O Que é Literatura ?
la lectrice ("A leitora"), óleo deJean-Honoré Fragonard, 1770–1772.
Literatura é a arte de compor escritos artísticos, em prosa ou em verso, de acordo com princípios teóricos e práticos, o exercício dessa arte ou da eloquência e poesia.1
A palavra Literatura vem do latim "litteris" que significa "Letras", e possivelmente uma tradução do grego "grammatikee". Em latim, literatura significa uma instrução ou um conjunto de saberes ou habilidades de escrever e ler bem, e se relaciona com as artes da gramática, da retórica e da poética. Por extensão, se refere especificamente à arte ou ofício de escrever de forma artística. O termo Literatura também é usado como referência a um corpo ou um conjunto escolhido de textos como, por exemplo, a literatura médica, a literatura inglesa, literatura portuguesa, literatura japonesa etc.
Definição
Mais produtivo do que tentar definir Literatura talvez seja encontrar um caminho para decidir o que torna um texto, em sentido lato, literário. A definição de literatura está comumente associada à ideia de estética, ou melhor, da ocorrência de algum procedimentoestético. Um texto é literário, portanto, quando consegue produzir um efeito estético e quando provoca catarse, o efeito de definição aristótélica, no receptor. A própria natureza do caráter estético, contudo, reconduz à dificuldade de elaborar alguma definiçãoverdadeiriamente estável para o texto literário. Para simplificar, pode-se exemplificar através de uma comparação por oposição. Vamos opor o texto científico ao texto artístico: o texto científico emprega as palavras sem preocupação com a beleza, o efeito emocional. No texto artístico,ao contrário, essa será a preocupação maior do artista. É óbvio que também o escritor busca instruir, e perpassar ao leitor uma determinada ideia; mas, diferentemente do textocientífico, o texto literário une essa instrução à necessidade estética que toda obra de arte exige. O texto científico emprega as palavras no seu sentido dicionarizado, denotativamente, enquanto o texto artístico busca empregar aspalavras com liberdade, preferindo o seu sentido conotativo, figurado. O texto literário é, portanto, aquele que pretende emocionar e que, para isso, emprega a língua com liberdade e beleza, utilizando-se, muitas vezes, do sentido metafórico das palavras.
A compreensão do fenômeno literário tende a ser marcada por alguns sentidos, alguns marcados de forma mais enfática na história da cultura ocidental, outros diluídos entre os diversos usos que o termo assume nos circuitos de cada sistema literário particular.
Assim encontramos uma concepção "clássica", surgida durante o Iluminismo (que podemos chamar de "definição moderna clássica", que organiza e estabelece as bases de periodização usadas na estruturação do cânoneocidental); uma definição "romântica" (na qual a presença de uma intenção estética do próprio autor torna-se decisiva para essa caracterização); e, finalmente, uma "concepção crítica" (na qual as definições estáveis tornam-se passíveis de confronto, e a partir da qual se buscam modelos teóricos capazes de localizar o fenômeno literário e, apenas nesse movimento, "defini-lo"). Deixar a cargo do leitor individual a definição implica uma boa dose desubjetivismo, (postura identificada com a matriz romântica do conceito de "Literatura"); a menos que se queira ir às raias do solipsismo, encontrar-se-á alguma necessidade para um diálogo quanto a esta questão. Isto pode, entretanto, levar ao extremo oposto, de considerar como literatura apenas aquilo que é entendido como tal por toda a sociedade ou por parte dela, tida como autorizada à definição. Esta posição não só sufocaria a renovação na arteliterária, como também limitaria excessivamente o corpus já reconhecido.
De qualquer forma, destas três fontes (a "clássica", a "romântica" e a "crítica") surgem conceitos de literatura, cuja pluralidade não impede de prosseguir a classificações de gênero e exposição de autores e obras.
Etimologia
O termo provém do latim litteratura, "arte de escrever, literatura", a partir da palavra latina littera, "letra".
Alguns Conceitos
"Arte Literária é mimese (imitação); é a arte que imita pela palavra." (Aristóteles, Grécia Clássica);
A Literatura obedece a leis inflexíveis: a da herança, a do meio, a do momento." (Hippolyte Taine, pensador determinista, metade do século XIX);
"A Literatura é arte e só pode ser encarada como arte." (Doutrina da arte pela arte, fins do século XIX);
"O poeta sente as palavras ou frases como coisas e não como sinais, e a sua obra como um fim e não como um meio; como uma arma de combate." (Jean-Paul Sartre, filósofo francês, século XX;
"É com bons sentimentos que se faz Literatura ruim." (André Gide, escritor francês, século XX);
"A distinção entre Literatura e as demais artes vai operar-se nos seus elementos intrínsecos, a matéria e a forma do verbo." (LIMA, Alceu Amoroso. A estética literária e o crítico. 2. ed. Rio de Janeiro, AGIR, 1954. p 54-5.)
