NASA AFIRMA QUE 2022 FOI O QUINTO ANO MAIS QUENTE DA HISTÓRIA

 

A Terra fotografada pela Equipe EPIC em 21 de abril de 2018
A Terra fotografada pela Equipe EPIC em 21 de abril de 2018 wikimedia commons

Nasa afirma que 2022 foi o quinto ano mais quente da história

Pesquisadores da agência espacial norte-americana afirmam que a tendência de aquecimento no planeta é alarmante

Por Redação Galileu

 

 

Segundo uma análise da Nasa, a temperatura média da superfície da Terra em 2022 empatou com a de 2015, sendo a quinta temperatura mais quente já registrada. “Essa tendência de aquecimento é alarmante”, disse o administrador da agência espacial norte-americana, Bill Nelson. Isso porque, com o contínuo aumento da tendência de aquecimento de longo prazo do planeta, as temperaturas globais em 2022 foram de 0,89ºC acima da média da linha de base da Nasa.

De acordo com os cientistas do Goddard Institute for Space Studies (GISS) da Nasa, a média da linha de base foi calculada entre os anos 1951 e 1980 e foi usada nesta pesquisa como um ponto de partida para entender como as temperaturas globais mudaram ao longo do tempo. Essa linha também conta com eventos climáticos como La Niña e El Niño, bem como anos excepcionalmente quentes ou frios devido a outros fatores.

O relatório aponta que os últimos nove anos foram os mais quentes desde que os registros modernos começaram em 1880, o que indica que a Terra no ano passado estava cerca de 1,11ºC mais quente que a média do final do século 19.

Acredita-se que uma das razões para esse aumento é a contínua emissão de gases do efeito estufa na atmosfera. Em pesquisas recentes, cientistas da Nasa e de outras instituições alegaram que as emissões de dióxido de carbono tiveram seu pico em 2022 — em termos de comparação, durante a pandemia de Covid-19 em 2020 esse índice sofreu uma queda.

Outra emissão analisada foi a de metano, mais um gás causador do efeito estufa, que foi identificado em super emissões. A identificação da maior emissão gasosa do metano ocorreu graças ao Earth Surface Mineral Dust Source Investigation, lançado à Estação Espacial Internacional no ano passado.

A análise de temperatura global da Nasa é feita por meio de dados coletados por estações meteorológicas e de pesquisa situadas na Antártica, os instrumentos instalados em navios e boias oceânicas. No lado oposto, no Ártico, as tendências de aquecimento ficaram mais fortes, quase quatro vezes a média global, de acordo com uma pesquisa GISS apresentada na reunião de 2022 da União Geofísica Americana.

Ao redor do mundo, as consequências da emissão desses gases já estão sendo sentidas, com impactos ligados ao aquecimento da atmosfera e do oceano. Outro indicativo é a intensificação das chuvas e tempestades tropicais, as quais aprofundaram a gravidade de secas e impactos das tempestades. Abaixo há um vídeo produzido pela Nasa mostrando as maiores temperaturas de 2022.

Os exemplos na vida real desses impactos podem ser vistos em chuvas torrenciais de monção no Paquistão em 2022 e uma seca no sudoeste dos Estados Unidos. “Nosso aquecimento climático já está deixando uma marca: os incêndios florestais estão se intensificando; os furacões estão ficando mais fortes; as secas estão causando estragos e o nível do mar está subindo” comenta em nota Nelson. “A Nasa está aprofundando nosso compromisso de fazer nossa parte no combate às mudanças climáticas. Nosso Observatório do Sistema Terrestre fornecerá dados de ponta para apoiar nossa modelagem, análise e previsões climáticas para ajudar a humanidade a enfrentar as mudanças climáticas do nosso planeta.”

As medições são analisadas pela Nasa com intuito de explicar as incertezas nos dados e métodos consistentes para cálculo de diferenças de temperaturas de média global da superfície e elas se tornaram consistentes com dados de satélites coletados de 2002. Esses dados são extraídos pelo Atmospheric Infrared Sounder no satélite Aqua da Nasa e com outras estimativas.


Fonte:https://revistagalileu.globo.com/um-so-planeta/noticia/2023/01/nasa-afirma-que-2022-foi-o-quinto-ano-mais-quente-da-historia.ghtml

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