OS DRUIDAS - SÍNTESE DA HISTÓRIA DOS DRUIDAS

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A MAGIA DO DRUIDAS (foto)

Os Druidas - História dos Druidas

Sem dúvida o que mais caracterizava a sociedade celta era a presença dos druidas, um classe diferente de médico-sacerdote-historiadores e tudo mais que se pode pensar. 
A sociedade celta estava divida em apenas 3 classes, o rei, os druidas, e os homens. Sendo que os druidas eram superiores aos reis. 
Falar em druida, entretanto, não é tão fácil, a palavra engloba muitas e muitas funções, seria semelhante a falar "intelectual" nos dias de hoje, o termo engloba várias profissões. 
Eram tão especializadas as funções dos druidas que eles tinham universidades, com especializações, etc.

São 6 os tipos mais comuns de druidas: 

Os Druida-Brithem - Estes eram os juizes. Os celtas nunca chegaram a ter suas leis escritas, apenas os brithem a conheciam, assim a função deles era percorrer as casas e as cidades e resolver impasses que surgissem. 

Os Druida-Liang - Eram os médicos e curandeiros. Em geral passavam mais de 20 anos em seus estudos antes de praticarem a cura, tinham especializaçòes entre si, entre eles estavam as ervas, as cirurgias (como a de transplante de coração) entre outras. 

Os Druida-Scelaige - Eram os narradores, eles tinham como função apenas repetir a grande história dos celtas que lhe haviam sido contada por outros scelaige. (A escrita era proibida a não ser para rituais de religião) Apenas repetiam para que a história não fosse esquecida. Também juntavam à sua história as novas trazidas pelos sencha 

Os Druida-sencha - Já que os sceilage ficavam trancados apenas repetindo, estes deveriam percorrer as terras celtas e compor novas histórias sobre o que estava acontecendo, estas seriam repassadas aos scelaige que as decoraria. 

Os Druidas-Filid - Eram a mais alta classe dos druidas, a sua função eram o contato direto com os deuses (Alguns deles eram decendentes diretos dos deuses). O mago merlin é um druida filid. 

Os Druidas-Poetas - Uma vez que os druidas Scelaige decoravam a história, era preciso que alguém as aprendesse e contassem ao povo, essa era a função dos poetas, que mantinham a tradição celta viva.
Fonte : Historia do Mundo

Quem foram os druidas?

Aprendizado durava o mesmo tempo de um ciclo astrológico


Os druidas formavam uma classe poderosa dentro da sociedade celta – povo que, há 3 mil anos, habitava territórios onde hoje estão Reino Unido e norte da Espanha, de Portugal e da França, na Europa. Todos esses povos compartilhavam um mesmo tronco linguístico e alguns traços culturais. Dentre as diversas funções dos druidas na sociedade, as principais eram como intelectuais e conselheiros.
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Considerados por muitos como magos e bruxos, a filosofia dos druidas era fundamentada nos princípios do amor e da sabedoria. Eles adoravam a natureza e estavam sempre em busca do equilíbrio com ela e com os outros seres. Além disso, cultivavam a música e a poesia. Ainda hoje é possível tornar-se um druida. O druidismo passou a ser considerado como uma filosofia de vida. O treinamento para se tornar um senhor de barba branca, vestido de túnica e sandálias de couro pode levar até quatro anos e há três classes de ensinamento.
SABEDORIA NATURAL

