Sadomasoquismo: entenda a prática abordada por '50 Tons de Cinza'
Ele era um engenheiro de 40 anos, casado e comum, com exceção de apenas um detalhe – gostava de se vestir com roupas femininas e ser dominado na cama. Com medo do que a mulher poderia pensar, entrou em contato com uma senhora que morava no Canadá, disposta a pagar para ter um escravo sexual, que a servisse, rastejasse pela casa, usasse coleira e topasse ser submisso.
Ao descobrir o esquema, a mulher, que até então não desconfiava deste traço do marido, ficou decepcionada. O casal procurou a sexóloga Carla Cecarello, de São Paulo, mas não deu continuidade às consultas. Não se sabe se o relacionamento voltou a funcionar, e, esmiuçando o conceito “sadomasoquismo”, ela explica porque os dois não conseguiam se entender na cama. “O sadomasoquismo representa o casal, composto por um sádico, que gosta de provocar sofrimento; e um masoquista, que desfruta do prazer de sentir a dor. Um masoquista não vive sem um sádico e vice-versa”, explica.
Este tipo de comportamento sexual vem à tona nesta quarta-feira (1) com a chegada ao Brasil do livro Cinquenta Tons de Cinza (editora Intrínseca), da autora inglesa Erika Leonard James. Definido por muitos veículos como um “pornô para as mulheres”, o título se tornou um enorme sucesso de vendas com um enredo que gira em torno do relacionamento da jovem e virgem Anastasia Steele, e Christian Grey, bilionário que propõe que ela seja sua escrava sexual. Ela aceita, e as páginas discorrem sobre o jogo de poder e submissão que resulta dessa parceria.
Com base em sua própria experiência profissional, Carla afirma que é uma parcela pequena da sociedade que se encanta com chicotes, tapas e velas – um número inversamente proporcional aos milhões de interessados no livro e neste tipo de história. Ao fenômeno de vendas, ela atribui o aspecto comportamental que está por trás da agressividade na cama.
A sexóloga explica que o sadomasoquismo existe em diferentes graus, e pode estar presente mesmo sem todo o estereótipo que cerca a prática. “Às vezes o casal não é sadomasoquista na cama, mas na atitude, como aquele homem que só pensa nele, não quer fazer uma preliminar, quer ser o dominante. Eu creio que este tipo de enredo encanta muito porque existe um grau de sadismo em muitas relações”, observa.
Para o psicólogo Oswaldo Rodrigues Junior, do Instituto Paulista de Sexualidade, as práticas sexuais na literatura sempre chamam a atenção. “Mais pessoas se associam a estas leituras, sentindo-se socialmente adequadas, e sem perversões. Livros assim facilitam a dispersão do conhecimento sobre estas práticas”, opina.
Apesar de o tema estar mais em foco nos dias atuais, Carla afirma que as relações sadomasoquistas sempre existiram, partindo do princípio do “dominar” e do “ser dominado”. Até nas fantasias sexuais a relação de poder e submissão se faz presente – as mulheres vestidas de empregadas; os homens, vestidos com fardas, configuram uma relação de poder e submissão. “Acho que na verdade este comportamento não é muito aceitável pelas pessoas, mas eu diria que muito mais gente do que podemos imaginar faz isso na cama”, aponta Carla.
Mais do que chicotes, algemas e roupas de couro, o sadomasoquismo reflete essa necessidade de se impor em uma relação ou o contrário, a valorização em sofrer para agradar o outro. A especialista explica que o comportamento sádico ou o masoquista não depende de fatores genéticos, mas é resultado de uma influência muito grande do ambiente familiar e social que essa a pessoa vive nos primeiros anos de vida. Pais agressivos, que praticam violência entre si ou contra a criança, chantagistas ou vingativos podem reforçar este traço. “Este ambiente familiar provoca na criança sentimentos de negativismo e desilusão. Tudo é muito facilitado até os seis anos de idade, que é quando definimos nossa sexualidade”, explica. Fatores como influência de amigos, bullying e desilusões amorosas também acabam contribuindo para o aumento da agressividade.
Na vida fora da cama, os adeptos ao sadomasoquismo também demonstram traços que se traduzem em forma de agressividade na hora do sexo. “O sádico geralmente é uma pessoa mais egoísta, que busca somente os próprios interesses, não consegue trabalhar em conjunto nem dividir. Por outro lado, o masoquista não se impõe, todo mundo passa por cima, não tem voz ativa”, analisa.
Oswaldo explica que não existe violência dentro de uma relação deste tipo, mas a busca de diferentes formas de prazer associadas à dor e humilhação, desde a dominação e submissão, até as ações com dores ou punições físicas. Ele acrescenta que, nas últimas décadas, os praticantes tem preferido usar a sigla BDSM (Bondagismo, Dominação, Sadismo e Masoquismo), justamente para fugir do estereótipo da situação onde um bate e o outro apanha.
O especialista ressalta também que o sadomasoquismo não se enquadra em uma psicopatologia. “Não necessariamente existe a agressividade fora da cama, pois ambos se adequam socialmente, reservando para a privacidade os jogos que lhes dão prazer”, afirma.
Carinho na vida, tapinha na cama
Andar com salto agulha em cima do corpo do parceiro, provocar queimaduras, amarrar, vendar os olhos, e até mesmo argolas para amarrar os mamilos, o pênis ou o clitóris e puxar. Essas são algumas das práticas que os casais sadomasoquistas gostam de fazer na cama. Entre os objetos preferidos estão roupas de couro bem coladas, pois definem o corpo, tachas pontiagudas, algemas, bandagens, vela, chinelos, cordas, cadeados, fitas adesivas, chicotes, roupas de couro e de metal. Carla conta que existe até quem é adepto da asfixia sexual, ou seja, quando o parceiro chega ao orgasmo, o outro o sufoca com um saco para sentir prazer com o sofrimento alheio.
Com tanta “violência” na cama, fica difícil acreditar que este casal consiga afastar a agressividade do convívio diário. No entanto, Carla explica que eles só entrarão em conflito quando não há concordância entre as práticas. “Se um dos dois não está gostando muito do que está vivenciando na cama, eles vão acabar brigando em algum momento. Mas se ambos gostam da agressividade, dificilmente ela vai para a vida fora do sexo, pois se é gostoso e bom, está tudo certo”, explica.
A busca de limites também é feita em dupla e, conforme explica Oswaldo, cada casal cria suas próprias regras. O único entrave é quando um não dos dois não é adepto das preferências. “Se uma prática não é a preferida, não será usada no relacionamento, pois seria uma violência contra o outro, e isto está fora das possibilidades eróticas”, pontua.
Quando o sádico encontra o masoquista, as chances de o relacionamento sexual dar certo são grandes. “Se o casal está bem com isso, não existem problemas. Pode parecer estranho para quem está de fora, mas cada um sabe o seu próprio limite. É um relacionamento como qualquer outro, só que não tem nem frutinhas, nem rosinhas, só algemas e chicotes", finaliza a sexóloga.
Recentemente tivemos Crepúsculo e Harry Potter. Um pouco antes disso, houve Bridget Jones. Eles foram sucesso de vendas nas livrarias do mundo inteiro e provocaram uma verdadeira transformação nas vidas de suas autoras: de anônimas e verdadeiras representantes da classe média, elas passaram a mulheres milionárias, famosas e bem sucedidas. Mas Crepúsculo, Harry Potter e Bridget Jones, apesar de ainda renderem muitos dividendos para suas autoras, já fazem parte do passado. A febre do momento no mercado editorial atende pelo nome de Fifty Shades of Grey(Cinquenta Tons de Cinza em português), foi escrito pela britânica Erika Mitchel, mais conhecida pelo pseudônimo de EL James, e chega às prateleiras do País nesta quarta-feira (1). E o mais importante: no enredo, nada de histórias de bruxinhos, vampiros ou de uma balzaquiana que luta contra os quilos a mais. Cinquenta Tons de Cinza é um livro erótico.
