OFERENDAS NA UMBANDA
Muitas pessoas (principalmente sacerdotes), dizem que os espíritos e os Orixás comem as oferendas. Isso nada mais é do que uma forma de falar, uma gíria, digamos assim, pois os espíritos não sentem fome, pois não possuem mais corpo material. Tudo no universo precisa de equilíbrio para existir, esse equilíbrio se faz com a existência de duas partes em algo, uma parte positiva e outra negativa, pois nada é totalmente ruim e nem totalmente bom. Os alimentos, como tudo que possui vida no universo, são feitos de energias, algumas delas conhecidas pelos espíritos encarnados e outras não.
Por isso, são feitas as oferendas, para que a entidade que as estiver recebendo as absorvam através da deterioração do alimento e, não pela ingestão como alguns pouco esclarecidos pensam. Essas oferendas são usadas para o alívio e cura das pessoas, sendo que para o mal, é usada a mesma fórmula, só que se absorve a energia negativa neste caso.
Todos os seres vivos que habitam o universo, possuem uma energia vital, que muitos a chamam de aura. Essa energia, quando afetada, pode trazer diversos males ao corpo físico, pois a mesma pode ser enfraquecida ou até mesmo carregada de energias negativas, podendo causar até a morte da pessoa doente, pois, tratamentos médicos para males do espírito são completamente inúteis, pois se não for feito um tratamento espiritual adequado imediato, como dito anteriormente, pode haver a desencarnação do doente. As oferendas feitas às entidades têm o propósito de fazer com que as mesmas renovem a aura do doente, restabelecendo assim, a sua saúde física, mental e espiritual. As oferendas normalmente são compostas de frutas de todas as qualidades, legumes, vegetais, doces, flores em quantidade e velas de todas as cores.
OXALÁ: canjica branca cozida em água e coberta com mel deve ser servida em vasilha de louça branca.
Velas brancas.
OXUM: Pêssego coberto com açúcar cristal- deve ser servido em vasilha de louça branca, velas azuis claras.
7 velas brancas e 7 azuis claro, água mineral canjica branca, fitas azuis clara e branca
IANSÃ: água mineral, acarajé ou milho em espiga coberto com mel ou ainda canjica amarela, fitas branca e amarelo escuro e flores.
Velas: 7 velas brancas e 7 amarelo escuro.
Velas: 7 velas brancas e 7 amarelo escuro.
NANÃ: purê de batata doce com mel (ALGUIDAR).
Vela roxa.
IEMANJÁ: Arroz cozido em água sem tempero ou manjar branco servido em vasilha de louça branca.
Vela branca ou azul.
XANGÔ: quiabo com azeite doce (GAMELA), ou inhame cozido na água sem tempero e regado com dendê e mel. Vela marrom
OXOSSI: frutas diversas, vinho tinto ou cerveja preta (ALGUIDAR). Comida: jiló, quiabo, mandioca e demais legumes e verduras cozidas.
Vela verde.
OGUM: Servir feijão preto cozido em água sem tempero, cerveja branca.
Velas: vela vermelha ou vela vermelha e branca
OMULU/OBALUAÊ: pipoca estourada em areia de praia, ou no azeite de dendê - deve ser servida em vasilha de barro (alguidar).
Vela preta/branca.
OFERENDAS ÀS ENTIDADES: pode variar muito de entidade para entidade. Somente os Chefes de seu Terreiro que cuidam de seu desenvolvimento é que podem lhe indicar qual as oferendas a fazer.
-AOS CABOCLOS: em seu ponto de força que são as MATAS:frutas diversas, flores do mato, charuto, água de mina, velas, milho cozido, vinho branco em coité....
Oferenda para a corrente dos Caboclo em meu Terreiro, Dezembro 2014. |
-AOS PRETOS VELHOS: fumo, rosas brancas, farinha com mel, canjica, bolo, fubá, café com mel, feijoada ou tutu de feijão ou cuscuz acompanhado de café amargo ou vinho.... Vela: branca/preta.
