COMO A ARQUITETURA É APLICADA NO BEM-ESTAR E SAÚDE FÍSICA E MENTAL DAS PESSOAS: UTILIZAR OS MELHORES MATERIAIS, IMPACTO DA QUALIDADE DA ILUMINAÇÃO, GUIA COMPLETO

 

Hospital militar Omaha VA Medical Center, nos Estados Unidos, ganhou vidros coloridos em área do novo ambulatório (Foto: AJ Brown Photography/ ©LEO A DALY)

Hospital militar Omaha VA Medical Center, nos Estados Unidos, ganhou vidros coloridos na área do novo ambulatório (Foto: AJ Brown Photography / ©LEO A DALY)


  • POR BEATRIZ GATTI COM ALEX ALCANTARA
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Cuidar da saúde não se resume a ter cuidados só com o corpo e a mente. O espaço ao redor também demanda zelo para o bem-estar humano e da natureza. Isso significa ter atenção especial com o lugar onde se habita, a começar pela casa até chegar ao nível planetário.

Neste Dia Mundial da Saúde, comemorado em 7 de abril, a Casa e Jardim ouviu três especialistas para entender como a Arquitetura se preocupa em garantir o bem-estar das pessoas e promove ambientes saudáveis para pacientes, familiares e profissionais da saúde.

Por se encarregar da qualidade dos espaços clínicos, a Arquitetura pode, inclusive, ser considerada uma forte aliada da Medicina. “O que cura são os procedimentos médicos, é fato. Porém, toda e qualquer iniciativa que busque minimizar os impactos do tratamento se soma à luta pela recuperação”, afirma Ricardo Simon Ciaco, arquiteto especialista em humanização de ambientes hospitalares.

Projetando bons hospitais

Uma amostra disso é o planejamento das funções dos espaços. Um consultório odontológico infantil deve ser bastante diferente de uma sala de cirurgias, por exemplo, tanto do ponto de vista espacial quanto em relação a equipamentos. Outro aspecto relevante é pensar na circulação. Por onde deve passar a equipe médica? E o fluxo de pacientes? Por onde serão retirados o lixo e os materiais contaminados?

Corredor do hospital Omaha VA Care Center, nos Estados Unidos, reflete luzes coloridas por causa dos vidros com cores (Foto: AJ Brown Photography/ ©LEO A DALY)

Corredor do hospital Omaha VA Care Center, nos Estados Unidos, reflete luzes coloridas por causa dos vidros com cores (Foto: AJ Brown Photography / ©LEO A DALY)

Para o especialista, também coordenador do curso de Arquitetura do Centro Universitário Octávio Bastos (Unifeob), um bom projeto garante que ambientes com finalidades parecidas estejam próximos, enquanto permite que tenham flexibilidade de ajustes para diferentes usos.

Já a professora da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Betina Tschiedel Martau enfatiza a relevância das janelas em edificações hospitalares, que permitem um contato visual com o exterior. “Isso ajuda tanto no conforto emocional, por sabermos como está o clima e por ser possível acompanhar a passagem do tempo, quanto na exposição necessária à luz natural”, explica ela.

Segundo a pesquisadora, a luz natural é necessária ao corpo humano para regular o relógio biológico central. Já à noite, a recomendação é não ter muito contato com iluminação elétrica e luzes com componente azul, o que pode ser facilitado pelo uso de luminárias baixas, dimerização e lâmpadas mornas.

Prejuízos à saúde

Fora dos hospitais, a orientação é a mesma. “Uma casa saudável deve ser plena de janelas e aberturas para luz natural durante o dia. Usar cortinas leves e em cores claras potencializa a entrada da luz”, sugere Betina.

O aproveitamento da luz natural e a iluminação indireta são estratégias usadas pelos arquitetos para deixar os leitos hospitalares mais convidativos (Foto: Divulgação)

No projeto de reforma da Santa Casa de Juiz de Fora, os arquitetos buscaram aproveitar a luz natural e a iluminação indireta, estratégias amplamente usadas para deixar os leitos hospitalares mais convidativos (Foto: Divulgação)

A baixa exposição à iluminação natural, porém, pode trazer consequências que envolvem efeitos na produção de cortisol e na quantidade de melatonina no corpo, conforme a especialista. Expor-se à luz durante à noite tem o potencial de confundir o cérebro e os processos fisiológicos, gerando riscos de doenças relacionadas às alterações nos níveis do hormônio. 

Para Simone Cynamon, professora da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, trata-se de uma ação de custo-benefício. “Se você não investe em uma arquitetura saudável e sustentável, você gerará um ambiente nocivo e, consequentemente, doenças aos moradores daquela área.”

Casas saudáveis

Segundo Simone, a construção de uma habitação saudável depende da superação de uma série de indicadores considerados de risco. Um deles está relacionado a revestimentos de pisos e paredes. “Determinados materiais são mais nocivos. O amianto, por exemplo, foi banido porque o elemento químico gera um pó absorvido pelo pulmão e pode causar câncer”, esclarece a doutora em saúde pública.

Mais um fator fundamental que merece atenção são as instalações elétricas e sanitárias. Em busca de energia elétrica, muitos assentamentos humanos informais acabam fazendo os chamados “gatos”, que podem gerar incêndios.

Já do ponto de vista de saneamento básico, a contaminação do lençol freático e doenças diversas são possíveis resultados da falta de cuidado. “Na ausência de água encanada em casa, às vezes as pessoas têm apenas um poço. E neste lugar, colada a esse poço, está uma fossa séptica. Neste caso, há risco de acabar misturando fluxo limpo com sujo”, complementa Simone.

“Gatos” elétricos são perigosos pois podem causar incêndios a partir de curtos circuitos  (Foto: Flickr / Roberto Vinicius / Creative Commons)

“Gatos” elétricos são perigosos pois podem causar incêndios a partir de curtos circuitos (Foto: Flickr / Roberto Vinicius / Creative Commons)

Da mesma forma, um telhado mal projetado e com inclinação propícia para gerar infiltrações é uma porta de entrada para o aparecimento de bolores no teto e nas paredes. Casos alérgicos, crises de rinite e até pneumonia podem estar entre as consequências da convivência com o mofo.

Assim como em hospitais, a funcionalidade dos ambientes é fundamental nas residências. A arquiteta aponta a ergonomia do espaço como requisito para um projeto capaz de trazer bem-estar aos moradores.

Um pilar mal localizado no meio da sala é um modelo a não ser seguido, de acordo com Simone. Já os corredores, criticados por alguns, têm sua relevância. “Todo mundo questiona, mas o corredor, de certa form,a distribui o fluxo na casa, está ali para isso.”

Após a construção

Com a construção e o acabamento concluídos, não é hora de baixar a guarda. “A manutenção é outro aspecto muito importante”, diz Simone. A recomendação da especialista é ficar de olho nas instalações, no teto, na parede e no piso, no máximo, a cada dez anos. “Quando uma pessoa não tem dinheiro para investir na manutenção, tudo vai decaindo. Mas nossas construções não são projetadas ad aeternum (para sempre). Se não [houver manutenção], você está transformando um ambiente saudável em insalubre”, acrescenta.

Uma cozinha projetada ao norte provavelmente terá incidência de sol o dia todo e será ainda mais quente se a casa não possuir ventilação cruzada  (Foto: Flickr / Emily May / Creative Commons)

Uma cozinha projetada ao norte provavelmente terá incidência de sol o dia todo e será ainda mais quente se a casa não possuir ventilação cruzada (Foto: Flickr / Emily May / Creative Commons)

Ou seja, habitar uma casa saudável depende, em grande parte, de como ela foi construída. Se uma residência tem a cozinha virada para a direção norte, provavelmente, aquele ambiente estará quente durante boa parte do dia, já que o sol incidirá nele de manhã e à tarde.