Classificado pelo New York Times como “pornô para mamães”, Cinquenta Tons de Cinza narra as aventuras sadomasoquistas de Christian Grey e Anastasia Steel, uma estudante e um executivo que firmam um acordo pouco comum: ele pede à garota que assine uma espécie de contrato, no qual ela concorda em desempenhar um papel de “submissa” numa série de “atividades eróticas”. O livro já vendeu mais de 20 milhões de exemplares desde março somente nos Estados Unidos e se transformou no maior fenômeno editorial de todos os tempos ao atingir o recorde de 100 mil livros comercializados em apenas uma semana. A estreia literária de EL James representa 75% das vendas de ficção adulta no mercado americano, tem 31 milhões de exemplares vendidos apenas em língua inglesa e direitos para a publicação comprados por 41 países.
A trilogia - sim, como todo bom escritor de best-seller, EL James não ficou em um livro só -, completada por Cinquenta Tons Mais Escuros e Cinquenta Tons de Liberdade, que têm previsão de lançamento para setembro e novembro no Brasil, respectivamente, também vai virar filme. Os livros serão adaptados para o cinema pela Focus Features, da Universal Pictures - os direitos foram comprados pelo valor recorde de US$ 5 millões. E, desde que a informação, veio a público, não param de pipocar boatos na imprensa internacional sobre quem vai interpretar o casal de protagonistas. Emma Watson e Kristen Stewart são nomes cotados para viver Anastasia, o que seria até meio óbvio, já que ambas são estrelas outros filmes arrasa-quarteirão. A primeira é Hermione em Harry Potter e a segunda é Bella Swan na saga Crepúsculo. Isso mesmo, aqueles citados no começo do texto.
Mas o que todos se perguntam é por que, em tempos de igualdade de gêneros, um livro que coloca a mulher em uma posição tão submissa se tornou esse estrondoso sucesso justamente entre elas, as mulheres. Há algumas teorias e a mais forte delas é de que, mesmo sendo independente financeiramente, mesmo trabalhando fora e se desdobrando entre a família e o trabalho, as mulheres ainda têm a fantasia da submissão, de serem “possuídas” por seu homem, de fazerem “sexo selvagem” com um macho alfa livres de qualquer preconceito. Porque é justamente isso o que o livro oferece. Mas só a partir da página 103, pois o início funciona como uma longa e estimulante preliminar - e aí pode estar uma outra explicação para o sucesso entre o público feminino.
Até o início das aventuras sadomasoquistas de Christian e Anastasia, a narrativa é um misto de descrições detalhadíssimas dos atributos físicos dele - dela, pouco se sabe, apenas que não se encaixa no típico padrão de beleza a que estamos acostumados - e de situações que poderiam muito bem estar em livros da série Sabrina. O momento em que eles se conhecem, logo no primeiro capítulo do livro, tem todos os clichês possíveis desse tipo de história: Anastasia se atrapalha, tropeça e cai no chão. Ele ajuda a moça a levantar e então ela percebe o quanto ele é lindo, jovem, atraente. Depois segue-se uma conversa - Anastasia entrevista o executivo para o jornal da faculdade - em que ela enrubesce e se arrepende do que diz o tempo inteiro. É um clichê atrás do outro, mas quem se importa se há longas e quentes cenas de sexo (algumas chegam a durar páginas e páginas) pela frente?
O mais curioso de tudo é que Cinquenta Tons de Cinza surgiu como uma fan fiction de Crepúsculo (aí está ele de novo). Chateada com a falta de sexo entre o vampiro Edward e Bella Swan, a então produtora de TV Erika Mitchell, casada e mãe de dois filhos, resolveu escrever histórias picantes tendo o casal como protagonista. Publicadas na internet, as histórias fizeram tanto sucesso que uma editora acabou sugerindo que ela mudasse os nomes dos personagens e as transformasse em um romance independente. Não deu outra: o livro virou best-seller quase que instantaneamente. Resta saber se a libertinagem de Cinquenta Tons de Cinza vai agradar também ao público brasileiro. A editora Intrínseca, responsável pela publicação por aqui, espera que sim: a tiragem inicial é de 200 mil exemplares.
Foto: Divulgação
Fonte:https://www.terra.com.br/diversao/infograficos/livro-tons-cinza/
Sadomasoquismo refere-se a relações entre tendências diferentes entre pessoas buscando prazer sexual na dor. O termo sadomasoquismo seria a relação entre tendências opostas, o sadismo e masoquismo.
O sadismo é a tendência em uma pessoa que busca sentir prazer em impôr o sofrimento físico e moral a outra pessoa.
O masoquismo é a tendência oposta ao sadismo, é a tendência em uma pessoa que busca sentir prazer em receber o sofrimento físico e moral de outra pessoa.
A relação destas duas tendências não representa que a mesma pessoa possui as duas tendências e sim um contato entre pessoas com tendências opostas (contato entre sadista e masoquista).
De acordo com a Classificação Internacional de Doenças F65.5 o sadomasoquismo é considerado doença se apenas a atividade é a fonte de estimulação mais importante do casal ou é necessária para a satisfação sexual. O sadomasoquismo pode causar agressões, traumas e morte.
Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Sadomasoquismo
VOCÊ SABE O QUE É SADOMASOQUISMO?
O sadomasoquismo é a relação entre duas tendências sexuais opostas, o sadismo e o masoquismo.
O sádico tem prazer na idéia do domínio, em impor e ver o sofrimento físico ou moral da outra pessoa. O masoquista obtém prazer em ser humilhado, pelo recebimento do sofrimento físico ou moral.
Origem do termo
Sadomasoquismo vem da junção dos nomes Marquês de Sade e Leopold van Sacher- Masoch.
Escritor do século XVIII, Sade dedicou a uma extensa obra literária sobre atos sexuais brutais, o que deu origem a expressão ‘sadismo’. Já a expressão ‘masoquismo’ é derivado do nome Sacher-Masoch, também escritor, que fez da perversão a base dos seus textos.
Fonte:http://vilamulher.uol.com.br/sexo/voce-sabe-o-que-e-sadomasoquismo-27763.html
Na hora de ter prazer vale
tudo, desde que todo mundo em jogo também esteja de acordo com a brincadeira.
Entenda a livre expressão da sexualidade dos praticantes de BDSM
Se
antigamente práticas como o sadomasoquismo eram vistas com maus olhos e odiadas
pelos puritanos, hoje em dia nos deparamos com um erotismo mais diversificado,
com uma proliferação de grupos considerados minorias sexuais devido ao tipo de
prática sexual ou à sensação de prazer que adotam.
Práticas sexuais qualificadas como violentas ganham lugar, visibilidade,
aceitação e acessórios ¿ ao menos em sex-shops, cada vez mais comuns. Toda essa
parafernália e divulgação funcionam como uma comprovação: as pessoas, sim,
buscam novas alternativas eróticas que transgridam as restrições impostas pela
sexualidade como exercício da reprodução.
São os amantes da pornografia, quando o
conceito é entendido como expressões escritas ou visuais que apresentam, sob a
forma realista, o comportamento genital ou sexual com a intenção deliberada de
violar tabus morais e sociais, explica Maria Filomena Gregori, professora do
IFCH/UNICAMP e pesquisadora do Núcleo de Estudos de Gênero ¿ PAGU, em seu
artigo Prazer e Perigo: Notas Sobre Feminismo, Sex-Shops e S/M, in Sexualidade
e Saberes: Convenções e Fronteiras (Ed. Garamond Universitária).
Os praticantes desse tipo de sexo socialmente
não valorizado procuram transgredir as restrições que impedem o livre exercício
da sexualidade.
