Vivemos fragmentados. Pulverizados entre passado, presente e futuro, não conseguimos perceber a unidade que permeia a diversidade que nos rodeia, pois a separatividade, característica do mundo das formas, rouba do homem a plenitude do Ser.
Mesmo assim, seguimos em frente, dia após dia, mês após mês, ano após ano, vida após vida, sem encontrar o sentido real da existência, deixando a carruagem da mente ser dominada e levada de roldão pelos cavalos dos sentidos.
Atrás do néctar de um desejo satisfeito surge sempre outro a ser buscado. A ânsia pelo prazer e o medo da dor transformaram-nos em abelhas famintas pelo mel da felicidade. Iludidos, pousamos de flor em flor no jardim dos desejos, mas, ao término de cada jornada diária, continuamos insatisfeitos.
Tudo isso porque temos experimentado, diariamente, a mais poderosa droga ilusória de que se tem notícia: a viagem exterior, para fora de nós.
Agora, é momento de viajarmos para dentro de nós. Encontrar a resposta à pergunta Quem somos nós? – roteiro da viagem interior prescrita por todos os sábios ao longo da história da humanidade – é o único antídoto para a ilusão do ego que aprisiona o homem nessa Matrix.
Kahlil Gibran, inspirado poeta libanês, autor de “O Profeta” disse certa vez que a única pergunta que o obrigava a ficar calado era: - Quem é você? O autor, escritor e sábio, já havia compreendido que qualquer resposta verbal a essa pergunta era um esforço inútil, pois a palavra – expressão concreta do pensamento – pertence ao mundo transitório e impermanente das formas, enquanto nós, seres divinos, fazemos parte do eterno.
Como pode o efêmero explicar o eterno? De que maneira a chama do intelecto, cujo combustível é o mundo relativo das formas, pode iluminar a compreensão do absoluto, que não tem forma?
Mesmo assim, seguimos em frente, dia após dia, mês após mês, ano após ano, vida após vida, sem encontrar o sentido real da existência, deixando a carruagem da mente ser dominada e levada de roldão pelos cavalos dos sentidos.
Atrás do néctar de um desejo satisfeito surge sempre outro a ser buscado. A ânsia pelo prazer e o medo da dor transformaram-nos em abelhas famintas pelo mel da felicidade. Iludidos, pousamos de flor em flor no jardim dos desejos, mas, ao término de cada jornada diária, continuamos insatisfeitos.
Tudo isso porque temos experimentado, diariamente, a mais poderosa droga ilusória de que se tem notícia: a viagem exterior, para fora de nós.
Agora, é momento de viajarmos para dentro de nós. Encontrar a resposta à pergunta Quem somos nós? – roteiro da viagem interior prescrita por todos os sábios ao longo da história da humanidade – é o único antídoto para a ilusão do ego que aprisiona o homem nessa Matrix.
Kahlil Gibran, inspirado poeta libanês, autor de “O Profeta” disse certa vez que a única pergunta que o obrigava a ficar calado era: - Quem é você? O autor, escritor e sábio, já havia compreendido que qualquer resposta verbal a essa pergunta era um esforço inútil, pois a palavra – expressão concreta do pensamento – pertence ao mundo transitório e impermanente das formas, enquanto nós, seres divinos, fazemos parte do eterno.
Como pode o efêmero explicar o eterno? De que maneira a chama do intelecto, cujo combustível é o mundo relativo das formas, pode iluminar a compreensão do absoluto, que não tem forma?
Mas afinal: Quem somos nós? O grande sábio indiano Ramana Maharishi, diz-nos que no estágio inicial da Busca, é mais fácil respondermos a essa pergunta por meio da reflexão sobre aquilo que não somos.
Compreender o que não somos é o primeiro passo para a libertação das amarras do ego, gerador de toda a Matrix na qual nos achamos enredados.
Não somos um nome. Um nome é apenas um condicionamento que a Matrix nos impõe, levando-nos à ilusória identificação com um corpo, de forma a diferenciar-nos dos demais corpos (pessoas) que nos rodeiam.
Não somos corpos. O corpo é apenas um instrumento para que o Ser atue na dimensão material. Portanto, características físicas como postura, altura, cor da pele, ausência ou presença de cabelos, e peso, que fazem milhões de pessoas no mundo inteiro sofrerem, alegrarem-se e até se envolverem em conflitos étnicos, não passam de mera ilusão.
Não somos a mente. A mente é somente um corpo sutil, e como todo corpo tem início, meio e fim, pertencendo à dimensão da transitoriedade, e em sendo efêmera não pode ser confundida com o Ser. O corpo mental é um instrumento do ego, uma espécie de CPU que armazena todo conhecimento sobre o mundo exterior conquistado ao longo das experiências de inúmeras existências. Conectada aos scaners dos sentidos, a mente funciona à guiza de um filtro, construindo o mundo exterior a partir das percepções recebidas, e interpretando-o de acordo com os conhecimentos acumulados no HD do inconsciente. Dessa forma, o conhecimento da verdade – cujo atributo maior é a eternidade – jamais será obtido a partir da mente, pois suas idéias, teorizações e pensamentos pertencem ao mundo impermanente da formas. Segundo os sábios, somente quando o riacho da mente for absorvido pelo oceano do Ser – essência divina – é que conseguiremos entrar de posse da verdade.
Não somos uma profissão. No cotidiano das atividades diárias, é comum nos confundirmos e sermos confundidos com o papel desempenhado em nossas profissões. Porém, em essência não somos engenheiros, escritores, médicos, administradores, etc. Essas identidades pertecem ao domínio do ego e não do Ser. Precisamos desenvolver a mesma percepção de um ator teatral, que fora do palco tem consciência de que não é o personagem interpretado. Em realidade, cada um de nós interpreta um papel na peça da vida, espetáculo em cartaz neste palco ilusório chamado mundo tridimensional. O que precisamos é perceber que absolutamente não somos esse personagem.
“O corpo denso que é composto dos sete humores (dhatus), não sou Eu; os cinco sentidos da cognição, a saber: o sentido da audição, toque, visão e olfato, que apreendem os seus respectivos objetos, a saber: sons, toque, cor, sabor e odor, não sou Eu; os cinco sopros vitais, prana, etc. que desempenham respectivamente as cinco funções da inspiração, etc., não sou Eu; mesmo a mente que pensa, não sou Eu; tampouco a ignorância, favorecida somente com as impressões residuais dos objetos, e onde não há objetos ou funcionalidades, também não sou Eu.”
“Depois de negar tudo o que foi mencionado acima como "não isto", "não isto", somente aquela consciência que resta, somente aquilo sou Eu.”
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