Em uma região com altas temperaturas, uma boa saída é usar a ventilação cruzada, em que janelas são posicionadas para criar um fluxo de ar e aproveitar os ventos do local. Por outro lado, se a pessoa que construiu a casa não tiver boas noções conceituais, certamente precisará de um ventilador ou ar-condicionado, por exemplo.

“A recomendação é aproveitar ao máximo os elementos naturais na [construção da] sua casa”, ressalta a pesquisadora. Isso não quer dizer, porém, que uma residência com um planejamento mal realizado não tenha solução. “Todo projeto tem salvação, mas ele precisará de medidas e tecnologias mais caras”, finaliza Simone.

Fonte:https://revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-Jardim/Arquitetura/noticia/2022/04/como-arquitetura-e-aplicada-no-bem-estar-e-na-saude-das-pessoas.html

  • POR GLADYS MAGALHÃES
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Fadiga, dores de cabeça e enjoos podem ser sintomas da Síndrome do Edifício Doente (Foto: Pexels / Andrea Piacquadio / CreativeCommons)

Fadiga, dores de cabeça e enjoos podem ser sintomas da Síndrome do Edifício Doente (Foto: Pexels / Andrea Piacquadio / CreativeCommons)

Sinusite, dores de cabeça, reações alérgicas e cansaço. Você sabia que estes sintomas podem estar ligados às condições do seu lar?

“Em 1982, a Organização Mundial da Saúde (OMS) constatou e existência de uma síndrome, a qual chamou Síndrome do Edifício Doente, que acontece quando um edifício, uma construção, pode apresentar efeitos negativos de saúde, relacionados a várias questões, quando o indivíduo fica muito tempo dentro desta construção”, explica a professora Dra. Maria Augusta Justi Pisani, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Para caracterizar a síndrome, completa a professora: "É preciso que ao menos 20% das pessoas que ali frequentam apresentem problemas. Entre os sintomas, estão tontura, fadiga, dores de cabeça, enjoos, entre outros, que afetarão diretamente a saúde e o desempenho das pessoas."

Origem dos problemas

Na opinião de Allan Lopes, da Healthy Building Certificate (HBC), empresa especializada na consultoria e nas certificações de construções saudáveis, a origem do problema está, entre outros fatores, na postura do consumidor, que não questiona as empresas e não inclui a casa em um contexto de saúde e de bem-estar.

“Precisamos aprender a ter o olhar de que a casa é uma estrutura essencial para a nossa saúde e bem-estar. Estamos acostumados a pensar somente em termos físicos, mas precisamos incluir a existência dentro dos espaços nesse olhar”, comenta o profissional.

De olho na construção

Para evitar, ou amenizar, problemas, os profissionais acreditam ser preciso apostar em boas escolhas ao construir ou reformar, investindo em materiais de qualidade, iluminação e ventilação natural.

“Basicamente, tudo na casa pode ser revisto, podemos olhar desde a impermeabilização aos produtos de limpeza, mobília, entre outros. Tudo isso pode conter materiais alérgenos e cancerígenos. A forma de prevenir é questionar os fabricantes, prestar atenção na composição e sempre optar por itens certificados”, diz Allan.

Só o hábito de abrir a janela para entrada de iluminação e ventilação natural, pode amenizar os danos causados pelo equívocos realizados durante a construção (Foto: Freepik / karlyukav / CreativeCommons)

Só o hábito de abrir a janela para entrada de iluminação e ventilação natural, pode amenizar os danos causados pelo equívocos realizados durante a construção (Foto: Freepik / karlyukav / CreativeCommons)

Dentre os materiais que costumam ser mais nocivos à saúde, a professora Maria Augusta destaca aqueles que contêm amianto, compostos orgânicos voláteis, arseniato de cobre cromatado (muito usado no tratamento de madeira) e chumbo.

Fuja do mofo e das infiltrações

Os profissionais também destacam a importância de fazer manutenções constantes no lar. A prática, com a iluminação e a ventilação natural, ajuda evitar infiltrações e o aparecimento de mofos, muito prejudiciais à saúde.

“O brasileiro não é adepto de manutenção preventiva constante, mas ela é essencial, sobretudo porque estamos em um país de clima tropical. Aumentar a ventilação, a iluminação e aplicar tintas de impermeabilidade deixarão a casa mais saudável. Os esporos de mofo, por exemplo, espalham-se facilmente e o mofo pode crescer em qualquer ambiente, incluindo lugares onde o morador não consegue ver, como em revestimentos, canos, entre outros, e isso pode comprometer a saúde do morador”, finaliza Maria Augusta.


No projeto retratado por Lufe Gomes, a iluminação em LED torna a sala aconchegante  (Foto: Lufe Gomes / Divulgação)

No projeto retratado por Lufe Gomes, a iluminação em LED torna a sala aconchegante (Foto: Lufe Gomes / Divulgação)


Fonte:https://revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-Jardim/Bem-Estar/noticia/2022/02/escolhas-equivocadas-ao-construir-casa-podem-colocar-saude-em-risco.html

  • POR ISADORA MORAES COM ALEX ALCANTARA
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O prédio The Vessel, construído em Manhattan, Nova York, foi fechado depois de várias pessoas cometerem suicídio no local  (Foto: Flickr / Diane Wildowsky / CreativeCommons)

O prédio The Vessel, construído em Manhattan, Nova York, foi fechado depois de várias pessoas cometerem suicídio no local (Foto: Flickr / Diane Wildowsky / CreativeCommons)

A nossa casa e os lugares que frequentamos afetam diretamente o nosso estado mental. A relação entre indivíduo e espaço é uma experiência única, que pode desencadear diversos pensamentos ao longo do dia. Hoje (10), no dia Mundial da Prevenção ao Suicídio, é importante enxergar como o meio e a arquitetura afeta o nosso interior. Segundo Maria Eugênia Ximenes, bacharel em Psicologia e mestre em Arquitetura pela USP, a arquitetura pode aliviar pressões, caso for percebida como arte na sua vertente que proporciona, principalmente, o conforto.

“Nesta ótica, o espaço que abriga as atividades humanas pode provocar sensações e traduzir por intermédio da forma, acalanto, ajudando a diminuir conflitos internos e pressões sócio-culturais que o indivíduo pode sofrer em seu cotidiano, uma vez que ele estaria aconchegado pelo espaço que foi projetado, abrigado e protegido”, completa. Por isso, as construções arquitetônicas devem oferecer todas as condições necessárias para que as pessoas se sintam seguras, evitando possíveis tragédias futuras.

Em Londres, vários prédios possuem sacada de vidro, a fim de evitar suicídios  (Foto: Pexels / Yoss Traore / CreativeCommons)

Em Londres, vários prédios possuem sacada de vidro, a fim de evitar suicídios (Foto: Pexels / Yoss Traore / CreativeCommons)

“Nesta ótica, o espaço que abriga as atividades humanas pode provocar sensações e traduzir por intermédio da forma, acalanto, ajudando a diminuir conflitos internos e pressões sócio-culturais que o indivíduo pode sofrer em seu cotidiano, uma vez que ele estaria aconchegado pelo espaço que foi projetado, abrigado e protegido”, completa.

De acordo com Mirtes Birer Kocharquiteta e urbanista, doutoranda da Faculdade de Saúde Pública da USP, no Brasil, o suicídio em pontes, infelizmente, é uma prática constatável e as medidas para minimizar o problema variam. Algumas contam com câmeras de segurança e profissionais treinados que fazem o monitoramento. “Outras recebem anteparos físicos para ampliar a altura da mureta ou uma rede de proteção embaixo da estrutura, e é bastante comum a oferta de aparelhos telefônicos com serviço de emergência”, conta Mirtes.

