SOBRE A RAIVA E SEUS ANTÍDOTOS
Trecho do livro “Portões da Prática Budista” de Chagdud Rinpoche.
PERGUNTA: É errado sentir raiva daqueles que são responsáveis pelas guerras, que matam tantas pessoas?
RESPOSTA: Um assassino é tão digno da nossa compaixão quanto a sua vítima. A morte da vítima quita um débito cármico. Por outro lado, o assassino está plantando as sementes para um sofrimento em enorme escala no futuro muito maior do que o de sua vítima e nem sequer se dá conta disso.
Com certeza, tanto a vítima quanto o assassino merecem nossa compaixão.
Uma das maiores preocupações atualmente é alcançar a paz mundial, um fim pelo qual muitos grupos e pessoas batalham, uma atividade de intenções inteiramente nobres.
Todavia, se a agressão se faz presente, se estamos “brigando” pela paz, se um grupo diz ao outro “Vocês não estão criando paz no mundo e por isso vamos nos livrar de vocês”, estaremos tão somente alimentando a raiva que deu origem à ausência de paz desde o início.
Em vez disso, precisamos desenvolver a compaixão e desejo de ajudar a todos os envolvidos.
Nosso empenho para criar paz no mundo dependerá de como nós, como indivíduos, reagimos às situações. Se expressarmos raiva, ódio, aversão e agressão, vamos apenas exacerbar o problema.
Portanto, é importante não só cultivarmos ideais nobres, mas também honrar esses ideais e os incorporar em todos os aspectos da nossa vida.
Chagdud Tulku Rinpoche
Fonte:https://budismopetropolis.wordpress.com/2017/02/19/sobre-a-raiva-e-seus-antidotos/
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