Babilônia (português brasileiro) ou Babilónia (português europeu) (em árabe: بابل, Babil; em acadiano: Bābili(m);[1] em logograma sumério: KÁ.DINGIR.RAKI;[1] em hebraico: בבל, Babel;[1] em grego: Βαβυλών, Babylōn) foi uma cidade-Estado acadiana (fundada em 1867 a.C. por uma dinastia amorita) na antiga Mesopotâmia, cujas ruínas são encontradas na atual cidade de Al Hillah, na província Babil, atual Iraque, cerca de 85 km ao sul de Bagdá. A Babilônia, juntamente com a Assíria, ao norte, foi uma das duas nações acadianas que evoluíram após o colapso do Império Acadiano, embora raramente tenham sido governadas por acádios nativos. Tudo o que resta da antiga e famosa cidade original da Babilônia é um monte, ou tell, de várias ruínas de edifícios de tijolos de barro e detritos na planície fértil da Mesopotâmia entre os rios Tigre e Eufrates. A própria cidade foi construída sobre o rio Eufrates e dividida em partes iguais ao longo de suas margens esquerda e direita, com taludes íngremes para conter as cheias sazonais do rio.
Recursos históricos disponíveis sugerem que a Babilônia foi primeiro uma pequena cidade que havia aparecido no fim do terceiro milênio a.C. A cidade floresceu e alcançou a independência, com a ascensão da primeira dinastia Amorita da Babilônia, em 1894 a.C. Afirmando ser a sucessora da antiga Eridu, Babilônia eclipsou Nippur como a "cidade santa" da Mesopotâmia, na época em que um rei amorita chamado Hamurabi criou o primeiro e curto Império Babilônico. Esse rapidamente dissolveu-se após a sua morte e a Babilônia passou longos períodos sob dominação assíria, cassita e elamita. A cidade novamente se tornou a sede do Segundo Império Babilônico de 612 a 539 a.C., que foi fundado por caldeus e cujo último rei foi um assírio. Os Jardins Suspensos da Babilônia foram uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo. Após sua queda, a Babilônia ficou sob dominação aquemênida, selêucida, parta, romana e sassânida. Foi dissolvida como uma província depois da conquista árabe-islâmica do século VII.
Império BabilônicoPrimeiro Império Babilônico | ||||
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Lema nacional talis et qualis (Tal e Qual) | ||||
Continente | Ásia | |||
Capital | Babilônia | |||
Governo | Não especificado | |||
Rei | Hamurabi | |||
História | ||||
• 1950 a.C. | Conquista dos Guti. | |||
• 1800 a.C. | Unificação da região entre a Assíria e a Caldéia | |||
• 1730 a.C. | Criação do Império | |||
• 1531 a.C. | Conquista do Norte da Babilônia pelos Mitanni | |||
• 1200 a.C. | Morte de Hamurabi e tomada dos Assírios | |||
Moeda | Shekels |
A Queda
Teve início com o declínio do império de Sargão I. Era a capital dos amoritas (semitas, vindos do deserto da Arábia), que até então, era uma pequena cidade do Eufrates. Graças ao enfraquecimento dos Acadianos e posteriormente dos Sumérios, a Babilônia cresceu e evoluiu, tornando-se então, um império e um cobiçado centro comercial.
O poder cai nas mãos dos cruéis assírios, que formavam um poderoso império de 1200 a.C. até 612 a.C. quando Nabopolasar (da Babilônia), aliado aos medos (povo que vivia no planalto iraniano), atacou Nínive, capital do Império Assírio, retomando o poder para a Babilônia, e se iniciando assim o Segundo Império Babilônico (ou Caldeu), que se tornou a mais notável cidade do Oriente.
Os arameus, assírios e os caldeus lutaram durante séculos pelo controle da Babilônia. O rei assírio Assurbanípal venceu a luta em 648 a.C., e foi sucedido por Nabucodonosor II.
Referências
- ↑ a b c The Cambridge Ancient History: Prologomena & Prehistory: Vol. 1, Part 1. Acessado em 15 de dezembro de 2010.]
O Segundo Império Babilônico ou Império Neo-babilónico é a denominação para uma época de 626 a.C. a 539 a.C., dominada pelo governo de Nabucodonosor II e outros até a conquista do Império Babilónico pelo Império Aquemênida.