As pontes e passarelas concentram altas taxas de suicídio  (Foto: Pexels / sergio souza / CreativeCommons)

As pontes e as passarelas concentram altas taxas de suicídio (Foto: Pexels / sergio souza / CreativeCommons)

Além das pontes, os prédios também são um grande alvo para quem quer cometer suicídio. A estrutura The Vessel, construída em Manhattan, Nova York, é um grande exemplo. Em 2019, o edifício foi inaugurado e contava com diversos lances de escadas e apenas um elevador. Considerado pouco acessível para pessoas com deficiência, o espaço já gerou uma grande polêmica. Em 1º de fevereiro de 2020 houve o primeiro caso de suicídio no local. Desde então, outras pessoas também pularam do prédio e morreram na hora. No dia 29 de julho de 2021, o empreendimento foi fechado.

A profissional Maria Eugênia faz uma análise sobre o The Vessel: “estar perdido em um emaranhado de circulação vertical, recorda um labirinto, que denota angústia para alguns indivíduos – o beco sem saída. Esta é uma outra vertente da arte contida na arquitetura, a que instiga, a que mexe no profundo do indivíduo e não se tem controle do desfecho emocional que esta provocação espacial pode acarretar”.

A arquitetura pode afetar diretamente no bem-estar humano, promovendo a tranquilidade ou causando sentimentos como ansiedade e estresse (Foto: Pexels / sergio souza / CreativeCommons)

A arquitetura pode afetar diretamente no bem-estar humano, promovendo a tranquilidade ou causando sentimentos, como ansiedade e estresse (Foto: Pexels / sergio souza / CreativeCommons)

Por outro lado, existem locais que a estrutura arquitetônica instiga a segurança das pessoas. “Em Londres, por exemplo, depois de um certo andar, todas as sacadas são de vidro e isso tem a ver com as taxas suicídio, pois acaba sendo uma forma de prevenir”, afirma Ana Clara Cartagena Reis, psicóloga clínica.

Conforme Geslline Giovana Braga, doutora em Antropologia pela USP e especialista na área de patrimônio cultural, o suicídio é um tema clássico na sociologia e ele tem uma motivação individual, mas tem causas, muitas vezes, por função do meio.

Vale lembrar que não é apenas a parte externa da arquitetura que importa. O interior de um ambiente também pode ajudar a melhorar ou piorar um quadro de uma pessoa suicida. Ana Clara explica que um projeto pode ajudar na questão de implementar naturezaluz e cores em um lar, pois quando o indivíduo fica apenas trancado em casa e sem nenhum contato com elementos naturais, isso acaba contribuindo para a depressão.

A neuroarquitetura busca trazer a natureza para os ambientes, para proporcionar bem-estar para os indivíduos (Foto: Pexels / Valeria Boltneva / CreativeCommons)

A neuroarquitetura busca trazer a natureza para os ambientes, para proporcionar bem-estar para os indivíduos (Foto: Pexels / Valeria Boltneva / CreativeCommons)

neuroarquitetura estuda exatamente a influência que os locais físicos têm sobre o bem-estar humano. Assim, ela é uma saída para a criação de projetos mais humanizados, caminhando para unir, cada vez mais, a estética e o conforto. 

  • POR NICOLE GOMES
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Sabe aquela dor de cabeça que você sente ou aquela dificuldade em se concentrar no trabalho ao longo do dia? Pode ser por conta da iluminação. Não, eu não sou médica, muito menos oftalmologista. Mas estou escrevendo esse texto com a convicção de uma arquiteta que sabe muito bem o impacto da iluminação em um projeto pode causar na saúde e no bem-estar do ser humano.


Para que você entenda o que estou dizendo, preciso que volte comigo aos primórdios. Nosso corpo sempre foi guiado pelas fases do sol. Se você começar a reparar, a luz natural não tem a mesma tonalidade e intensidade ao longo do dia. O funcionamento do corpo humano, tanto no que diz respeito à produção de hormônios, quanto às sensações e sentimentos que temos, estão atrelados a luz do sol. Mas como dizer isso para uma geração que vive cerca de 90% do seu tempo trancada dentro de uma sala, ativa 24 horas por meio do celular, sem pausa ou descanso?


Já era de conhecimento público entre os especialistas em iluminação que a luz tem esse poder. Este assunto sempre ativava discussão em debates e fóruns especializados pelo mundo a fora. Porém, com a chegada da pandemia esse tema ficou mais latente. Existe um braço da arquitetura, chamado Human centric lighting ou, como chamamos em português, iluminação centrada no ser humano. Esse conceito discute exatamente isso: a entrega da luz certa, nos três momentos de intensidade correta e na temperatura ideal.


Algumas pesquisas mostraram que, ao longo da pandemia, um grupo de pessoas que saia eventualmente e ficava exposto à luz do sol teve sua produtividade e nível de serotonina (hormônio do prazer) muito mais alto do que um grupo de pessoas que ficou em isolamento total. Tudo bem Nic, mas o que isso tem a ver com a iluminação artificial? O que tem a ver com a minha casa ou escritório? E eu te digo: TUDO!


No projeto do escritório Bruno Gap Arquitetura, a iluminação é fundamental para a melhor produtividade no home office (Foto: Rafael Gap / Divulgação)

No projeto do escritório Bruno Gap Arquitetura, a iluminação é fundamental para a melhor produtividade no home office (Foto: Rafael Gap / Divulgação)


A luz artificial reproduz a solar em todas as suas fases e nós, como arquitetos, temos a responsabilidade de criar um ecossistema que ilumine os espaços de forma a gerar o menor impacto possível no corpo humano. Você já chegou em algum lugar e se sentiu bem, feliz, confortável, com energia alta e nem viu a hora passar, mas não soube dizer o motivo? Ou quem sabe, já chegou em um local onde em pouco tempo se sentiu agitado? Isso é causado pela luz.


Agora imagina esses sentimentos e sensações sendo estimulados no momento certo do seu dia. Philips Lighting realizou um estudo em uma escola de ensino fundamental nos Estados Unidos, usando uma transição de iluminação conforme as luzes do sol. A pesquisa comprovou um aumento de 33% na performance acadêmica comparado ao grupo que não teve alterações na intensidade ou na cor da iluminação durante seus dias de aula.


Há quem duvide desse conceito. Mas como diz o lighting designer David H. Bosboom, “o conjunto de evidências indica que os benefícios da iluminação são reais e significativos”. Já temos no mercado alguns mecanismos que podem ser usados para aliviar esses impactos. Entre eles estão o dimmer, que auxilia na diminuição da intensidade da luz, e as lâmpadas smarts e tunable white, onde é possível mudar cores e controlar a intensidade do branco, respectivamente.


O projeto do escritório Start Arquitetura tem diversas configurações de luz conforme a necessidade dos moradores (Foto: Divulgação)

O projeto do escritório Start Arquitetura tem diversas configurações de luz conforme a necessidade dos moradores (Foto: Divulgação)

Há também os LEDs integrados, no qual conseguimos especificar o tipo de iluminação correta para determinado ambiente. Além dos produtos em si, um bom projeto de iluminação pode auxiliar na diminuição dos efeitos causados por esses fatores. Dentro de um espaço fechado, é possível termos o controle sobre a luz, a ponto de criar as sensações que queremos e permitir que o corpo dê respostas a esse estímulo.


Na prática, funciona da seguinte forma: em uma casa, somente com o poder da iluminação, podemos explorar a atmosfera aconchegante e intimista. Para isso, usamos luz indireta e difusa, com um fluxo luminoso baixo e tonalidade mais amarelada, reproduzindo aquela golden hour (hora dourada, em tradução livre) que tanto amamos. Se você fizer ao contrário do que eu citei, tornará o ambiente mais frio e impessoal.


Isso significa que luz amarela é o ideal para os ambientes? Depende. Qual a sensação que você quer dar? Ou melhor, qual estímulo que você quer dar para quem estará nesse espaço? Essas perguntas devem ser respondidas antes de iniciar o projeto. 


