- Aprendendo a lição do relâmpago:
Observe o relâmpago rasgando o véu da escuridão. Faça o mesmo!
Rasgue a treva de seus medos. Projete raios intensos sobra a sua própria escuridão e afaste os medos e dúvidas de sua mente e de seu coração.
O ensinamento do relâmpago é sobre o PODER DA LUZ.
O seu símbolo é o OLHO ABERTO.
O seu presente é a visão espiritual.
Aprenda a olhar.
A morada do relâmpago é no centro da cabeça.
- Aprendendo a lição do trovão:
Escute o som do trovão ribombando na atmosfera. Sua manifestação sonora é poderosa. Sinta esse poder no centro de seu umbigo.
Escute o trovão com toda sua alma!
O ensinamento do trovão é sobre o PODER DO SOM.
A natureza invisível fala. Aprenda a ouvir.
A morada do trovão é na barriga.
- Aprendendo a lição da chuva:
A missão da chuva é limpar a atmosfera e molhar a terra.
A sua lição é simples: fluidez
O ressecamento endurece a terra e dificulta a vida dos vegetais. A chuva fluidifica o solo e equilibra as condições para o reino vegetal desenvolver-se plenamente.
Medite na renovação propiciada na natureza pela chuva. Renove-se também!
Nada de rigidez, fluidifique as suas emoções. Esqueça as tristezas, limpe as mágoas e desenvolva-se plenamente.
A morada da chuva é o baixo ventre.
- Aprendendo a lição do vento:
O vento sopra por onde quer. A sua natureza é a liberdade de acessar os espaços livres.
Pense que o seu espírito é livre como o vento. Medite nisso quando deitar para o descanso diário. **
Seja uma flauta espiritual. Quando o sopro sutil viajar pelo seu interior, toque a música. Voe com ela!
O ensinamento do vento é sobre O PODER DO MOVIMENTO.
A morada do vento é na garganta.
- Aprendendo a lição da terra:
A terra é alimentação, sustentação e firmeza.
Ela é a mãe do seu corpo de carne e dona de seus ossos.
Por isso, agradeça a ela por estar sustentanto a sua viagem carnal.
Ela entra pelos seus pés!
E acaricia o seu corpo com o calor vital planetário.
Medite nisso.
O seu ensinamento é sobre o VALOR DA VIDA.
A morada da terra é na base da coluna.
- Aprendendo a lição xamânica:
Escute a mensagem do povo invisível:
Primeiro, cure a si mesmo, de dentro para fora.
Depois, expanda a sua luz e compartilhe a sua felicidade com todos os seres da natureza.
O xamã é guiado pelo povo invisível. Suas canções são as mesmas deles.
Por isso eles permitem as suas viagens xamânicas pelos reinos invisíveis.
O ensinamento xamânico é sobre o respeito a natureza e a REVERÊNCIA AO PAI PRIMEIRO.
A morada do Pai Primeiro é em todo lugar!
Medite nisso.
- Aprendendo a lição principal:
Medite na Luz do Pai Primeiro, o seu primeiro Amor.
O Grande Espírito é todo Amor.
Você e tudo o que existe são a expressão desse Amor.
A morada do Amor é o coração espiritual.
Desse centro ele irradia para todo o corpo e espalha a vitalidade.
Medite nisso.
Sinta o Amor e perdoe a todos aqueles que não o compreendem.
Medite no perdão.
Pense no raio que ilumina as suas trevas, no trovão que chama, na chuva que limpa as suas mágoas, no vento que convida ao vôo do espírito, na terra que o convida para a vida e no Amor que é a essência divina em tudo.
Compreenda: O paraíso é dentro de você mesmo. Sinta-se feliz de saber isso.
Perdoe a si mesmo e aos outros. Descarregue o peso das mágoas. Renove-se!
Sente-se embaixo de uma árvore frondosa e respire a seiva vital. Permita-se a uma união com ela. Deixe-a curar as suas feridas internas. Agradeça ao povo invisível das árvores, torne-se amigo deles. Abrace a árvore e agradeça.
Torne-se amigo do sol e da lua, do céu e da terra, dançe com a vida e alegre-se com ela.
Jamais esqueça de que o povo invisível acompanha a todos os seus passos.
Agradeça a eles pela proteção sutil e pela paciência de trabalharem sem
nenhuma busca de reconhecimento ou recompensa do mundo dos homens.
Agradeça ao Pai Primeiro e a Mãe-Natureza.
O ensinamento principal é esse: ame, agradeça, cure a si mesmo e aos outros, perdoe e alegre-se. Viva contente de saber essas verdades do espírito.
Pratique-as!
O Grande Espírito está em seu sorriso.
Medite nisso e viaje feliz.
Paz e Luz.
- Wagner Borges - São Paulo, 27 de agosto de 2002.
Nota: Esse texto foi direcionado para a turma de 136 pessoas do curso "Viagem Xamânica", realizado no IPPB. Logo após ter feito esses escritos, um dos amparadores extrafísicos que estava no ambiente do meu quarto inspirando-me a escrever disse-me o seguinte: "Medite no amor que gera esses trabalhos xamânicos. Resgate esse valor e compartilhe-o com os seus irmãos de estudo. Seja igual a uma plantinha bem enraízada na terra pelo Grande Espírito. Cresça sorrindo para o céu, o sol, a lua, o vento e a chuva.
Sinta o orvalho espiritual vivificando os seus pensamentos e acariciando os seus sentimentos. Sinta-se rico de energia!
Seja feliz, sempre.
* Xamã: Pajé; Feiticeiro; Homem ou mulher da tribo que é o elemento de contato com o mundo espiritual; Homem ou mulher de magia; Mago(a) da natureza.
A palavra "xamã" vem do tungue "saman" (aparentado com o sânscrito "sramana" e com o pâli "samana"), que significa "homem inspirado pelos espíritos".
O meu amigo xamã Bari Meri, que foi iniciado nas práticas xamânicas dos povos peles-vermelha do norte do EUA, explica o seguinte:
"O termo "xamanismo" é de origem siberiana, baseado no conceito de "saman", que identifica "aquele que não perdeu a integração", que compreende os espíritos, os homens, as dimensões, as plantas, as pedras, os animais, os elementos e as direções. A Natureza conspira a seu favor, pois é integrado. A totalidade faz parte de sua realidade, uma vez que enxerga e compreende todos os lados da montanha.
O termo "saman", de origem siberiana, foi adaptado para "shaman" em inglês (xamã na língua portuguesa)
Embora o primeiro uso registrado do termo shaman na língua inglesa data de 1698, e do termo shamanism (xamanismo) de 1780, o xamanismo existe há milhares de anos.
(Explicação extraída da apostila do curso "O Despertar do Curador", do xamã Bari Meri)
** As viagens fora do corpo e a expansão da consciência fazem parte do contexto xamânico como ferramentas parapsíquicas de suas práticas
espirituais.
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