Êxodo: Deuses e Reis
(Exodus: Gods and Kings) – Crítica
Êxodo: Deuses e Reis estreia próximo ao Natal, mas tem mais cara de filme blockbuster apocalíptico do que um filme com uma mensagem de Natal a se passar, talvez esse seja o acerto de Ridley Scott.
Conhecemos Moisés (Christian Bale) já adulto e general de um grande exército, cético até o último fio de cabelo ele desconfia das profecias até ter contato com “um Deus” que é interpretado por um menino.
Moisés se revolta contra o Faraó Ramsés (Joel Edgerton) mais por birra de família do que pra querer defender os escravos.
O filme tem um clima épico, fotografia envolvente conseguindo inserir o telespectador no mundo dos egípcios, efeitos especiais dignos de um grande blockbuster, mas mesmo após todos esses acertos Êxodo não consegue surpreender como um grande filme, ficando apenas um pouco acima da média.
É claro que a parte das pragas (o mais esperado pelo público) e o mar se abrindo, são eventos que não vão decepcionar, alias as batalhas campais também são muitíssimo bem feitas.
O interessante em Êxodo é o lado que o diretor decidiu focar, explicando as pragas de forma cientifica e o próprio Moisés, que não é nenhum ser cheio de amor ao próximo, apenas um general sem sentimento de compaixão, que até quer libertar os escravos, mas não morre de amores por eles, e se alguns escravos morrerem no meio do caminho, nada de ficar se lamentando, isso é apenas um reflexo de uma guerra (palavras do próprio no filme).
Êxodo tem um ritmo rápido, principalmente quando começam a ocorrer às pragas e dá algumas desaceleradas pontuais em diálogos, mas assim como ocorreu com Hércules, Êxodos tenta não seguir a história à risca mas sim mostrar um lado um pouco diferente do que estamos acostumados, isso faz com que o filme tenha chances de agradar um número maior de pessoas ou pelo menos não irá criar o ódio do público.
Nota do Autor: | 7 | |
Nota do público:(1 voto) | 5 | |
Sinopse:
Do aclamado diretor Ridley Scott (Gladiador, Prometheus) chega aos cinemas a aventura épica “Êxodo –Deuses e Reis”, uma história sobre a coragem de um homem para derrubar o líder de um império. Usando efeitos 3D de imersão, Scott traz à vida a batalha entre Moisés (Christian Bale), no momento em que ele ascende contra o faraó Ramsés (Joel Edgerton), levando 400 mil escravos a uma jornada monumental para escapar do Egito e das pragas que o aterrorizam.
Fonte:http://filmesegames.com.br/2014/exodo-deuses-e-reis-exodus-gods-and-kings-critica/
Trailer:
Imagens e fotos:
ÊXODO: DEUSES E REIS
(EXODUS: GODS AND KINGS, 2014)
Novo filme do diretor Ridley Scott, Êxodo: Deuses e Reisdeixa de lado a história clássica de Moisés (Christian Bale) abandonado ainda bebê em meio à realeza egípcia, para mostrá-lo já adulto, como general do Faraó Seti (John Torturro) e grande amigo do herdeiro ao trono, Ramsés (Joel Edgerton). A partir dessa mudança, o novo protagonista se mostra mais humano, cheio de dúvidas, diante de uma jornada espiritual inquietante. Só isso, já faz a nova versão da velha história se tornar mais interessante do que era esperado.
Este Moisés começa cético em relação à religião e sua preocupação com os judeus não vai além de uma empatia pela situação precária dos escravos do Egito. Somente quando um ancião chamado Nun (Ben Kingsley) revela a o protagonista que ele é, de fato, judeu, o rapaz começa a aceitar a sua verdadeira identidade e entender que é o único que pode libertar seu povo. Banido pelo faraó, Moisés vaga pelo deserto até que chega a uma aldeia onde conhece Zípora, sua futura esposa.