Qual a conclusão que tiramos disso? A pandemia, por mais terrível e avassaladora que seja, nos trouxe infinitas reflexões. É curioso pensar que a iluminação, tema tão pouco explorado e muito promissor no mercado da arquitetura e de interiores, tem todo esse poder, né? Mas ela tem. A iluminação, assim como a Covid-19, desafiou-nos a voltarmos a olhar para aquilo que realmente importa: a vida.


Nicole Gomes (@nicgomesarq) é arquiteta especializada em projetos e insights de iluminação. Contato: contato@nicgomes.com.br 

Fonte:https://revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-Jardim/Colunistas/nicole-gomes/noticia/2021/02/arquiteta-discute-o-impacto-da-iluminacao-na-saude-e-no-bem-estar.html

iluminacao-tipos-luminaria-sofa-sala-de-estar-poltrona (Foto: Reprodução/Pinterest)

Um ambiente completo: iluminação indireta vinda da luminária de chão à esquerda; a difusa gerada pelo pendente central; e direta criada pelo abajur à direita, que destaca o vaso de plantas (Foto: Reprodução/Pinterest)


  • POR CASA E JARDIM
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Cada um dos tipos de iluminação – direta, indireta ou difusa – têm uma função específica na casa. Se usados da maneira correta, o seu lar pode ficar mais confortável e aconchegante, isso sem falar na decoração, que também sai ganhando com belos pendentes e lustres. Abaixo, entenda a função de cada tipo de iluminação:

Difusa
Essa é a forma mais popular de iluminação, aquela geral, instalada no teto e centralizada nos ambientes. Ela é muito eficiente para iluminar mesas de jantar e bancadas, pois distribui a luz de forma harmônica e homogênea. Uma dica: se você tem ambientes integrados, é interessante criar circuitos de energia elétrica separados para os espaços, assim é possível escurecer um cantinho e clarear outro, de acordo com a ocasião.

Indireta
Esse tipo é perfeito para atividades focadas, como ler, estudar e costurar, por exemplo. Realizar essas tarefas com a luz muito próxima dos olhos pode prejudicar a visão a longo prazo. Lumináriaspendentes e lâmpadas penduradas são ótimas opções para criar esse tipo de iluminação.

Direta
Aposte nessa opção para destacar algum cantinho da casa, como uma peça de decorativa, uma parede texturizada, aquela obra de arte que você adora ou qualquer item do lar que mereça estar sob pequenos holofotes. Spots e abajures são muito usados para este fim, valorizando a decoração do espaço.

Fonte:https://revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-Jardim/Decoracao/noticia/2016/02/tres-tipos-de-iluminacao-que-toda-casa-precisa.html

  • TEXTO ROSANA FERREIRA
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Além de funcional, a iluminação pode transformar a atmosfera dos ambientes criando diferentes cenários. A prova disso está nos 12 projetos com soluções criativas e acolhedoras, que você confira abaixo:

1. Vigas em evidência

Iluminação (Foto: Tuca Reinés / Divulgação)

No apartamento decorado pelo arquiteto David Bastos, projeto luminotécnico da Welight e Taag. Mesas e estofados da Casual. (Foto: Tuca Reinés / Divulgação)

Quando retirou o forro de gesso do teto para reformar o apartamento no prédio de 1970 no Leblon, Rio de Janeiro, o arquiteto David Bastos descobriu vigas de concreto armado. Imediatamente teve a ideia: “Por que não usá-las como elementos decorativos no projeto?”. Ele apostou em pontos de Led dimerizado dispostos entre as vigas e entre a laje e a borda do painel de madeira rebaixado, que delimita as áreas de circulação no living. “Deixei o teto mais leve, flutuante”, diz o arquiteto, que também usou pontos de luz em abajures e luminárias para desenhar atmosferas mais aconchegantes, caso os moradores não queiram usar a iluminação principal.

2. Mudança de clima

Iluminação (Foto: Manu Oristanio / Divulgação)

No hall de entrada projetado pelo Estúdio Urbhá, carrinho de chá de Fernando Jaeger Atelier. Quadros da Urban Arts (Foto: Manu Oristanio / Divulgação)


Neste apê em São Paulo, o Estúdio Urbhá criou um hall que mimetiza uma caixa de madeira frisada e revestida de folha de carvalho, feita pela Maranata Marcenaria, para acolher quem chega. “Repare que não há ponto de luz embutido no teto rebaixado”, diz a arquiteta Alana Furumoto, sócia de Mariana Fajnzylber. As lâmpadas estão acima da placa no teto, dando a sensação que este flutua. 

3. Leitura focada

Iluminação (Foto: Evelyn Müller / Divulgação | Produção Aldi Flosi / Divulgação)

No home theater idealizado pelo designer de interiores Gabriel Valdivieso, o fundo escuro destaca a poltrona, o tapete da By Kamy e a tapeçaria de Paul Smith para The Rug Company. Estante executada pela Modelar Móveis (Foto: Evelyn Müller / Divulgação | Produção Aldi Flosi / Divulgação)


No home theater deste apê projetado para uma redatora que adora ler e colecionar toy art, o designer de interiores Gabriel Valdivieso criou a estante de laca, com fitas de Led em cada cubo. “Apesar do efeito lusco-fusco, a moradora visualiza as lombadas dos livros e os objetos”, diz. 

4. Arte em destaque

Iluminação (Foto: Evelyn Müller / Divulgação)

Hall de entrada projetado pelo escritório Très Arquitetura tem jeito de galeria, com foto de Gabriel Wickbold e painéis de carvalho americano pela Gea Móveis. Luminárias de sobrepor com conectores aparentes da Arquitetura da Luz (Foto: Evelyn Müller / Divulgação)


O escritório Très Arquitetura projetou o hall de entrada com jeito de galeria de arte. Revestido de painéis de carvalho americano, o espaço expõe fotografia de Gabriel Wickbold, destacada pelas luminárias de sobrepor com conectores aparentes. Interligadas entre teto e parede, dão foco nos pontos desejados. “É uma iluminação indireta com linguagem jovem”, diz a arquiteta Fernanda Morais.

5. Boa claridade

Iluminação (Foto: Denilson Machado / MCA Estúdio / Divulgação)

Apartamento projetado pelo PKB Arquitetura tem pergolado de freijó executado por Irmãos França. Sofá do estudiobola. A laje de cimento aparente recebeu spots da Dimlux, mesma loja dos balizadores do piso. Ao fundo, no jantar, pendente de Cristiana Bertolucci. (Foto: Denilson Machado / MCA Estúdio / Divulgação)


Para este apartamento no Rio de Janeiro, o PKB Arquitetura projetou um pergolado de freijó, cujos pontos de iluminação são aleatórios. A laje de cimento aparente recebeu spots. Ao fundo, no jantar, um lindo pendente. “Os circuitos são independentes e automatizados, com várias cenas de acordo com o uso”, explica o arquiteto Pedro Kastrup. 

6. Tom acolhedor

Iluminação (Foto: Divulgação)

Na cozinha projetado pelo escritório PKB Arquitetura, azulejos da Eliane. Armário feito pela marcenaria Irmãos França e piso de porcelanato chevron da Portobello. No teto, dois pontos de luz: um de foco e outro difuso, tudo da Luma Iluminação. Azulejos da Eliane. (Foto: André Nazareth/ Divulgação)


A iluminação define a cozinha, que combina os estilos industrial e escandinavo, no apartamento projetado pelo escritório PKB Arquitetura. “Acima da pia usamos lâmpadas de 2.700K, temperatura que dá mais conforto para as tarefas do que a luz fria normalmente usada”, diz a arquiteta Fernanda Carminate. No teto, mais dois pontos: um de foco e outro difuso.