De acordo com o nível de instrução, os druidas podem exercer três funções diferentes
Bardos
Quem são: o primeiro grau de aprendizado druídico
Cor: azul
São cantores e poetas. Com a música, expressam as emoções, contam histórias e louvam os deuses. São treinados para passar a mensagem druídica, seus mitos e mistérios ancestrais. Em uma obra irlandesa do século 9, o Glossário de Cormac, os bardos vestiam um manto com penas coloridas.
Ovates ou vates
Quem são: magos e médicos formam a segunda classe druídica
Cor: verde
Espécie de xamã, os ovates possuem habilidades medicinais e supostamente mágicas. São conhecedores da astrologia e, em estado de transe, seriam capazes de se conectar com outros seres e o além. Poderiam prever o futuro e transmitir mensagens do outro mundo.
– Segundo o naturalista romano Plínio, o Velho, os druidas usavam uma foice dourada para colher o visco, erva sagrada que cresce nos galhos das árvores.
Druidas
Quem são: o último nível são os sacerdotes e juízes
Cor: branco.
Esta é a definição dos druidas: são os profundos conhecedores, conselheiros e responsáveis pelos rituais religiosos druídicos. São também juízes e, no passado, tinham funções políticas importantes.
– Originário de termos gaélicos, bretões e galeses, druida significa “aquele que tem a sabedoria do carvalho”.
– Júlio César teria inventado que os druidas eram adeptos do sacrifício humano para justificar sua campanha militar contra os “celtas selvagens”.
– O mago Merlin (ou Taliesin), que aparece nas lendas do rei Arthur, é, na verdade, um druida. É considerado “o maior bardo de todos os tempos”.
UM TREINO DE 19 ANOS

Aprendizado durava o mesmo tempo de um ciclo astrológico
Na Antiguidade, o treinamento de um druida podia durar até 19 anos. Isso porque esse período completa um Ciclo Metônico (criado pelo astrônomo grego Meton) – o tempo mínimo, em anos, para que os calendários solar (365 dias) e lunar (354 dias) se encontrem e também o tempo de intervalo entre dois eclipses idênticos.
ELES ESTÃO NO NOSSO CALENDÁRIO
Algumas das datas que celebramos hoje têm origem druida
Os cultos à natureza e aos fenômenos naturais são quase sempre o tema das festividades druídicas. O Sol é cultuado nos solstícios (verão e inverno) e equinócios (outono e primavera). Entre os dias 31 de outubro e 2 de novembro, ocorriam o Samhuinn e o Dia de Todas as Almas, hoje refletidos no Halloween e no Dia de Finados.

FONTES: Claudio Quintino Crow, pesquisador de cultura celta e irlandesa, e Philip Carr-Gomm, escritor, psiquiatra e pesquisador do druidismo
DESMISTIFICANDO OS CELTAS E O S DRUIDAS
desmistificando os celtas   
e os druidas
O objetivo deste artigo é relacionar e esclarecer algumas afirmações infundadas que têm sido difundidas erroneamente sobre os celtas e os druidas. Com o crescente interesse que essa cultura vem despertando nos dias de hoje, vemos inúmeros livros sobre neo-paganismo, como também artigos em revistas e sites na internet, citando os celtas e os druidas. Os autores de alguns desses livros e artigos certamente não tiveram adequada assessoria ou simplesmente buscaram fontes não confiáveis sobre do assunto, pois muitas das informações são erros sérios sobre os celtas, que acabaram por perpetuar idéias absurdas.
Alguns mitos modernos que surgiram a respeito dos celtas se devem à publicação do livro de fantasia As Brumas de Avalon (de Marion Zimmer Bradley), romance genial e envolvente, mas que poucas verdades traz sobre os celtas, tendo a autora optado por romancear as informações e usado de bastante licença poética, o que é desejável em um romance de ficção. Não serve, no entanto, como base para estudos sobre os celtas e sua religião, o druidismo.
Todas as informações aqui contidas (como em todo o resto deste site), vale lembrar, são fruto de pesquisas em fontes primárias, acadêmicas e arqueológicas. Não buscamos informações na literatura esotérica, mas na História, e nos registros que os celtas nos deixaram através de suas lendas e mitos. A seguir, relaciono os principais pontos de dúvidas e erros:

