Mediunidade: um pouco de tudo o que a envolve
Mediunidade
Mediunidade nem sempre é uma palavra bem-vinda em qualquer ambiente. Muitas pessoas sentem medo, outras têm preconceito, algumas continuam acreditando no tabu que se criou ao redor dela, outras não sabem por onde começar, ou sofrem por não saberem lidar com a própria mediunidade.
Mesmo que existam opiniões, crenças, visões e abordagens muito diferentes sobre a mediunidade, ela é algo natural a todos os seres humanos. Sim, mesmo que você não saiba que possui mediunidade, ela está aí com você. Pode estar quietinha, dormente, desequilibrada (e você nem saber disso até ler este artigo), bloqueada, em desenvolvimento…
Há muitas pessoas sofrendo hoje em dia, tanto por causa de ansiedade, como de estresse, depressão, doenças físicas, emocionais, mentais. Todas as pessoas têm condições de melhorar suas vidas por meio da mediunidade, mas não sabem disso. Temendo que algo muito ruim lhes aconteça, as pessoas não procuram entender ou saber a respeito.
Algumas religiões ortodoxas e conservadoras/tradicionais veem esse tema como um tabu, uma distorção espiritual. Mas a mediunidade está presente nas escrituras e na própria prática espiritual, seja ela qual for. Se tomarmos como exemplo alguns trechos da Bíblia, podemos identificar facilmente a presença da mediunidade na vida de Jesus e na de seus seguidores e apóstolos.
Vamos observar pelo exemplo de como a Bíblia foi escrita: por “inspiração” divina, ou seja, os escritores dos evangelhos do Novo Testamento, como João, Mateus, Lucas, Marcos (Maria Madalena e outros que escreveram os evangelhos considerados apócrifos pelos cristãos), eram médiuns. Além de terem escrito sobre a vida de Jesus e seus ensinamentos, eles recebiam mensagens de seres divinos que foram registradas na Bíblia.
No Antigo Testamento, há muitos profetas, como Daniel, Ezequiel, Isaías, Moisés… Todos recebiam mensagens por meio de sonhos, por uma voz que vinha da montanha, a voz do Senhor, pela aparição de um anjo… Isso só para ficar no contexto do Cristianismo.
Apesar de o estudo e a prática da mediunidade estar muito ligados à religião, a mediunidade por si só não tem nada a ver com isso, mas com a nossa origem e nossa função na Terra. Por esse motivo, não há necessidade de estudá-la apenas se professarmos ou fizermos parte de um grupo religioso.
Cada religião surgiu para interpretar as leis naturais e dar um norte para as pessoas. Mas estamos em uma época em que podemos nos nortear a partir da nossa intuição e do nosso coração, desde que nossas intenções e nossa conduta estejam direcionadas para a nossa evolução e o bem de todos. Essa é a espiritualidade livre.
Nosso intuito aqui é o de olhar e trazer informações sobre a mediunidade de um ponto de vista universalista. Amamos e respeitamos todas as religiões, e seguimos o melhor de cada uma delas para a nossa evolução espiritual.
O que vem a ser mediunidade?
Mediunidade é uma sensibilidade ao extrafísico, ou seja, é por meio dela que se percebe a realidade extrafísica, aquilo que nem sempre os olhos veem. Ela também é a sensibilidade a tudo o que está ao nosso redor, sejam pessoas, família, filhos, amigos, trabalho, plantas, animais etc.
A mediunidade é como um músculo que devemos desenvolver; é como respirar, andar, uma capacidade inerente ao ser humano. É o sexto sentido. Querendo e acreditando ou não, a mediunidade existe, e todos nós temos esta faculdade da alma. A mediunidade de cada um é intransferível.
Como já dissemos no inicio do artigo, há seguidores de religiões ortodoxas, tradicionais, que costumam ver a mediunidade com maus olhos. No entanto, é possível fazer da mediunidade um canal de ações positivas e bênçãos no mundo.
No Brasil, basicamente, o estudo da mediunidade foi desenvolvido, estruturado, organizado pelo Espiritismo, e essa doutrina sempre teve de conviver com olhares tortos, ceticismo e desconfiança de boa parte da sociedade e das religiões eu já mencionamos. É por isso que ainda existe medo.