BDSM
A sigla acima significa Bondage (as técnicas
de imobilização), Disciplina, Sadismo e Masoquismo. No dicionário,
sadomasoquismo é definido como perversão sexual, sempre com a ideia de pessoas
envolvidas em um comportamento coercitivo ou abusivo.
Mas, para quem pratica, o BDSM é um jogo
erótico de poder e não um abuso físico. Os participantes de encontros e casas
fechadas para quem adora a brincadeira frisam que as práticas se dão em meio a
um contexto de segurança e são estruturadas a partir da negociação e
comunicação entre as pessoas envolvidas. São encenações quase teatrais.
São, seguro e consensual: esse é o grito de
guerra dos adeptos dessa prática e mostra, para quem taxa essas relações com
preconceito, que tudo é feito com muito cuidado. Susan Wright, diretora
política da NCFL - National Coalition for Sexual Freedom (Coalisão Nacional
pela Liberdade Sexual) define o que cada uma dessas três palavras representam:
- São: saber diferenciar
entre fantasia e realidade. Vale lembrar que o consentimento consciente não
pode ser dado por uma criança (por isso só brinca quem é adulto) ou por alguém
que esteja sob efeito de álcool ou drogas.
- Seguro: conhecer as
técnicas e preocupar-se com os itens de segurança que estão envolvidos no que
você está fazendo. É também a responsabilidade de proteger você mesmo e seu
parceiro das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), incluindo a infecção
pelo vírus do HIV.
- Consensual: respeitar os
limites impostos por cada um dos participantes durante todo o tempo. Alguns
usam uma palavra de salvação (safeword), que é uma palavra escolhida para
sinalizar que a cena deve diminuir de intensidade ou parar. O mesmo
comportamento pode ser criminoso sem o consentimento e muito prazeroso com o
consentimento.
A arquiteta L.M., 36 anos, pratica o jogo há
oito meses. Mãe de dois filhos, casada com um engenheiro químico, ela participa
de encontros quase toda semana. A gente brinca com o que nos dá prazer. Todas
as práticas são consensuais e é isso que faz a excitação funcionar. O lugar é
cheio de donas de casa, professoras, advogadas. Não somos seres bizarros ou de
outro planeta. Apenas defendemos o uso livre da sexualidade, sem ter que se
encaixar dentro do que é considerado normal, conta ela.
5 características presentes na maioria das interações
sadomasoquistas
- Dominação e submissão: a
presença de regras de um parceiro sobre o outro e de obediência de um parceiro
a outro;
- Consensualidade: o
acordo voluntário para participar do jogo (interação) sadomasoquista e o
respeito a certos "limites" (as regras fundamentais de como e em que
direção o jogo progride);
- Conteúdo sexual: o
pressuposto de que as atividades têm um significado erótico ou sexual;
- Interpretação mútua: a
suposição de que os participantes possuem o entendimento partilhado de que suas
atividades são de natureza SM (sadomasoquista) ou similar;
- Role playing: os
participantes assumem papéis para a interação (jogo) ou para o relacionamento,
que eles reconhecem não ser a realidade.
Fonte: Delas - iG @ http://delas.ig.com.br/sadomasoquismo-uma-pratica-aceitavel-ou-perversao/n1237491696439.html
Compreendendo melhor o sadomasoquismo
A palavra sadomasoquismo, se baseia na relação entre o sadismo com o masoquismo.
Agora, sadismo e masoquismo são coisas diferentes? Sim, na verdade são posições opostas. Quando se trata dessa relação, uma pessoa terá a tendência sádica e a outra masoquista. Por isso o nome une as duas palavras.
A pessoa sádica, sente prazer em imaginar ou gerar a dor corporal no outro, mas também pode envolver agressões verbais. Com relação a pessoa masoquista, o prazer está em sentir ou imaginar a dor corporal, mas alguns casos esse tipo de prazer pode se estender pela humilhação verbal.
Ao falar da dor corporal, referimos a diversas coisas, que poderiam ser consideradas agressivas/ invasivas. O sádico pode gostar de usar utensílios para bater no outro, amarrar, queimar, coisas que sempre irão gerar algum grau de dor. O masoquista, como foi falado, irá se satisfazer em passar por essas situações, por ter o desejo em sentir a dor.
Esse tipo de relação, está muito inserida no ato sexual. Como uma forma de proporcionar e gerar prazer ao parceiro.
Sendo assim, listaremos agora algumas perguntas que são comuns, quando se é falado desse assunto, na qual, costumam gerar determinadas dúvidas. Dentre elas:
- O sadomasoquismo é considerado uma doença?
Nem sempre. No caso, através da Classificação Internacional de Doenças (CID) só é considerado como uma doença, se essa atividade for a fonte mais importante de estimulação sexual do casal, e a única que gere o prazer, sendo sempre necessária.
- O sádico liga-se a perversão?
Dependendo do nível sim, liga-se com a perversão. Há alguns casos, que o nível desse prazer, em gerar dor no outro, chegue a situações extremas, no qual, não precisa-se do consentimento. O prazer em alguns casos está em não permitir, fazendo do outro sua vítima. Podendo gerar a satisfação do sádico, pelo estupro, mutilação, cortes, estrangulamento, podendo levar a morte.
Esses casos extremos, pode ser percebido, em algumas pessoas que apresentam no nível mais grave, o Transtorno de Personalidade Anti-Social, que podem chegar a matar suas vítimas. Então nem sempre se baseia em algo nocivo, podendo ser bem perigoso.
- A relação de dominação e submissão, no ato sexual, só tem relação ao sadomasoquismo?
Não necessariamente. Nesse tipo de relação pode envolver o ato de gerar e sentir dor, mas não é uma regra. A questão principal, nessa situação, é baseada no consentimento, no qual, um por espontânea vontade se subjugará aos desejos do outro sempre.
Sendo importante diferenciar, se essa relação está mais ligada com uma erotização no campo sexual, ou, se isso entende-se a outros campos da relação, transformando a mesma em algo desigual entre o casal, podendo assim perder o lado saudável.
- Como funciona o BDSM?
Essa sigla, engloba o sadomasoquismo, como também o ato de dominação/submissão, bondage e disciplina. Em âmbito geral, todos representam uma forma de prazer sexual, através da troca erótica de poder. Envolvendo ou não, dor, submissão, cócegas, imobilização. Contudo, neste contexto, as práticas só são executadas, se tem o consentimento mútuo de ambos os envolvidos.
- O fetiche é igual ao sadomasoquismo?
Não. Pois o fetiche não se liga exatamente a questões de poder/dominância e nem em sentir ou gerar a dor. Nesse caso, trata-se do gosto em utilizar objetos ou roupas eróticas, e sobre estimular outras zonas erógenas.
Com tudo isso, o que podemos analisar? É importante ver as diferenças e perceber o que pode ser positivo e negativo.
O mais importante de tudo, é que ambas as partes envolvidas precisam sempre permitir/consentir, se isso não acontece, considera-se agressão. Basta uma pessoa não querer determinada coisa, para não acontecer.
Quando tratamos desses assuntos, podemos ver que é importante uma maturidade emocional e um ciência do que está fazendo. Sendo necessário se conhecer, sabendo de seus gostos e limites e conhecer o outro, para poder saber o que vem de encontro. Dessa forma, independente do que o casal se propõe, ambos estarão em sintonia.
Por isso, alguns contos eróticos, podem acender o imaginário, mas cuidados são necessários. Afinal esses contos, envolvem a fantasia, não sendo igual com a realidade, ao se tratar de sexo, nem sempre o romance está ligado. Antes de praticar qualquer coisa, é importante conhecer a fundo e sempre analisar o que pode ou não ser bom para você.