"A Literatura, como toda arte, é uma transfiguração do real, é a realidade recriada através do espírito do artista e retransmitida através da língua para as formas, que são os gêneros, e com os quais ela toma corpo e nova realidade. Passa, então, a viver outra vida, autônoma, independente do autor e da experiência de realidade de onde proveio." (COUTINHO, Afrânio. Notas de teoria literária. 2. ed. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1978. p. 9-10)
Formas literárias
Poesia
Provavelmente a mais antiga das formas literárias, a poesia consiste no arranjo harmônico das palavras. Geralmente, um poema organiza-se em versos, caracterizados pela escolha precisa das palavras em função de seus valores semânticos(denotativos e, especialmente, conotativos) e sonoros. É possível a ocorrência da rima, bem como a construção em formas determinadas como o soneto e o haikai. Segundo características formais e temáticas, classificam-se diversos gêneros poéticos adotados pelos poetas.
Peças de Teatro
O teatro, forma literária clássica, composta basicamente de falas de um ou mais personagens, individuais (atores e atrizes) ou coletivos (coros), destina-se primariamente a ser encenada e não apenas lida. Até um passado relativamente recente, não se escrevia a não ser em verso. Na tradição ocidental, as origens do teatro datam dos gregos, que desenvolveram os primeiros gêneros: a tragédia e a comédia.
Mudanças vieram: novos gêneros, como a ópera, que combinou esta forma com (pelo menos) a música; inovações textuais, como as peças em prosa; e novas finalidades, como os roteiros para o cinema.
A imensa maioria das peças de teatro está baseada na dramatização, ou seja, na representação de narrativas de ficção por atores encarnando personagens.
Elas podem ser:
Ficção em Prosa
A literatura de ficção em prosa, cuja definição mais crua é o texto "corrido", sem versificação, bem como suas formas, são de aparição relativamente recente. Pode-se considerar que o romance, por exemplo, surge no início do século XVII com Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes Saavedra.
Subdivisões, aqui, dão-se em geral pelo tamanho e, de certa forma, pela complexidade do texto. Entre o conto, "curto", e o romance, "longo", situa-se por vezes a novela.
Gêneros Literários
A linguagem é o veículo utilizado para se escrever uma obra literária. Escrever obras literárias é trabalhar com a linguagem. Os Gêneros Literários são as várias formas de trabalhar a linguagem, de registrar a história, e fazer com que a essa linguagem seja um instrumento de conexão entre os diversos contextos literários que estão dispersos ao redor do mundo. Uma boa forma de se familiarizar com os diversos gêneros literários - e assim criar hábitos sólidos de leitura - é ter contato com o formato mais apropriado para cada idade, passando desde a literatura infantil à infanto-juvenil até chegar à adulta2 .
Literatura de informação: A Literatura de Informação é um segmento do Quinhentismo, que é a denominação das manifestações literárias ocorridas em território brasileiro durante o século XVI. Além da Literatura de Informação, foi de destaque ao Quinhentismo a chamada Literatura dos Jesuítas. Iniciou-se no Brasil e durou de 1500 à 1601.
Ver também
- Escolas da Literatura Brasileira
- Escolas da Literatura Portuguesa
- Escolas de Teoria Literária
- Escritor
- Gêneros literários
- Gibiteca
- História da literatura
- Lista de livros
- Lista de autores
- Lista de dramaturgos
- Lista de dramaturgos lusófonos
- Literatura Brasileira
- Literatura de horror
- Literatura infanto-juvenil
- Literatura lésbica
- Resumo
Referências
- ↑ Dicionário de Português Michaelis - UOL. Literatua. Página visitada em 18 de setembro de 2012.
- ↑ Educar para Crescer. Dicas de Livros. Página visitada em 08/05/2013.
Ligações externas
- Wikisource
- Biblioteca Nacional Brasil
- Biblioteca Nacional Portugal
- Biblioteca Virtual do Estudante de Língua Portuguesa
- Project Gutenberg
Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura
O que é Literatura
Assim como a música, a pintura e a dança, a Literatura é considerada uma arte. Através dela temos contato com um conjunto de experiências vividas pelo homem sem que seja preciso vivê-las.
A Literatura é um instrumento de comunicação, pois transmite os conhecimentos e a cultura de uma comunidade. O texto literário nos permite identificar as marcas do momento em que foi escrito.
As obras literárias nos ajudam a compreender sobre nós mesmos e sobre as mudanças do comportamento do homem ao longo dos séculos; e, a partir dos exemplos, ajudam-nos a refletir sobre nós mesmos.
O texto literário apresenta:
-Ficcionalidade: os textos não fazem, necessariamente, parte da realidade.
- Função estética: o artista procura representar a realidade a partir da sua visão.
- Plurissignificação: nos textos literários as palavras assumem diferentes significados.
- Subjetividade: expressão pessoal de experiências, emoções e sentimentos.
As obras literárias são divididas em escolas literárias, pois cada obra apresenta um estilo de época, ou seja, um conjunto de características formais e de seleção de conteúdo evidente na obra de escritores e poetas que viveram em um mesmo momento.
As escolas literárias são:
- Trovadorismo
- Classicismo
- Barroco
- Arcadismo
- Romantismo
- Realismo / Naturalismo
- Simbolismo
- Modernismo
Há um momento de transição entre o Trovadorismo e o Classicismo conhecido como Humanismo, e muitos críticos literários afirmam que ainda exista um estilo de época denominado Pós-Modernismo.
A Literatura é um instrumento de comunicação, pois transmite os conhecimentos e a cultura de uma comunidade. O texto literário nos permite identificar as marcas do momento em que foi escrito.
