Do que é feito o
Universo? De matemática, dizem cientistas...
Os cientistas há tempos
utilizam a matemática para descrever as propriedades físicas do universo. Mas e
se o próprio universo for a matemática? Isso é o que o cosmólogo Max Tegmark
sugere.
Na visão de Tegmark, tudo no universo – incluindo os humanos – é parte de uma estrutura matemática. Toda a matéria é composta de partículas, que têm propriedades como carga e rotação, mas estas propriedades são puramente matemáticas, diz ele. E o próprio espaço tem propriedades, tais como dimensões, mas ainda assim não deixa de ser uma estrutura matemática.
Na visão de Tegmark, tudo no universo – incluindo os humanos – é parte de uma estrutura matemática. Toda a matéria é composta de partículas, que têm propriedades como carga e rotação, mas estas propriedades são puramente matemáticas, diz ele. E o próprio espaço tem propriedades, tais como dimensões, mas ainda assim não deixa de ser uma estrutura matemática.
“Se você
aceita a ideia de que tudo no universo tem propriedades matemáticas, então a
ideia deixa de ser absurda”, disse Tegmark em uma palestra no dia 15 de
janeiro.
“Se a
minha ideia estiver errada, a física toda é condenada”, disse Tegmar. Mas se o
universo realmente for feito de matemática, ele acrescentou: “Não há nada que
não podemos, em princípio, não entender.”
A
natureza cheia de números
A ideia
resulta da observação de que a natureza é cheia de padrões, tais como a
sequência de Fibonacci – uma série de números em que cada um representa a soma
dos dois números anteriores. Muitas formas naturais, desde alcachofras até
galáxias, seguem esse padrão.
O mundo
não vivo também se comporta de uma forma matemática. Se você jogar uma bola de
beisebol no ar, ela segue uma trajetória aproximadamente parabólica. Planetas e
outros corpos astrofísicos seguem órbitas elípticas.
“Há uma
elegante simplicidade e beleza da natureza revelada por padrões e formas
matemáticas que nossas mentes foram capazes de descobrir”, disse Tegmark, que
gosta tanto de matemática que moldou imagens de equações famosas em sua sala de
estar.
Uma
conseqüência da natureza matemática do universo é que os cientistas poderiam,
em teoria, prever cada observação ou medição física. Tegmark apontou que a
matemática previu a existência do planeta Netuno, das ondas de rádio e do bóson
de Higgs, que é pensado para explicar como outras partículas ganham sua massa.
Algumas
pessoas argumentam que a matemática é apenas uma ferramenta inventada pelos
cientistas para explicar o mundo natural. Mas Tegmark afirma que a estrutura
matemática encontrada no mundo natural mostra que a matemática existe na
realidade, e não apenas na mente humana.
E por
falar em mente humana, poderíamos usar a matemática para explicar o cérebro?
Matemática
da consciência
Alguns
descreveram o cérebro humano como a estrutura mais complexa do universo. Na
verdade, a mente humana tornou possível todos os grandes saltos na compreensão
do nosso mundo.
Algum dia,
Tegmark disse, os cientistas provavelmente serão capaz de descrever até mesmo a
consciência usando a matemática. (Carl Sagan já dizia: “o cérebro é um lugar
muito grande em um espaço muito pequeno”).
Ele
ressaltou que muitos grandes avanços na física envolveram unificar duas coisas
que se pensavam estar separadas: energia e matéria, espaço e tempo,
eletricidade e magnetismo. Ele disse que suspeita que a mente acabará por ser
unificada com o corpo, que é uma coleção de partículas em movimento.
Mas se o
cérebro for apenas matemática, isso significa que o livre-arbítrio não existe,
porque os movimentos das partículas podem ser calculados através de equações?
Não necessariamente, disse ele.
Uma
maneira de pensar sobre isso é que, se um computador tentar simular o que uma
pessoa vai fazer, o cálculo levaria pelo menos a mesma quantidade de tempo que
executar a ação. Por isso, algumas pessoas sugeriram que o que define o livre
arbítrio é a incapacidade de prever o que vai acontecer antes de o evento de
fato acontecer.
Mas isso
não significa que os seres humanos sejam impotentes. Tegmark concluiu seu
discurso com uma chamada à ação: “Os seres humanos têm o poder não só para
entender nosso mundo, mas para moldar e melhora-lo.”
Via: Mistérios do Mundo
Comentários
Postar um comentário