Fonte:http://www.psicocast.com.br/compreendendo-melhor-o-sadomasoquismo/30/
Sadomasoquismo: Ferramentas para a prática
Sadomasoquismo: O prazer da dor
Prenda as minhas pernas com uma corda de algodão, assim não poderei caminhar. Prenda também os meus pulsos, assim não poderei afastá-lo de mim. Ponha-me na cama e amarre meu corpo com uma corda, quero senti-lo em minha carne. Agora tenho certeza absoluta de que relutar será inútil, sei que devo ficar deitada aqui e me submeter à sua boca, língua e dentes. Devo me submeter às suas mãos, às suas palavras e aos seus caprichos. Eu existo unicamente para ser o seu objeto de prazer, estou totalmente exposta.
A cada 10 pessoas que lerem esse texto, uma ou mais já experimentou alguma forma de sadomasoquismo. Psicólogos e etnógrafos estudam o sadomasoquismo pelo mundo inteiro. Segundo Charles Moser, Ph.D no Instituto de estudos avançados sobre a sexualidade humana em São Francisco, “o fenômeno do sadomasoquismo é mais comum entre homens e mulheres mais instruídos, geralmente de classe média alta”. Charles faz pesquisas sobre o assunto a fim de descobrir e entender as motivações que levam à prática do sadomasoquismo. Todos os dias tenta chegar um pouco mais perto da razão pela qual algumas pessoas sentem prazer ao serem amarradas e chicoteadas.
Para James, o desejo se tornou evidente quando ele ainda era uma criança. Ao brincar com jogos de Guerra, sentia sempre um intenso desejo de ser capturado, e tinha medo de que isso fosse algo doentio. Sua primeira experiência com o sadomasoquismo aconteceu após uma festa da faculdade, uma professora o levou para casa e amarrou-o na cama, disse que ele era um garoto muito mau por ter esse tipo de desejo, no entanto, ela o satisfez. Pela primeira vez ele experimentou o que até então só havia fantasiado na imaginação, e sentiu o que havia lido em todos aqueles livros sobre sadomasoquismo.
James agora é um adulto, pai e gerente. Tem uma personalidade intensa que pode ser percebida através de seu olhar, da sua postura, e até mesmo na sua voz profunda. No entanto, quando está praticando sadomasoquismo, seu olhar adquire uma espécie de passividade, é como se tivesse sob efeito de algum calmante, a cada golpe sente uma imensa paz e aguarda obediente pelas ordens de sua amante. “Algumas pessoas precisam ser amarradas para se sentirem livres” disse ele.
A experiência de James ilustra muito bem o que é o sadomasoquismo. Essa prática envolve uma relação de poder e submissão entre duas pessoas, estabelecida através da imposição da dor. Mas o componente essencial não é a dor em si mesma, ou a própria escravidão, mas a consciência de que você está sob o completo controle do outro. O dominador da relação impõe o que você irá ouvir, fazer, provar ou sentir. Algumas experiências envolvem derramar gotas de cera quente sobre o corpo do dominado, açoitamento, cordas, espartilhos, humilhação sexual e gritos de dor e prazer.
Por muitos anos as pessoas que se envolviam com experiências de espancamento, aprisionamento e humilhação em busca de prazer sexual foram consideradas doentes mentais. Mas em 1980 a Associação Americana de Psiquiatria removeu o Sadomasoquismo da categoria de desordens mentais. Essa decisão, bem como a decisão de remover o homossexualismo da categoria de desordens mentais em 1973, foi um grande passo para a aceitação de pessoas com desejos sexuais diferentes dos tradicionais.
Esses desejos têm se tornado cada vez mais comuns e são considerados até mesmo saudáveis por alguns especialistas. Segundo eles, existe um grande valor psicológico envolvido nas práticas de sadomasoquismo, pois algumas pessoas não conseguem obter através do sexo tradicional a mesma satisfação obtida através da relação sadomasoquista. “A satisfação obtida a partir do sadomasoquismo é algo muito maior do que apenas sexo”, explica Roy Baumeister, psicólogo social da Universidade Case Western Reserve, ele diz ainda que nessas experiências ”as pessoas podem experimentar uma completa libertação emocional”.
Embora a maioria das pessoas relatem que a experiência foi melhor do que o sexo tradicional, o objetivo do sexo sadomasoquista não é o intercurso em si: “Um bom sexo sadomasoquista não termina em orgasmo, mas sim em catarse”.
Se a criança quando ainda pequena presenciar o intercurso sexual, ela inevitavelmente irá considerar o sexo como uma forma de subjugação. As crianças veem isso de uma maneira sádica. – Sigmund Freud, 1905.
Freud foi um dos primeiros a discutir o sadomasoquismo dentro de um viés psicológico, se dedicou ao assunto durante vinte anos e suas teorias acabaram formando contradições entre si. Mas havia uma constante: O sadomasoquismo é patológico. Segundo Freud, as pessoas se tornam sádicas porque procuram uma maneira de exercer o desejo de controlar sexualmente outra pessoa. Já o masoquismo, o desejo de submeter-se sexualmente à outra pessoa, surge de uma culpa sobre o desejo de dominar. Ele também argumentou que o desejo pelo masoquismo surge quando um homem quer fazer um papel passivo feminino na cama, assim gosta de ser amarrado e espancado, como uma forma de “ser castrado ou copulado”.
A visão de que o sadomasoquismo é patológico foi desmentida pela comunidade de especialistas em saúde mental. O sadismo sexual é um problema real, no entanto, é diferente do sadomasoquismo. Luc Granger, chefe do departamento de psicologia da Universidade de Montreal, criou um programa de tratamento intensivo para agressores sexuais em “La Macaza”, uma prisão em Quebec. Ele também realizou uma pesquisa sobre a comunidade sadomasoquista. Segundo ele, são populações muito distintas, no sadomasoquismo existem regras e consenso entre os envolvidos, já no sadismo sexual a pessoa sente prazer ao machucar ou controlar completamente uma pessoa indefesa.
Lily Fine, uma dominatrix profissional que dá aulas sobre sadomasoquismo em oficinas por toda a América, diz que “Eu posso até machucar, mas não vou chegar a ferir realmente a outra pessoa, nunca irei forçá-la além do seu limite ou causar algum dano grave como uma infecção”.
Apesar das pesquisas indicarem que o sadomasoquismo não causa danos reais e que não seja uma patologia, os psicanalistas sucessores de Freud ainda usam termos referentes a doenças mentais quando discutem o assunto. Sheldon Bach, professor de psicologia na Universidade de Nova Iorque e analista de supervisão na Sociedade Novaiorquina Freudiana, afirma que as pessoas são viciadas em sadomasoquismo. Elas sentem-se compelidas a “serem abusadas por sexo anal, rastejar de joelhos para lamber um pênis ou uma bota, e sabe lá mais o que”, o problema, ele continua, é que “essas pessoas são incapazes de amar e o sadomasoquismo foi a única forma de amor que elas encontraram, porque estão presas em interações sadomasoquistas que imitam as relações que tiveram com um de seus pais”.
Meredith Reynolds, Ph.D em sexualidade e membro do Conselho de Pesquisas Científicas e Sociais, afirma que as experiências vividas na infância moldam a maneira como a pessoa buscará prazer nas suas relações sexuais. ”A sexualidade não surge na puberdade”, diz ela “assim como outras áreas da personalidade, ela começa a se desenvolver desde o nascimento e é amadurecida ao longo da vida”.
Em seu trabalho sobre a exploração sexual em crianças, Meredith demonstrou que embora as experiências sofridas na infância possam influenciar na vida sexual adulta, o efeito disso geralmente vai embora conforme a pessoa adquire mais experiências sexuais. No entanto, em algumas pessoas esse efeito permanece, o resultado disso é uma conexão entre as memórias da infância misturadas com as experiências sexuais da vida adulta. Nesses casos, Meredith diz que “as experiências vivenciadas na infância afetaram a personalidade da pessoa e, por sua vez, as experiências na vida adulta também”.