A trama então salta alguns anos até um acidente o levar a encontrar Deus, interpretado pelo garoto Isaac Andrews. Nunca fica claro que se o protagonista teve uma alucinação ou se, de fato, conversou com Deus. O que importa é que, a partir desse momento, Moisés começa a se comportar de forma errática e entende que não terá paz enquanto não libertar os judeus da escravidão. Ele parte em sua jornada, sem saber que trará consequências devastadoras ao povo que amou desde pequeno por meio das dez pragas divinas da bíblia, cada um delas um show espetacular de efeitos em computação gráfica.
Scott aborda a história como a clássica jornada do herói e é muito seletivo sobre quais partes da vida de Moisés abordar. Ele começa como guerreiro, se torna político e homem de família. Embora essa não seja a melhor atuação de Christian Bale, o ator se esforça para convencer no papel principal e as cenas em que discute com Deus estão entre as mais cativantes da produção, com o jovem Andrews mandando tão bem quanto o ator veterano.
Isso não significa que a escalação de Bale tenha sido a melhor escolha para o papel, afinal, assim como grande parte do elenco, ele é ocidentalizado demais e isso causa muita estranheza. Pior, o ótimo elenco é constantemente subutilizado, deixando ótimos personagens com passagens curtas ou mal construídos.
O antagonista é outra decepção, já que Joel Edgerton não é capaz de encarar Ramsés de forma ameaçadora. Fica claro que a ideia do ator e de Scott era humanizar a imagem do faraó, especialmente quando as Dez Pragas assolam o Egito, atingindo, inclusive, sua família, mas, no final, ele apenas se torna um inimigo apático, bem diferente de Yul Brynner em Os Dez Mandamentos, que transformou o vilão em alguém tão memorável como o herói de Charlton Heston.
Entretanto, o maior erro de Ridley Scott foi se esforçar para fazer o público entender a injustiça e horror da forma como os judeus eram tratados e abusados nas mãos egípcias. Nunca conhecemos realmente o povo, apenas vemos ministros egípcios comentando sobre número de escravos, o que distância os oprimidos do espectador. Sem falar que outro ponto importante, os Dez Mandamentos, ficam de lado e aparecem apenas em uma cena rápida.
Apesar dos problemas, Êxodo: Deuses e Reis tem méritos por abordar a história clássica de forma diferente, sem pisar na bola como acontece em Noé. A tentativa do diretor de manter os milagres de Moisés no limite das explicações científicas e do misticismo é boa saída para não desagradar a religiosos e céticos e funciona bem na trama. A narrativa só perde ritmo quando chega a hora das dez pragas, que o transformam em um filme catástrofe acelerado. Entretanto, é exatamente para ver o espetáculo exagerado criado por Scott que a maioria das pessoas irá ao cinema ver esse conto milenar, então, o longa cumpre seu papel.
Fonte:http://www.cineclick.com.br/criticas/exodo-deuses-e-reis
Assistimos ao filme “Êxodo: Deuses e Reis”
Na próxima quinta-feira (25/12 — data também conhecida como Natal), o aniversário de Jesus será comemorado em boa parte do mundo, mas quem vai ganhar filme nos cinemas é Moisés, outro personagem bíblico que já teve suas peripécias adaptadas para as telonas diversas vezes.
O novo longa-metragem dirigido por Ridley Scott recebe o título de “Êxodo: Deuses e Reis” e, conforme o nome sugere, vem para contar a história da fuga do povo hebreu que era escravizado pelos egípcios.
O enredo é exatamente o mesmo que você já conhece. Portanto, se prepare para ver desde Moisés no exílio e passando pela revolução dos cativos até a chegada das pragas e a grande fuga. Tudo está aqui, de forma resumida e um pouco mais convincente.
A história original é da Bíblia, mas é claro que o roteiro passou por algumas modificações com a ajuda de Adam Cooper, Bill Collage, Jeffrey Caine e Steven Zaillian. Certas coisas se diferem um pouco do que é contado no livro sagrado, mas nem por isso o filme perde pontos. Adianto que, no todo, a projeção é muito boa. Entremos em detalhes.