O que é medium?
Mediunidade é um termo utilizado pelos espíritas e codificado por Allan Kardec. E médium é uma palavra de origem grega, que quer dizer intermediário. Isso significa que a pessoa que se dispõe a desenvolver e trabalhar sua mediunidade se torna um canal, um porta-voz, trazendo para o mundo físico as mensagens que recebe do mundo extrafísico.
Os médiuns estão em todos os lugares, não são só aqueles frequentam centros espíritas ou seguem a doutrina espírita. Há médiuns em todas as religiões e grupos espirituais, ou seja, a sua presença ultrapassa os limites das crenças humanas.
Ser médium é apenas uma consequência da nossa condição humana, e isso não é bom, nem ruim. Todos nós somos médiuns, e vemos por aí pessoas escolhendo fazer o bem ou fazer o mal. Portanto, o que torna a mediunidade boa ou ruim são as nossas ações. Por meio do livre-arbítrio, nos tornamos médiuns da luz ou da sombra. Somos influenciados mediúnica e energeticamente para fazermos o bem ou o mal no dia a dia, durante toda a nossa vida.
Essas influências vão depender do padrão e da qualidade de nossos pensamentos, emoções e sentimentos, que direcionam nossas ações. Todos nós somos feitos de energia e estamos em constante interação com outras energias, vibrações que nos fazem bem ou mal. Leia os artigos sobre chakras e aurapara entender melhor esse assunto.
Qual a diferença entre um médium das sombras e um médium da luz?
Um médium de sombras está inspirado por forças e energias negativas, densas. Isso acontece porque o médium não está dando atenção para a sua mediunidade e para o cuidado com a sua energia pessoal; suas emoções, pensamentos e sentimentos não estão saudáveis e equilibrados, não há uma elevação nem uma prática espiritual; se há, é inconstante; pode ser que o médium não a leve sério e só se importe com ela em momentos de necessidade maior. Dessa forma, a pessoa torna-se uma presa fácil para obsessores e energias inferiores.
Quando o médium serve à luz, é sinal de que está conectado com o Bem Maior, com Deus, com seres de luz, com o Amor. A pessoa tem vontades elevadas, o desejo de servir, colaborar com outras pessoas, evoluir, crescer espiritualmente e cuidar de si mesmo (das suas emoções, sentimentos e pensamentos).
Esse comportamento é influenciado por mestres espirituais, mentores, santos, anjos e guias que lhe transmitem elevadas vibrações e inspirações para melhorar a sua vida e de outras pessoas, melhorar o mundo.
Certamente conhecemos pessoas que se encaixam nas duas descrições. E o desejo de muitos de nós é nos tornarmos médiuns alinhados com o amor e o bem. No entanto, até que vençamos o medo e deixemos de lado as crenças populares, os tabus e os preconceitos, percorremos um caminho em direção ao nosso desenvolvimento. E, ao longo desse caminho, podemos ter de lidar com o desequilíbrio de nossa mediunidade.
Para entender melhor esse assunto, recomendamos esse vídeo:
Sintomas de uma mediunidade desequilibrada
A mediunidade desequilibrada é como um carro desgovernado. Para um médium que ainda não começou a desenvolvê-la, pode ser muito desconfortável todos os sintomas abaixo:
- Mal-estar em ambientes com muitas pessoas;
- Mal-estar próximo a pessoas específicas;
- Transtorno de humor e bipolaridade constante;
- Forte vazio no peito, sentimento de angústia, de não ser compreendido pelas outras pessoas, de que as coisas não estão certas, de que está fora dos trilhos;
- Agitação, hiperatividade e animosidade;
- Raiva, estresse e chateação desproporcional;
- Antipatias injustificáveis;
- Transtornos de ansiedade;
- Pensamentos autodestrutivos, inferiores ou fixos;
- Bloqueio mental e criativo;
- Desmaio sem causa aparente;
- Insônia;
- Fobias emocionais;
- Inquietação sem motivo e falta de saciedade emocional;
- Perturbações espirituais;
- Sentimentos fortes de menos-valia e baixa autoestima;
- Dores, crises, conflitos, vícios e hábitos nocivos;
- Desequilíbrio mental, hipersexualidade, distúrbios alimentares (muita fome ou pouca fome), irritação, fobia social.