A Teoria de Meredith nos ajuda a compreender melhor o desejo de ser chicoteado, por exemplo, por uma criança que foi ensinada a sentir vergonha do seu corpo e desejos. E mesmo quando ela crescer e tiver mais experiências sexuais, sua personalidade pode ainda ter traços daquela necessidade de punição desenvolvida na infância, então o sexo sadomasoquista pode agir como uma ponte para que ela se sinta completa: amarrada à cama com cintos de couro, ela sabe que é inútil resistir e é forçada a ser completamente submissa. O sistema de retenção, a inutilidade da luta, a dor, as palavras de seu Mestre dizendo que ela é uma escrava amável, todos esses sinais permitem que ela se ligue ao seu lado sexual de forma completa.
Marina não sentia nenhum desejo pelo sadomasoquismo até superar um grave transtorno alimentar. “Uma noite pedi ao meu marido que colocasse as suas mãos em volta do meu pescoço e me sufocasse. Fiquei surpresa quando essas palavras saíram da minha boca”, disse ela. Depois que deu ao parceiro total controle sob seu corpo, sentiu que podia ser completamente sexual, sem a hesitação e desconexão que às vezes sentia durante o sexo tradicional. “Ele não gostava de sexo sadomasoquista, mas agora estou com alguém que gosta”. Marina ainda diz que “o sexo sadomasoquista torna a rotina sexual muito melhor, porque ela pode confiar mais nele e sente-se totalmente livre para falar o que quiser”.
A Teoria da fuga
“Assim como o abuso alcoólico, a compulsão alimentar e a meditação, o sexo sadomasoquista é uma forma que as pessoas encontraram para se esquecerem de si mesmas por um período curto de tempo”, diz o professor de psicologia Roy Baumeister. ”É da natureza humana a maximização do controle. Existem dois princípios gerais que governam o estudo do eu, e o masoquismo é o contrário desses dois princípios”, afirmou Baumeister, cuja carreira é focada no estudo do eu e da identidadee.
Através de uma análise de várias cartas relacionadas ao sexo sadomasoquista, Baumeister chegou a acreditar que “o sadomasoquismo é um conjunto de técnicas que ajudam as pessoas a perderem suas próprias identidades temporariamente”. Ele argumentou que o ego ocidental moderno é uma estrutura incrivelmente elaborada, a nossa cultura tem colocado cada vez mais demandas sobre o “eu individual” do que qualquer outra cultura na história. Tais demandas aumentam o estresse de viver sob expectativas constantes e ao mesmo tempo existir como a pessoa que você quer ser. “O estresse faz você se esquecer de quem é, e você sente a necessidade de ter uma válvula de escape” diz Baumesteir. Essa é a chamada “Teoria da fuga”, uma das principais razões pelas quais as pessoas se voltam para o sadomasoquismo.
“Nada importa, exceto eu, você e o som da minha voz”, fala Lily para o empresário amarrado que implora para ser espancado antes do café da manhã. Ela diz isso devagarinho, fazendo-o esperar por cada palavra, forçando-o a se concentrar apenas no som de sua voz, ele flutua por antecipação às sensações que ela irá fazer surgir dentro dele. A ansiedade sobre a hipoteca, os impostos, os prazos no trabalho se perdem a cada batida que ela dá em seu corpo. O empresário é reduzido ao aqui e agora, sentindo apenas as ondas de dor e prazer. “Eu me interesso em manipular a mente das pessoas” diz Lily. “O cérebro é a maior zona erógena”. Em outra cena, Lily está com uma mulher, ela ordena que a outra tire a roupa, depois disso ela coloca uma venda sobre seus olhos. Diz para a mulher não se mover, em seguida Lily começa a passar um tecido sob o corpo dela, o move em diferentes ângulos, posições e velocidades. Às vezes ela faz com que o tecido passe pelos seios e estômago da mulher, esfregando de leve, criando círculos e redemoinhos nas costas dela de cima para baixo, a mulher começa a tremer de excitação. Ela não sabia o que eu estava fazendo com ela, mas com certeza estava gostando, disse Lily com um sorriso.
A Teoria da fuga, ou Teoria do escape, é apoiada por uma ideia chamada de “quadro”, essa ideia foi desenvolvida pelo falecido Ph.D Irving Goffman. De acordo com Goffman, no sadomasoquismo existem regras complexas, rituais, papéis e dinâmicas que criam um “quadro” em torno da experiência. “Os quadros suspendem a realidade, criam expectativas, normas e valores que definem essa situação como externa à vida”, confirma o Ph.D Thomas Weinberg, sociólogo da Buffalo State College de Nova York e editor de “Sadomasoquismo: Estudos sobre Domínio e Submissão”(Prometheus Books, 1995). Uma vez dentro do quadro, as pessoas são livres para agir e sentir as experiências de uma forma que não poderiam fazer em outros momentos.
Sexo sadomasoquista: tão saudável quanto o sexo tradicional
Afinal, os principais componentes de um bom sexo sadomasoquista são: comunicação, respeito e confiança, os mesmos componentes do sexo tradicional. O resultado também é o mesmo: uma sensação de conexão com o corpo e com o eu. Laura Antoniou, uma escritora cujo trabalho sobre Sadomasoquismo foi publicado pela Masquerade Livros de Nova York, nos traz algumas novidades: “Quando eu era pequena, não pensava em nada além de fantasias sadomasoquistas. Fazia minhas bonecas entrarem no jogo, punia a Barbie por ser uma garota má, amarrava-a e fazia com que o Ken a dominasse. Sadomasoquismo é simplesmente a minha motivação para viver.
Além dos limites de um jogo seguro
O sexo sadomasoquista é uma atividade saudável psicologicamente e embora seu lema seja “seguro, saudável e consensual”, às vezes as coisas podem sair fora do controle. É raro acontecer mas algumas pessoas se envolvem muito no jogo de poder e esquecem-se de que é preciso se controlar. Elas geralmente têm uma baixa autoestima e por isso acreditam que merecem ser punidas e simplesmente perdem o controle sobre o jogo. Nesse caso o sadomasoquismo deixa de ser algo saudável e torna-se doentio.
Limites
Uma pequena porcentagem de pessoas levam o sadomasoquismo para outras esferas de suas vidas. “A maioria das pessoas que curtem sadomasoquismo são dominantes ou submissas em situações muito específicas, em suas vidas cotidianas agem naturalmente”, diz o psicólogo e professor Luc Granger. Mas se a única maneira que uma pessoa tem de se relacionar com as outras é por uma relação sadomasoquista, ela provavelmente tem um problema psicológico mais profundo.
O uso do sadomasoquismo como terapia
As pessoas muitas vezes acham que o sexo sadomasoquista é uma espécie de terapia, uma vez que se sentem tão aliviadas após o sexo, diz o psicólogo e professor Roy Baumeister. “Mas, para provar que alguma coisa é terapêutica, você precisa provar que existem benefícios a longo prazo sobre a saúde mental… e isso é muito difícil de ser provado, mesmo que a prática seja terapêutica. Então em termos de saúde mental, o sexo sadomasoquista não o torna pior nem melhor do que os outros.
Fonte: PsychologyToday traduzido e adaptado por Psiconlinews
http://www.psiconlinews.com/2016/10/sadomasoquismo-o-prazer-da-dor.html
Quanto mais me bates...mais eu gosto de ti!
Quanto mais me bates...mais eu gosto de ti!
Algemas, roupa de couro, chicotes, látex, velas...
Estes são alguns objectos facilmente associados ao sadomasoquismo, uma prática considerada normal para uns mas escandalosa e bizarra para outros. De facto, todos estes utensílios são alegremente usados pelos sadomasoquistas.
Estes são alguns objectos facilmente associados ao sadomasoquismo, uma prática considerada normal para uns mas escandalosa e bizarra para outros. De facto, todos estes utensílios são alegremente usados pelos sadomasoquistas.
