Tampa do frasco de cerâmica. Esta tampa caprichosa provavelmente retrata um macaco-aranha, um amante de cacau. (CONACULTA.-INAH.-MEX. Jorge Vertiz 2011)
Exposição exibe artefatos e descobertas do Período Clássico Maia
A exposição Maia, fascinante e um pouco macabra, no Museu Canadense da Civilização, em Gatineau, é a primeira exibição pública de muitos artefatos Maias.
A civilização Maia atingiu seu ápice por volta de 1.500 anos, em seguida, desapareceu tão misteriosamente como surgiu, deixando cidades na selva, pirâmides em ruínas, hieróglifos e artefatos impressionantes que confundiram a mente dos arqueólogos e estudiosos por séculos.
Uma das tribos indígenas mais importantes da América Central, os Maias eram um povo agrícola, ocupando o que é hoje Yucatán, Chiapas e Tabasco, no México, Honduras, Guatemala, Belize e El Salvador.
Eles eram famosos por sua arquitetura, seu conhecimento astronômico e matemático, e sua excelência estética. Eles também foram os únicos índios pré-colombianos que desenvolveam uma linguagem escrita, agora cerca de 80% decifrada.
A exposição não só apresenta os artefatos, mas explica alguns dos achados mais recentes e significativas descobertas arqueológicas sobre estas pessoas da selva do chamado Período Clássico Maia (250 a 900 d.C).
Os visitantes aprendem que as descobertas recentes lançam luz sobre a linguagem única escrita do povo Maia e seu sistema de calendário complexo. Eles também verão a profecia do fim de mundo desmascarada, que preocupa muitas pessoas, que pensam que o mundo vai acabar em 21 de dezembro de 2012.
A exposição apresenta um calendário explicando como os Maias calculavam o tempo e que a sua maneira de medir o tempo mostra um novo começo, previsto para começar no final deste ano, em vez de um final cataclísmico.
Cultura da complexidade
Os Maias possuíam uma cultura complexa, diferente da nossa, com governantes divinos com funções sagradas, complexa vida no palácio, operários, artesãos, agricultores e escravos (prisioneiros de guerra e criminosos).
Havia sacrifícios humanos e sangrias, bem como de escarificação, tal como o alargamento da orelha, como forma de beleza estética.
Antes da queda, a arte Maia era altamente desenvolvida. Durante o século IX, muitas cidades Maias foram abandonadas, mas o fim desta civilização não surgiu de repente, como na guerra, mas aconteceu gradualmente, ao longo de um século.
Uma explicação é que eles experimentaram esgotamento do solo, pois sem ferramentas agrícolas, os Maias queimavam as plantações de milho replantadas semeando com estacas nos mesmos domínios, um método que é impactante para o solo.
Rotas de comércio de seca e mudança são outras possíveis razões para o declínio. É também possível que doenças e decadência social foram outros problemas. A chegada dos espanhóis foi definitivamente um fator.
A exposição tem alguns exemplos extraordinários de escultura Maia, que alcançou sua melhor expressão entre 317 e 987 d.C, quando magníficas pedras esculpidas marcaram os períodos em que o calendário foi feito. Eles eram geralmente pintados de vermelho escuro, mas algumas vezes as cores eram azuis ou outras. Na verdade, traços dessa pintura podem ser visto em várias peças na exposição.
Exemplos de jóias de jade, conchas e pérolas completam a exposição, juntamente com apitos pequenos, taças feitas de alabastro, pedra ou cerâmica, e belas obras de estuque.
A exposição continua até 28 de outubro de 2012. Visite www.civilization.ca.
Por Susan Hallett*
*Susan Hallett é escritora premiada e editora, que já escreveu para The Beaver, The Globe & Mail, Wine Tidings e Doctor’s Review, entre muitos outros. E-mail: hallett_susan@hotmail.com
Fonte:http://www.epochtimes.com.br/maia-segredos-de-um-mundo-antigo/#.Uy4ffvldXd0
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