7. Escultura iluminada

Iluminação (Foto: MaÍra Acabaya / Divulgação)

Logo na parede da entrada deste apê, o escritório Plure Arquitetura instalou a arandela texturizada de 120 cm de diâmetro, da Reka (Foto: MaÍra Acabaya / Divulgação)


O escritório Plure Arquitetura explorou soluções para este apê que seguem o estilo da moradora, uma produtora de vídeo despojada e amante de design. Logo na parede da entrada, instalou a arandela texturizada de 120 cm de diâmetro. “Faz as vezes de uma escultura e tem configuração de luz para vários usos: meia-luz, para TV ou estudos”, diz a arquiteta Kanô Ferreira. Os spots atendem aos momentos que necessitam de mais luz, assim como a régua que pontua a cozinha.

8. Pontual e dramática

Iluminação (Foto: Marco Antonio / Divulgação)

Banheiro projetado pela arquiteta Clarissa Strauss com cuba e torneira da Gessi. Na iluminação, sanca no teto para criar um efeito indireto e spots pontuais, ambos da Lumini. Louça da Deca.(Foto: Marco Antonio / Divulgação)


A arquiteta Clarissa Strauss adora projetar lavabos e se divertiu com este ambiente. “Diferentemente do banheiro, não precisamos de tanta luz, então é possível ter uma iluminação mais dramática”, explica. Assim, ela optou por sanca no teto para criar um efeito indireto e por spots pontuais, para marcar a bancada de pedra basaltina, material que também reveste o piso e as paredes. Um grande espelho dá profundidade e duplica os balizadores, enquanto outros antigos brincam com a assimetria. 

9. Efeito extra

Iluminação (Foto: Denilson Machado / MCA Estúdio / Divulgação)

Banheiro projetado pelo arquiteto Guilherme Torres tem bancada de Corian. Torneira da Deca (Foto: Denilson Machado / MCA Estúdio / Divulgação)


O projeto luminotécnico quebra a rigidez do estilo industrial conferido pelo cimento polimérico das paredes no banheiro projetado pelo arquiteto Guilherme Torres. “O diferencial foi criar uma fonte extra de luz proveniente do gabinete com portas de policarbonato, além da iluminação indireta atrás dos espelhos, que funcionam como portas do armário”, conta. 

10. Nicho horizontal

Iluminação (Foto: Lufe Gomes / Divulgação)

No quarto projetado pelo arquiteto Renato Mendonça, sobre a cadeira Girafa Bordadeira, design de Lina Bo Bardi, na Dpot, destaca-se cerâmica de Heloisa Galvão. Roupa de cama da Casa Almeida. Manta e almofadas da Codex (Foto: Lufe Gomes / Divulgação)


O arquiteto Renato Mendonça desenhou o nicho, que ocupa a largura da parede, para representar uma cabeceira convencional, acima da cama, neste quarto de casal. Assim, ele pôde criar uma iluminação especial instalando uma fita de Led no friso de laca acetinada. “Essa é uma solução econômica para evitar uso de perfis de alumínio e para que a fita fique escondida, apresentando apenas o efeito desejado”, explica. O nicho serve de apoio a inúmeros objetos, como a coleção de vidros Once Upon a Time, de Guto Requena. 

11. Impressão difusa

Iluminação (Foto: J. Vilhora / Divulgação)

No quarto projetado pelo arquiteto Leonardo Junqueira, cortina de linho da Entreposto e roupa de cama Trousseau. Pontos de cor nas telas da artista Mai-Britt Wolthers, na Galeria Eduardo Fernandes (Foto: Cristiano Bauce / Divulgação)


Um quarto confortável, tranquilo e repousante. Esse pedido foi atendido pelo arquiteto Leonardo Junqueira, com grande auxílio da iluminação no projeto deste apartamento. Ele tirou a luz de cima da cabeceira e a direcionou para os lados: uma fita de Led foi aplicada no cortineiro e um perfil de alumínio com Led embutido ilumina o closet. Abajures completam o projeto, que apostou na paleta de tons neutros.

12. Para relaxar

Iluminação (Foto: Cristiano Bauce / Divulgação)

No quarto projetado pelo arquiteto Daniel Bolson, luminárias Tolomeo, na La Lampe. Painel de lâmina de teca catedral, executado pela Kretschmar Móveis (Foto: J. Vilhora / Divulgação)

“Luz direta no quarto não tem sentido”, afirma o arquiteto Daniel Bolson. Para o quarto de casal neste apê em Porto Alegre, ele optou pela iluminação indireta que valoriza o desenho do painel de lâmina de teca catedral. “A fita de Led é aplicada atrás da cabeceira da mesma madeira e fechada com vidro leitoso para a marcação ficar difusa”, explica.

  • POR MAYARA ZAGO COM STÉPHANIE DURANTE
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A claraboia nada mais é do que uma abertura no alto de uma construção, fechada por caixilho com vidro ou outro material transparente, que permite trazer maior ventilação e entrada de luz natural ao ambiente. Versátil, ela pode ser instalada em qualquer cômodo e ainda apresenta mais uma vantagem: o aumento de iluminação natural dentro de casa pode diminuir a necessidade de uso de energia elétrica.

Confira abaixo 18 projetos para te inspirar:

Na sala de jantar
Um almoço em família fica muito mais agradável com entrada de luz natural.

Claraboia faz diferença na iluminação da sala de jantar (Foto: Pinterest/Reprodução)

Sala de jantar (Foto: Pinterest/Reprodução)

Claraboia em sala de jantar (Foto: Pinterest/Reprodução)

Sala de jantar (Foto: Pinterest/Reprodução)

Sala de jantar com claraboia (Foto: Pinterest/Reprodução)

Sala de jantar (Foto: Pinterest/Reprodução)


Na cozinha
O ambiente pode ficar ainda mais aconchegante e funcional ao adicionar uma claraboia, já que luz e ventilação natural são extremamente importantes neste cômodo.

Cozinha com claraboia (Foto: Pinterest/Reprodução)

Cozinha (Foto: Pinterest/Reprodução)

Claraboia. Disposta acima do balcão da cozinha, ela permite que a luz natural envolva as paredes e os armários (Foto: Greg Cox / Bureaux.CO.ZA)

Cozinha (Foto: Greg Cox / Bureaux.CO.ZA)

No quarto
O ambiente mais íntimo da casa pode ganhar uma nova cara com uma claraboia posicionada logo acima da cama

Por estar localizado na cobertura do prédio, os quartos receberam claraboias para aumentar a claridade (Foto: Ki Design)

Quarto (Foto: Ki Design/Divulgação)

Claraboia faz diferença em quarto (Foto: Pinterest/Reprodução)

Quarto (Foto: Pinterest/Reprodução)

Quarto com claraboia (Foto: Pinterest/Reprodução)

Quarto (Foto: Pinterest/Reprodução)


Nas áreas de circulação
A passagem de um cômodo para o outro pode ter um toque todo charmoso e especial ao usar claraboias.

O lar do casal Viviana Ximenes e GG Mattar tem fortes traços do estilo industrial. Repare como os corrimãos foram feitos com tubos e conexões de aço. Os degraus de vidro deixam passar a luz da claraboia, já que a casa geminada não tem janelas (Foto: Lufe Gomes)

O lar do casal Viviana Ximenes e GG Mattar tem fortes traços do estilo industrial. Repare como os corrimãos foram feitos com tubos e conexões de aço. Os degraus de vidro deixam passar a luz da claraboia, já que a casa geminada não tem janelas (Foto: Lufe Gomes)

Passarela de concreto, com guarda-corpo de ferro, leva de um lado à suíte principal. No forro de cumaru, o rasgo no teto com claraboia ilumina a escada e o meio do living com pé-direito duplo (Foto: Lufe Gomes / Editora Globo)

Áreas de circulação (Foto: Lufe Gomes / Editora Globo)

Claraboia no corredor (Foto: Pinterest/Reprodução)

Áreas de circulação (Foto: Pinterest/Reprodução)


Nos jardins de inverno
Os jardins de inverno são uma ótima alternativa para quem quer ter um pouco mais de verde dentro de casa. As claraboias ajudam a fornecer a iluminação e ventilação necessárias para o crescimento das plantas.