Segundo Império Babilônico / Segundo Império Babilónico | ||||
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O império em 540 a.C. | ||||
Continente | Ásia | |||
Capital | Babilônia | |||
Governo | Não especificado | |||
Lista dos reis da Babilônia | ||||
• 668 a.C. - 627 a.C. | Assurbanípal | |||
• 626-605 a.C | Nabopolassar | |||
• 604 a.C. - 562 a.C. | Nabucodonosor II | |||
Período histórico | Idade do Ferro | |||
• 626 a.C. | Fundação | |||
• 539 a.C. | Persas invadem o Império |
Assurbanípal
Assurbanípal (reinou de c. 668 a 627 a.C.) foi o rei que mandou criar a biblioteca de tábuas de barro, escritas em linguagem cuneiforme, que, tendo muitas delas sido preservadas até aos dias de hoje, permitiu aos arqueólogos descobrirem muitos aspectos da vida política, militar e intelectual dessa grande civilização.
Essa descoberta deve-se ao arqueólogo Austen Henry Layard. A "Biblioteca Real" de Assurbanípal consiste de milhares de tabuinhas de barro e fragmentos contendo textos de vários tipos (inscrições reais, crônicas, mitologia, religião, contratos, cartas reais, decretos, documentos administrativos, entre outros) datando do sétimo século a.C. Este tesouro arqueológico foi encontrado em Kuyunjik (onde ficava Nínive, capital da Assíria).
Esses textos agora encontram-se, em grande parte, no Museu Britânico, em Londres.
Nabucodonosor II
Liderados por Nabucodonosor II (reinado de 604 a.C. a 562 a.C) (que também construiu os Jardins Suspensos da Babilônia, uma das sete maravilhas do mundo antigo), os babilônios destruíram Jerusalém em 587 a.C.[1], levando os judeus ao exílio babilônico. O rei persa Ciro, o Grande, conquistou o Império Babilónico em 539 a.C., anexando a cidade e libertando os judeus de seu exílio.Alexandre, o Grande
Após a conquista da Pérsia por Alexandre, o Grande, este imperador fez da cidade de Babilônia sua capital, sendo depois capital dos Selêucidas, mas a cidade foi completamente destruída pelos partos anos mais tarde. Sobre suas ruínas foi construída a cidade de Ctensifon, capital da Pérsia Sassânida.A Babilônia e os judeus
Na cultura hebraica e no cristianismo, a Babilônia se tornou um inimigo arquetípico do "povo de Deus". Várias referências à Babilônia ocorrem na Bíblia. A cidade de Babilônia é tida, biblicamente, como símbolo de soberba e idolatria, conforme relatado pelo apóstolo João no livro do Apocalipse do Novo Testamento.O cardeal católico romano John Henry Newman, do século XIX, indicando origens não-cristãs de muitas das doutrinas, cerimônias e práticas, disse, no seu Essay on the Development of Christian Doctrine (Ensaio sobre o Desenvolvimento da Doutrina Cristã): "O emprego de templos, e estes dedicados a certos santos, e enfeitados em ocasiões com ramos de árvores; incenso, lâmpadas e velas; ofertas votivas ao restabelecer-se de doenças; água benta; asilos; dias santos e estações, uso de calendários, bênção de campos, vestimentas sacerdotais, a tonsura, a aliança nos casamentos, o virar-se para o Oriente.
Religião
Durante o seu segundo império, Marduk foi considerado o maior deus nacional. Porém em todos os períodos sempre se acreditou em milhares de demônios invisíveis que espalhavam o mal e cegavam os homens. Suas características gerais eram:- Politeísmo;
- Desprezo pela vida além-túmulo;
- Crença em gênios, demônios, heróis, adivinhações e magia;
- Sacrifício de crianças e praticas de orgias sexuais.
Economia
A base da economia era a agricultura. A construção de canais era controlada pelo Estado. Utilizavam arado semeador, a carroça de rodas e a grade. Sua situação geográfica não lhes era propícia, pois eram escassas as suas matérias-primas, o que favoreceu os empreendimentos mercantis. As caravanas de mercadores saíam para vender suas mercadorias e iam em busca de marfim (da Índia), cobre (do Chipre) e estanho (do Cáucaso).As transições comerciais eram feitas à base de troca, e, em alguns casos, usavam-se barras de ouro e prata.