As obras literárias nos ajudam a compreender sobre nós mesmos e sobre as mudanças do comportamento do homem ao longo dos séculos; e, a partir dos exemplos, ajudam-nos a refletir sobre nós mesmos.
O texto literário apresenta:
-Ficcionalidade: os textos não fazem, necessariamente, parte da realidade.
- Função estética: o artista procura representar a realidade a partir da sua visão.
- Plurissignificação: nos textos literários as palavras assumem diferentes significados.
- Subjetividade: expressão pessoal de experiências, emoções e sentimentos.
As obras literárias são divididas em escolas literárias, pois cada obra apresenta um estilo de época, ou seja, um conjunto de características formais e de seleção de conteúdo evidente na obra de escritores e poetas que viveram em um mesmo momento.
As escolas literárias são:
- Trovadorismo
- Classicismo
- Barroco
- Arcadismo
- Romantismo
- Realismo / Naturalismo
- Simbolismo
- Modernismo
Há um momento de transição entre o Trovadorismo e o Classicismo conhecido como Humanismo, e muitos críticos literários afirmam que ainda exista um estilo de época denominado Pós-Modernismo.
Fonte:http://www.mundoeducacao.com/literatura/o-que-literatura.htm
O que é Literatura? (1)
A literatura, como manifestação artística, tem por finalidade recriar a realidade a partir da visão de determinado autor (o artista), com base em seus sentimentos, seus pontos de vista e suas técnicas narrativas. O que difere a literatura das outras manifestações é a matéria-prima: a palavra que transforma a linguagem utilizada e seus meios de expressão. Porém, não se pode pensar ingenuamente que literatura é um “texto” publicado em um “livro”, porque sabemos que nem todo texto e nem todo livro publicado são de caráter literário.
Logo, o que definiria um texto “literário” de outro que não possui essa característica? Essa é uma questão que ainda gera discussão em diversos meios, pois não há um critério formal para definir a literatura a não ser quando contrastada com as demais manifestações artísticas (evidenciando sua matéria-prima e o meio de divulgação) e textuais (evidenciando um texto literário de outro não literário). Segundo José de Nicola (1998:24), o que torna um texto literário é a função poética da linguagem que “ocorre quando a intenção do emissor está voltada para a própria mensagem, com as palavras carregadas de significado.” Além disso, Nicola enfatiza que não apenas o aspecto formal é significativo na composição de uma obra literária, como também o seu conteúdo.
Cecília Meireles, recorte do manuscrito Exercício de Saudade (s.d.) da Bilbioteca Nacional Digital
“O que é literatura?” é antes de tudo uma pergunta histórica. O que conhecemos por literatura não era o mesmo que se imaginava há, por exemplo, duzentos anos quando, na Europa, o gênero literário “romance” começou a se desenvolver graças ao desenvolvimento dos jornais, que possibilitou uma maior divulgação do gênero, mudando o que se entendia a respeito do assunto. Se antes as “belas letras” eram compostas por composições em verso que seguiam uma estrutura formal de acordo com critérios estabelecidos desde a antiguidade, agora, com o advento e a popularização do romance, a forma de se entender a literatura foi modificada e novos gêneros textuais foram ganhando espaço. Exemeplo disso, é que, no século XX houve a atribuição de alguns gêneros considerados “menores” como cartas, biografias e diários à categoria “literária”.
Um dos registros mais antigos que se tem acerca do tema deve-se a Aristóteles, pensador grego que viveu entre 384 e 322 (A. C.). Aristóteles elaborou um conjunto de anotações em que busca analisar as formas da arte e da literatura de seu tempo. Para isso, o pensador elaborou a teoria de que a poesia (gênero literário por excelência da época) era “técnica” aliada à “mimese” (imitação), diferenciando os gêneros trágico e épico do cômico e satírico e, por fim, do lírico. Segundo o filósofo, o que difere a arte literária, representada pela poesia, dos textos investigativos em prosa é a qualidade universal que a imitação permite. Ao imitar o que é diferente (épico e tragédia), o que é inferior (comédia e sátira) e o que está próximo (lírico), o artista cria a “fictio”, isto é, “ficção”, inventando histórias genéricas, porém verossímeis.
Os escritos de Aristóteles são questionados nos dias de hoje, uma vez que a literatura sofreu uma evolução sem precedentes nos últimos séculos, aceitando novos gêneros e presenciando a criação de novos meios de veiculação, como a internet. Todos esses fatores acabam “diluindo” a definição clássica de literatura e gerando novas atribuições ao longo de seu desenvolvimento e recepção.
Referências:
NICOLA, José de. Literatura Brasileira: das origens aos nossos dias. São Paulo: Scipione, 1998
Fonte:http://www.soliteratura.com.br/introducao/
“Uma coisa é escrever como poeta, outra coisa como historiador : o poeta pode contar ou cantar coisas não como foram, mas como deveriam ter sido, enquanto o historiador deve relatá-las não como deveriam ter sido, mas como foram, sem acrescentar ou subtrair da verdade o que quer que seja”. Nestas palavras do escritor espanhol Miguel de Cervantes, fica claro a concepção de Literatura, a Literatura ,sendo a arte da palavra, permite ao artista escritor inventar e criar os fatos e seres de uma obra literária.