Mito: Os druidas não eram celtas: dissociar os celtas dos druidas é o mesmo que dissociar os pajés dos índios nativos de nossas terras. Ou, grosso modo, dissociar os padres do catolicismo. Os druidas eram a classe sacerdotal da sociedade celta, eram professores, médicos, juízes, advinhos e conselheiros dos reis e rainhas. Sabemos que nem todas as tribos celtas possuíam um druida ou seguiam o druidismo como religião, mas certamente as tribos da maioria do mundo celta – me refiro aqui à Gália, Grã-Bretanha e Irlanda – tinham um druida como conselheiro, médico, juiz e sacerdote e, como religião, professavam o druidismo.
Hoje em dia, no entanto, os modernos druidas não possuem necessariamente etnia celta, da mesma forma que não é necessário ser hebreu para seguir o judaísmo ou cristianismo, e nem hindu para seguir o budismo.
Mito: Os druidas construíram Stonehenge: o famoso megalítico data de 2000 ac, portanto, foi construído muito tempo antes dos celtas  chegarem às Ilhas Britânicas: isso só ocorreu por volta de 700 ac. Essa informação é recente em termos históricos, pois até antes da datação por caborno 14, atribuía-se aos druidas a construção desse círculo de pedras. No entanto, não existe a menor chance dele ser um monumento druida, ainda que podemos deduzir que os druidas realizavam cerimônias em Stonehenge ao descobrirem seu alinhamento com o nascer do sol no solstício de inverno. 
Mito: Allan Kardec era um druida: esse é um equívoco muito comum que freqüentemente associa o espiritismo kardecista ao druidismo. Não existe, porém, nenhuma relação entre essas duas correntes religiosas. Ao codificar o espiritismo, Denizard Hypolyte Leon Rivail (nome verdadeiro de Kardec) decidiu adotar o nome Allan Kardec para permanecer no anonimato, uma vez que ele era um conhecido professor/filósofo. Um dos espíritos que estaria passando as informações sobre a doutrina a Denizard, teria lhe aconselhado a usar esse pseudônimo, pois Allan Kardec teria sido uma de suas reencarnações como um sacerdote druida, na Gália pré-romana. Portanto, Denizard/Allan Kardec nunca foi um druida em seu tempo, mas afirmava ter sido um druida em uma de suas encarnações.
Vale sempre lembrar aqui que os celtas não eram reencarnacionistas do mesmo modo que são os espíritas. Para os celtas, a alma era imortal e podia viver muitas vidas, sim, mas não havia o conceito de carma, recompensas ou punições como no espiritismo cristão. Para os celtas não havia um julgamento e nem uma ênfase na necessidade de fazer reparações ao reencarnar. A ênfase era em passar por novas experiências e o impulso da alma não era o dever imposto por um carma, mas sim o desejo e a necessidade natural de reviver até entrar em sintonia com o mundo dos deuses - lugar perfeito em si. (ver mais sobre o assunto em "A visão do renascimento no druidismo" e "Depois da morte", no tópico "Druidismo".)