Local da oferta: cemitérios, cruzeiros, tronco de arvore grande.
-AS CRIANÇAS: seus campos de força são: JARDIM, BEIRA-MAR e CACHOEIRA: doces, balas, maria-mole, bolo recheado, chocolate, guaraná, farinha de mandioca com açúcar, bolo de aniversário, pirulitos e doces em geral, vela cor de rosa.
Obs.: pipoca não é oferenda de criança.
-AOS BOIADEIROS: seu ponto de força é a estrada de terra em porteiras: charuto ou cigarro de palha, café sem açúcar, farofa de boiadeiro (feita com miúdo de boi), vinho...
-AOS BAIANOS: seu ponto de força é no MAR: água de côco, farofa com dendê, cigarros de palha...
-AOS COMPADRES: nas encruzas, campo santo: farofa (com pimenta vermelha e azeite de dendê), pimenta vermelha, charuto, wisky, ....NÃO há sacrifícios de animais na umbanda que pratico.
-AS COMADRES: encruza ( NUNCA urbanas), campo santo: rosas vermelhas, cigarro fino ou cigarrete, champanhe, Martini, farofa com pimenta, etc.
Obs.: aos médiuns incluindo em desenvolvimento: somente OS CHEFES DO TERREIRO, podem passar obrigações em matas, cemitérios, encruzas ou qualquer outro ponto de força.
Nas Matas da Jurema,
Rodrigo Queiroz
"OFERENDAS NA UMBANDA"
- Venha filho, vamos caminhar.
Assim anunciou o velho Pajé, balançando um maracá, quando me dei por conta estava em meio a uma clareira em plena mata virgem, árvores frondosas e maravilhosas raramente vistas no plano físico da vida. Ele me conduziu para uma estreita trilha.
- Filho vamos para uma experiência importante, é necessário que não dê tanta importância a beleza do lugar, mas sim apure seus sentidos, visão, olfato, tato, paladar e serenidade. Perceba a textura do chão no seu pé, a leveza das folhas em suas mãos, o cheiro de ervas no ar e a brisa fresca a acarinhar sua face.
- Posso sentir o gosto de seiva na boca Pajé.
- Sinal que já está próximo do que quero filho. Respire fundo e feche os olhos.
- Pajé, posso enxergar com olhos fechados! – exclamei emocionado.
- O que vê filho?
- Vejo troncos de luz, silfos, salamandras, folhas irradiantes…
- Lentamente abra os olhos.
- Sim…
- Continua vendo?
- Nitidamente Pajé…
- O que vê filho é a vida neste reino natural, tão mal percebida pelos encarnados e infelizmente entre os próprios fiéis do culto á natureza.
- Umbanda?
- Sim.
- Apure sua visão e perceba que é possível ver a seiva circular dentro das arvores, escutar o coração bater no peito dos pássaros e experienciar a presença dos entes invisíveis ao olho material, que são eles, os duendes, gnomos, fadas, silfos, ninfas e tanto mais.
- Quanta beleza Pajé!
- Quanta vida filho, quanta vida!
- Sim, pulsante…
- Agora me acompanhe.
Nos dirigimos a outra clareira, lá tinha muitas pessoas, vestidas de branco, colares, atabaque e muitas frutas, logo notei que se tratava de um terreiro pronto a iniciar uma atividade, curioso fiquei a observar atentamente, encantado com o toque harmônico da curimba e os raios de luz que espargiam no ambiente em direção dos presentes a cada batida das mãos no couro. Alguns outros se organizavam para no meio da roda depositar as oferendas, muitas frutas, velas, incensos, bebidas. Conseguia visualizar a luminosidade aurica de cada um, em cores e tons dos mais variadas.
- Filho, este grupo de cultuadores da natureza divina, está realizando um culto de exaltação ao senhor das matas…
- Pai Oxossi!
- Sim, e para tanto é comum postar oferendas em seu louvor, na Umbanda recorremos ao uso da natureza, como frutas, pedras, bebidas, incenso etc. Dispensando qualquer uso de imolação de animais.