Claraboia em jardim de inverno (Foto: Pinterest/Reprodução)

Jardim de inverno (Foto: Pinterest/Reprodução)

Jardim de inverno com claraboia (Foto: Pinterest/Reprodução)

Jardim de inverno (Foto: Pinterest/Reprodução)

No banheiro
Já pensou tomar uma ducha ou aproveitar alguns minutos na banheira enquanto aprecia as estrelas

Claraboia traz iluminação para banheiro (Foto: Pinterest/Reprodução)

Banheiro (Foto: Pinterest/Reprodução)

Claraboia no Banheiro (Foto: Pinterest/Reprodução)

Banheiro (Foto: Pinterest/Reprodução)

No escritório
Que tal trabalhar olhando o céu? Com uma claraboia, o seu home office pode ter ampla iluminação natural (dispensando o uso de lâmpadas durante o dia!).

Home office com claraboia (Foto: Pinterest/Reprodução)

Escritório (Foto: Pinterest/Reprodução)

Claraboia móvel em escritório (Foto: Pinterest/Reprodução)

Escritório (Foto: Pinterest/Reprodução)

Claraboia em escritório (Foto: Pinterest/Reprodução)

Escritório (Foto: Pinterest/Reprodução)

Editora Globo (Foto: Editora Globo)

Obra da arquiteta Valeria Bartholi, da Dua Interiores e Design Foto: Luis Gomes/Editora Globo


  • POR BRUNA MENEGUEÇO
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1. Nesta sala de estar de 40 m², a arquiteta Valeria Bartholi, da Duo Interiores e Design, usou um trilho de alumínio com pintura eletrostática branca, distante 20 cm do teto e suspenso por duas hastes metálicas. O trilho possui oito luminárias em posições alternadas, com focos de luz para baixo e para cima.

Editora Globo (Foto: Editora Globo)

Obra da arquiteta Gabriela Marques (Foto: Luis Gomes/Editora Globo)

2. Para a sala de 48 m², a arquiteta Gabriela Marques apostou na iluminação com 20 spots de dois tamanhos fixados em um perfilado de seis barras de alumínio, presas por parafusos na laje. Gabriela decidiu não rebaixar o teto para ganhar sensação de amplitude.

Editora Globo (Foto: Editora Globo)

Obra do escritório FGMF Arquitetos (Foto: Edu Castello/Editora Globo)

3. Neste apartamento de 270 m², projetado pelo escritório FGMF Arquitetos, os profissionais criaram elementos de madeira para guardar as coleções de livros da família com iluminação de Led da Maná Eletro.

Editora Globo (Foto: Editora Globo)

Projeto da arquiteta Paula Mattar (Foto: Edu Castello/Editora Globo)

4. Para acompanhar a poltrona Charles Eames, que a moradora já tinha, a arquiteta Paula Mattar colocou a luminária de chão Tolomeo, da La Lampe, que possui braço articulável e cúpula de pergaminho com lâmpada soft de 100 watts. O abajur é da Marché Art de Vie.

Editora Globo (Foto: Editora Globo)

Projeto arquiteta Valeria Bartholi (Foto: Luis Gomes/Editora Globo)

5. A arquiteta Valeria Bartholi, da Duo Interiores e Design, também apostou em um estilo mais industrial para essa cozinha de 10 m². Para iluminar, Valeria usou um trilho de alumínio com pintura eletrostática branca, distante 20 cm do teto e suspenso por duas hastes metálicas.

Editora Globo (Foto: Editora Globo)

Projeto da arquiteta - e moradora - Renata Sandoli (Foto: Edu Castello/Editora Globo)

6. Os cinco pendentes de alumínio iluminam a bancada com o tampo de Marmoglass, da Marmoraria Paulista, e a base de madeira de demolição que divide a cozinha e a sala no apartamento de 92 m² no Planalto Paulista, em São Paulo. As peças, criadas pela arquiteta e moradora Renata Sandoli, têm pintura eletrostática em sete tons (preto, marrom, cinza, cobre, prata, dourado e branco) e estão alinhadas no trilho de 2 m, no qual passa a fiação.

Editora Globo (Foto: Editora Globo)

Projeto do arquiteto Vitor Penha (Foto: Marcelo Magnani/Editora Globo)

7. Sala do arquiteto Vitor Penha depois da reforma. Criada pelo arquiteto e executada pela Labluz, a boa iluminação do living, feita com spots em angulação adequada e abajur, preserva o janelão. Isso possibilita observar, mesmo à noite, o skyline da cidade.

8. Duas arandelas de vidro multifacetado, anos 1970, unidas na horizontal formaram o rasgo de 2 m com luz suave, como a de velas, na parede desta sala de jantar de 20 m² do apartamento, em São Paulo. “Elas fazem a iluminação indireta, com brilho que não ofusca”, diz o arquiteto Marcelo Lellis, que obteve o efeito amarelado com 12 lâmpadas de 40 watts ligadas na tomada de 220 watts.

Living | Como o ventilador de teto da Gerbar não tem lâmpadas, a luminária de chão da Tok & Stok oferece luz indireta ao espaço, com estofados da mesma loja e tapete da Expresso do Oriente. (Foto: Lucas Cuervo Moura / Editora Globo)

Living | Como o ventilador de teto da Gerbar não tem lâmpadas, a luminária de chão da Tok & Stok oferece luz indireta ao espaço, com estofados da mesma loja e tapete da Expresso do Oriente. (Foto: Lucas Cuervo Moura / Editora Globo)

9. Como o ventilador de teto da Gerbar não tem lâmpadas, a luminária de chão da Tok & Stok oferece luz indireta ao espaço, com estofados da mesma loja e tapete da Expresso do Oriente. (Foto: Lucas Cuervo Moura / Editora Globo)

Editora Globo (Foto: Editora Globo)

Projeto do Estúdio Superlimão (Foto: Editora Globo)

10. Após a reforma, este apartamento de 180 m², projetado pelo estúdio Superlimão, no Brooklin Novo, em São Paulo recebeu o rebaixamento de gesso acartonado em “U” com a largura da área de circulação que embute a iluminação de lâmpadas fluorescentes.

Fonte:https://revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-Jardim/Arquitetura/Iluminacao/noticia/2015/11/10-ambientes-com-iluminacao-indireta.html

  • POR PAULA QUEIROZ
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Neste projeto do arquiteto Vitor Penha, a combinação de tubulação aparente, eletrodutos e holofotes cria uma luz cênica, com pontos de destaque e nuances de sombra. Sobre a bancada, dois pendentes. Na área da pia, Vitor optou pela luz fluorescente, que nã (Foto: Marcelo Magnani/Divulgação)

Neste projeto do arquiteto Vitor Penha, a combinação de tubulação aparente, eletrodutos e holofotes cria uma luz cênica, com pontos de destaque e nuances de sombra. Sobre a bancada, dois pendentes. Na área da pia, Vitor optou pela luz fluorescente, que não cria sombras (Foto: Marcelo Magnani/Divulgação)

Um bom projeto de iluminação na hora de construir ou reformar é fundamental para valorizar a arquitetura, a decoração e ainda transmitir as sensações corretas em cada ambiente da casa, como conforto e clareza. “Um projeto de arquitetura com um bom estudo de iluminação é a certeza da satisfação para o cliente. Luminárias especiais, com lâmpadas eficientes, posicionadas nos locais corretos, fazem a diferença”, conta o arquiteto Alexandre Skaff, do escritório SAO arquitetura.