O cientista, jornalista e historiador devem escrever retratando e descrevendo objetivamente o que realmente aconteceu num determinado dia, hora e evento; envolvendo pessoas e fatos reais, documentos não inventados. Nesta comparação de valores percebemos a diferença entre texto literário e não-literário.
As pessoas criadas pelo escritor (artista) são personagens que vivem e demonstram personalidade dentro do conteúdo criado pelo escritor, e características que refletem a de pessoas reais. A Literatura cria e recria a realidade, expressando pessoas, cenários, histórias e identidades.
Podemos conceituar a Literatura como ficção, uma ficção que recria uma realidade, que possui o potencial de adaptar uma obra a fatos reais ou simplesmente expressar fatos imaginários. A ferramenta da Literatura é a palavra, a que segue o estilo subjetivo de cada autor que interpreta a realidade sob o seu ponto de vista ou analisando o ponto de vista de uma sociedade e época.
O texto literário permite mais de uma interpretação, enquanto que o não-literário não dá vazão à interpretações diversas, mesmo que gere opiniões. Os textos literários são escritos basicamente em dois formatos, a poesia e a prosa.
O cientista, jornalista e historiador devem escrever retratando e descrevendo objetivamente o que realmente aconteceu num determinado dia, hora e evento; envolvendo pessoas e fatos reais, documentos não inventados. Nesta comparação de valores percebemos a diferença entre texto literário e não-literário.
As pessoas criadas pelo escritor (artista) são personagens que vivem e demonstram personalidade dentro do conteúdo criado pelo escritor, e características que refletem a de pessoas reais. A Literatura cria e recria a realidade, expressando pessoas, cenários, histórias e identidades.
Podemos conceituar a Literatura como ficção, uma ficção que recria uma realidade, que possui o potencial de adaptar uma obra a fatos reais ou simplesmente expressar fatos imaginários. A ferramenta da Literatura é a palavra, a que segue o estilo subjetivo de cada autor que interpreta a realidade sob o seu ponto de vista ou analisando o ponto de vista de uma sociedade e época.
O texto literário permite mais de uma interpretação, enquanto que o não-literário não dá vazão à interpretações diversas, mesmo que gere opiniões. Os textos literários são escritos basicamente em dois formatos, a poesia e a prosa.
Por Fernando Rebouças http://www.infoescola.com/literatura/o-que-e-literatura/
O que é literatura?
Literatura (li.te.ra.tu.ra) sf (lat litteratura) segundo o Michaelis - Dicionário da Língua Portuguesa - "é a arte de compor escritos, em prosa ou em verso, de acordo com princípios teóricos ou práticos. O exercício dessa arte ou da eloqüência e poesia. O conjunto das obras literárias de um agregado social, ou em dada linguagem, ou referidas a determinado assunto: Literatura infantil, literatura científica, literatura de propaganda ou publicitária. A história das obras literárias do espírito humano. O conjunto dos homens distintos nas letras".
Completa-se aqui com a definição com Afrânio Coutinho: “A Literatura, como toda arte, é uma transfiguração do real, é a realidade recriada através do espírito do artista e retransmitida através da língua para as formas, que são os gêneros, e com os quais ela toma corpo e nova realidade. Passa, então, a viver outra vida, autônoma, independente do autor e da experiência de realidade de onde proveio. Os fatos que lhe deram às vezes origem perderam a realidade primitiva e adquiriram outra, graças à imaginação do artista. São agora fatos de outra natureza, diferentes dos fatos naturais objetivados pela ciência ou pela história ou pelo social. O artista literário cria ou recria um mundo de verdades que não são mensuráveis pelos mesmos padrões das verdades factuais. Os fatos que manipula não têm comparação com os da realidade concreta. São as verdades humanas, gerais, que traduzem antes um sentimento de experiência, uma compreensão e um julgamento das coisas humanas, um sentido da vida, e que fornecem um retrato vivo e insinuante da vida, o qual sugere antes que esgota o quadro. A Literatura é, assim, a vida, parte da vida, não se admitindo possa haver conflito entre uma e outra. Através das obras literárias, tomamos contato com a vida, nas suas verdades eternas, comuns a todos os homens e lugares, porque são as verdades da mesma condição humana.”