Política
Tanto o regime dos assírios quanto a dos caldeus era a monarquia absoluta. O poder estava centralizado nas mãos do rei, que também era o chefe militar, administrador, legislador supremo, sacerdote máximo e supervisor do comércio. A sociedade era hierárquica na seguinte sequência: o rei, nobres, sacerdotes estudados em ciências, comerciantes, pequenos proprietários e escravos.Babilônia tornou-se a maior cidade caldaica (o termo vem de "Caldeia" - a parte sul e mais fértil da Mesopotâmia, onde se localizava o Império. -) de toda a Ásia, graças ao seu extraordinário desenvolvimento no comércio. Após a sua morte, o Império Caldeu declinou, a principal causa, a corrupção. O Império tendo se tornado sede de grandes riquezas e refinamentos, tornou seus governantes, sedentos de ainda mais luxo, fazendo-os se esquecerem de sua cidade, o que fez relaxarem suas defesas. Em 539 a.C. Ciro II da Pérsia aproveitou-se da situação da cidade e atacou-a, conquistando-a.
Períodos
O Império da Babilônia pode dividir-se em dois períodos distintos: o primeiro iniciou-se no ano 1728 a.C. e finalizou em 1513 a.C.; o segundo foi de 614 a.C. a 539 a.C.No intervalo destes períodos, o império foi destruído e arrasado por várias invasões e domínios estrangeiros.
Referências
- ↑ Jerusalém: Atlas Histórico Ilustrado, de Martin Gilbert, Macmillan Publishing, New York, 1978, p. 11
A região da Caldéia é uma vasta planície formada por depósitos do Eufrates e do Tigre, estendendo-se a cerca de 250 quilômetros ao longo do curso de ambos os rios, e cerca de 60 quilômetros em largura.
Os caldeus foram uma tribo (acredita-se que tenham emigrado da Arábia) que viveu no litoral do Golfo Pérsico e se tornou parte do Império da Babilônia.
No Antigo Testamento da Bíblia há várias citações sobre esse povo que, sob o comando de Nabucodonosor II teria destruído Jerusalém e levado o povo judeu para o cativeiro babilônico que durou cerca de 70 anos.
Após este período, os caldeus foram vencidos pelos persas e a Babilônia dominada por Ciro.
Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/
Civilização Babilônica
Sob o seu comando, a cidade da Babilônia se transformou em um dos mais prósperos e importantes centros urbanos de toda a Antiguidade. Tal importância pode até mesmo ser conferida na Bíblia, onde ocorre uma longa menção ao zigurate de Babel, construído em homenagem ao deus Marduk. De fato, são várias as construções, estátuas e obras que nos remetem aos tempos áureos desta civilização.
Mesmo promovendo tantas conquistas e construindo um Estado bastante organizado, os babilônicos não conseguiram resistir a uma onda de invasões que aconteceu após o governo de Hamurábi. Ao mesmo tempo em que os hititas e cassitas tomavam parcelas do domínio babilônico, outras revoltas que se desenvolviam internamente acabaram abrindo espaço para a hegemonia dos reinos rivais.
Entre os anos de 1300 e 600 a.C., os mesopotâmicos assistiram a dominação assíria, marcada pela violência de sua poderosa engrenagem militar. Por volta de 612 a.C., a sublevação dos povos dominados e a ação invasora dos amoritas e caldeus instituíram o fim do Império Assírio e a organização do Segundo Império Babilônico, também conhecido como Império Neobabilônico.
O regime de Nabucodonosor também ficou conhecido pelo estabelecimento de novas conquistas territoriais, entre as quais se destacam a região sul da Palestina e as fronteiras setentrionais do Egito. Após este governo, os domínios babilônicos foram paulatinamente conquistados pelos persas, que eram comandados pela batuta política e militar do rei Ciro I.
A cidade da Babilônia - História da cidade da Babilônia
rio
História da Civilização Babilônica
A civilização babilônica, que existiu do século XVIII ao VI a.C., era, como a suméria que a precedeu, de caráter urbano, embora baseada mais na agricultura do que na indústria. O país era constituído por 12 cidades, cercadas de povoados e aldeias. No alto da estrutura política estava o rei, monarca absoluto que exercia o poder legislativo, judicial e executivo. Abaixo dele havia um grupo de governadores e administradores selecionados. Os prefeitos e conselhos de anciãos da cidade eram encarregados da administração local.
Os babilônios modificaram e transformaram sua herança suméria para adequá-la a sua própria cultura e maneira de ser e influenciaram os países vizinhos, especialmente o reino da Assíria, que adotou praticamente por completo a cultura babilônica.
As escavações arqueológicas realizadas permitiram que fossem encontradas importantes obras de literatura. Uma das mais valiosas é a magnífica coleção de leis (século XVIII a.C.) denominada Código de Hamurabi, que, junto com outros documentos e cartas pertencentes a diferentes períodos, proporcionam um amplo quadro da estrutura social e da organização econômica do império da Babilônia.