O mais importante é compreender que, a partir da aceitação e da construção de um bom relacionamento com a própria mediunidade, é possível minimizar e até eliminar muitos desses sintomas. Um bom começo é passar a observar os sintomas e as sensações para ter indícios de qual tipo de mediunidade você manifesta.
Quais são os tipos de mediunidade?
Antes de falar dos tipos de mediunidade em si, vamos ver alguns aspectos que se confundem com os tipos, mas que são importantes de serem entendidos e estudados para o bom desenvolvimento do médium:
A boa e a ruim:
Conforme falamos antes, não há mediunidade boa ou ruim. Esses aspectos dependem mais da conduta moral e do estilo de vida do médium do que da mediunidade em si, que sempre é neutra.
A desenvolvida e a escondida (ou a consciente e a inconsciente – a ostensiva e a oculta):
Algumas pessoas nascem com um nível de mediunidade que permite ser facilmente identificada logo na infância. Por outro lado, há pessoas que apenas ao longo da vida vão perceber sua mediunidade, seja pelos sintomas de desequilíbrio ou por situações em que ela se revela. Seja qual for a época em que ela se manifestar, trata-se de uma mediunidade que se caracteriza por fenômenos marcantes, sendo também chamada de mediunidade ostensiva.
Dessa forma, há duas formas de tomar consciência da própria mediunidade: pelo estímulo da família, do ambiente e dos grupos em que a pessoa está inserida, tornando-a consciente desde cedo ou ao longo do tempo; e pelas circunstâncias e situações as quais a pessoa vivencia, trazendo a mediunidade, antes inconsciente, à tona.
A mediunidade inconsciente pode ser sutil e se manifestar esporadicamente, e a pessoa pode, a princípio, ficar sem entender o que acontece com ela. Ao contrário de uma mediunidade ostensiva, essas manifestações mais “fracas” são características de uma mediunidade oculta.
As pessoas podem ser orientadas desde pequenas a desenvolverem a sua mediunidade. Quando estão mais crescidas, essas pessoas já têm muito mais consciência dos fenômenos e das influências extrafísicas, e passam a ter a capacidade de se protegerem de interferências nocivas e de trabalharem como canais de auxílio divino, ajudando outras pessoas e se ajudando. Essas são pessoas com a mediunidade desenvolvida e equilibrada.
A desequilibrada e a bloqueada:
Uma pessoa com a mediunidade desenvolvida e que, por algum motivo, desanima ou deixa de ter disciplina e compromisso com sua evolução, tem grande chance de sofrer com os sintomas de desequilíbrio depois de algum tempo.
Esses mesmos sintomas também afetam as pessoas que nem sequer sabem que possuem mediunidade e tampouco acreditam nela, ou até as pessoas que têm consciência de que sentem “coisas diferentes”, mas, por medo, preferem sofrer com as consequências do não desenvolvimento, buscando ajuda em locais e em maneiras que não pode lhes ajudar completamente.
Bloqueio da mediunidade
Infelizmente, muitas pessoas recorrem ao uso de medicamentos alopáticos, por exemplo. Qualquer remédio alopático só atua no nível físico, mas não consegue ajudar a amenizar os efeitos energéticos de uma mediunidade mal trabalhada.
A mediunidade, quando é bloqueada ou está inconsciente, pode causar doenças como sonambulismo, depressão e compulsões de todo tipo. O tratamento delas deve ultrapassar os limites de tratamentos médicos convencionais, trazendo para a pessoa uma nova abordagem e um novo olhar sobre si mesma. A mediunidade pede para que olhemos para nós com comprometimento, que nos engajemos com a própria evolução.
As manifestações da mediunidade
Os tipos de mediunidade estudados até hoje estão registrados n’O Livro dos Médiuns, canalizado por Allan Kardec. Eles foram catalogados e divididos de acordo com os sentidos do nosso corpo. Ou seja, o desenvolvimento da mediunidade depende do desenvolvimento dos nossos sentidos.
Em outras palavras, ainda, cada tipo de mediunidade se caracteriza pela sensibilidade aflorada por canais diferentes e pelo efeito que produzem. Há duas categorias de acordo com o efeito: os efeitos intelectuais e os físicos.
