INSPIRADOS PELA LUA,INTUIÇÕES E ORÁCULOS ILUMINAM OS CAMINHOS

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Inspirados pela Lua, intuições e oráculos iluminam os caminhos


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Sabe aquela voz interna e sábia que aparece como um estranho pensamento dentro da mente ou que  fala num sonho? Na psicologia Junguiana ela é considerada a voz do Self e nas diversas  espiritualidades é a voz do Eu Superior, do Anjo ou do Guia.
Para os antigos, essa era a voz da Deusa Lua, que se expressava também por oráculos para transmitir uma sabedoria que supera o racional.
Se lhes dermos atenção, essas inspirações que vêm do lado luminoso da Deusa Lua (ou das profundezas do inconsciente em termos modernos) podem trazer um imenso desenvolvimento para a vida, pois indo além do visível proporcionam uma visão mais alta e sábia sobre nossos assuntos.
Dar a devida atenção a isso significa anotar os sonhos, ficar alguns momentos em silencio para escutar a voz interna, atentar a impressões estranhas, aprender a lidar com oráculos.
Essas coisas exigem tempo, coragem para assumir pensamentos próprios e equilíbrio para ter uma conduta coerente com eles que integrem também a razão. Jung usou a palavra pistis para o tipo de fé necessária: é a confiança na sabedoria da centelha interna que fala separada do controle consciente, sem abrir mão desse lado consciente. 
Convocar a parte interna ligada mitologicamente à Lua, legitimá-la e viver com pistis traz uma ampliação de consciência de uma forma extraordinariamente feminina e poderosa, que foi desconsiderada pelo patriarcado “racional” mas que se for resgatada podemos usufruir do esplendor que vem do lado luminoso da Lua. 
 No entanto, em sua face escura a mesma Deusa Lua é enganosa, e por isso é preciso tomar  precauções e respeitar algumas condições para lidar com inspirações, pressentimentos, vozes internas, sonhos especiais e oráculos. Disso vou falar no post da segunda que vem.
Essas precauções estão ligadas às próprias mitologias da Lua e também à moderna psicologia. Basicamente são:
  • Lembrar que tudo isso usa a linguagem simbólica, isto é, têm um significado que não é literal. Por exemplo, não é porque alguém tira a carta da Morte no tarô que isso significa que ela vai morrer, e sim que deve fazer a si mesma a pergunta: o que (qual situação, objetivo, modo de pensar, relação, etc) está acabando ou deve acabar na minha vida?
  • Ficar esperta ao consultar os que lidam profissionalmente com oráculos e espiritualidades de modo geral. Há muitos charlatões e enganos nesse meio. O lado escuro da Lua protege os mágicos, magos, picaretas “esotéricos” e favorece truques, enganos e ilusões. Verifique, cheque referencias, abra o olho.
  • Ter equilíbrio emocional para lidar com isso. Meu professor de I Ching dizia que alguém tem que ser muito lúcido (palavra que vem de Lua) para lidar com oráculos! Em seu lado escuro, a Lua também está ligada à loucura e a todo tipo de possessão. Daí o ditado: “Ser atacada pela lua produz loucura (donde vem a palavra lunático), mas ser iluminada pela lua produz mente ampliada (mens)”.
  • Aprender a diferenciar as intuições, as respostas oraculares e a voz interna dos próprios complexos, medos e obsessões. Em termos psicológicos, se a pessoa não tiver uma boa base ou se trabalhado psicologicamente, essa face escura da Lua irá confundi-la ainda mais. Além disso, ideias formadas sob a Lua são como a lua, crescem por si mesmas. Se não tiverem expressão adequada e não forem bem entendidas elas podem ser tornar obsessivas.
  • Aprender a diferenciar as intuições, as respostas oraculares e a voz interna dos próprios desejosmundanos. Para não se auto iludir é preciso ter humildade, auto conhecimento e aceitação.
  • Não usar os oráculos e a própria espiritualidade para fins do próprio ego. Isso é fundamental, pois o Self é maior que os desejos egóicos e a vida tem muito mais variáveis do que as que percebemos; em termos mitológicos, a Deusa é facilmente ofendida por essas atitudes…
 Apesar desses perigos, convocar a parte interna ligada mitologicamente à Lua, legitimá-la e viver com pistis traz uma ampliação de consciência de uma forma extraordinariamente feminina e poderosa, que foi desconsiderada pelo patriarcado “racional” mas que pode ser resgatada em todo seu esplendor, com as bençãos da Lua.

Jung fala


Todos os acontecimentos mitologizados da natureza, tais como o verão e o inverno, as fases da lua, as estações chuvosas etc., não são de modo algum alegorias destas experiências objetivas, mas sim, expressões simbólicas do drama interno e inconsciente da alma, que a consciência humana consegue apreender através de projeção – isto é, espelhadas nos fenômenos da natureza. 
OS ARQUÉTIPOS E O INCONSCIENTE COLETIVO – 9/1 – pág. 14

Fonte: Os mistérios da Mulher, esther Harding, Coleção Amor e Psique, Ed paulus

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