Uma equipe de cientistas Japoneses e Americanos, revelaram ter descoberto uma forma de construir um género de computador, a partir de moléculas orgânicas que imitam o nosso cérebro. Este dispositivo massivamente paralelo é constituído apenas por um par de camadas moleculares de espessura, e é capaz de realizar certo tipo de cálculos à imagem do cérebro humano.
Em entrevista com Anirban Bandyopadhyay, líder da equipe de cientistas do Instituto Nacional de Ciência dos Materiais do Japão, à Nature Physics: “Nosso objectivo foi sempre construir um computador que resolve-se intratáveis problemas, e substituir o software complexo com hardware”, Bandyopadhyay e a sua equipe estão particularmente interessado no espelhamento da estrutura do cérebro, na realização de cálculos em paralelo. Algo que os computadores modernos não conseguem realizar com eficiência, e é aqui que o cérebro humano se destaca.
O cérebro humano tem em média mais de cem bilhões de neurónios que em conjunto conseguem realizar tarefas mais eficiêncientemente do que o mais poderoso super computador do mundo. Além de que o cérebro tem a capacidade de aprender através das
memórias, de curto e longo prazo, essas memórias são criadas, a partir das ligações sinápticas entre neurónios, algo que os actuais computadores não conseguem fazer.
2,3-dicloro5,6-diciano-p-benzoquinona, ou DDQ, é o composto orgânico que dá forma aos circuitos, desta tecnologia e que segundo Bandyopadhyay “As moléculas rodam sobre a superfície quebrando as ligações com uma molécula e gerando ligações com outra”, o mesmo princípio de funcionamento da memória do nosso cérebro. Esta tecnologia foi testada, usando cerca de 300 moléculas de DDQ, e testes baseados em simulações de fenómenos que ocorrem na natureza, revelaram-se um sucesso.
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