Posted: 21 Jun 2016 04:50 AM PDT
Você pode não gostar da notícia mas em 15 ou 20 anos, as tecnologias disruptivas poderão
levar a um colapso do capitalismo e vamos entrar em um futuro sem
empregos. No momento de seu triunfo final, o capitalismo vai experimentar
a mais requintada das mortes pois o atual sistema econômico tornou-se
tão bem sucedido na redução dos custos de produção que criou as próprias
condições para a destruição da tradicional empresa verticalmente integrada.
Ninguém em sua imaginação mais
delirante, incluindo economistas e empresários, já imaginou a possibilidade de
uma revolução tecnológica tão extrema em sua produtividade que poderia
realmente reduzir os custos marginais para perto de zero, tornando os produtos
quase de graça, abundantes e já não estarão mais sujeitos as forças
do mercado. As grandes corporações e políticos dos países mais ricos do
mundo se deram conta desse irreversível fato, pois os avanços
tecnológicos não polpam ninguém e quando uma tecnologia mais avançada
e eficiente surge, outra se torna obsoleta imediatamente.
Graças as tecnologias
disruptivas altamente avançadas, postos de trabalho e mesmo Indústrias vão
desaparecer em breve, tornando-se vestígios de um passado distante.
Várias profissões serão feitas mais eficientemente por robôs
de inteligência artificial, eliminando a necessidade de empregados humanos
pois como vamos concorrer com máquinas que podem trabalhar 24 horas nos 7 dias
na semana sem precisar de férias, salário, bonificações, plano de saúde, vale
transporte, vale alimentação e o melhor, sem carteira assinada e sindicatos?
Como a indústria e os
governos vão dar emprego para bilhões de pessoas que foram
substituídas por máquinas mais eficientes e baratas e o mais importante,
quem vai comprar todos esses bilhões de produtos fabricados por robôs
inteligentes se a maior parte da população que fazia trabalhos de baixa
qualificação vão estar desempregados? Essa é a problemática pois toda
a minimização dos custos, maximização dos lucros e eficiência da
tecnologia vai acabar sufocando o capitalismo como o conhecemos.
Na verdade isso já
aconteceu antes no alvorecer da Era Industrial no século XVIII, mas nunca na
história com a mesma velocidade e escala. É o advento da “labor-light economy“,
como definido por pesquisadores do MIT como Andrew McAfee e Erik
Brynjolfsson, que têm explorado os benefícios e desvantagens de rápido avanço
tecnológico.
Ao
mesmo tempo, como as máquinas vão substituir a maioria dos trabalhos,
nossas necessidades fundamentais serão satisfeitas através da aplicação de novas
tecnologias que vão tornar o capitalismo obsoleto e dar início a
um novo modelo radical alimentado pelo ritmo extraordinário de inovação em
energia, comunicação, transporte e colaboração.
Alimentos, energia,
abrigo e cuidados de saúde serão gratuitos ou com custos tão baixos que eles
serão praticamente quase de graça. Até mesmo a educação será, eventualmente
quase de graça. Mas o caminho para o futuro sem emprego não vai ser algo
fácil ou simples nos próximos 15 a 20 anos. Um fator importante é a
de que as escolas e universidades de todo o mundo ainda estão
funcionando como uma sala de aula da era industrial, um sistema criado
como um campo de treinamento para futuros trabalhadores de fábricas onde
se ensinam tarefas, obediência, hierarquia e horários.
O sistema educacional
atual não está à altura do desafio de preparar os jovens para a nova
realidade nos próximos anos. Os alunos estão deixando
as universidades sem as capacidades necessárias para enfrentar
essa rápida evolução tecnológica do futuro sem emprego.
As
5 tecnologias que farão o seu trabalho obsoleto
Novas tecnologias
então mudando a forma como fazemos as coisas e no processo acaba
tornando certos empregos obsoletos. Estas são chamadas de tecnologias
disruptivas. Não é um problema quando uma tecnologia substitui outra
como por exemplo, quando o Modelo T de Henry Ford substituiu o cavalo e a
charrete, ou quando a geladeira elétrica substituiu a caixa de isopor
com gelo, porque a nova indústria fornece emprego, e os trabalhadores só
precisam de treinamento.