Termos como tortura, perversão, crueldade, maldade ou violência são, tal como os objectos acima referidos, associados a esta prática sexual. Não custa muito imaginar porquê...
Veja-se a palavra sádico: traduz uma pessoa perversa, que se diverte com o sofrimento dos outros. E se um sádico é visto com maus olhos, um sadomasoquista ainda pior...
Veja-se a palavra sádico: traduz uma pessoa perversa, que se diverte com o sofrimento dos outros. E se um sádico é visto com maus olhos, um sadomasoquista ainda pior...
Em relação à etimologia da palavra sadomasoquismo, trata-se de uma aglutinação da palavra sadismo com a palavra masoquismo.
No dicionário, a palavra sadismo vem definida como «perturbação do instinto sexual em que a satisfação sexual só pode alcançar-se infligindo violências ou sevícias a outrem; por extensão, perversão que consiste em tirar prazer do sofrimento alheio; sendo um termo que deriva do francês sadisme que, por sua vez, deriva do escritor francês Sade (1740-1814)».
Já o termo masoquismovem definido no dicionário como «perversão sexual na qual o prazer só pode ser obtido mediante sofrimentos físicos ou morais (flagelações, humilhação, insultos) impostos ao próprio; por extensão, prazer que se tira do sofrimento próprio».
Passemos à ação...
Vamos deixar de lado termos, palavras e definições e "passar à acção": o sadomasoquismo (também conhecido pelas siglas SM) é uma prática sexual, em que o prazer e o orgasmo são obtidos através dos actos de infligir e sofrer com dores.
Deste modo, os adeptos desta prática sexual dividem-se em dois grupos, nomeadamente os dominadores ou mestres e os escravos ou submissos. Estes últimos, tal como o nome indica, são os que sofrem, os que assumem um papel passivo e que só atingem o auge da excitação quando são mal tratados física e psicologicamente. Já os dominadores são os que fazem sofrer, têm um papel activo na relação e só atingem o orgasmo infringindo a dor no outro.
As classificações do SM são várias e determinam, essencialmente a forma e o grau de sadomasoquismo de cada adepto ou casal. Na Europa são usadas duas:
Sadomasoquismo leve (sm light): é uma modalidade que incluí as humilhações físicas, verbais e morais. Exemplo: ofender o parceiro, ou obrigá-lo a vesti-se de empregada e limpar a casa, ou ainda obrigar o parceiro a comportar-se como um cachorro submisso.
Sadomasoquismo pesado (sm heavy): versão mais “hard” desta prática sexual, em que os parceiros não se contentam apenas com humilhações. Existem casos de pessoas que, por terem atingido um elevado grau de tolerância à dor, buscam mais prazer, ou seja, mais dor, chegando a pedir aos parceiros que lhes amputem a primeira falange de um dos dedos, sem anestesia e com um serrote!
Há ainda quem considere o SM um jogo (sexual, claro) cujas regras baseiam-se nos princípios das sociedades onde existia a escravatura. Ou seja, ao dominador tudo é permitido, já que é o mais forte na relação, sendo o escravo um ser desprezível.
Sadomasoquismo é, pois, torturar e ser torturado por livre vontade, por forma a garantir a realização de desejos e fantasias. Como não poderia deixar de ser, nas relações SM existem limites e regras, sendo que cada casal adopta as suas próprias regras.
Sadomasoquismo é, pois, torturar e ser torturado por livre vontade, por forma a garantir a realização de desejos e fantasias. Como não poderia deixar de ser, nas relações SM existem limites e regras, sendo que cada casal adopta as suas próprias regras.
Existem, no entanto, outras formas de sadomasoquismo mais brandas, como o bondage, as cócegas (tickling) e a podolatria (bare foot), assim como formas de SM mais violentas, como o espancamento (spanking).
Fonte:https://lifestyle.sapo.pt/amor-e-sexo/sexo/artigos/sadomasoquismo
O
SADOMASOQUISMO NÃO TEM DE SER VIOLENTO MAS HÁ PRÁTICAS PERIGOSAS QUE IMPORTA
EVITAR
Milhões de pessoas em todo o mundo são adeptas desta prática, que volta a estar em voga. Saiba, no entanto, quais são as precauções a ter durante as atividades sexuais mais violentas e arrebatadoras.
Para a maioria das pessoas, o sadomasoquismo está associado à violência e a agressões durante o sexo, com uma das partes a assumir um papel dominador e a castigar o parceiro ou a parceira com agressões e moléstia, recorrendo a chicotes. Porém, contrariamente ao que se pensa, o sadomasoquismo não é sobre violência, maus tratos ou agressões. É, pelo contrário, caracterizado pela confiança e pelo compromisso.
A sua prática leva a situações de pleno êxtase. É também normal a conceção do sadomasoquismo com correntes e algemas, com as mulheres vestidas de cabedal e chicotes na mão, mas esta prática pode ser um caminho para o casal experimentar as suas fantasias mais eróticas, permitido aos parceiros correr riscos e confiar mutuamente.
No sadomasoquismo, algumas práticas podem, contudo, revelar-se perigosas. Bram Broms, médico da clínica online euroClinix, recomenda por isso alguns cuidados.
"Os participantes de sadomasoquismo devem ter algumas precauções ao experimentar certas práticas sexuais que possam colocar a vida em risco, não devendo ser ultrapassados os limites previamente estabelecidos pelos intervenientes e permitidos pelo corpo humano", aconselha o especialista internacional.
O que significa praticar sadomasoquismo
O sadomasoquismo deve ser consentido por ambas as partes e serem estabelecidos limites, para evitar acima de tudo os riscos que possam daí advir. Os riscos desta prática podem ser reduzidos ao experimentar o sadomasoquismo com um(a) parceiro(a) mais experiente, ao estabelecer limites que jamais poderão ser ultrapassados durante a relação e palavras de segurança que indicam a altura de parar.
Deve ser tido em conta principalmente o perigo de asfixia e de perda de consciência, não excedendo os limites suportados por cada um. Está também desaconselhado, nestas práticas, o uso de álcool ou estimulantes que possam toldar a sua percepção da realidade, devendo ter-se um especial cuidado com objetos que obstruam as vias respiratórias ou que possam ser inalados ou ingeridos acidentalmente.
A dor pode ser mais do que isso e tornar-se numa fonte de prazer quando infringida de forma moderada. Quando uma pessoa está sexualmente excitada, como confirmam vários estudos internacionais, o limite da dor aumenta estrondosamente e as estimulações que numa situação normal poderiam ser consideradas dolorosas, podem tornar-se bastante apreciadas.
Por vezes, as pessoas que têm uma posição dominante na sua vida social ou profissional fantasiam com uma postura submissa na cama e a prática de sadomasoquismo pode ser o ideal, defendem também alguns investigadores internacionais. A comunicação entre parceiros durante esta prática é fundamental para evitar acidentes e estabelecer desde início até onde cada um está disposto a ir.
A importância de estabelecer limites
Se algum dos parceiros se sente mal por infringir/receber estímulos dolorosos ou não quer continuar com uma prática dominante/submissa, o ato deve ser interrompido. O sadomasoquismo baseia-se, acima de tudo, na confiança e respeito, não devendo estes serem quebrados sob nenhuma circunstância. Existem vários tipos de sadomasoquismo e o que uns consideram moderado, para outros pode ser completamente insano, cabe-lhe a si e ao seu parceiro ir até onde o vosso prazer o permitir.
Cabe aos membros do casal decidir o que é aceitável, livres de preconceitos e de julgamentos por parte da sociedade, desde que ambos estejam de acordo. Um estudo publicado recentemente afirma que os praticantes de sadomasoquismo, sadismo e bondage apresentam melhores indicadores de saúde mental que aqueles que preferem não ser tão ousados no quarto, demonstrando ser menos neuróticos, mais sensíveis à rejeição e mais seguros das suas relações amorosas.