- Sei Pajé, compreendo e tenho pra mim que é o correto, somente que muitos que cruzam o culto de umbanda com o africano recorrem á praticas da imolação…
- Sim filho, porém não vamos acessar este assunto no momento, vamos nos ater a esta liturgia de hoje e colher as impressões pertinentes.
- Sim Senhor.
Ele calado sacudia seu maracá e eu observando tudo, vi que as frutas emitiam luzes e quando cortadas era como que se abrisse uma caixa de luz, que de dentro um clarão escapava e por alguns minutos ficavam ali a iluminar e criando um campo de luz e energia indescritível. Quando a curimba acelerou o toque vi um portal se abrir na frente da oferenda e dele dezenas de caboclos, caboclas e encantados saíram, abraçaram todos os presentes, dançavam e cantavam. Realmente era uma festa, uma exaltação e finalmente entoam o ponto.
…As matas estavam escuras…e um anjo a iluminou…e no centro da mata virgem…foi Oxósse quem chegou…mas ele é o rei ele é o rei ele é o rei…
As folhas no chão começaram a voar e as entidades presentes em reverência batiam a cabeça ao chão, quando como que uma explosão e uma luz cegante se fez presente um emissário do Sr. Oxossi, sua luz verde era intensa que não pude me manter com a cabeça levantada, os caboclos ajoelhados bradavam em reverência e louvor, do lado físico alguns médiuns entravam em transe energético e a curimba acelerava o toque, poucos segundos passados novamente a explosão e Oxossi se recolheu.
Na oferenda a luz era mais intensa.
Com os médiuns em oração e ajoelhados, as entidades estendiam as mãos em direção a oferenda e o inusitado acontecia. Dos elementos saiam uma substância esverdeada parecido com uma massa elástica que eles moldavam e iam aplicando nos fiéis presentes, rapidamente era absorvido pelos chakras e a luminosidade do corpo aurico deles era modificado, sutilizava e irradiava mais. Por alguns minutos este procedimento ocorreu e as entidades se recolheram para o portal mencionado.
- Viu filho, nenhuma entidade comeu as frutas.
- Mas eles não precisam comer para ficar tratado?
- Não filho, compreenda que somos de uma dimensão bem mais sutil que a de vocês e se nos aventurássemos a ingerir o prâna dos vegetais do plano físico nos traria grande desarranjo energético, quando precisamos nos “alimentar” encontramos o mesmo em nossa esfera e não na de vocês.
- Entendo…
- Entenda também que fora a liturgia religiosa, a necessidade de oferendas são para vocês mesmos que quando encarnaram perderam a capacidade de extrair o prana da natureza e recorrem a esta prática para que nós os mentores os auxilie na extração e aplicação do prana em vocês mesmos.
- Para que?
- A fim de sutilizar vossas energizar, equilibrar os chakras, curar doenças e muito mais. Também guardamos para os médiuns usarem nos atendimentos.
- Pajé de onde tiram tantas teorias que só ajudam a complicar a compreensão?
- Talvez das observações limitadas ao próprio conhecimento, ruim é quando saem do bom senso e fundamentam suas teorias no absurdo.
- Podemos fazer sempre oferendas?
- Sim, quando e onde bem entender e lá um de nós estaremos a auxiliar na extração do prana.
- Incrível.
- Agora vamos filho, logo em breve retomamos esta prosa para aprofundamentos práticos, aproveite e vamos ensinar estas práticas…
Acordei após estas palavras, poderia ser um sonho…quero como uma revelação…
Saravá!
Texto retirado da página : Sabedoria De Umbanda
https://www.facebook.com/pages/Sabedoria-De-Umbanda/695269347185749?pnref=story
Obs.:
Prāna (em sânscrito:प्राण, sopro de vida) é, segundo os Upanishadnota 1 , antigas escrituras indianas, a energia vital universal que permeia o cosmo, absorvida pelos os seres vivos através do ar que respiram. O segundo dos corpos energéticos ou Koshas.