Fonte:http://www.amigosdolivro.com.br/lermais_materias.php?cd_materias=4835
Sabemos que o reino das palavras é farto. Elas brotam de nosso pensamento de maneira natural, não temos a preocupação de elaborar o que dizemos ou até mesmo escrevemos. As palavras, contudo, podem ultrapassar seus limites de significação. Podendo, assim, conquistar novos espaços e passar novas possibilidades de perceber a realidade. O caminho que a literatura percorre é este. O artista sente, escolhe e manipula as palavras, as organiza para que produzam um efeito que vá além da sua significação objetiva, procurando aproximá-las do imaginário. A obra do escritor é fruto de sua imaginação, embora seja baseado em elementos reais. Da concretização desse trabalho surge então a obra literária. Dotado de uma percepção aguçada, o escritor capta a realidade através de seus sentimentos. Explora as possibilidades linguísticas e as manipula no nível semântico, fonético e sintático. A literatura é uma manifestação artística. E difere das demais pela maneira como se expressa, sua matéria-prima é a palavra, a linguagem. O texto literário se caracteriza pelo predomínio da função poética. Observe, no poema Procura da poesia, como o poeta Carlos Drummond de Andrade descreve o escritor entrando no “reino das palavras”. Procura da poesia Não faças versos sobre acontecimentos. Não há criação nem morte perante a poesia. Diante dela, a vida é um sol estático, não aquece nem ilumina. As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam. Não faças poesia com o corpo, esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica. Tua gota de bile, tua careta de gozo ou de dor no escuro são indiferentes. Nem me reveles teus sentimentos, que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem. O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia. Não cantes tua cidade, deixa-a em paz. O canto não é o movimento das máquinas nem o segredo das casas. Não é música ouvida de passagem; rumor do mar nas ruas junto à linha de espuma. O canto não é a natureza nem os homens em sociedade. Para ele, chuva e noite, fadiga e esperança nada significam. A poesia (não tires poesia das coisas) elide sujeito e objeto. Não dramatizes, não invoques, não indagues. Não percas tempo em mentir. Não te aborreças. Teu iate de marfim, teu sapato de diamante, vossas mazurcas e abusões, vossos esqueletos de família desaparecem na curva do tempo, é algo imprestável. Não recomponhas tua sepultada e merencória infância. Não osciles entre o espelho e a memória em dissipação. Que se dissipou, não era poesia. Que se partiu, cristal não era. Penetra surdamente no reino das palavras. Lá estão os poemas que esperam ser escritos. Estão paralisados, mas não há desespero, há calma e frescura na superfície inata. Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário. Convive com teus poemas, antes de escrevê-los. Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam. Espera que cada um realize e consuma com seu poder de palavra e seu poder de silêncio. Não forces o poema a desprender-se do limbo. Não colhas no chão o poema que se perdeu. Não adules o poema. Aceita-o como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada no espaço. Chega mais perto e contempla as palavras. Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra e te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou terrível, que lhe deres: Trouxeste a chave? Repara: ermas de melodia e conceito elas se refugiaram na noite, as palavras. Ainda úmidas e impregnadas de sono, rolam num rio difícil e se transformam em desprezo. ANDRADE, Carlos Drurmmond de. Poesia completa & prosa. Rio de Janeiro:José Aguilar,1973. “Procura da poesia” é um dos textos de abertura do livro A rosa do povo, que reúne poemas escritos entre 1943 e 1945, o conjunto formado por esses textos resulta numa das mais belas e profundas reflexões sobre o “fazer poético”, sobre a arte e utilidade da poesia. * O Site BrasilEscola.com, detém seus direitos autorais sobre este artigo, qualquer publicação do mesmo sem prévia autorização da equipe por escrita será considerada como infração aos direitos autorais. Lembrando que a única cópia que não é necessária a permissão escrita é para trabalhos escolares. Fonte:http://www.brasilescola.com/literatura/o-que-e-literatura.htm Significado de Literatura
Literatura é uma palavra com origem no termo em latimlittera, que significa significa letra. A literatura remete para um conjunto de habilidades de ler e escrever de forma correta. Existem diversas definições e tipos de literatura, pode ser uma arte, uma profissão, um conjunto de produções, e etc.
Literatura é a arte de criar e compor textos, e existem diversos tipos de produções literárias, como poesia, prosa, literatura de ficção, literatura de romance, literatura médica, literatura técnica, literatura portuguesa, literatura popular, literatura de cordel e etc. A literatura também pode ser um conjunto de textos escritos, sejam eles de um país, de uma personalidade, de uma época, e etc.
O conceito de literatura tem sido alterado com o passar dos tempos, havendo alterações semânticas bastante relevantes. Para alguns povos latinos, a literatura tinha um teor subjetivo, representando o conhecimento dos letrados. Neste caso, a literatura não era contemplada como objeto do conhecimento, que pode ser estudado. Os povos de língua românica, inglesa e alemã não lhe alteraram o sentido, alteração que só aconteceu na segunda metade do século XVIII, quando o termo passou a designar o objeto de estudo, a produção literária, a condição dos profissionais, etc.
A literatura apresenta diverso gêneros, que agradam vários gostos e que são direcionados públicos diferentes, como por exemplo, a literatura de cordel, literatura infantil, etc.
Literatura também é uma disciplina no âmbito escolar, onde os indivíduos estudam diversos autores e suas obras, suas contribuições para a literatura brasileira, normalmente, e temas como a lieratura portuguesa e a literatura barroca também estão presentes, além do colégio, em provas de vestibular.
Literatura e romantismo
A expansão do romantismo deu lugar a um entusiasmo historicista que duraria do século XIX e grande parte do século XX. Nesta altura, Goethe criou a expressão "literatura universal", que expressa a compilação das melhores obras literárias de significação que vai além das condições nacionais.
Esta época foi caracterizada por grandes avanços na área da literatura, mais concretamente na filologia, linguística comparada e no historicismo.
