A origem das línguas
Como surgiram os idiomas falados no planeta? Artigo publicado em abril na revista ‘Science’ sugere que eles têm uma origem comum e anterior ao que se acreditava. No Estúdio CH desta semana, o linguista Carlos Alberto Faraco, da Universidade Federal do Paraná, comenta a pesquisa e o que se sabe até agora sobre esse tema.
Em entrevista a Fred Furtado, Faraco conta que atualmente não há uma hipótese única para explicar a origem da linguagem, mas sim possibilidades mais ou menos plausíveis. Segundo ele, esse é um assunto que exige muita cautela, pois não há indícios do que realmente aconteceu. “A linguagem verbal é imaterial, não deixa rastro ou fóssil linguístico”, completa.
Atualmente, trabalha-se com duas hipóteses: a monogênese, que sustenta que havia uma única manifestação da linguagem verbal, da qual derivaram as outras; e a poligênese, segundo a qual houve vários idiomas no início da humanidade.
Faraco explica que questões-chave dessa área, como o processo de diversificação das línguas, ainda não são totalmente compreendidas. Mas, segundo ele, observa-se, mesmo nos idiomas modernos, uma contínua fragmentação em outras línguas.
O linguista afirma que a fonologia, ciência que estuda a fonética das línguas, contradiz a conclusão da pesquisa publicada na Science, que sugere que quanto mais distante um idioma está da África, onde surgiu a espécie humana, menos fonemas ele terá. “Temos que saber o que o autor chama de fonema e por que ele não fez uso do conhecimento fonológico disponível”, observa Faraco.
Ele conclui a entrevista falando sobre o papel dos linguistas nessa discussão e o futuro da linguística histórica
Atualmente, trabalha-se com duas hipóteses: a monogênese, que sustenta que havia uma única manifestação da linguagem verbal, da qual derivaram as outras; e a poligênese, segundo a qual houve vários idiomas no início da humanidade.
Faraco explica que questões-chave dessa área, como o processo de diversificação das línguas, ainda não são totalmente compreendidas. Mas, segundo ele, observa-se, mesmo nos idiomas modernos, uma contínua fragmentação em outras línguas.
O linguista afirma que a fonologia, ciência que estuda a fonética das línguas, contradiz a conclusão da pesquisa publicada na Science, que sugere que quanto mais distante um idioma está da África, onde surgiu a espécie humana, menos fonemas ele terá. “Temos que saber o que o autor chama de fonema e por que ele não fez uso do conhecimento fonológico disponível”, observa Faraco.
Ele conclui a entrevista falando sobre o papel dos linguistas nessa discussão e o futuro da linguística histórica
‘A Torre de Babel’, pintada por Pieter Brueghel em 1563. A história da construção e destruição da torre é usada na Bíblia para explicar a existência de muitas línguas. Atualmente, ainda não há uma explicação científica definitiva para a origem dos idiomas.
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