Os efeitos intelectuais são aqueles que atuam diretamente sobre o intelecto do médium ou são percebidos pelo cérebro por meio das sensações. Os efeitos são sentidos pelo médium apenas.
Já os efeitos físicos atuam no ambiente ou nas coisas materiais, e são percebidos por qualquer pessoa presente no ambiente. Podem ocorrer fenômenos como movimento de objetos, pancadas, sons, materializações, odores, luzes, transfigurações, curas.
Abaixo, veremos alguns tipos de médium, logo, de manifestação mediúnica.
De um ponto de vista mais livre, a mediunidade de cada pessoa tem a ver com a sua personalidade e com a sua missão, com o seu propósito de vida. Está relacionada às necessidades e aos aprendizados de cada um, a algo que está mais desenvolvido em si mesmo. A mediunidade se liga a:
- Necessidade de evolução do seu espírito;
- Capacidade de desenvolvimento do seu espírito; e
- Potenciais latentes de cada espírito.
Videntes
Essa capacidade consiste em ver seres, espíritos, energias, cenas e ambientes do mundo extrafísico. É uma visão que vem do espírito do médium e não do seu corpo físico. Há um grande número de videntes que são pessoas cegas no mundo material, pois a visão física não interfere nessa habilidade. Também já se sabe que os cegos não se encontram num mundo em plena escuridão.
Há divergência entre algumas correntes de pensamento que estudam a mediunidade. A descrição acima consta no Livro dos Médiuns, mas há outras escolas que entendem a vidência como a visão física.
Clarividentes
Normalmente, no senso comum, a clarividência é entendida como o que descrevemos acima sobre vidência. Na verdade, a clarividência ela é uma capacidade anímica, parapsíquica, ou seja, não se origina do espírito do médium, mas de sua alma.
Como habilidade, ela permite enxergar coisas, ambientes e pessoas do mundo material, mas que estão distantes. Também permite ver pessoas, cenas, ambientes através de objetos opacos. Novamente, é uma faculdade que independe da visão física. O seu desenvolvimento depende da atividade do chakra frontal, e não da mediunidade em si.
De Efeitos Físicos
Os médiuns de efeito físico, a partir da produção de ectoplasma, são canais de seres e energias que causam fenômenos materiais como movimentos (transporte, deslocamento), suspensão no ar (levitação), ruídos, giros, pancadas em objetos, escrita e sons.
Como dissemos antes, os efeitos físicos são percebidos por qualquer pessoa presente no ambiente. Podem ocorrer também fenômenos como produção de odores, luzes, transfigurações, curas.
O médium de efeito físico tem a capacidade de produzir ectoplasma por alguns processos do seu organismo físico, que veremos logo abaixo. A partir dessa substância, os seres e as entidades podem se manifestar. Na mediunidade de materialização, os seres utilizam ectoplasma cedido pelo médium para materializar a si mesmos ou objetos e outros elementos que estejam presentes na aura das pessoas.
Uma substância chamada ectoplasma
O ectoplasma é uma substância semimaterial gelatinosa produzida pelo fígado do médium. Ela se mantém estável no escuro e se dissolve na presença de luz. Normalmente ela sai do corpo do médium pelo nariz, boca e ouvidos.
Quando um médium de materialização não se desenvolve, o ectoplasma pouco a pouco preenche a sua aura e passa a prejudicá-lo, trazendo doenças como artrite, artrite reumatoide e outras ligadas à falta de flexibilidade do corpo físico. O desencadeamento de sintomas também é chamado de síndrome ectoplasmática.
Além disso, uma dieta alimentar em que o médium consome muito açúcar, carne, farinha branca causa desequilíbrio da produção de ectoplasma, aumentando-a consideravelmente.
Intuitivos
O médium intuitivo sente ou recebe intuições de seres espirituais, como guias, mestres, anjos, santos, mas não os vê e nem os ouve. As intuições se aproximam muito das inspirações, que são intuições mais sutis.
Por haver tanta sutileza na manifestação desse tipo de mediunidade, os médiuns inspirados não muito experientes podem ser alvo de entidades malfeitoras, ou até mesmo podem confundir suas próprias intuições com mensagens extrafísicas. Há uma linha muito tênue, e vamos falar mais sobre isso adiante.