Fonte:http://www.significados.com.br/literatura/
A pergunta "o que é literatura?" não é fácil de responder. Para começar, ficamos em apuros se pensarmos que qualquer texto que nos cerca pode ser considerado literatura, desde cartazes com propagandas, legendas de filmes, palavras pichadas em muros, bulas de remédio, receitas de bolos, manuais de instrução etc. Num certo sentido, tudo o que se pode ler é literatura. O que nos interessa aqui, porém, é o fenômeno da literatura enquanto uma atividade artística.
A disciplina literatura que se estuda na escola trata dos textos produzidos por escritores de períodos diversos da história da humanidade. Homens e mulheres que criaram e continuam criando textos de ficção em prosa, repletos de ações, personagens, conflitos, ambientes e climas, ou ainda, poemas que elaboram a sonoridade e os múltiplos significados das palavras. A literatura pode enriquecer sua vida, seja como simples entretenimento, seja como fonte de conhecimento e reflexão sobre valores e ideias. Porém certos conceitos ou ferramentas teóricas são necessários para que você, leitor, possa entender a linguagem literária, que também está tão presente no nosso cotidiano. Afinal, a literatura está o tempo todo a nossa volta, nas histórias contadas por nossos avós, nos livros, nas peças de teatro, novelas, filmes, jornais, mesmo na música e na dança, entre outras formas de linguagem que os homens usam para se comunicar.
O animal que fala
Por falar em comunicação, o sistema de comunicação que nos interessa basicamente para tratar de literatura é a escrita, essa linguagem simbólica que tem como material as letras e as palavras, que, ao serem combinadas, tornam-se textos. Não é por acaso, aliás, que a palavra do latim litteratura vem de outra palavra da mesma língua, littera, que significa letra, ou seja, o sinal gráfico que representa - por escrito - os sons da fala.
Antes que a literatura existisse, ou melhor, antes que muitas das coisas que conhecemos hoje existissem, numa época muito remota, poderíamos encontrar nossos antepassados ali em suas cavernas, ou em meio às árvores das matas, comunicando-se entre si instintivamente, através de gestos ruídos como vários outros animais. No decorrer da Evolução, nossa espécie desenvolveu a capacidade de falar e, então, passou a nomear plantas, bichos, rios, vales e montanhas. Desse modo, acabou por se diferenciar dos outros animais. Essa diferença encontra-se, justamente, no fato de podermos representar o mundo que nos cerca, através de símbolos vocais: as palavras. Nesta linguagem das palavras - símbolos que representam sonoramente todas as coisas concretas do mundo, além dos nossos sentimentos e das situações abstratas da vida - estamos envolvidos desde que nascemos.
As palavras e as coisas
Milhares de anos depois do advento da palavra falada, característica que ajudou a definir a espécie humana, surgiu uma nova forma de comunicação entre os homens, baseada principalmente na representação gráfico-visual dos sons de nossa própria fala: a escrita, que tem seus primeiros registros no alfabeto fenício do século 12 a.C. De qualquer modo, falada ou escrita, o objetivo da palavra é mais ou menos o mesmo: dar nome às coisas, agilizar a comunicação entre os seres humanos e ajudá-los a pensar e a compreender o mundo.
Entre os nomes e as coisas existe uma relação quase contínua. E o homem vive vinculado - ora de maneira mais próxima, ora mais distanciada - a estes dois mundos: o concreto de suas experiências com as coisas e o abstrato da sua linguagem simbólica. Contudo, é importante deixar bem claro que os nomes não são as coisas, mas que as coisas só existem para o pensamento do homem dentro da sua linguagem.
A força da expressão
"Ai, palavras, ai, palavras,
que estranha potência, a vossa!" Cecília Meireles As palavras e as coisas parecem estar unidas, mas, ao mesmo tempo, parecem jamais poder se misturar. Se ficarmos atentos, podemos observar a força que a palavra tem de mexer com os nossos sentimentos e emoções.E não só na literatura, mas também na vida cotidiana. É como na conhecida lenda de Ali babá e os 40 ladrões, em que a frase "abre-te, Sézamo!" tem o poder de abrir a porta de uma caverna escondida nas entranhas da terra. No dia a dia, por exemplo, se ouvirmos a palavra câncer, ela pode evocar sensações como tristeza, repugnância, medo ou até pavor. Às vezes, de acordo com a situação em que nos encontramos, o simples fato de pronunciar o seu nome parece tornar concreta em nossa mente a realidade da doença nomeada. Pois bem, os escritores têm como material de trabalho a própria palavra, e utilizam seu poder de evocação e sugestão para construir mundos e universos possíveis ou prováveis, recriando assim a realidade em que tanto ele, escritor, quanto nós, leitores, estamos inseridos. Sua literatura comunica artisticamente, desde a Antiguidade, os sentimentos, as emoções, as sensações, as ações, as idéeias e opiniões mais diversas do homem diante do mundo e de sua condição existencial. O escritor busca transcender ou concretizar, por meio da literatura, uma experiência da vida. Isso - basicamente - é literatura. Portanto, como escreveu Ezra Pound, poeta e crítico literário, "Literatura é linguagem carregada de significado".
Carla Caruso, Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação é escritora, pesquisadora e realiza projetos de capacitação de professores no Estado de São Paulo.
