Faquir (do persa: فقیر , transl. Faqīr, "pobre", por sua vez do árabe فقر, faqr, "pobreza") é um asceta que executa feitos de resistência ou de suposta magia, como caminhar sobre fogo, engolimento de espada ou deitar-se sobre pregos, e vive de esmolas ou de pagamentos feitos em troca da recitação de escrituras, versos ou nomes santos.
Originalmente o termo se referia exclusivamente ao islamismo; os faquires eram dervixes sufis, eremitas, que sobreviviam da mendicância. O uso idiomático do termo foi desenvolvido durante a era Mugalda Índia, quando a palavra árabe Faqīr, "pobreza", foi trazida aos idiomas locais pelo persa falado pelas elites islâmicas; adquiriu o sentido místico da necessidade espiritual de Deus - o único a ser auto-suficiente. Utilizado para se referir aos milagreiros sombrios sufistas, com o tempo seu uso se estendeu aos diversos tipos de ascetas do hinduísmo, eventualmente substituindo termos como gosvāmin,bhikku, sadhu, e até mesmo guru, swami e yogi.
O termo se tornou comum nos idiomas urdu e hindi para descrever um mendigo. Embora ainda sejam menos influentes nas áreas urbanas, devido à expansão da educação e da tecnologia, os faquires ainda possuem muita influência sobre as pessoas de certas aldeias do interior da Índia. Entre os muçulmanos as principais ordens sufistas dos faquires são Chishtīyah, Qādirīyah, Naqshbandīyah, eSuhrawardīyah.
Como o faquir não se machuca?
Concentração e técnica são as armas do faquir para deitar em camas de pregos e caminhar sobre brasas sem queimar os pés. O termo faquir significa pobre em árabe e identifica indianos islâmicos que perambulam por povoados praticando "milagres", como levitação e extrema resistência à dor - aproveitando para faturar uns trocados, claro. É importante, porém, não confundir os faquires com os sadhus, indianos hindus que perfuram o corpo com espetos em exibições públicas. Tanto sadhus como faquires atribuem a habilidade de resistir à dor ao controle mental por meio de meditação, mas, nas demonstrações mais famosas dos faquires, existem alguns truquezinhos que a gente revela para você.
Consultoria - Cláudio Furukawa, físico da USP, e Sandra Bose, do blog www.indiagestao.blogspot.com
Saiu do espeto...
Quanto mais pregos na cama, mais fácil suportar a dor
COLCHÃO DURO
A base da cama é uma tábua de madeira. Os pregos têm ponta pouco afiada e cerca de 12 centímetros de comprimento para suportar o peso do corpo sem entortar. Com os pregos bem próximos uns dos outros, a superfície de contato entre o "colchão" e o faquir aumenta
PREGADO NA CAMA
As leis da física rezam que, quanto menor for a superfície em que um corpo se apoia, maior é a pressão exercida. Ou seja, subir em um prego provavelmente furaria a pele do faquir. Com muitos pregos, o peso é distribuído e a pressão em cada prego se torna pequena
SONO LEVE
Para distribuir o peso entre todos os pregos, a entrada na cama tem que ser estratégica. O segredo é deitar o corpo todo de uma vez, suavemente - nada de sentar ou apoiar as mãos antes. O peso reduzido dos faquires também torna a perfomance menos dolorosa
...Caiu na brasa
O calor intenso é transferido lentamente para o pé
PISTA QUENTE
A trilha, formada por pedaços de madeira incandescente, tem, no máximo, 5 metros de comprimento - assim, o faquir não passa muito tempo andando nasbrasas. Além disso, os passos são ligeiros, evitando o contato prolongado entre a fonte de calor e os pés
SUANDO FRIO
Como na cama de pregos, o corpo do faquir também ajuda. Quanto mais grossa for a sola do pé, por exemplo, mais difícil queimar. Além disso, o suor gerado pelo bafo quente também atrasa a transferência de calor da brasa para o pé, pois a água absorve o calor da brasa
CAMADA ISOLANTE
As cinzas que recobrem a trilha são feitas de carbono, que não é um bom condutor de calor. Isso faz o calor da madeira queimando demorar a ser transferido para a superfície, poupando o pé das queimaduras. Além disso, as cinzas resfriam rapidamente em contato com corpos mais frios.
Fonte : Tiago Jokura-http://mundoestranho.abril.com.br
O primeiro relato sobre esta prática chegou ao Ocidente em 1691, pelo médico holandês Dopper, depois de retornar de sua viagem à Índia. Como era de se esperar, foi ridicularizado. Meio século depois, um missionário francês chamado Calmette voltou com uma história parecida com a do médico, despertando então a curiosidade dos europeus pelo que mais tarde viria a ser chamado de faquirismo.
Quase todas as seitas religiosas indianas possuem seu “faquir”, ou gaswami, bawa, sadhu etc. Essas pessoas possuem a capacidade de andar sobre brasas, deitar em camas de prego, atravessar o corpo com longas agulhas, reduzir o batimento cardíaco e interromper (pelo menos aparentemente) o batimento cardíaco.
Segundo os iogues (praticantes de ioga), essas pessoas são capazes de controlar a respiração, os músculos e a vontade. Dominando o corpo, chega-se então à contemplação. Tudo isso seguindo o caminho da meditação. Segundo estas pessoas, a superação da dor física é o caminho para algo muito maior, a libertação espiritual.
Através da prática da meditação, essas pessoas conseguem também realizar o que é chamado de levitação. Utilizando-se desta prática, eles conseguem aumentar seu nível vibratório e por conseguinte “diminuir sua massa”, tornando-se mais “leves”, possibilitando a levitação.
Se tudo é energia, e massa é energia mais densa, condensada, então é muito provável que realmente exista um meio de reduzir nossa massa corpórea ou “vibrar nossas moléculas” de tal forma que nos torne mais leves.
É interessante notar que a maioria das religiões orientais conhecem e se utilizam da pratica da meditação.
Uma coisa é certa: há muito que não entendemos – o que não significa que o que não compreendemos não seja possível.
EM RESUMO :
O que é faquir
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