e limitar o tempo em frente ao ecrã e respeitar o limite etário dos videojogos. Se os pais prestassem atenção, não deixariam uma criança de 9 anos jogar Fortnite, a faixa etária informa que o público é 13+ (Teen).