(Foto: Reprodução/Patrick Demarchelier)
Para a boa forma, dormir pode ser mais eficaz do que malhar
17/12/2012 - 10h33 - Atualizado 11h13
Todos os dias, quando o sol se põe, os níveis de melatonina, neurotransmissor que dispara o sono, começam a aumentar, enquanto a concentração de cortisol, hormônio associado ao estado de alerta e ao estresse, cai paulatinamente. A liberação de serotonina, outro neurotransmissor que regula, além do sono, o apetite e o ritmo circadiano (mecanismo que ajusta o relógio biológico), também diminui, preparando o corpo para o repouso restaurador. O que nem todo mundo sabe, no entanto, é que além de reparador, o tempo que passamos dormindo tem enorme influência no ponteiro da balança. O organismo recupera tecidos e sintetiza vários hormônios durante as oito horas de sono (recomendação média para um adulto). A atividade é tão intensa nesse período que o corpo usa a maior parte das calorias que ingerimos durante o dia na chamada taxa metabólica de repouso, responsável por cerca de 70% de nosso gasto calórico.
"Diversas pesquisas indicam que quem dorme menos de cinco horas, a longo prazo, ganha um sobrepeso de 36% em comparação com quem dorme duas ou três horas a mais", afirma Eduardo Nunes Salles, diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. De acordo com Luciana Palombini, especialista no assunto pelo Instituto do Sono da Unifesp, isso acontece porque dormir menos aumenta os níveis de grelina e diminui os de leptina, e a consequência é maior apetite. A leptina é um hormônio que estimula o gasto calórico, atuando no metabolismo da glicose e promovendo sensação de saciedade. Já a grenalina estimula o apetite.
Se o seu problema é pegar no sono, a alimentação certa pode ajudar – e, aqui, carboidratos não são vilões: grãos, mandioca, batata e cevada contêm triptofano, um precursos da serotonina que ajuda a embalar a noite. "Evite comer em excesso, especialmente gordura", ensina Heloisa Guarita, nutricionista e mestre em psicobiologia no Instituto do Sono da Unifesp. E pare de achar que um copo de vinho vai ajudar a dormir mais rápido: "Apesar da moleza que causa, o álcool vai interferir na qualidade do sono depois". Novos estudos apontam que a temperatura também tem papel importante no processo – o ideal é que o quarto esteja entre 15,5° e 20°. E não se esqueça do poder relaxante de terapias como acupuntura, meditação e massagem. (FLAVIA GALEMBECK)
Fonte:http://vogue.globo.com/beleza/noticia/2012/12/para-boa-forma-dormir-pode-ser-mais-eficaz-do-que-malhar.html
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