Mito: Os celtas eram matriarcais e cultuavam uma deusa única: esse também é um erro muito comum e muito observado em livros sobre wicca, a religião criada por Gerald Gardner. Gardner, membro a AOD (Ancient Order of Druids), criou a Wicca baseado em informações apresentadas a ele por seu amigo Ross Nichols (criador da OBOD – ordem druídica muito ativa até os dias de hoje) e também baseado em elementos da maçonaria, bruxaria tradicional e nos trabalhos de Margareth Murray sobre a suposta religião paleolítica que dominava toda a europa e tinha como principal divindade uma Deusa-Mãe. Essa mistura toda resultou numa religião interessante e atraente para nossos dias, mas também gerou muita confusão, pois insinua que os celtas adoravam uma Deusa-Mãe (idéia utilizada no romance “As Brumas de Avalon”), o que nunca foi verdade.
Os celtas eram politeístas, isto é, tinham inúmeros deuses e deusas em seu panteão, com a peculiaridade de que nenhum deles e nenhuma delas era um deus-pai ou uma deusa-mãe absolutos, como acontece entre os gregos, por exemplo, onde Zeus era o deus dos deuses e Hera a deusa das deusas. Os deuses celtas eram tribais e associados ao lar, ao clã, ao local – a paisagem. Não havia uma Deusa-Mãe no panteão de nenhuma tribo celta. Aliás, as deusas celtas desempenhavam em sua maioria o papel de guerreiras ou esposas indomáveis e/ou independentes, que não se submetiam aos maridos, tinham seus amantes e levavam sua vida em liberdade. A Deusa-Mãe da wicca é a Natureza personificada, no panteão celta nenhuma deusa representava a Natureza como um todo, mas aspectos isolados dela e da paisagem a ela atribuída.
A sociedade celta não era matriarcal, isso seria absolutamente inviável para uma sociedade guerreira como a deles. Quando muito, podemos dizer que eram matrilineares, isto é, os filhos recebiam o sobrenome da mãe em vez do sobrenome do pai. Mas poucas tribos adotavam esse processo e, em geral, quem recebia o nome da mãe eram as mulheres apenas.
Mito: Somente as mulheres celtas exerciam o sacerdócio: informação provavelmente interpretada do romance citado “As Brumas de Avalon”, onde as personagens que seguem a assim chamada Antiga Religião (relacionada aos celtas, mas equivocada – a religião dos celtas era o druidismo) eram sacerdotisas da Grande Deusa. Embora Marion tenha citado os druidas e o Merlin como sacerdotes da Deusa única, ela dá total ênfase às sacerdotisas, o que levou alguns a entenderem que o povo celta dava exclusividade de sacerdócio às mulheres. Sabemos, no entanto, que a classe sacerdotal dos celtas era composta por druidas e druidesas, embora alguns autores também digam que eram apenas os homens que podiam exercer essa função – autores estes equivocados, mas certamente influenciados pelo mesodruidismo (ver texto sobre o tema), que era machista/patriarcal como a sociedade da época em que existiu, séculos 18 e 19. São todos unânimes, porém, em negar que somente as mulheres celtas exerciam o sacerdócio. E nenhum deles, nem druidas, nem druidesas, eram sacerdotes da Grande Deusa. Eles eram sacerdotes de seu povo.
Mito: Os druidas eram monoteístas: outro erro absurdo que provavelmente se origina nos equívocos difundidos pelo mesodruidismo. Se houve ou há algum druida monoteísta, certamente ele nasceu depois do século 19 e esteve ou está professando a religião de forma equivocada, influenciado pelo poder do cristianismo. Os druidas clássicos pré-cristãos eram politeístas e, como todo sacerdote pagão, veneravam os espíritos da Natureza, deuses tribais, deuses da paisagem e os ancestrais. O druidismo moderno é igualmente politeísta, pois se baseia nas crenças dos druidas clássicos e não nos druidas do renascimento do século 19.
Mito: Os druidas vieram da Atlântida: não. Mesmo que Atlântica existisse, os druidas não teriam vindo de lá. Embora na mitologia celta existam inúmeras lendas sobre ilhas míticas, os druidas nunca são originários dessas ilhas. Entre essas inúmeras ilhas, inclusive, não há nenhuma que tenha uma semelhança sequer com Atlântida. As ilhas dos mitos celtas são lugares para onde os heróis se dirigem sob o encantamento de algum ser mágico ou então em alguma missão em busca das terras imortais. Os celtas nunca vêm das ilhas, mas vão para elas. Essas ilhas são associadas ao Outro Mundo, à terra da juventude eterna, à terra dos ancestrais, ao local para onde as almas vão depois da morte, onde viverão uma vida perfeita e imortal ao lado dos antepassados e dos deuses.
O druidismo surgiu quando os celtas chegaram nas ilhas britânicas e lá travaram contato com a espiritualidade dos povos neolíticos que habitavam a região. Essa mistura da espiritualidade celta com a desses povos originou a religião dos celtas que conhecemos como druidismo, e esta migrou de volta ao continente, levando o druidismo para a Gália. Alguns autores chamam a religião dos neolíticos de proto-druida, mas a Atlântida está certamente fora de questão. É certo que o surgimento do druidismo é uma mescla da espiritualidade celta (de origem indo-européia) com a dos povos do oeste europeu. Os celtas vieram do coração da europa, onde hoje é a  Hungria, Rep. Tcheca, Suíça. Os povos neolíticos construtores de  estruturas megalíticas do oeste europeu já estavam por lá havia algum tempo quando da chegada das primeiras levas de tribos celtas. Do contato entre esses povos surge o druidismo clássico.

Andréa Guimarães


Fonte:http//www.druidismo.com.br/index/os_celtas/entries/2010/8/15_desmistificando_os_celtas_e_os_druidas.html:

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