O problema surge
quando novas tecnologias dispensam os trabalhadores, tornando o processo
de produção mais eficiente através da automação. E é ainda um problema maior
quando a automação dispensa os trabalhadores a um ritmo muito mais rápido
do que as novas oportunidades de emprego que são criados na economia. Aqui
estão as cinco tecnologias disruptivas que irão levar a economia
global a um colapso total, fazendo cerca de 95% de toda a força de trabalho
humano totalmente desnecessário ao longo das próximas décadas:
Inteligência
artificial
Watson é um sistema de
computador de inteligência artificial desenvolvido pela IBM que é capaz de
processamento de linguagem natural, recuperação de informações, raciocínio e
representação do conhecimento.
Apesar do Watson
ainda não poder “entender” a linguagem, os cientistas certamente estão se
movendo nessa direção. Se forem bem sucedidos, esses computadores serão capazes
de substituir a maioria dos trabalhadores em suas respectivas áreas
de conhecimento como analistas financeiros, engenheiros, advogados,
economistas e assim por diante.
Muito parecido com o Siri da Apple, os computadores que processam as
informações para o Watson são separados do terminal (onde as perguntas são
respondidas). Isto significa que o Watson poderia ter potencialmente uma
inumerável quantidade de terminais (em máquinas ou dispositivos) que são
integrados com o computador principal. Isto também significa que qualquer atualização
no software no computador principal vai funcionar instantaneamente em todos os
terminais.
Linha
de montagem automatizada
Embora isso não é
necessariamente uma nova tendência, as linhas de montagem totalmente
automatizadas estão se tornando cada vez mais comuns para muitos dos produtos
que temos hoje. Isto significa que o que antes exigiam centenas ou milhares de
trabalhadores podem agora ser feito com menos de uma dúzia.
Veja a fábrica
que produz escovas de dentes, sem qualquer intervenção humana, do início ao
fim:
E na indústria da moda vai acontecer a mesma coisa com a tecnologia de
impressão 3D por pistola de pulverização instantânea que imprime tecido
diretamente sobre um molde sem desperdício de material e água. O cosyflex
é um tecido feito da mistura de látex com algodão para fabricar calcinhas
descartáveis biodegradáveis. A calcinha sai totalmente acabada sem
interferência humana numa linha de produção totalmente automatizada.
Robôs que aprendem observando
Se no passado
tínhamos que programar uma determinada máquina para executar uma tarefa,
hoje isso não é mais necessário. Como os robôs estão se tornando cada vez
mais avançados, eles serão capazes de aprender a executar tarefas de
complexidade cada vez maior e até mesmo comportamentos que antes eram
impensáveis para um robô.
Aqui está um robô
cozinheiro que será lançado em 2017 que aprende a cozinhar observando os movimentos
de cozinheiros experientes:
Robôs sensoriais que se auto corrigem
Não há nada de novo
sobre máquinas e robôs que estão programados para executar uma tarefa que
requer extrema precisão ou destreza. Nesse caso, o robô recebe uma determinada
ordem e executa a tarefa programada de forma repetitiva e
ordenada. Mas se uma tarefa for ligeiramente diferente do que o
robô foi programado para processar todo o processo se quebra.
Mas e se o robô também
tiver feedback sensorial (visual e tátil), ele poderá se auto
corrigir em tempo real e de ser adaptável a qualquer situação e em qualquer
tarefa manipulação física. O vídeo abaixo mostra uma mão robótica
executando manipulações hábeis de objetos em alta velocidade:
Impressão 3D
A impressão 3D
vai ser a maior revolução industrial de todos os tempos e mudar
completamente a forma como fabricamos absolutamente tudo. Em alguns
anos teremos impressoras 3D que imprimem vidro, casas, prédios, carros,
eletrônicos, roupas e até tecidos orgânicos para transplantes de forma rápida,
barata, sustentável, eficiente e quase sem a ajuda humana. Com os avanços
dos novos materiais para impressão 3D como bioplásticos e biocircuitos feitos
de celulose de madeira que são completamente biodegradáveis, teremos toda uma
nova geração de aparelhos eletrônicos, wearables e eletrodomésticos
impressos em 3D de um vez.
Será apenas uma questão de tempo até que os empresários descubram uma
maneira de integrar estas tecnologias. Quando isso acontecer, nós vamos
ter uma rede de robôs capazes de compreender comandos de linguagem natural, que
quando conectado à Internet e tendo acesso a todo o conhecimento
humano, poderão fornecer a informação mais pertinente a qualquer pergunta.
Esse robôs
inteligentes poderão aprender rapidamente qualquer habilidade física,
executá-la em uma velocidade muito alta e com precisão, e com um alto grau de
variabilidade (lembra o filme Matrix quando Neo baixa aulas de artes marciais e
aprende a lutar instantaneamente). E o mais interessante é que como estarão
conectados através da internet das coisas, sempre que um robô aprende
uma nova habilidade todos os robôs também vão adquiri-la. Se antes
temíamos a terceirização de milhões de empregos industriais na Ásia, agora o
problema será exponencialmente pior.