Para definir quantas e quais luminárias usar, onde devem ficar, a proporção com relação ao espaço, a temperatura da luz e a lâmpada ideal para cada caso é imprescindível contar com a ajuda de um profissional especializado. “A iluminação bem feita é versátil e cênica, e transforma o ambiente criando nuances e efeitos que incitam estados de espírito, tornando espetacular o que já é bom”, revela Alessandra Friedmann, CEO da La Lampe.

Um erro comum na hora de pensar a iluminação é o excesso de pontos de luz, além do uso inapropriado de peças e tipos de lâmpadas. “É comum as pessoas usarem muita luz e criarem vários cenários no projeto. Uma iluminação inteligente precisa ter a ver com o cotidiano da família, seus hábitos e horários de uso”, conta Daniela Frugiuele, do escritório Suite Arquitetos. Um profissional que entende de luminotécnica será capaz de aliar o uso com a eficiência de cada produto, reduzindo a quantidade de pontos de luz e, consequentemente, trazendo mais economia para o consumidor.

Quando devo começar a pensar na iluminação? 
É preciso pensar no projeto luminotécnico logo no início da reforma ou construção. Isso facilita a execução e ainda evita gastos excessivos. “Pensar o projeto junto com a arquitetura aumenta a eficiência e a economia graças ao uso adequado de produtos, evita trabalhos desnecessários e gastos excedentes.

Outra vantagem é que o cronograma da obra pode ser cumprido sem tantos imprevistos”, resume Alessandra, da La Lampe. O momento ideal para começar a pensar na iluminação é logo depois de definir, junto com os arquitetos, a dimensão de cada ambiente e o layout da casa. Daniela Frugiuele diz que a iluminação e o layout têm uma relação direta e importante, por isso é fundamental saber o que se quer de cada cômodo enquanto se cria o projeto.

Como deve ser a iluminação de cada ambiente?
Cada área da casa pede um tipo de iluminação e, por conta disso, requer uma solução específica. Os arquitetos Alexandre Skaff e Simone Carneiro, do escritório SAO Arquitetura, acreditam que não existe uma regra geral, pois cada cliente exige uma iluminação diferente. “E a iluminação deve ser de acordo com as sensações que você quer despertar no espaço”, complementa o arquiteto Flavio Castro.

Para facilitar o planejamento desse tópico em uma construção ou reforma, os arquitetos
deram dicas valiosas, relacionando o ambiente ao tipo de iluminação. “Embora este seja um item pessoal, em que o gosto do cliente influencia a escolha, tomamos partido de algumas regras básicas”, diz Daniela. A seguir, indicações para cada espaço, de acordo com sua função.

Neste projeto do escritório Messa Penna, lâmpadas dimerizadas na sanca de gesso criam uma iluminação geral, spots embutidos garantem a luz rente às paredes e uma lâmpada de xênon destaca o aparador de madeira. Os pendentes Bossa, da Lumini, direcionam um  (Foto: Marco Antônio/Divulgação)

Neste projeto do escritório Messa Penna, lâmpadas dimerizadas na sanca de gesso criam uma iluminação geral, spots embutidos garantem a luz rente às paredes e uma lâmpada de xênon destaca o aparador de madeira. Os pendentes Bossa, da Lumini, direcionam um facho para a mesa de jantar e outro para o teto (Foto: Marco Antônio/Divulgação)

Sala de estar
Este ambiente pede uma iluminação mais suave, pontuando mesas de centro e laterais, mas sem deixar a circulação muito escura. Pode-se usar uma automação ou um dimmer para controlar a intensidade da luz e apostar na iluminação indireta com o uso de abajures e luminárias de piso. Uma dica é nunca colocar pontos em cima do sofá, de poltronas ou pufes, pois pode incomodar as pessoas que sentarem logo abaixo daquele foco de luz.

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A arquiteta Roberta Banqueri optou pelo pendente Heracleum, da Moooi. Por ter lâmpadas de LED, a peça ilumina o ambiente sem emissão de calor. “Se fossem dicroicas, a sensação térmica seria muito maior”, afirma Roberta (Foto: Rômulo Fialdini/Divulgação)

A arquiteta Roberta Banqueri optou pelo pendente Heracleum, da Moooi. Por ter lâmpadas de LED, a peça ilumina o ambiente sem emissão de calor. “Se fossem dicroicas, a sensação térmica seria muito maior”, afirma Roberta (Foto: Rômulo Fialdini/Divulgação)

Sala de jantar
Uma boa iluminação em cima da mesa de jantar é essencial, por isso é recomendável o uso de um lustre. Em mesas retangulares muito compridas, pode ser necessária a instalação de pontos auxiliares nas laterais, pois o lustre geralmente tem foco mais direto no centro da mesa.

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O pé-direito baixo impossibilitava o uso de iluminação embutida no gesso. Por isso, a arquiteta Paola Ribeiro fez uso de um trilho com spots direcionáveis e da luminária de parede Lampe de Marseille, da La Lampe (Foto: Leonardo Costa/Divulgação)

O pé-direito baixo impossibilitava o uso de iluminação embutida no gesso. Por isso, a arquiteta Paola Ribeiro fez uso de um trilho com spots direcionáveis e da luminária de parede Lampe de Marseille, da La Lampe (Foto: Leonardo Costa/Divulgação)

Cozinha
Neste local, a iluminação tem de ser geral, eficiente e bem clara. É comum optar por luz branca, que é intensa. Uma dica importante é iluminar bem as bancadas de trabalho: para isso, pode-se acrescentar pontos de luz com foco. Outra dica é utilizar fitas de LED embaixo dos armários.

Para criar a atmosfera de relaxamento necessária, a arquiteta Paula Magnani optou pelo uso de dois abajures de Murano, da Ana Luiza Wawelberg, com luzes amareladas. No teto, spots embutidos da Lumini (Foto: Marco Antônio/Divulgação)

Para criar a atmosfera de relaxamento necessária, a arquiteta Paula Magnani optou pelo uso de dois abajures de Murano, da Ana Luiza Wawelberg, com luzes amareladas. No teto, spots embutidos da Lumini (Foto: Marco Antônio/Divulgação)

Quarto
Este ambiente pede uma iluminação suave. Se possível, use o dimmer para controlar a intensidade. Tome cuidado para não projetar luz na cabeceira da cama. A área pede pontos indiretos, que podem ser resolvidos com o uso de abajures nos criados-mudos.

Neste projeto da dupla Olegário de Sá e Gil Cioni, spots embutidos no gesso com lâmpadas halógenas dicroicas garantem a luz direta e lâmpadas tubulares fluorescentes iluminam a bancada. Projeto luminotécnico da Armazém da Luz (Foto: Esdras Guimarães/Divulgação)

Neste projeto da dupla Olegário de Sá e Gil Cioni, spots embutidos no gesso com lâmpadas halógenas dicroicas garantem a luz direta e lâmpadas tubulares fluorescentes iluminam a bancada. Projeto luminotécnico da Armazém da Luz (Foto: Esdras Guimarães/Divulgação)

Banheiro
O banheiro pede uma iluminação geral clara e uma luz no local onde fica o espelho. A dica para esse ambiente é utilizar uma luz difusa ou indireta próxima ao espelho, para que o rosto fique iluminado de maneira uniforme e sem sombras. Pode-se usar duas arandelas na lateral, por exemplo.


Qual a altura ideal para colocar luminárias?
Na hora de pendurar os lustres e aplicar as arandelas, cuidado com as alturas. Para o arquiteto Flavio Castro, a altura do pendente da mesa de jantar deve ficar entre 75 e 80 cm
acima do tampo da mesa. “E quando quiser compor pendentes de alturas diferentes, eles podem variar entre 75 e 90 cm”, complementa. Se optar por medir direto do piso, o ideal é que o lustre fique na altura entre 1,60 e 1,70 m.

