Todos temos crises existenciais que precisam ser trabalhadas para crescermos ao longo da vida
Conheça algumas estratégias para ficar livre das crises existenciais
Os ciclos da vida
Os ciclos psicossociais são abertos pela idade (infância, adolescência, maturidade), pelas relações (namoros, casamento, família) e pelas atividades (escola, vestibular, empregos). Nunca passamos de um ciclo para o seguinte impunemente. Entretanto, se por um lado não temos como fugir das crises, por outro aprendemos com elas - e por isso evoluímos.
É de praxe dividir a vida de uma pessoa em quatro fases: infância, adolescência, maturidade e velhice. Mas, no mundo moderno, cada uma dessas quatro fases apresenta-se dividida em subfases, a tal ponto de algumas delas já serem consideradas novas etapas.
Entre a adolescência e a maturidade atualmente colocamos mais uma, que é chamada de fase dos Anos de Odisséia (nome proposto pelos psicólogos). É justamente nessa idade que o jovem enfrenta sua primeira crise existencial diante do imenso conjunto de oportunidades que estão à disposição. Escolhas são difíceis porque pressupõem renúncias, e a opção por uma carreira transforma-se em uma espécie de condenação.
Entre a maturidade e a velhice acabamos de colocar mais uma fase, chamada de envelhescência (nome proposto pelo escritor Mário Prata). É a adolescência do adulto que não quer ficar velho. Já passou dos 60, mas continua produtivo como nunca e ainda está fazendo planos. Só que, assim como o adolescente, ele tem dúvidas sobre o futuro.
Estamos todos condenados a enfrentar crises existenciais na medida em que amadurecemos e vamos experimentando as várias fases da vida. Sofremos, mas nem sempre isso precisa ser ruim.
O foco alienante
A crise tira as pessoas da zona de conforto e desperta a criatividade. Até os economistas podem ajudar a entender essa evolução. Segundo eles, uma empresa só prospera se fechar seus ciclos de crescimento, que são formados por quatro etapas: expansão, recessão, depressão e recuperação.
A recuperação, entretanto, só ocorre porque na depressão a empresa entra em crise e se torna mais criativa e produtiva. Há empresas, entretanto, que usam a crise para procurar culpados e não soluções. Pois na vida é a mesma coisa. Se você não entra em crise vai se acostumando com a situação, mesmo que ela não seja favorável.
Somos salvos pela crise porque reagimos a ela. Caso contrário, vamos morrer lentamente, sendo enganados pelo conforto proporcionado pela estabilidade e pela conformidade.
* Eugenio Mussak é educador e escritor
Acesse: http://www.sapiensapiens.com.br/
Eugenio Mussak
Comentários
Postar um comentário