Tomar “banhos de floresta”, a prática japonesa que a ciência diz que melhora a saúde
São muitos os benefícios para a saúde que a ciência tem descoberto na prática de tomar “banhos de floresta”, ou shinrin-yoku em japonês.
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Já ouviu falar em “banhos de floresta”? O termo surgiu no Japão, onde é conhecido como “shinrin-yoku”, e são muitos os estudos que atribuem à sua prática um conjunto surpreendente de benefícios para a saúde física e mental.
Tomar “banhos de floresta” envolve estar-se na presença de árvores. Pode-se optar por ficar sentado ou andar, mas o objetivo é relaxar e não concretizar algo. Ou seja, nada de correr uma maratona ou de praticar outro desporto. Esteja, simples e conscientemente, em contacto com as árvores.
Para comprovar os efeitos fisiológicos e psicológicos dos “banhos de floresta”, as autoridades japonesas investiram, entre 2004 e 2012, três milhões de euros no estudo desta prática. Com base nos resultados, traçaram 48 trilhos terapêuticos.
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Os participantes mostraram aumentos significativos na atividade das células NK na semana que sucedeu a visita à floresta e os efeitos positivos duraram um mês após cada fim-de-semana na floresta.
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“Os ambientes florestais favorecem concentrações mais baixas de cortisol, pulsação e pressão arterial mais baixas, uma maior atividade nervosa parassimpática e menor atividade nervosa simpática do que os ambientes urbanos”, concluíram os investigadores.
O sistema nervoso parassimpático é responsável por estimular ações que permitem ao organismo responder a situações de calma, ao passo que o simpático prepara o organismo para reagir em situações de medo, stress e excitação, controlando as reações de “luta ou fuga”. Isto significa que os participantes estavam mais descansados e menos propensos ao stress depois de um mergulho na floresta.
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Vários outros estudos têm sustentado os benefícios do contacto com a natureza. A exposição de curta duração à vegetação em ambientes urbanos pode reduzir os níveis de stress e há especialistas que recomendam “doses de natureza” como parte do tratamento para crianças com défice de atenção.
Segundo um relatório do Instituto para a Política Ambiental Europeia, quem vive perto de árvores e espaços verdes também tem menos probabilidade de ser obeso, inativo ou de estar dependente de antidepressivos.
Tudo isto parece confirmar algo que todos sabemos: o contacto com a natureza faz-nos bem. E nem precisamos de passar muito tempo na natureza para daí retirarmos benefícios, mas o contacto regular parece melhorar o funcionamento do nosso sistema imunitário e o nosso bem-estar.
Para além de baixarem o ritmo cardíaco, a pressão arterial e reduzirem a produção de hormonas de stress, também reforçam o sistema imunitário e aumentam a sensação geral de bem-estar.
Tomar “banhos de floresta” envolve estar-se na presença de árvores. Pode-se optar por ficar sentado ou andar, mas o objetivo é relaxar e não concretizar algo. Ou seja, nada de correr uma maratona ou de praticar outro desporto. Esteja, simples e conscientemente, em contacto com as árvores.
Para comprovar os efeitos fisiológicos e psicológicos dos “banhos de floresta”, as autoridades japonesas investiram, entre 2004 e 2012, três milhões de euros no estudo desta prática. Com base nos resultados, traçaram 48 trilhos terapêuticos.
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Respirar o ar da floresta
Num estudo de 2009, os investigadores mediram a atividade das células exterminadoras naturais ou células NK (do inglês “natural killer”) no sistema imunitário antes e após a exposição à floresta. Estas células têm um papel importante no combate a infeções virais e células cancerígenas.Os participantes mostraram aumentos significativos na atividade das células NK na semana que sucedeu a visita à floresta e os efeitos positivos duraram um mês após cada fim-de-semana na floresta.
Estes efeitos devem-se a vários óleos essenciais – conhecidos como phytoncides – que as árvores, plantas e algumas frutas e vegetais libertam para se protegerem de germes e insetos. A inalação destes compostos parece melhorar o funcionamento do sistema imunitário.
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Benefícios de uma visita de 30 minutos à floresta
Outros estudos realizados pela Universidade de Chiba, no Japão, mediram os efeitos fisiológicos dos “banhos de floresta” em 280 participantes na casa dos 20. Os investigadores mediram e compararam o cortisol (uma hormona que funciona como um indicador do stress) na saliva dos participantes, a sua pressão arterial e ritmo cardíaco durante um dia na cidade e durante um dia com uma visita de 30 minutos à floresta.“Os ambientes florestais favorecem concentrações mais baixas de cortisol, pulsação e pressão arterial mais baixas, uma maior atividade nervosa parassimpática e menor atividade nervosa simpática do que os ambientes urbanos”, concluíram os investigadores.
O sistema nervoso parassimpático é responsável por estimular ações que permitem ao organismo responder a situações de calma, ao passo que o simpático prepara o organismo para reagir em situações de medo, stress e excitação, controlando as reações de “luta ou fuga”. Isto significa que os participantes estavam mais descansados e menos propensos ao stress depois de um mergulho na floresta.
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As florestas são ambientes terapêuticos
Um outro estudo, desta vez sobre os seus efeitos psicológicos, testou 498 voluntários saudáveis. Os participantes exibiram níveis de hostilidade e depressão significativamente inferiores, aliados a uma maior vivacidade, após a exposição às árvores. “Por conseguinte”, escreveram os investigadores, “os ambientes florestais podem ser vistos como paisagens terapêuticas”.Vários outros estudos têm sustentado os benefícios do contacto com a natureza. A exposição de curta duração à vegetação em ambientes urbanos pode reduzir os níveis de stress e há especialistas que recomendam “doses de natureza” como parte do tratamento para crianças com défice de atenção.
Segundo um relatório do Instituto para a Política Ambiental Europeia, quem vive perto de árvores e espaços verdes também tem menos probabilidade de ser obeso, inativo ou de estar dependente de antidepressivos.
Tudo isto parece confirmar algo que todos sabemos: o contacto com a natureza faz-nos bem. E nem precisamos de passar muito tempo na natureza para daí retirarmos benefícios, mas o contacto regular parece melhorar o funcionamento do nosso sistema imunitário e o nosso bem-estar.
Fonte:http://www.theuniplanet.com/2017/09/banhos-floresta-pratica-japonesa-saude-shinrin-yoku.html
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