Se não é propriamente um grande adepto destas práticas, preferindo as relações sexuais mais convencionais, sugerimos-lhe, todavia, algumas posições sexuais diferentes para apimentar a sua vida íntima. Muitas delas podem também ser aproveitadas pelos adeptos de bondage e de sadomasoquismo para dar (ainda) mais largas à sua imaginação.
Fonte:https://lifestyle.sapo.pt/amor-e-sexo/sexo/artigos/sadomasoquismo-2
Sadomasoquismo: saiba como é possível praticar de forma 'leve'
Depois do sucesso de '50 tons de cinza' as mulheres ficaram mais interessadas em botar a fantasia do sadomasoquismo para funcionar
Quem não achou excitante as investidas com nuances de sadomasoquismo de Mr. Grey, o personagem central do livro erótico '50 Tons de Cinza' que dê a primeira chicotada. E mesmo quem não viu nada interessante na história que rendeu a venda de milhões de exemplares e um filme baseado no romance não conseguiu ficar indiferente às discussões levantadas sobre o tema.
Por definição, sadomasoquismo é uma relações sexual na qual as pessoas buscam prazer através da dor, humilhação ou sofrimento - próprios ou do parceiro.
"Não tenho dúvida de que tem muito mais gente se atrevendo a brincar desse jeito depois do sucesso que a trilogia do livro erótico '50 tons de cinza', diz a psicóloga especialista em sexualidade (sexpert), Tatiana Presser.
Para a especialista, isso mostra de forma escancarada o que muitas mulheres ainda tentam lutar contra: o desejo de uma figura masculina com ares de 'macho dominante' na cama.
"Por sermos seres que temos muito controle na vida, tomamos muitas decisões não só no trabalho, mas, principalmente, em relação ao futuro da família, na cama é gostoso ter alguém com mais atitude", opina a psicóloga e sexpert.
Respeitar os limites
Seja no campo apenas da fantasia sexual ou na prática nua e crua, o sadomasoquismo tem despertado a curiosidade. Mas nem todo mundo precisa sofrer ao realizar a técnica de forma pesada. Para os inciantes no sadomasoquistas, existe até um termo para quem quer utilizar as técnicas da prática de forma light: baunilha.
Baulha ou experiente, quando o assunto é botar a fantasia do sadomasoquismo para funcionar, o importante é cada um respeitar seus próprios limites. Só deve entrar no jogo quem tiver um canal de comunicação totalmente aberto com o companheiro, inclusive com códigos claros para que a prática possa ser interrompida a qualquer momento.
Estabeleça regras, códigos, palavras de segurança. "Pesquise o que você quer e como você quer fazê-lo. A última coisa que se deve fazer numa situação de prática do sadomasoquismo é sair atropelando tudo, sem falar sobre o assunto e acabar forçando uma barra. Isso pode tornar uma experiência que poderia ser super legal numa furada", ensina Tatiana.
Sem essas simples medidas, os parceiros podem podem ficar chateados e se sentirem desrespeitados. "Mesmo quem só tem a intenção de brincar de 'um tapinha não dói', deem uma conversadinha antes. Ser um 'baunilha' no sadomasoquismo pode ser extremamente excitante, então, não estraguem uma oportunidade por ter vergonha de falar sobre o assunto", conclui a especialista.
Fonte:http://arevistadamulher.com.br/sexo/content/2255562-sadomasoquismo-saiba-como-e-possivel-praticar-de-forma-leve
Sadomasoquismo: Doença ou fetiche
A psicanálise estende a noção de sadomasoquismo para além da perversão descrita pelos sexólogos, reconhecendo-lhe numerosas manifestações mais encobertas, fazendo deste um dos grandes componentes da vida pulsional.
A atuação sadomasoquista é derivada de um ponto de fixação da libido na fase anal, período no qual a criança busca dissolver sua relação simbiótica com a mãe, própria do 1º ano de vida. Entrando em seu 2º ano de existência, ela quer assumir a si mesma, buscando muitas vezes o confronto com os pais. A criança procura fazer o contrário do que mandam para se auto-afirmar, é a busca da separação entre o que é dela e o que é do outro. Neste período, a criança está aprendendo também o controle dos esfíncteres.
Se os pais têm dificuldade de entender e respeitar as necessidades da criança (amando e colocando limites nos momentos certos) e se tornam intransigentes, agredindo e humilhando a criança ''para ensinar ou pôr limites'', a criança acaba associando internamente amor com dor, pois as mesmas pessoas que cuidam e dão carinho são violentas e agressoras. Este registro interno faz com que procurem na vida, como objeto de amor, pessoas que reproduzem esta relação primeira, matriz do sadomasoquismo.
Com este ponto de fixação da libido, derivado da má elaboração da fase anal, esta pessoa poderá estabelecer relações dolorosas ao longo da vida, causando sofrimento, ou promovendo-o no ambiente de trabalho, entre amigos, no casamento, com os filhos, enfim, nas diversas situações do cotidiano.
Entendemos então que os maltratos vão além da perversão sexual, estendendo-se para o dia-a-dia, dando sensação de poder, confundindo amor com dor. Muitas pessoas vivem assim. Estão no inferno e nem percebem, banalizando o sofrimento.
Mitos e verdades
- Mito: o sadomasoquismo é um sintoma ligado somente ao ato sexual
- Verdade: o sadomasoquismo é um sintoma que pode ser encontrado nas diversas relações do cotidiano das pessoas
Denise Hernandes Tinoco, doutora em Psicologia Clínica, psicoterapeuta com formação psicanalítica e docente universitária
Fonte:https://www.bonde.com.br/saude/sexualidade/sadomasoquismo-doenca-ou-fetiche--93401.html
Sadomasoquismo, o que você não sabe sobre a prática
Mais do que sexo com dor, o sadomasoquismo reflete quem gosta de se impor no relacionamento
Cada louco com a sua mania, o clichê é muito bem vindo no que se refere às práticas sexuais. Embora algumas pareçam descabidas para a grande maioria, todas as possibilidades eróticas revelam prazer.
O sadomasoquismo choca. “Como alguém pode gostar de apanhar até desmaiar para satisfazer a si próprio ou somente para realizar o desejo do outro?”. Muitas pessoas questionam isso como foco central da prática sexual que é conduzida pela agressividade do casal.
Nem sempre tudo que se fala sobre sadomasoquismo é real. Saiba quais são os pontos que mapeiam esse tipo de relação sexual:
- O sadomasoquismo une duas tendências sexuais: o sadismo e o masoquismo. Os termos foram criados pelo psiquiatra austríaco Richard Freiherr von Krafft-Ebing no livro 'Psychopathia Sexualis', de 1886. A palavra sadismo foi inspirada no Marquês de Sade, escritor francês que libertino que publicou vários livros com referências a práticas sexuais baseadas no sofrimento alheio.
- O sadomasoquismo representa o casal, composto por um sádico, que gosta de provocar sofrimento; e um masoquista, que desfruta do prazer de sentir a dor.
- O sadomasoquista não pode ser considerado um psicopata. Ele pode ser agressivo na cama e calmo fora dela.
- Mais do que proporcionar a dor física, o sadomasoquista sente necessidade de sofrer para agradar o outro.
- Durante o sexo entre sadomasoquistas, o cortisol (hormônio relacionado ao estresse) dos submissos cai bastante, nesse momento, a sensação de dor vira prazer. Além disso, a dopamina (neurotransmissor relacionado ao prazer) é liberada com estímulos causados pela dor.
- Influências: O comportamento sádico ou o masoquista não depende de fatores genéticos, mas pode ser influenciado pelo ambiente familiar até os seis anos de idade. Pais agressivos e chantagistas reforçam esses traços nas crianças que podem desenvolvê-los no futuro dentro de um relacionamento a dois.