Fonte:http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/literatura-o-que-e.htm
O que é Literatura
A Literatura tem grande importância em nossa vida, principalmente nas escolas onde ela é bastante estudada. E por ela ser importante é necessário que se tenha um conceito sobre ela. Com o intuito de defini-la analisaremos a obra "O que é Literatura" de Marisa Lajolo, que como o próprio nome sugere poderemos senão defini-la ao menos obter maior esclarecimentos sobre a mesma.
Resenha
LAJOLO, Marisa. O Que é Literatura São Paulo, Ed. Brasiliense, 17ª ed. 1995.
As perguntas sobre literatura ultrapassaram séculos, porém as respostas são sempre provisórias, pois, a cada tempo surgem novos conceitos. Há quem diga que literatura é tudo aquilo que se escreve. Existem em nossa volta bibliotecas lotadas de livros, revistas, mas será tudo literatura?
Segundo a autora, existem escritores, poetas, que deram soberania a outros escritores e até leitores para chamar ou não suas obras de literatura. De acordo com ela, tanto pode ser, como não ser literatura, os poemas que guardamos com carinho, os romances que sequer foram publicados, peças de teatro esquecidas pelo tempo, ou mesmo aqueles livros que nenhum professor indica, mas que gostamos de ler, tudo depende do sentido que temos ao interpretá-los. Algumas pessoas definem literatura como sendo algo que a gente escreve, mas precisa que outros a leiam, precisa de um envolvimento social pelo qual a obra deve passar antes de chegar a ser vendida.
A autora cita na pág. 17 que "a literatura iguala-se a qualquer produto produzido e consumido em moldes capitalistas". Ela pretende com isso fazer que entendamos que uma obra para ser considerada literatura é preciso que tenha certa tradição cultural, precisa de um aval de setores especializados. A escola é um setor importante, pois a séculos vem sendo avalista dos livros que circulam por aí, isso porque analisam e indicam a leitura dos mesmos aos alunos.
Marisa Lajolo aponta na pág. 22que, o questionamento sobre literatura é sério, pois a séculos existem pessoas empenhadas em defini-la para poder ter maior domínio sobre textos lidos, mas nos faz entender que para entrar nesta discussão é preciso ter ingresso, e, para ter esse ingresso, precisa que se tenha poder aquisitivo compatível com o mesmo. Estes ingressos são livros que precisam ser adquiridos, estudados e avaliados para se chegar a alguma decisão.
Segundo a autora, já foram analisados vários critérios para identificar literatura, como: o tipo de linguagem, os textos, e até mesmo a identificação do autor sobre a obra, mas uma completa a outra e dificilmente se chegará a um consenso. Há inclusive polêmica sobre o assunto, pois quando se acredita estar definida eis que surgem novas obras, novos perfis, que vão se inovando, e o conceito quase definido volta a estaca zero.
"As definições propostas para literatura importam menos do que os caminhos percorridos para chegar a elas" (pág.27). Com isso podemos entender que os caminhos não são fáceis de serem percorridos, pois são uns tanto ambíguos.
A autora faz citação do dicionário Aurélio, (pág.28) onde diz que nele há dez conceitos sobre literatura. Talvez por isso pensamos ser literatura tudo o que se escreve, pois segundo Aurélio, ela deriva do latim: littera, que significa letra. Aos olhos de nossa cultura ter-se domínio sobre a escrita já é meio caminho andado, visto que, no vestibular a parte que vale mais pontos é a escrita (redação).Na Era Medieval as poesias tinham caráter oral, e só se torna literatura a partir do momento que foram registradas.
Nos dias atuais podemos ver as poesias da Época Medieval sendo transformadas em músicas na MPB. Existe, portanto um intercâmbio social na literatura, pois ela se manifesta a partir da linguagem, levando ao máximo sua ambigüidade.
A autora nos faz entender que a literatura não é apenas transmissora de informações, ela cria em cada ser aquilo que os sentidos o levam a interpretar. Através da leitura podemos vivenciar aquilo que lemos e criar dentro de nós a imagem proposta pelo texto. Tanto pode ser verídica como pode ser ficção. Os personagens tanto podem ter existido como podem ser criados pelo autor, na literatura tudo é possível, porém, mesmo na ficção existe um fundamento real, onde o autor se apoiou para criar a ficção.
Roberto Acízelo de Souza, em seu livro Teoria da Literatura, (cap.1 pág.6), diz que "a literatura é objeto de uma problematização, de um questionamento,apto a revelar a superficialidade da atitude para a qual ela corresponde apenas a uma noção difusa e culturalizada". Nota-se, com isso, que a literatura traz discussões ao tentar defini-la, ela é difusa porque não corresponde a um conceito definido.
As páginas 48 a 51 nos fazem compreender que se estudarmos a literatura desde que foi concebida veremos que mesmo com certos conflitos há um comum acordo sobre sua origem letrada. Acredita-se que o conceito sobre literatura tenha surgido antes de Cristo, na Grécia Antiga. Herdamos a cultura grega que permanece até hoje nas telenovelas, como, a história de Hércules ou Édipo, porém, foi depois de Cristo que a literatura passou a ter conceitos diferentes. A Sociedade Medieval criou padrões rígidos que chegam até nós através de textos literários que ainda hoje sobrevivem.