Na filosofia vedanta , prana é a noção da força de sustentação dos seres vivos, a energia vital, originando a noção chinesa de Qi. Prana é um conceito central na Ayurveda e Yoga, onde acredita-se fluir através de uma rede de finos canais sutis chamados nadis. Prana foi exposta no Upanishads, onde é parte do reino mundano, físico, sustentando o corpo ea mãe de pensamento e, portanto, também da mente. Prana permeia todas as formas de vida, mas não é em si o Atman alma ou individual.
No filosofia hindu de Caxemira Shaivism, o prana é considerada como um aspecto da Shakti (energia cósmica).
- FRUTAS DOS ORIXÁS: alguns exemplos que podem ter diferenças entre as casas
OXALÁ: polpa de côco, pêssego branco, nozes, castanhas e amêndoas, melão branco espanhol (partilha com Oxum).
OGUM: marmelo, laranja, limão.
XANGÔ: morango, caqui, cacau, mamão, goiaba.
EXU: amora, manga, laranja azeda, caju, jaca, pomelo.
IANSÃ: maça vermelha, tangerina, laranja-bahia, uva rosa, pitanga, cereja.
OXOSSI: batia, nêspera ( ameixa branca), côco, frutinhas do mato ( pequi,etc).
OXUM: pêssego amarelo, maça verde, melão amarelo, damasco, Nêspera, bergamota poukan.
OMULU/ABALUAIÊ: maracujá, uva preta, jabuticaba, figo preto, cereja preta.
YEMANJÁ: melancia, uvas brancas, uva Juliana, pêra.
( http:// www.genuinaumbanda.com.br )
- FLORES DOS ORIXÁS: alguns exemplos mais comuns
Fiz uma lista das flores mais comuns e que podem ser entregues em oferendas e também ser utilizadas em banhos específicos de cada orixá.
Os banhos com flores são chamados de banhos de proteção e não devem ser fervidos, apenas as pétalas são colocadas em um recipiente e a água fervente é despejada por sobre elas. Toma-se do pescoço para baixo quando atingir a temperatura ambiente. As pétalas restantes são recolhidas e atiradas na terra para que retornem ao seu ambiente natural. Recomenda-se acender uma vela para o orixá antes do ritual e os pedidos são feitos enquanto a água escorre pelo corpo.
Os banhos com flores são chamados de banhos de proteção e não devem ser fervidos, apenas as pétalas são colocadas em um recipiente e a água fervente é despejada por sobre elas. Toma-se do pescoço para baixo quando atingir a temperatura ambiente. As pétalas restantes são recolhidas e atiradas na terra para que retornem ao seu ambiente natural. Recomenda-se acender uma vela para o orixá antes do ritual e os pedidos são feitos enquanto a água escorre pelo corpo.
Oxalá – Lírio branco, copo de leite, Girassol, Angélica e flores brancas em geral.
Oxóssi – Antúrio, Samambaia, folhagens e flores em geral.
Oxum – Rosas amarelas, Rosas Cor de Rosa, Lírios em geral.
Iemanjá – Rosas brancas, Margaridas, Palmas brancas, Angélica.
Iansã – Rosas champanhe, Gérbera coral, Crisântemos amarelos e todas as flores amarelas.
Xangô – Cravos rajados, Monsenhor amarelo, Espirradeira.
Ogum – Cravos vermelhos, Palmas vermelhas e Palmas brancas, Crista-de-galo, Açucena rajada.
Nanã – Verbena, Flores do campo, Dálias, Manacá, Crisântemos.
Ibeji – Onze horas.
Obaluaiê – Cravos brancos, Crisântemos branco, Quaresmeira, Agapanto roxo
Oxóssi – Antúrio, Samambaia, folhagens e flores em geral.
Oxum – Rosas amarelas, Rosas Cor de Rosa, Lírios em geral.
