O UNIVERSO ELEGANTE -
No interior mais fundo da matéria, vibram cordas como as de
um instrumento musical. Tudo o que existe e acontece no mundo, no universo,
surge das vibrações dessas entidades centenas de bilhões e bilhões de vezes
menores do que o núcleo de um átomo.
Hoje, no mundo inteiro, físicos e matemáticos trabalham febrilmente com a idéia de "cordas". Ela pode levar à chamada "teoria do campo unificado" com que Einstein sonhava. Pode ser a chave para compatibilizar os dois pilares antagônicos da física moderna: a relatividade geral - as "leis do grande" - e a mecânica quântica - as "leis do pequeno". A promessa dessa teoria revolucionária é justamente esta: explicar por um mesmo princípio a enormidade dos espaços siderais e as ínfimas proporções do microcosmo.
Desde que Stephen Hawking publicou a sua Breve história do tempo, nenhum cientista havia agitado tanto o cenário editorial da divulgação científica como Brian Greene, um físico jovem e brilhante que magnetiza seus alunos na Columbia University. Com um uso criativo de metáforas e analogias, traduzindo o pensamento físico-matemático para o plano da lógica visual, Greene monta o passo-a-passo da teoria das supercordas e mostra por que ela abriu para a ciência a perspectiva de alcançar uma compreensão final sobre a estrutura e o funcionamento do universo.
Hoje, no mundo inteiro, físicos e matemáticos trabalham febrilmente com a idéia de "cordas". Ela pode levar à chamada "teoria do campo unificado" com que Einstein sonhava. Pode ser a chave para compatibilizar os dois pilares antagônicos da física moderna: a relatividade geral - as "leis do grande" - e a mecânica quântica - as "leis do pequeno". A promessa dessa teoria revolucionária é justamente esta: explicar por um mesmo princípio a enormidade dos espaços siderais e as ínfimas proporções do microcosmo.
Desde que Stephen Hawking publicou a sua Breve história do tempo, nenhum cientista havia agitado tanto o cenário editorial da divulgação científica como Brian Greene, um físico jovem e brilhante que magnetiza seus alunos na Columbia University. Com um uso criativo de metáforas e analogias, traduzindo o pensamento físico-matemático para o plano da lógica visual, Greene monta o passo-a-passo da teoria das supercordas e mostra por que ela abriu para a ciência a perspectiva de alcançar uma compreensão final sobre a estrutura e o funcionamento do universo.
Fonte:http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=11145
O Universo Elegante: Supercordas, Dimensões Ocultas, e a Busca pela Teoria Final (título original: The Elegant Universe: Superstrings, Hidden Dimensions, and the Quest for the Ultimate Theory) (ISBN 0-375-70811-1) é um livro do físico Brian Greene publicado em 1999 que introduz à teoria das cordas fornecendo uma explicação em linguagem simples e não-técnica dessa teoria, bem como suas inconsistências.
Começando com uma breve consideração da física clássica, que se concentra nos grandes conflitos da física dessa época, Greene estabelece um contexto histórico para a teoria das cordas como um meio necessário de integrar o probabilístico mundo dos modelos padrões da física de partículas e a física newtoniana determinista do mundo microscópico. Greene discute o problema essencial enfrentado pela física moderna: a unificação da teoria da relatividade geral de Albert Einstein e a mecânica quântica. Greene sugere que a teoria das cordas é a solução para essas duas explicações conflitantes. Greene frequentemente usa analogia e experimentos imaginários para tornar as explicações mais claras para leigos. A teoria das cordas tem o potencial de criar a teoria do campo unificado, o santo graal da física moderna.
O Universo Elegante foi adaptado para um programa com duração de 3 horas divididos em três partes para transmissão televisiva como parte da série NOVA da PBS em 2003.
Ver também
Ligações externas
- SparkNotes: The Elegant Universe. Barnes & Noble (2004). Página visitada em 2006-06-04.
- WGBH Educational Foundation (2003). The Elegant Universe. PBS NOVA. Página visitada em 2006-06-04. A three-hour miniseries with Brian Greene.
- PBS (2003). The Elegant Universe Home Page on PBS. PBS NOVA.
Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Universo_Elegante
O Universo Elegante é o caminho para
entendermos o futuro
Supercordas, dimensões ocultas e a busca da teoria definitiva, por Brian Greene; Companhia das Letras.