"Os textos que a tradição reserva o nome de literatura, embora nascendo de uma elite e a ela dirigidos, não costumam confinar-se às rodas que detém o poder" (pág.64). A autora quis dizer com isso que mesmo os que têm condições de adquirir livros não o fazem, não valorizam a leitura.
"Pulando muitos séculos que sucederam a Idade Média, chegamos ao mundo moderno da Renascença..." a partir daí a vida se modernizou, a literatura clássica dá lugar ao Romantismo. O Romantismo emocionou muitos leitores, mexendo com seus sentimentos, coisa que acontece até hoje para muitos. Outro fator romântico muito importante foi a valorização do romance que até então não tinha o devido valor. Apesar da literatura romântica provocar suspiros, saudades, com a modernização e a tecnologia, a obra literária romântica perdeu seu poder, "murchou". É a realidade que ganha forma, é o real que aparece nos livros, os realistas não aceitam o passado, passa a ser ao invés de sentimentos, instintos, é como se a ciência recusasse os sentimentos. A literatura realista aposta na reprodução do real, e nos leva a crer que o objetivo da literatura é encenar a linguagem, e seu poder de criação e imaginação que se queria, fosse o real.
Marisa Lajolo conclui sua obra fazendo uma crítica aos brasileiros dizendo "somos um povo telespectador; não somos nem nunca fomos um país de leitores". Com isso ela mostra o quanto o brasileiro se deixa levar pela televisão, deixando de lado a leitura que como sabemos, é indispensável na vida de uma pessoa culta.
Conclusão
Depois de estudar, pesquisar, analisar o tema proposto, chego a conclusão de que são inúmeros os conceitos sobre literatura, mas é praticamente impossível defini-la, mesmo porque como já foi dito ao longo deste texto, para cada tempo existe um conceito.
A autora cria um certo suspense em cada capítulo do livro, pois quando se pensa estar definida a literatura surge novo conceito, cria-se nova expectativa de resposta. E, ao finalizar a leitura fica bem claro que não existe uma palavra única que possa definir Literatura.
Indicação da Obra:
Este livro é essencial para quem deseja adquirir mais conhecimentos sobre a literatura, especialmente para professores, e para quem está cursando ou pensa fazer o curso de Letras, como também para todos que atuam nesta área.
Autoria: Vagner Teixeira
"A Literatura, como toda arte, é uma transfiguração do real, é a realidade recriada através do espírito do artista e retransmitida através da língua para as formas, que são os gêneros, e com os quais ela toma corpo e nova realidade. Passa, então, a viver outra vida, autônoma, independente do autor e da experiência de realidade de onde proveio. Os fatos que lhe deram às vezes origem perderam a realidade primitiva e adquiriram outra, graças à imaginação do artista. São agora fatos de outra natureza, diferentes dos fatos naturais objetivados pela ciência ou pela história ou pelo social.
O artista literário cria ou recria um mundo de verdades que não são mensuráveis pelos mesmos padrões das verdades fatuais. Os fatos que manipula não têm comparação com os da realidade concreta. São as verdades humanas gerais, que traduzem antes um sentimento de experiência, uma compreensão e um julgamento das coisas humanas, um sentido da vida, e que fornecem um retrato vivo e insinuante da vida, o qual sugere antes que esgota o quadro.
A Literatura é, assim, a vida, parte da vida, não se admitindo possa haver conflito entre uma e outra. Através das obras literárias, tomamos contato com a vida, nas suas verdades eternas, comuns a todos os homens e lugares, porque são as verdades da mesma condição humana."
(Afrânio Coutinho)
Alguns Conceitos sobre Literatura
"Arte literária é mimese (imitação); é a arte que imita pela palavra." (Aristóteles, filósofo grego, séc. IV a.C)
"A literatura é a expressão da sociedade, como a palavra é a expressão do homem." (Louis de Bonald, pensador e crítico do Romantismo francês, início do séc. XIX)
"O poeta sente as palavras ou frases como coisas e não como sinais, e a sua obra como um fim e não como um meio; como uma arma de combate." (Jean-Paul Sartre, filósofo francês, séc. XX)
"É com bons sentimentos que se faz literatura ruim." (André Gide, escritor francês, séc. XX)
"A poesia existe nos fatos" (Oswald de Andrade, poeta brasileiro, séc. XX)
Fonte:http://www.literaturabrasileira.net/index.php?option=com_content&view=article&id=95:o-que-iteratura&catid=18:geral
Literatura Segundo o Dicionário
literatura (Do lat. litteratura.] S.f. 1. Arte de compor ou escrever trabalhos artísticos em prosa ou verso. 2. O conjunto de trabalhos literários dum país ou duma época. 3. Os homens de letras: A literatura brasileira fez-se representar no colóquio de Lisboa. 4. A vida literária. S. A carreira das letras. 6. Conjunto de conhecimentos relativos às obras ou aos autores literários: estudante de literatura brasileira; manual de literatura portuguesa. 7. Qualquer dos usos estéticos da linguagem: literatura oral [p.v.] 8. Fam. Irrealidade, ficção: Sonhador, tudo quanto diz é literatura. 9. Bibliografia: Já é bem extensa a literatura da física nuclear. 10. Conjunto de escritores de propaganda de um produto industrial.
(Dicionário Aurélio Eletrônico)
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