Mais de 1200 anos se passaram desde o glorioso reinado de Hamurabi até a conquista da Babilônia pelos persas. Durante esse longo período, a estrutura social e a organização econômica, a arte e a arquitetura, a ciência e a literatura, o sistema judicial e as crenças religiosas babilônicas, sofreram considerável mudança. Baseados na cultura do Sumer, os feitos culturais da Babilônia deixaram uma profunda impressão no mundo antigo e particularmente nos hebreus e gregos. A influência babilônica é evidente nas obras de poetas gregos como Homero e Hesíodo, na geometria do matemático grego Euclides, na astronomia, astrologia, heráldica e na Bíblia.
Uma das primeiras cidades construídas no mundo, é mencionada em documentos escritos há mais de 5000 anos a.C.
Foi edificada numa parte do mundo onde nasceram as mais velhas civilizações, nas margens do rio Eufrates, no Iraque, no Vale da Mesopotâmia.
Cresceu em importância há 4.000 anos, quando um grande rei, Hamurabi, governou-a. Conquistou ele todas as cidades e tribos ao redor e dirigiu sabiamente o seu reino. Suas leis, escritas em caracteres cuneiformes, em blocos de barro, foram descobertas por arqueólogos. Outros desses blocos demonstraram que a Babilônia devia ter sido, então, uma cidade com muitas casas confortáveis e templos magnificentes.
Os sacerdotes desses templos administravam todas as finanças de toda a Babilônia.
Depois da morte de Hamurábi, a Babilônia foi conquistada sucessivamente por muitas tribos; seu segundo período de grandeza não foi atingido senão no ano de 600 a.C. Pouco antes disso, os assírios (que dominaram com crueldade grande parte da região) foram derrotados por uma tribo de caldeus, cujo chefe se tornou rei da Babilônia. seu filho, Nabucodonosor, conquistou gradualmente outras tribos e determinou, então, transformar Babilônia na mais bela cidade do seu tempo. Construiu enormes muralhas e torres para protegê-la contra os inimigos. Edificou templos e palácios que foram enfeitados com lindos mosaicos coloridos e transparentes.
De mais fama foram os jardins suspensos, que ele construiu para satisfazer sua esposa. A vegetação desse jardim crescia em terraços construídos uns acima dos outros, sendo que podiam ser vistos de qualquer ponto da cidade.
Mapa da Babilônia - História do Mapa da Babilônia
Religião Babilônica - História da Religião Babilônica
cidades da Babilônia, um grande templo, no qual diariamente se realizavam sacrifícios de animais, oferendas e libações.
éticos eram considerados como uma ofensa aos deuses. Sentiam terror à morte, já que não existia a esperança de uma recompensa eterna para as pessoas honradas; todos estavam destinados ao inframundo. Considerando isso, não é de estranhar que a obra mais popular da literatura babilônica seja o poema de Gilgamesh, centrado em uma angustiante e inútil busca da eternidade.
Torre de Babel - História da Torre de Babel
Economia Babilônica - História da Economia Babilônica
comércio.
Tributo e pilhagem
expedição militar. No Épico de Gilgamesh, o lendário rei de Uruk, conta que ele foi até as florestas do monstro Humbaba, e derrotando-o, conseguiu provavelmente a madeira para erguer as famosas muralhas de Uruk. Outro rei famoso, Lugalbanda, exigia por suas vitórias a troca de cereais por pedras preciosas.
Comércio
negócios sendo realizados por embarcações ao longo do Eufrates e do Golfo Pérsico e caravanas regulares de burros seguindo até a Anatólia (Turquia moderna).
Mercadorias
Além de cereais, os habitantes da Mesopotâmia tinham pouco a oferecer. Cereais eram exportados, mas pesados demais para serem carregados por burros em longas distâncias. Materiais importados de outros locais eram novamente exportados, tal qual o estanho, um importante metal para a manufatura do bronze, que provavelmente vinha naquela época do Afeganistão, e era exportado para Anatólia (Turquia) - um grande centro da indústria de metais, onde as florestas eram abundantes para fazer funcionar fornalhas. Outras mercadorias comuns eram as tâmaras, óleo de gergelim, e artesanato. A Babilônia tinha uma grande indústria lanicultora. Peças de 4 a 4,5 metros eram transportadas às centenas cerca de 1900 anos a.C..
Códigos Penais de Hamurabi - História dos Códigos Penais de Hamurabi
Hamurabi, relevo em calcário
Cortesia dos curadores
do Museu Britânico
Esta estela representa Hamurabi recebendo de Shamash, o deus-sol, o código de leis.
Fonte:http://www.historiadomundo.com.br/babilonia/
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