Por Fernando de Souza Barros - UFRJ
Não é comum na literatura de divulgação científica abordagens tão originais no campo da ciência contemporânea como esta de Brian Greene. Na área da física, o que ocorre normalmente é uma atenção especial aos temas relacionados com os impasses da física clássica e o advento da relatividade e da mecânica quântica. Física moderna (entendida apenas como física pós-segunda Guerra Mundial) é normalmente apresentada como uma extensa lista de realizações da física atômica, molecular e nuclear e, raramente, matéria condensada.
Quanto à física contemporânea, o leitor "recebe" usualmente uma coleção de nomes exóticos associados a certos objetos ("partículas fundamentais" e "campos"), apressadamente mal definidos e/ou interpretados.
Um sério candidato a uma bem pequena lista de textos excepcionais nesse campo, entretanto, é O Universo Elegante, de Brian Greene, publicado em 2000 nos Estados Unidos, pela Vintage Books, e recentemente no Brasil, pela Companhia das Letras. Devemos alertar que Greene exige do leitor conhecimentos de física clássica, mas nada além do básico, principalmente relacionado com ondas mecânicas e óptica física. Com esses elementos e raciocínios simples, mas de grande penetração, Greene expõe a idéia básica da Teoria das Supercordas, uma teoria controversa da física atual porque não pode ser testada, embora existam perspectivas recentes para que isto aconteça. É com esse projeto em mente, isto é, sem dispersão, mas sim com método e concentração sobre a evolução conceitual da física microscópica, que Greene aborda os desenvolvimentos históricos dos primórdios da física moderna, com ênfase em relatividade geral e suas previsões (Buracos Negros, Big Bang) e sobre o estranho "universo quântico", até atingir o debate moderno sobre a necessidade de uma nova teoria.
Com seus dotes de expositor e seus conhecimentos (Greene tem atuação reconhecida internacionalmente nesse setor da física), o autor nos oferece um relato transparente e atrativo sobre os avanços dessa proposta para uma teoria fundamental, e sobre sua pertinência face aos dilemas atuais da física. E é nesse último tópico que o texto torna-se muito relevante, pois esclarece para o leitor as questões que motivam esses trabalhos, tais como, por exemplo, a incompatibilidade entre a mecânica quântica e relatividade a geral, isto é, porque não existe uma teoria quântica do campo gravitacional.
Nessa altura do texto, o leitor estará motivado para apreciar os pontos essenciais da teoria de supercordas e da sua história, além das insuficiências do atual Modelo Padrão, a teoria que "dá conta" dos fenômenos observados em física das altas energias, mas que contém uma profusão de parâmetros inexplicáveis. O texto de Greene envolve o leitor com seus capítulos dedicados às especulações sobre a teoria de supercordas e suas conseqüências.
A abordagem sobre as dimensões espaciais extras é compreensível e gratificante. Green oferece ao leitor a possibilidade de entender o papel dessas dimensões espaciais extras, as quais, embora colapsadas e aparentemente inúteis, permitem uma interpretação geométrica dos parâmetros inexplicáveis do Modelo Padrão atual.
Será difícil para o leitor não "assumir posição" no debate atual que reina sobre a teoria de supercorda. E isto, acreditamos, é a demonstração cabal do sucesso do empreendimento de Greene.
Brian Greene
Supercordas: a teoria final?
A física moderna apóia-se em dois pilares: a Teoria da Relatividade Geral, que explica o universo em grande escala (planetas, estrelas, galáxias), e a Mecânica Quântica, que o descreve em escala microscópica (partículas, átomos, moléculas). A primeira deve-se a Albert Einstein que no início do século XX subverteu a visão científica do universo ao estender a teoria gravitacional, originalmente proposta em 1687 por Isaac Newton, com o conceito de relatividade do tempo. A segunda teve origem na teoria eletromagnética, proposta em 1865 por James Clerk Maxwell e, tal qual a teoria de Einstein, representou uma verdadeira revolução conceitual, desta vez ao introduzir a probabilidade como única descrição possível do mundo subatômico. As primeiras idéias surgiram em 1900, propostas por Max Planck, e nos anos seguintes foram aperfeiçoadas por físicos como Einstein (sempre ele), Werner Heisenberg, Paul Dirac e Erwin Schrödinger.