Sensitivos
Também são pessoas impressionáveis (na verdade, a impressionabilidade, em alguma medida, é característica de qualquer médium). Os sensitivos, como o nome já diz, sentem as vibrações energéticas, a presença de seres, sem vê-los ou ouvi-los, como os intuitivos. No caso dos sensitivos, pode haver uma sensação em seu corpo físico, algo vago e inexplicável pela razão.
O desenvolvimento da percepção sutil é fundamental para este médium, tanto quanto se torna para uma pessoa cega adquirir a habilidade de reconhecer a que distância se encontram objetos e pessoas ao seu redor.
Audientes
Pelo nome dado, o médium ouve as mensagens dos seres espirituais. Isso pode acontecer de duas formas: por telepatia (com aquela impressão de que está escutando “dentro do cérebro”), ou pelo som que é percebido pelo corpo físico do médium (o seu aparelho auditivo).
Clariaudientes
Assim como a clarividência, a clariaudiência é uma faculdade anímica (não é mediunidade) que possibilita à pessoa ouvir, com seus ouvidos físicos, sons que estão que ocorrem fora do alcance da audição biológica.
Por meio dessa faculdade, é possível escutar a grandes distâncias ou através de obstáculos. Um médium pode ser clariaudiente ou clarividente, mas essas habilidades têm a ver com o desenvolvimento do seu espírito, e não depende da interferência ou amparo de outros seres.
Curadores ou médiuns de cura
A mediunidade de cura se dá pelo contato do médium com o enfermo ou com uma pessoa que recebe energias e fluidos curativos. Essa mediunidade também atua a distância, e é praticada por técnicas terapêuticas de cura energética como Reiki, Karuna, Seichim, Cura Prânica, Magnified Healing etc. Essas energias atuam na aura e nos chakras da pessoa tratada.
Medium de incorporação
Cientificamente, essa mediunidade é chamada de psicofonia. Passou a ser chamada de incorporação porque, quando o médium permite a atuação dos seres e espíritos, ele muda seu comportamento e seu jeito próprio, dando passagem à expressão do ser através do seu corpo físico. Isso fica evidente pelos gestos e modo de falar.
Muitos pensam que o espírito entra no corpo do médium, mas, na verdade, o que ocorre é o seguinte: por meio da aura e dos chakras do médium, o ser que se comunica acessa o sistema nervoso do médium e passa a controlar, em maior ou menor grau, algumas funções do corpo físico do médium, como a fala e os movimentos.
A incorporação pode ser consciente, semiconsciente ou inconsciente. Isso depende do grau de desenvolvimento mediúnico da pessoa, assim como do nível e da natureza da mediunidade que possui.
Escreventes
A psicografia ficou muito conhecida pelo trabalho do médium espírita Chico Xavier. Por meio dela, os médiuns são conduzidos pelos seres espirituais a escrever e registrar a mensagem transmitida em papel; é uma forma muito importante de mediunidade, pois através dela é possível expandir ainda mais o seu estudo e o desenvolvimento pelos seres humanos.
São conhecidas três formas de psicografia: a mecânica, a semimecânica e a intuitiva. Todas elas têm a ver com o grau de controle do ser espiritual sobre o processo mediúnico.
Na mecânica, o ser espiritual toma conta do braço do médium, e a mensagem não passa pela sua consciência, ou seja, o médium não faz ideia do que está escrevendo, e escreve muito rápido; na semimecânica, o ser espiritual tem domínio parcial do braço, o médium tem conhecimento da mensagem à medida que escreve; e na intuitiva, os seres transmitem suas ideias pela intuição do médium, que serve como intérprete da mensagem, ou seja, o médium sabe da mensagem antes de escrever.
Outros tipos de medium
Até agora, falamos das manifestações mais comuns. Há outras formas como a que se manifesta pela execução de músicas por meio de instrumentos musicais que se encontram no ambiente; existe mediunidade pelo pensamento, pela mobilização da energia mental do médium; outra se manifesta pelo sono, também chamada de sonambúlica; a que o médium fala e entende outras línguas sem ter estudados nenhuma delas, e pinta quadros sem nunca ter feito aulas de pintura, entre muitas outras.
