Simplificando, prosopagnosia é uma condição em que os sujeitos não reconhecem os rostos das pessoas que os rodeiam no dia-a-dia, sejam esses rostos de irmãos, pais, filhos ou cônjuges. A doença tanto pode ser adquirida como congénita. No caso da adquirida, surge de danos no lobo occipito-temporal. No caso da prosopagnosia congénita, estudos
revelam que a parte do cérebro que reconhece as faces, chamada de fusiforme gyrus, nunca se desenvolve.
Terreno fértil para filmes e livros, muitas são as visões romanceadas da doença. Na curta-metragem Prosopagnosia,
de 2011, um amigo olha nos olhos o assassino da melhor amiga, sem conseguir reconhecer-lhe os traços faciais. Torna-se o suspeito principal do acto.
Em Faces in the Crowd, Milla Jovovich é uma jovem professora que testemunha, uma vez mais, o assassinato da melhor amiga. Após escapar ao assassino, sofre um acidente e, ao bater com a cabeça, danifica a parte do cérebro responsável pelo reconhecimento facial.
“A sua cara é-me estranha”, diria Heather Sellers, a autora do livro You Don’t Look Like Anyone I Know – A True Story of Family, Face Blindness and Forgiveness. A autora, ela própria com cegueira facial, mostra o lado humano e quotidiano de alguém que vive rodeada de pessoas que não identifica.
Acredita-se, após estudos em todo o mundo, que cerca dez por centro da população sofra de uma forma leve de prosopagnosia. Para ajudar no diagnóstico, são 7 as questões a colocar:
- Alguma vez não reconheceu um amigo ou familiar?
- Quando conhece alguém, tenta memorizar alguma característica distintiva que não a cara?
- Perde-se ao ver filmes ou séries na TV, especialmente quando há vários actores semelhantes?
- Não se reconhece ao espelho ou em fotografias?
- Quando alguém lhe acena, há uma grande probabilidade de não reconhecer a pessoa?
- Se alguém próximo a si corta o cabelo, tem dificuldade em reconhecê-lo/a?
- Difilmente reconhece vizinhos, amigos, colegas, clientes, colegas de escola?
Fonte:
© obvious: http://lounge.obviousmag.org/a_boleia_da_ideia/2013/05/prazer-em-nao-conhece-lo.html#ixzz3GvU5oAtr
Comentários
Postar um comentário