Em se tratando de arandelas, depende muito do modelo, tamanho e local onde serão
instaladas. “Embora o design da peça influencie, de modo geral, devem ser instaladas
em uma altura de 1,80 a 1,90 m do piso”, diz Simone Carneiro, do SAO Arquitetura.
Para Alessandra Friedman, da La Lampe, o ideal é que as arandelas de luz indireta fiquem em torno de 60 cm a partir do forro e as decorativas a cerca de 1,80 m do piso.


Tamanho do lustre
Não há uma regra. O mais importante é que ele seja proporcional ao cômodo e à altura do pé-direito. Também é necessário ter a quantidade de luz apropriada, e isso pode ser feito com luminárias de vários tamanhos.

Lâmpadas pendentes e trilhos cruzados com refletores da TACC Iluminação suprem a necessidade de luz na sala assinada pela designer de interiores Melina Romano Mariana Orsi/Divulgação ESTILO › ILUMINAÇÃO C A (Foto: Mariana Orsi/Divulgação)

Lâmpadas pendentes e trilhos cruzados com refletores da TACC Iluminação suprem a necessidade de luz na sala assinada pela designer de interiores Melina Romano (Foto: Mariana Orsi/Divulgação)

O uso dos spots
A iluminação feita com spots é ideal para criar uma luz mais direcionada em algo que você tem a intenção de destacar. “Geralmente, eles são especificados para que se ilumine algum objeto, quadro ou estante. O uso desse tipo de luz tem de ser bem pensado e instalado de uma forma que não ofusque o usuário do espaço”, diz o arquiteto Alexandre Skaff. Vale dizer que a iluminação com spots não é indicada para ambientes onde seja necessária uma luz difusa, já que, em sua grande maioria, eles utilizam lâmpada de foco.

O arquiteto Flavio Castro diz que, para que se consiga uma boa iluminação, é preciso usar spots em harmonia com o espaço, evitar a utilização quando se tem um pé-direito muito alto e tomar cuidado para não forrar o teto de spots. Nesses casos, busque outras alternativas. “Empregue os spots afim de criar uma iluminação de efeito direcionado, evite os excessos e complemente com abajures e luminárias de piso”, resume Alessandra, da La Lampe.


Dimmer
O dimmer é um dispositivo usado para variar a intensidade da luz. Hoje em dia, é possível usá-lo em 90% das lâmpadas do mercado. “Com essa maleabilidade das lâmpadas, aplica-se a dimerização onde a criatividade mandar”, conta Paulo Tadeu, da Lustres Yamamura.

designer de interiores Diogo Oliveira expõe parte das suas obras de arte na área do closet. A luz focada vem de spots direcionados e a parede preta reforça a sensação de galeria. Projeto luminotécnico da Labluz (Foto: Lufe Gomes/Editora Globo)

designer de interiores Diogo Oliveira expõe parte das suas obras de arte na área do closet. A luz focada vem de spots direcionados e a parede preta reforça a sensação de galeria. Projeto luminotécnico da Labluz (Foto: Lufe Gomes/Editora Globo)

Iluminação de quadros
O mais comum é ter uma luz direcionável para a obra. Neste caso, é necessário cuidado para não danificar a tela com excesso de UV, por exemplo. Também considere sempre o tamanho do quadro antes de definir o tipo de luz.

Calhas metálicas instaladas diretamente na laje formam um desenho de zigue-zague com lâmpadas fluorescentes no projeto assinado por Mauricio Arruda, Guto Requena e Tatiana Sakurai. A luz foi dimerizada para controlar a intensidade (Foto: Marcelo Magnani/Divulgação)

Calhas metálicas instaladas diretamente na laje formam um desenho de zigue-zague com lâmpadas fluorescentes no projeto assinado por Mauricio Arruda, Guto Requena e Tatiana Sakurai. A luz foi dimerizada para controlar a intensidade (Foto: Marcelo Magnani/Divulgação)

Luz branca x luz amarela
Uma dúvida comum na hora de pensar na iluminação de casa é qual tonalidade de luz usar: branca ou amarela. Para responder a essa questão é preciso saber quais sensações a pessoa quer despertar no espaço. É comum optar por lâmpadas com temperatura de cor quente para áreas íntimas e sociais e por lâmpadas com temperatura de cor fria para áreas de trabalho e cozinha. “Se você busca sensações de aconchego, lâmpadas amareladas e de menor intensidade são bem-vindas; agora se você tem necessidade de identificar as cores exatas das coisas, como em uma cozinha, por exemplo, a iluminação intensa branca passa a ser essencial”, diz Flavio Castro.

Um erro comum é ter ambientes integrados que usam tonalidades diferentes. “Quando a cozinha se integra a outro ambiente, como a sala de jantar, o ideal é utilizar a mesma temperatura de cor para que não fique comduastonalidades”, revelamos arquitetos Alexandre
Skaff e Simone Carneiro, do SAO Arquitetura.

As prateleiras da estante projetada pela FGMF Arquitetos têm iluminação de LED da Maná Eletro, que a torna um elemento de destaque do living (Foto: Edu Castello/Editora Globo)

As prateleiras da estante projetada pela FGMF Arquitetos têm iluminação de LED da Maná Eletro, que a torna um elemento de destaque do living (Foto: Edu Castello/Editora Globo)

Tipos de lâmpadas
Desde o dia 30 de junho deste ano, a Portaria n. 1.007 estabeleceu o fim da fabricação das lâmpadas incandescentes. Com essa resolução e, em função da economia, a procura pelo LED só aumenta. “Por questões energéticas, ou seja, o custo da energia e as bandeiras tarifárias, o LED é a bola da vez. Ele chega a ser até 80% mais econômico se comparado às lâmpadas incandescentes e halógenas”, conta Paulo Tadeu, que é responsável pelo controle de qualidade Lustres Yamamura.

Os arquitetos também estão preferindo esse tipo de lâmpada em seus projetos. “Deve-se usar o LED sempre. A tecnologia tem avançado de tal modo que já existem lâmpadas de LED de 2.700 k que chegam a um efeito muito similar ao das incandescentes e ainda economizam energia”, resume o arquiteto Flavio Castro. Para os arquitetos do SAO Arquitetura, o LED é uma tecnologia nova, mas que definitivamente veio para ficar. “Hoje nós já podemos utilizá-lo em 100% dos ambientes; o que ainda o torna um pouco impraticável são os preços”, afirma.

Tipos de lâmpadas

Lâmpada incandescente (Foto: Divulgação)

Incandescentes
Lâmpadas com filamento dentro de um bulbo de vidro. Têm alto consumo, baixa eficiência luminosa, fácil dimerização e vida útil muito baixa, com cerca de 750 horas.


 

Lâmpada Halógena (Foto: Divulgação)

Halógenas
Lâmpadas com filamento dentro de bulbo de vidro ou quartzo com gás interno, produzindo mais brilho. Têm alto consumo, alta eficiência luminosa, fácil dimerização e vida útil de 2 mil horas.


 

Lâmpada fluorescente (Foto: Divulgação)

Fluorescentes
Lâmpadas de descarga de baixa pressão, compostas por eletrodos, tubo de vidro coberto com material à base de fósforo e gases inertes. Funcionam com um reator. Têm baixo consumo, boa eficiência luminosa e vida útil de 3 mil a 20 mil horas.


 

Lâmpada de led (Foto: Divulgação)

LED
Diodo que emite luz quando polarizado diretamente. Há formatos que imitam as lâmpadas incandescentes. Tem baixo consumo, boa eficiência luminosa e a maior vida útil, entre 15 mil e 40 mil horas.

Fonte:https://revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-Jardim/Decoracao/noticia/2016/11/iluminacao-guia-completo-para-sua-casa.html


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