O medium na Umbanda
Na Umbanda, são seguidos e praticados os mesmos conceitos e condutas estudados pelo Espiritismo. Há a presença de todos os tipos de mediunidade citados e a base de estudo é a mesma. A diferença maior está no ritual e nos costumes, no uso de instrumentos musicais que conduzem o trabalho mediúnico, nas canções e nos procedimentos.
A mediunidade que as pessoas de fora da Umbanda mais conhecem é a incorporação. O médium de incorporação é carinhosamente chamado de “cavalo”, pois ele é o canal, o veículo de manifestação dos guias espirituais, orixás e entidades que fazem parte do trabalho. É necessário ter os mesmos cuidados de todo médium em desenvolvimento.
Nesse processo de entrar em contato, conhecer e desenvolver a mediunidade, também é muito importante ter conhecimento de que usamos a nossa aura e todas as suas camadas para contatar e canalizar mensagens extrafísicas. Essa interação energética abre a possibilidade de o médium usar suas capacidades e habilidades pessoais no processo. Abaixo vamos ver como lidar da melhor forma com isso.
Diferenças entre Animismo e Mediunidade
É quase impossível haver mediunidade sem animismo. Uma coisa é confundida com a outra, e é isso que, em grande parte das vezes, gera os tabus na sociedade.
Um bom médium é alguém que recebe forças, energias, informações, orientações, ideias de outros seres, outras energias, e consegue transformar todas essas vibrações em uma mensagem fidedigna e que não passa pela sua própria consciência.
Como saber se o processo é mediúnico ou anímico? Um processo e uma mensagem mediúnica acontecem quando não representam o que o médium pensa ou acredita. Não há qualquer interpretação ou interferência do médium. É algo transferido de uma força extrafísica para o plano físico.
Já o processo anímico consiste em captar coisas “do ar”, em intuir coisas, colocar a opinião do médium nesta captação. Na verdade, é um processo que não depende da mediunidade, mas de habilidades energéticas da pessoa que também tem a mediunidade desenvolvida.
É um processo muito delicado o de apenas canalizar uma mensagem. Apesar disso, o médium com uma conduta moral elevada se esforça e se educa ao máximo para não colocar sua opinião ao captar as mensagens de outros seres.
Se você já trabalha com sua mediunidade ou a desenvolve diariamente, há duas perguntas que podem te ajudar a reconhecer um processo anímico e um mediúnico:
– As mensagens que recebo são minhas ou eu as sinto como se fossem um conselho de alguém? Se forem como mensagem de outra pessoa, em que você até ouve uma voz diferente da sua, é mediúnico. Se você “ouve” a própria voz, sente que vem de você, é anímico.
– Quando recebo mensagens, eu simplesmente ouço e as repito, ou coloco minha interpretação e minhas palavras? Se apenas ouve e repete, é mediúnico. Se você coloca suas próprias palavras, é anímico.
Mediunidade: capacidade de intermediar
Animismo: capacidade de ter ideias próprias, captar suas próprias ideias e dar sua opinião.
Como dissemos antes, é muito difícil um processo ser puramente mediúnico. Existe um “desvio padrão” da interferência anímica aceitável e compreensível quando canalizamos os fenômenos.
Esse desempenho e essa percepção mais sutil se aprimoram com a prática e o desenvolvimento da mediunidade. Faz parte desse desenvolvimento os questionamentos e a racionalização da fé e da prática. Quando encontramos respostas, também encontramos sentido para o que fazemos. Assim conseguimos acompanhar as experiências, entender o que se passa com a gente, e seguir adiante no processo e aprendendo a distinguir cada fenômeno.
Para entender melhor esse assunto, recomendamos esse vídeo:
Desafios ao desenvolver a mediunidade
A mediunidade é desenvolvida como qualquer outra habilidade humana e pode ser desenvolvida sem excessos, sem rigidez, sem medo excessivo – aquele que nos paralisa, e não aquele que nos traz cautela. Não é necessário estar vinculado a uma religião para isso. Requer apenas prática e comprometimento.
Por causa do grande preconceito que ainda existe, as pessoas que buscam desenvolver a mediunidade acabam fazendo isso escondido, ou o faz de forma incorreta, incompleta. Ainda existe uma forma equivocada de ver e cuidar da mediunidade. Mas, felizmente, isso está mudando aos poucos.