- O casal que curte a prática não é agressivo fora da cama e as atitudes não devem ser consideradas violentas, pois na verdade essas formas de prazer estão associadas à dor e humilhação, desde a dominação e submissão, até as ações com dores ou punições físicas.
- Bondage é o nome da técnica em que o submisso é amarrado.
- Sadomasoquistas praticantes de longa data costumam ser adeptos de asfixia sexual, quando o parceiro chega ao orgasmo, o mesmo é sufocado com um saco. O objetivo é sentir prazer com o sofrimento do outro.
- Spanking é uma das práticas mais comuns entre os sadomasoquistas, consiste em bater no outro com palmatória e outros objetos.
- Kit de objetos: Os verdadeiros praticantes têm uma mala com uma série de objetos que tornam a “atividade” mais completa, salto agulha, velas para provocar queimaduras, pregadores para os mamilos, pênis e clitóris, algemas, roupas de couro coladas para definir o corpo, cordas, cadeados, fitas adesivas e tachas pontiagudas são s elementos que não podem faltar.
- Alguns sadomasoquistas têm fissura pela inserção de objetos no ânus.
Fonte:https://www.areah.com.br/vip/comportamento/materia/34243/1/pagina_1/sadomasoquismo-o-que-voce-nao-sabe-sobre-a-pratica.aspx
Sadomasoquismo: O importante é sentir prazer
Sadomasoquismo: O importante é sentir prazer
Alguns fazem do sadomasoquismo motivo de piada. Outros o têm como um estilo de vida. Com a divulgação crescente de tal prática, aumentou o interesse e o debate. Apesar disso, o tema ainda exprime uma carga pesada e pejorativa, trazendo embutida uma idéia de crueldade e violência.
Porém, é preciso reduzir os equívocos e pré-conceitos sobre esse assunto, tão polêmico, que já foi considerado por muito tempo como doença mental. Por conta disso, algumas pessoas sentem medo de aceitar essa realidade, e de se verem como anormais. Mas, a prática do sadomasoquismo é um reconhecimento daquilo que já existe na sexualidade dos praticantes, em que a linha entre prazer e dor é bem tênue.
Divulgação
O termo sadismo (obtenção do prazer pela ideia de domínio, imposição do sofrimento físico e moral alheio) é derivado do Marquês de Sade, escritor e filósofo francês, que dedicou sua obra aos assuntos sexuais brutais. Já, a expressão masoquismo (tendência oposta, pela qual se busca a obtenção do prazer, ao ser vítima do domínio, ou de atos de crueldade, de humilhação, de sofrimento físico ou moral) tem inspiração no nome Leopold von Sacher-Masoch, que baseou o seu trabalho em tal comportamento.
O sadomasoquismo é uma relação entre essas tendências opostas, que representa uma prática sexual, na qual a obtenção do prazer acontece pelo ato de infligir ou sofrer dor, humilhação (verbal ou moral), ou mesmo pela dominação psíquica. Porém, é mais do que exercer uma relação de poder, é um complemento do fetiche, com regras e códigos próprios em que, não necessariamente, é preciso que a mesma pessoa possua as duas tendências.
Os praticantes são divididos em mestres e escravos. Os primeiros ocupam o papel ativo, e dedicam-se a explorar a dor e o prazer de seu escravo que, por sua vez, deve proporcionar o máximo de prazer através de sua dor. Ou seja, o mestre é o dominador que comanda e impõe respeito, enquanto o escravo é o submisso que aceita as ordens de forma passiva.
Um único mestre pode ter vários escravos, enquanto o escravo precisa ser fiel ao seu mestre. Há uma relação de confiança entre mestre e escravo, numa violência consentida em que se acordam o que será feito. Por isso, pode-se dizer que tal prática é segura, já que os riscos de acidentes diminuem com o uso de determinadas regras.
São várias as classificações dentro do sadomasoquismo que servem para determinar a forma e o grau. Leve ou pesado é algo muito subjetivo, assim como o julgamento do que é certo ou errado. É preciso deixar claro que a forma de alcançar o prazer só pode ser definida pelos envolvidos, e tudo o que se pretende fazer é um consenso; caso contrário, seria caracterizado um abuso.
Chicote, roupas de couro e máscaras são usados como acessórios. Coleiras e correntes também podem ser usadas, assim como aparelhos de tortura. Mas, é preciso separar a crueldade pura e simples do sadismo. A tortura quando é feita sem consentimento é uma agressão, e isso não ocorre entre os praticantes do sadomasoquismo. Quando a relação procura pela destruição, podemos dizer que esse é um indício de uma patologia ou mesmo de tendências suicidas.
A tortura que acontece entre os praticantes do sadomasoquismo é feita com a aprovação do parceiro, revelando uma prática sexual segura e que pode ocorrer com casais monogâmicos e estáveis, inclusive. Mas, como tudo na vida, há um limite em tal prática e ela está em ações que ofereçam riscos ou produzam lesões permanentes. De resto, aquilo que se faz entre quatro paredes, e com o consentimento dos participantes, é de interesse deles.
O principal é que os praticantes sintam-se livres para fantasiarem e realizarem seus desejos, consensualmente, de forma segura e sadia, para que o sadomasoquismo não seja uma sessão de tortura livre. É preciso estarem atentos à segurança própria e a do parceiro, para que seja possível a garantia da realização dos desejos, de forma equilibrada, tanto emocional quanto psicologicamente. Respeitar os limites é fundamental para que tal prática faça parte da sexualidade do casal.
Tal limite pode ser conseguido através de palavras- chave de segurança. Isso ocorre quando, conforme previamente combinado, a pessoa pronuncia uma palavra forte e fora do contexto.
Fonte:https://www.bonde.com.br/saude/sexualidade/sadomasoquismo-o-importante-e-sentir-prazer-390494.html
1.Sadomasoquismo é a junção do masoquismo (sentir prazer na dor) e do sadismo (sentir prazer em controlar outra pessoa e ver o seu sofrimento, desejo de possessão).
8 curiosidades sobre sadomasoquismo
Vem conferir como funciona essa prática sexual.
O tema sadomasoquismo foi muito abordado alguns tempos atrás pelo best-seller americano “Cinquenta Tons de Cinza”, que virou uma febre mundial e até deve chegar às telonas em 2015. A prática não é novidade, existem clubes e pessoas que afirmam praticar a arte do sadomasoquismo sem problema algum, mesmo a sociedade não encarando como algo “normal”.
1.Sadomasoquismo é a junção do masoquismo (sentir prazer na dor) e do sadismo (sentir prazer em controlar outra pessoa e ver o seu sofrimento, desejo de possessão).
2. A melhor forma de aproveitar a prática é unir pessoas que têm estilos diferentes para “harmonizar” o conjunto, ou seja, uma pessoa precisa estar sentindo prazer na dor que outro alguém está causando nela enquanto a domina.
3. Bondage é o nome da técnica onde o submisso é amarrado.
4. “Mata-me de Prazer”, “Distúrbios do Prazer” e “A Pele de Vênus” são filmes que abordam a prática do sadomasoquismo.
5. Sadomasoquismo já foi considerado uma parafilia dentro da psiquiatria ou transtorno de conduta sexual, isso porque a pessoa sente prazer somente com a dor ou humilhação.
6. Por conta da nossa cultura e do comportamento psicológico de cada sexo, estima-se que a maioria dos masoquistas seja mulheres e os sadistas sejam homens.
7. O termo BDSM é o mais usado atualmente para definir o sadomasoquismo e significa Bandage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo.
8. Asfixiofilia é o nome dado à pratica de sufocação erótica, a pessoa sente um aumento no prazer ao interromper a respiração na hora do orgasmo.o funciona essa prática sexual.
Fonte:https://www.obaoba.com.br/pegacao/noticia/8-curiosidades-sobre-sadomasoquismo
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