Alerta de spoiler
Todo mundo já conhece a história (e até o final), mas vamos deixar este alerta aqui para evitar comentários de que “a crítica está cheia de spoilers”. Se você não quer saber absolutamente nada sobre o que mudou na nova obra cinematográfica, recomendamos a leitura deste texto depois que você conferir o título na telona.
Milagres palpáveis
Primeiro quero chamar a atenção para a questão das obras impossíveis de Deus abordadas de uma forma mais “pé no chão”. O encontro do Todo Poderoso com Moisés acontece de forma astuta e pode dar margem para uma interpretação mais ampla da religião, afinal, uma pedrada na cabeça pode dizer muita coisa sobre tudo o que acontece na história.
Depois, temos todas as pragas e situações explicadas de formas diferentes pelos conselheiros do Faraó, o que inclusive dá imersão na ciência egípcia, que de fato sabia muita coisa sobre medicina e a natureza. A própria travessia pelo Mar Vermelho segue um conceito que já foi explicado em diversos documentários.
Com tudo isso bem pensado, o roteiro consegue agradar tanto aos céticos, que podem falar “viu só, é tudo científico” (apesar de que tem coisas que o filme não explica, então não é bem assim), quanto aos religiosos, que podem falar “viu só, Deus existe e ajudou o povo d'Ele” (mas o filme ainda deixa claro que é preciso ter fé para enxergar este ser superior).
Acredito que é justamente essa tentativa de agradar a todos que tenha levado os críticos internacionais a falarem mal do filme. A meu ver, é desnecessário crucificar a obra de Ridley Scott justamente porque é muito difícil conciliar essas duas partes de forma tão inteligente.
Capricho em todos os detalhes
Deixando o roteiro e opiniões de lado, é totalmente válido separar alguns parágrafos para comentar sobre os aspectos técnicos. A começar pela ambientação, que foi devidamente projetada para levar o público à realidade da época. “Êxodo: Deuses e Reis” não faz questão de economizar em nada, mostrando as grandes obras em detalhes.
Além disso, o título retrata bem os vilarejos construídos em partes distantes, dando um contexto significativo à história. Os cenários internos também deixam claro como era a realidade dos escravos e é difícil encontrar algum defeito nesse quesito.
O figurino também é caprichado, principalmente no que diz respeito às vestimentas do Faraó e dos membros do conselho egípcio. Juntando aqui a questão das armas, que ganha destaque na espada de Moisés, temos uma obra coerente e muito bem detalhada.
As atuações dão vida ao mito, com destaque para Christian Bale (Moisés), que convence em quase todos os momentos. Ainda notamos que ele força a voz no melhor estilo “Because I’m Batman”, mas o ator é muito competente e demonstra suas capacidades tanto nas cenas de ação (ele é como se fosse um Gladiador Gospel) quanto nos momentos mais dramáticos da película.
O elenco de apoio não deixa a desejar. É claro que notamos mais empenho de Joel Edgerton (Ramses), John Turturro (Seti) e Aaron Paul (Josué), já que são personagens que aparecem mais. Entretanto, não podemos desmerecer Ben Kingsley, Sigourney Weaver e a belíssima María Valverde.
Um espetáculo
Mesmo que você não goste da história (e resolva criticar muitas coisas), não dá para botar defeito na parte estética do filme. Os efeitos visuais são fantásticos, algo notável principalmente nas pragas e na travessia do Mar Vermelho. A trilha sonora acompanha muito bem, aproveitando as situações difíceis de engolir que o filme retrata.
A versão 3D de “Êxodo: Deuses e Reis” é muito boa, mas quem vir em 2D não vai perder tanto, já que o filme não tem sequências tão ousadas. Independente de religião, o filme dirigido por Ridley Scott tem muito a contar e pode ser um bom programa!
Fonte:http://www.tecmundo.com.br/cinema/69520-assistimos-filme-exodo-deuses-reis.htm
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