Hoje as pessoas procuram e encontram qualquer tipo de informação pela internet. Com o estudo da mediunidade não é diferente, mas as pessoas continuam sem saber em que acreditar e como começar, o que fazer em relação à própria mediunidade.
Há muitas escolas espirituais que antes eram fechadas, e estão divulgando seus ensinamentos. O conhecimento está disponível para todos. Antes, muitos desses conteúdos estavam acessíveis para poucas pessoas, pois dessa forma era possível protegê-los de assédios e distorções.
Podemos ter muitos problemas com a mediunidade quando ela é mal interpretada e mal compreendida. A mediunidade pode ser causa de doenças, mal-estar, desequilíbrio, mesmo quando já está aflorada, desenvolvida. Se a pessoa não se comprometer, a capacidade de crescimento se torna um fardo e um potencial fator de estagnação.
Por isso, ao desenvolver a mediunidade, abre-se um canal para a sua evolução, e não uma obrigação que te fará perder tempo. Além de nos aperfeiçoarmos, ajudamos outras pessoas e o mundo a evoluir junto com a gente. É essa a função da mediunidade.
Quando estamos alinhados com energias positivas, como quando falamos sobre o médium de luz, a mediunidade é facilmente desenvolvida. Conseguimos melhorar nossa qualidade de vida em todos os sentidos. À medida que nos tornamos íntimos e conscientes da nossa mediunidade, mais fácil fica de se desenvolver.
Estando com as emoções, pensamentos e sentimentos nessa frequência elevada, podemos ver com clareza a nossa missão. Aliás, mediunidade tem tudo a ver com ela, pois as nossas melhores habilidades pessoais se relacionam com o canal mediúnico que estabelecemos com o mundo extrafísico. Ou seja, a gente se comunica com os seres espirituais a partir das habilidades que mais são naturais para nós.
Até chegarmos nesse ponto, podemos dar os primeiros passos. Podemos nos abastecer com conhecimento genuíno e imparcial sobre a mediunidade, compreendendo as leis naturais que regem a nossa vida, como a lei de causa e efeito, e a partir disso compreender que a criação e todos nós estamos aqui por algum motivo, algum propósito.
Depois, podemos conhecer e estudar sobre a realidade extrafísica, sobre a influência dos nossos pensamentos, emoções e sentimentos na nossa vida cotidiana, e a lei da atração. E, ainda, como todas essas vibrações atraem para o nosso redor a presença e a atuação de outros seres alinhados com essas vibrações.
Além de tudo isso, é preciso também desenvolver os valores pessoais como o amor, a paciência, a confiança, a fé, desenvolver a autoestima, a capacidade de perdoar, o desapego, e compreender a missão da sua alma. Praticar o altruísmo por meio da sua doação para outras pessoas com seu tempo, atenção, dedicação e carinho é uma forma muito intensa de desenvolvimento de tudo o que mencionamos antes.
Parece complicado, mas na realidade é muito simples: Você realmente pode mudar qualquer coisa na sua vida que não esteja bem. Crises, conflitos pessoais e em família, falta de prosperidade, depressão, tristeza, insatisfação no trabalho e falta de sentido para vida. Mas o que fazer para começar neste momento a sua transformação positiva? A resposta é prática e curiosa ao mesmo tempo: ativando a elevação da sua sintonia. É tão impressionante e impactante que com o tempo certamente você vai se perguntar: “como é que eu não fiz isso antes?” E para ajudar você nesta busca, todos os dias eu faço um vídeo com um tema diferente sobre os mistérios e anseios que assim como você, as outras pessoas também têm. Ou seja, você não está sozinho! Essa série de vídeos vai lhe ensinar como começar a sua mudança e como elevar sua sintonia, esse caminho é testado e aprovado e já ajudou milhares de pessoas. E se você quiser, pode ver isso acontecer na sua vida agora mesmo! Basta se inscrever no meu canal do youtube que você vai receber os vídeos diários gratuitamente e poderá começar a sua jornada. Clique aqui para acessá-los!
Um grande abraço!
Redação Luz da Serra
Fonte:http://www.luzdaserra.com.br/mediunidade-um-pouco-de-tudo-o-que-a-envolve
Comentários
Postar um comentário