Ambas as teorias são capazes de prever fenômenos físicos, dentro de seu respectivo campo de atuação, com uma precisão inimaginável, no entanto esta história de sucesso esconde um fato perturbador: a relatividade geral e a mecânica quântica não podem estar certas ao mesmo tempo. Isto significa que a física moderna não é capaz de prever o que acontece em situações onde uma grande quantidade de matéria está confinada em um espaço muito pequeno, como no interior de buracos negros ou logo após oBig bang, a explosão que deu origem ao universo.
A boa notícia que nos traz o livro O Universo Elegante: supercordas, dimensões ocultas e a busca da teoria definitiva de Brian Greene (Companhia das Letras, 2001) é que está em gestação a Teoria das supercordas, ou simplesmente Teoria das cordas, uma teoria capaz de unificar a descrição física do universo, realizando o sonho perseguido em vão por Einstein em seus últimos trinta anos de vida: a construção de uma Teoria sobre tudo. A má notícia é que de acordo com a teoria das cordas o tecido microscópico do universo é um labirinto com mais de dez dimensões, a maioria das quais dobrada sobre si mesma dentro de volumes minúsculos, cuja descrição matemática é tão complicada que até hoje só se conhecem equações aproximadas da teoria.
Mas estas dificuldades não assustaram Greene quando escolheu esta área da física como campo de atuação, área na qual colaborou com diversas descobertas. Também não o intimidou o enorme desafio de apresentar, de maneira compreensível para leigos, tal complexidade. Ao leitor pede-se que não esmoreça e encare a leitura com a mesma coragem, a recompensa vale à pena: chegar mais perto de compreender como funciona o universo.Em resumo, a teoria de cordas afirma que todas as maravilhas que ocorrem no universo surgem das vibrações de uma simples entidade: minúsculos laços ou cordas profundamente escondidos no coração da matéria. Os diferentes padrões de vibração destes laços seriam a origem da diversidade do mundo subatômico. A ambição final da teoria é explicar os valores das diversas constantes que aparecem nos modelos físicos (a velocidade da luz, a massa e carga das partículas elementares, a relação entre as intensidades das diferentes forças, etc.), que atualmente devem ser determinados experimentalmente, como decorrência da teoria. Além de relatar a história científica por trás da busca desta teoria final, Brian Greene descreve também o lado humano, a emoção de participar da construção do que será a verdade futura a respeito da essência do universo, as disputas e a colaboração, a decepção com o fracasso e a emoção com cada nova descoberta. Como pano de fundo, idéias revolucionárias e excitantes tais como novas dimensões escondidas no tecido do espaço, buracos negros que se transformam em partículas elementares, cortes e furos no contínuo do espaço-tempo, universos gigantes que se trocam com outros minúsculos, e toda uma variedade de outros aspectos que desempenham um papel essencial na compreensão de algumas das questões mais profundas de todos os tempos.
Se a complexidade do assunto parece desanimadora, isso se deve ao desconhecimento do verdadeiro talento do autor para a metáfora e para as imagens mentais. Sem perder de vista o rigor técnico, Greene esgrima descrições e figuras que, se não são suficientes para tornar evidente o que são espaços de seis dimensões de Calabi-Yau, nos levam muito próximo da idéia geral do que poderá vir a ser a teoria final sobre tudo. Um exemplo: para explicar o que seria uma dimensão recurvada sobre si mesma, Greene nos convida a imaginar uma mangueira, que vista de longe é uma simples linha reta, unidimensional, mas para uma formiga que caminha sobre sua superfície é um espaço bidimensional encurvado. Basta agora encolher a mangueira alguns milhões de vezes e teremos a trama íntima do tecido do espaço tempo.
O livro é dividido em cinco partes e quinze capítulos. A primeira parte corresponde à introdução (capítulo 1, vibrando com as cordas) e a quinta à conclusão (capítulo 15, perspectivas). As três partes centrais tratam, respectivamente, das teorias "clássicas" -- a relatividade geral e a mecânica quântica --, da teoria das supercordas e, finalmente, das implicações desta teoria no que diz respeito à estrutura do espaço-tempo. Apenas a leitura da segunda parte (o dilema do espaço, do tempo e dos quanta, capítulos 2, 3, 4 e 5), um curso resumido, mas completo sobre os fundamentos da física moderna, já vale o investimento. O livro inclui ainda notas, glossário de termos científicos, referências e sugestões de leitura, e índice remissivo.
Fonte:http://www.cubbrasil.net/index.php?option=com_content&task=view&id=1823&Itemid=106
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