Iemanjá – Rosas brancas, Margaridas, Palmas brancas, Angélica.
Iansã – Rosas champanhe, Gérbera coral, Crisântemos amarelos e todas as flores amarelas.
Xangô – Cravos rajados, Monsenhor amarelo, Espirradeira.
Ogum – Cravos vermelhos, Palmas vermelhas e Palmas brancas, Crista-de-galo, Açucena rajada.
Nanã – Verbena, Flores do campo, Dálias, Manacá, Crisântemos.
Ibeji – Onze horas.
Obaluaiê – Cravos brancos, Crisântemos branco, Quaresmeira, Agapanto roxo
http://www.tucabocloubirajara.com/flores-dos-orixas/
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Nas Matas da Jurema,
Rodrigo Queiroz
"OFERENDAS NA UMBANDA"
- Venha filho, vamos caminhar.
Assim anunciou o velho Pajé, balançando um maracá, quando me dei por conta estava em meio a uma clareira em plena mata virgem, árvores frondosas e maravilhosas raramente vistas no plano físico da vida. Ele me conduziu para uma estreita trilha.
- Filho vamos para uma experiência importante, é necessário que não dê tanta importância a beleza do lugar, mas sim apure seus sentidos, visão, olfato, tato, paladar e serenidade. Perceba a textura do chão no seu pé, a leveza das folhas em suas mãos, o cheiro de ervas no ar e a brisa fresca a acarinhar sua face.
- Posso sentir o gosto de seiva na boca Pajé.
- Sinal que já está próximo do que quero filho. Respire fundo e feche os olhos.
- Pajé, posso enxergar com olhos fechados! – exclamei emocionado.
- O que vê filho?
- Vejo troncos de luz, silfos, salamandras, folhas irradiantes…
- Lentamente abra os olhos.
- Sim…
- Continua vendo?
- Nitidamente Pajé…
- O que vê filho é a vida neste reino natural, tão mal percebida pelos encarnados e infelizmente entre os próprios fiéis do culto á natureza.
- Umbanda?
- Sim.
- Apure sua visão e perceba que é possível ver a seiva circular dentro das arvores, escutar o coração bater no peito dos pássaros e experienciar a presença dos entes invisíveis ao olho material, que são eles, os duendes, gnomos, fadas, silfos, ninfas e tanto mais.
- Quanta beleza Pajé!
- Quanta vida filho, quanta vida!
- Sim, pulsante…
- Agora me acompanhe.
Nos dirigimos a outra clareira, lá tinha muitas pessoas, vestidas de branco, colares, atabaque e muitas frutas, logo notei que se tratava de um terreiro pronto a iniciar uma atividade, curioso fiquei a observar atentamente, encantado com o toque harmônico da curimba e os raios de luz que espargiam no ambiente em direção dos presentes a cada batida das mãos no couro. Alguns outros se organizavam para no meio da roda depositar as oferendas, muitas frutas, velas, incensos, bebidas. Conseguia visualizar a luminosidade aurica de cada um, em cores e tons dos mais variadas.
- Filho, este grupo de cultuadores da natureza divina, está realizando um culto de exaltação ao senhor das matas…
- Pai Oxossi!
- Sim, e para tanto é comum postar oferendas em seu louvor, na Umbanda recorremos ao uso da natureza, como frutas, pedras, bebidas, incenso etc. Dispensando qualquer uso de imolação de animais.
- Sei Pajé, compreendo e tenho pra mim que é o correto, somente que muitos que cruzam o culto de umbanda com o africano recorrem á praticas da imolação…
- Sim filho, porém não vamos acessar este assunto no momento, vamos nos ater a esta liturgia de hoje e colher as impressões pertinentes.
- Sim Senhor.
Ele calado sacudia seu maracá e eu observando tudo, vi que as frutas emitiam luzes e quando cortadas era como que se abrisse uma caixa de luz, que de dentro um clarão escapava e por alguns minutos ficavam ali a iluminar e criando um campo de luz e energia indescritível. Quando a curimba acelerou o toque vi um portal se abrir na frente da oferenda e dele dezenas de caboclos, caboclas e encantados saíram, abraçaram todos os presentes, dançavam e cantavam. Realmente era uma festa, uma exaltação e finalmente entoam o ponto.