Isso é porque uma vez
que estes robôs entrarem no ambiente de trabalho , eles vão ser capazes de
substituir a grande maioria da força de trabalho como trabalhadores da
construção civil, farmacêuticos, agricultores, contadores, mecânicos, garçons,
representantes de suporte ao cliente e até pilotos e motoristas. Talvez
95% da força de trabalho vai se tornar obsoleta, o que significa que
praticamente quase todo tipo de trabalho serão afetados. Todos, exceto
aqueles no show business, profissões criativas ou os mais experientes engenheiros,
designers, arquitetos, médicos e cientistas.
O
que isto significa é que, a próxima revolução industrial da
inteligência artificial, seremos capazes de produzir quase todos os
produtos que nós temos hoje, com uma pequena fração do trabalho e do custo. Os
robôs serão capazes de fazer todas essas coisas, só que muito mais rápido, mais
eficiente, 24 horas por dia, 365 dias por ano, e sem a necessidade de seguro de
saúde ou compensação monetária. Eles também vão dominar em poucos minutos as
habilidades e disciplinas que os seres humanos são mestres. Estes são recursos
que os seres humanos não estão preparados para competir.
O bizarro é
que essas novas tecnologias vão levar o capitalismo à um beco sem saída, e
trazer a economia global a um colapso total pois quem vai poder comprar os
produtos fabricados por toda essa eficiência robótica se não haverá empregos
para maioria das pessoas? Alem disso existe o problema
da baixa taxa de natalidade nos países ocidentais e o aumento do
número de idosos nesses países. Quem vai sustentá-los?
Existe
outra alternativa para evitar esse colapso social, onde podemos
colocar a economia numa trajetória de crescimento sustentado e prosperidade
para todos no planeta mas para isso vamos ter que fazer uma revolução radical
na forma como o mundo funciona há séculos.
Segundo o gênio e
visionário Jacque Fresco, idealizador do Projeto
Vênus, para que a
humanidade possa de libertar dos problemas causados pela fome, escassez e
guerras intermináveis, primeiramente temos que eliminar as três máfias que
promovem o atraso da humanidade com o seu “capitalismo de compadres” e são elas: a máfia corporativa, a máfia bancária e a máfia
política.
É
possível criar uma sociedade radicalmente diferente? Uma onde os bens materiais
sejam desnecessários, onde os edifícios sejam criados em fábricas
automatizadas e os trabalhos mundanos sejam também
automatizados? Você gostaria de viver em uma cidade na qual o principal
objetivo do dia a dia seja aperfeiçoar o conhecimento pessoal, desfrutar de
hobbies, ou resolver problemas que podem ser comuns a todas as pessoas, a fim
de melhorar o padrão de vida de todos? Afinal qual é o sentido da nossa
existência nesse mundo?
Alguns podem achar
idealista ou utópico, mas o arquiteto Jacque Fresco que está
com 100 anos está convencido de que sua visão do futuro é muito
melhor do que a maneira como vivemos hoje. É claro que o capitalismo
possibilitou que a humanidade desenvolvesse um padrão de vida infinitamente
melhor hoje do que existia antes da revolução industrial no século XVIII, mas
está na hora de darmos um passo além e inaugurar uma nova economia baseada em
recursos e na cooperação, aproveitando toda a tecnologia que temos disponíveis
hoje.
A questão é saber se
as pessoas estão preparadas para essa mudança. O primeiro passo é
ter coragem de quebrar a programação mental feita pelas escolas,
universidades e mídia para ficarmos eternamente nesse sistema
insustentável atual onde a imensa maioria das pessoas trabalham em empregos que
odeiam só porque precisam do dinheiro para se sustentar. A verdade primordial
de como funciona o mundo é a de que “todas as guerras são guerras de banqueiros”
pois são eles os que mais lucram com isso.
No
seu documentário Paraíso ou Esquecimento, Jacque Fresco apresenta seu
projeto de uma nova sociedade mais sustentável movida pela alta tecnologia
para o bem de toda humanidade. Vale a pena ver e descobrir que existem
pessoas que ousam pensar fora da caixa e propor um novo sistema onde a
cooperação entre as pessoas e não a ganância e concorrência, podem criar um
mundo mais abundante, sustentável e próspero para a humanidade.
Fonte: http://www.conscienciaenergia.com/2016/06/um-novo-sistema-cooperativo-radical.html
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