…As matas estavam escuras…e um anjo a iluminou…e no centro da mata virgem…foi Oxósse quem chegou…mas ele é o rei ele é o rei ele é o rei…
As folhas no chão começaram a voar e as entidades presentes em reverência batiam a cabeça ao chão, quando como que uma explosão e uma luz cegante se fez presente um emissário do Sr. Oxossi, sua luz verde era intensa que não pude me manter com a cabeça levantada, os caboclos ajoelhados bradavam em reverência e louvor, do lado físico alguns médiuns entravam em transe energético e a curimba acelerava o toque, poucos segundos passados novamente a explosão e Oxossi se recolheu.
Na oferenda a luz era mais intensa.
Com os médiuns em oração e ajoelhados, as entidades estendiam as mãos em direção a oferenda e o inusitado acontecia. Dos elementos saiam uma substância esverdeada parecido com uma massa elástica que eles moldavam e iam aplicando nos fiéis presentes, rapidamente era absorvido pelos chakras e a luminosidade do corpo aurico deles era modificado, sutilizava e irradiava mais. Por alguns minutos este procedimento ocorreu e as entidades se recolheram para o portal mencionado.
- Viu filho, nenhuma entidade comeu as frutas.
- Mas eles não precisam comer para ficar tratado?
- Não filho, compreenda que somos de uma dimensão bem mais sutil que a de vocês e se nos aventurássemos a ingerir o prâna dos vegetais do plano físico nos traria grande desarranjo energético, quando precisamos nos “alimentar” encontramos o mesmo em nossa esfera e não na de vocês.
- Entendo…
- Entenda também que fora a liturgia religiosa, a necessidade de oferendas são para vocês mesmos que quando encarnaram perderam a capacidade de extrair o prana da natureza e recorrem a esta prática para que nós os mentores os auxilie na extração e aplicação do prana em vocês mesmos.
- Para que?
- A fim de sutilizar vossas energizar, equilibrar os chakras, curar doenças e muito mais. Também guardamos para os médiuns usarem nos atendimentos.
- Pajé de onde tiram tantas teorias que só ajudam a complicar a compreensão?
- Talvez das observações limitadas ao próprio conhecimento, ruim é quando saem do bom senso e fundamentam suas teorias no absurdo.
- Podemos fazer sempre oferendas?
- Sim, quando e onde bem entender e lá um de nós estaremos a auxiliar na extração do prana.
- Incrível.
- Agora vamos filho, logo em breve retomamos esta prosa para aprofundamentos práticos, aproveite e vamos ensinar estas práticas…
Acordei após estas palavras, poderia ser um sonho…quero como uma revelação…
Saravá!
Texto retirado da página : Sabedoria De Umbanda
https://www.facebook.com/pages/Sabedoria-De-Umbanda/695269347185749?pnref=story
Obs.:
Prāna (em sânscrito:प्राण, sopro de vida) é, segundo os Upanishadnota 1 , antigas escrituras indianas, a energia vital universal que permeia o cosmo, absorvida pelos os seres vivos através do ar que respiram. O segundo dos corpos energéticos ou Koshas.
Na filosofia vedanta , prana é a noção da força de sustentação dos seres vivos, a energia vital, originando a noção chinesa de Qi. Prana é um conceito central na Ayurveda e Yoga, onde acredita-se fluir através de uma rede de finos canais sutis chamados nadis. Prana foi exposta no Upanishads, onde é parte do reino mundano, físico, sustentando o corpo ea mãe de pensamento e, portanto, também da mente. Prana permeia todas as formas de vida, mas não é em si o Atman alma ou individual.
No filosofia hindu de Caxemira Shaivism, o prana é considerada como um aspecto da Shakti (energia cósmica).
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